Debate: “O panorama da comunicação e das telecomunicações no Brasil”

Por Altamiro Borges, no Blog do Miro

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com a Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom), acaba de concluir uma pesquisa sobre o “Panorama da comunicação e das telecomunicações”. Em três volumes, o estudo inédito no país apresenta um amplo paínel sobre o setor e visa ajudar na construção de políticas públicas. Sua publicação coincide a vontade expressa do governo Dilma de elaborar um novo marco regulatório da comunicação.

Com o objetivo de conhecer e discutir o seu conteúdo, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realizará na próxima terça-feira, dia 11, a partir das 19 horas, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, o debate “Panorama da comunicação e das telecomunicações no Brasil”. Marcio Pochmann, presidente do IPEA, fará a apresentação dos resultados da pesquisas. E o jurista Fábio Konder Comparato e o jornalista Paulo Henrique Amorim debaterão o tema.

Participe e ajude a divulgar esta importante atividade.

Debate: “O panorama da comunicação e das telecomunicações no Brasil”

Dia 11 de janeiro, terça-feira, às 19 horas.

Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, próximo ao Metrô República).

Expositor: Marcio Pochmann, presidente do IPEA

Debatedores: Fábio Konder Comparato e Paulo Henrique Amorim.

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Reproduzo trechos do release enviado por Isabela Vilar, da assessoria de comunicação do IPEA:

A obra traça um panorama do setor de comunicação e telecomunicações, estratégico para o país, que, apesar de ser muito debatido, não é objeto de muitas pesquisas por parte dos órgãos de estado. Nos três volumes do livro, foram reunidas diferentes dimensões que se complementam e ajudam na elaboração de futuras políticas públicas para o País. O estudo conta com a participação de pesquisadores renomados da comunicação no Brasil. Mestres e doutores de várias partes do País foram selecionados por meio de chamada pública para participar da pesquisa.

O primeiro volume é dividido em duas partes. A primeira traz o estudo das tendências nas telecomunicações e reúne artigos escritos exclusivamente para o livro, além de textos publicados originalmente na edição especial do Boletim Radar, do Ipea, sobre telecomunicações. A segunda parte traz artigos que oferecem um panorama das indústrias criativas e de conteúdos.

O segundo volume da obra é dedicado a resgatar a memória das associações científicas e acadêmicas de comunicação no Brasil. O texto descreve e diagnostica a produção de conhecimento nos principais segmentos da comunicação nacionalmente institucionalizados ou publicamente legitimados nesta primeira década do século XXI.

No terceiro volume, é apresentado o resultado parcial de quatro pesquisas sobre o Estado da Arte no campo da comunicação. O volume traz dados sobre o número de faculdades e cursos de pós-graduação em comunicação no país, com áreas de concentração e crescimento; sobre as profissões existentes na área e as novas habilidades necessárias para uma indústria de conteúdos e serviços digitais; e sobre as indústrias criativas e de conteúdos e os movimentos das empresas em direção ao modelo digital, além de uma comparação com outros países, possibilitando a análise das fragilidades e potencialidades do Brasil.

 

RETROSPECTIVA RdJ 2010: Tarja Preta na RadioFeira

O grupo de rap Tarja Preta esteve presente diversas vezes na Rádio da Juventude em 2010, seja apenas para participar de alguma reunião organizativa ou para fazer valer suas vozes através de nossa frequência. No entanto, a presença mais marcante das cantoras Preta Rara e Negra Jack foi, sem dúvida, durante a RadioFeira de 20/11/2010, quando falamos sobre a importância de lembrar da Consciência Negra.

Confira abaixo os vídeos, postados pelo rapper e parceiro Fat da ZN:

Entrevista:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=A0MtZAVVj3A]

 

Show ao vivo:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=RjCO-eqTUF4]

 

Em breve mais material retrospectivo por aqui! Abração!

Hora de entrar no jogo. Para além de enfrentar monopólios, marco regulatório do setor no Brasil pode balizar participação da sociedade.

De Eduardo Sales de Lima

Post de origem Brasil de fato

Com a chegada das empresas de telefonia, que podem produzir e veicular conteúdo midiático, os poucos proprietários de canais de rádio e televisão estão se movimentando para defender o “seu”. Quer dizer, querem uma regulamentação para que se impeça a entrada dessas empresas no ramo. Para o velho oligopólio midiático, o principal motivo para a necessidade de regulação é a diferença de faturamento (com valores de 2009) entre o setor de radiodifusão (R$ 13 bilhões) e de telecomunicações (R$ 180 bilhões).

Entretanto, para os defensores da democratização da comunicação no Brasil, a implementação de um marco regulatório no setor de comunicações vai muito além do estabelecimento das regras de mercado para a garantia de competição ou da gestão do espectro eletromagnético. Abarca, sobretudo, a regulação do conteúdo e o direito do cidadão comum ser beneficiado por uma programação midiática mais diversa e plural, livre da influência mercadológica.

Para o professor da Universidade de São Paulo (USP), Laurindo Leal Filho, “a concessão pública [de radiodifusão] é outorgada pelo Estado em nome da sociedade; portanto, a sociedade tem o direito de criar mecanismos para acompanhar o uso desse espaço pelos concessionários”, esclarece. Segundo ele, quem faz isso em vários países do mundo são as agências reguladoras, formada por representantes do governo, dos empresários e das organizações sociais.

Laurindo exemplifica que as agências reguladoras de alguns países que julgam uma determinada reportagem veiculada de forma tendenciosa, distorcendo ou mentindo, têm o poder de estabelecer a mediação entre o cidadão que reclamou e a empresa. Se for o caso, segundo conta, têm o poder de exigir desta uma retificação, uma resposta. “Agora, nunca proibindo nada. Tudo sempre a posteriori. Um órgão que faz muito bem isso é o inglês, que se chama Ofcom”.

O ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), preparou, juntamente com sua equipe, um anteprojeto de lei para regulamentar os meios de comunicação e modernizar a legislação midiática atual. Segundo Martins, a intenção é que o governo Dilma já assuma com esse tema em debate no Legislativo. “Por que não temos que ter produção regional, nacional, independente? Por que não temos que observar princípios de equilíbrio, de proteção ao menor, de não permitir estímulo à discriminação, coisas gerais que existem em todos os países democráticos no mundo?”, questionou, em seminário sobre comunicação realizado pela TV Cultura, em novembro.

 

Controle social”

Para o professor Laurindo Leal Filho, o estabelecimento de um marco regulatório para o setor de comunicação e a criação de uma agência reguladora independente não têm nada a ver com o debate sobre liberdade de expressão, como a mídia comercial tem insistido. “A Constituição brasileira já determina os limites e garante a liberdade de expressão”, pontua.

O debate abrange outro viés. Jornais como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo têm desvirtuado a discussão sobre a necessidade de um marco regulatório para a comunicação no Brasil, afirmando que se trata de uma manobra do governo federal para controlar ou censurar as informações produzidas. É por isso que Franklin Martins tem se declarado “inteiramente contra a expressão ‘controle social da mídia’”.“O governo não votará a favor de nenhuma proposta que inclua o termo ‘controle social da mídia’, porque é ambígua”, afirmou, no seminário realizado pela TV Cultura.

A expressão “controle social” em países como o Brasil, segundo Sivaldo Pereira, membro do Intervozes e responsável por um estudo de órgãos reguladores da mídia em dez países, juntamente com Ramênia Vieira da Cunha (leia entrevista na página 10), tem ganhado vários significados e é objeto de disputa quando é transportada para o campo da comunicação. Para ele, as posições mais à direita ou mais liberais tendem a associar “controle social” com controle autoritário, estatal ou antidemocrático; em seguida, de acordo com Sivaldo, isso logo é remetido à censura e à ditadura.

 

Apoderamento

Por outro lado, o integrante do Intervozes mostra que as posições mais à esquerda falam de controle social ou controle público pensando em participação civil no acompanhamento da regulação do setor e prestação de contas por parte das empresas de comunicação em relação aos seus atos. Esse sentido, de acordo com ele, está mais próximo do ideal da prestação de contas do que de ditadura estatal.

“Mais importante do que essa disputa terminológica é a prevalência da noção de que os meios de comunicação devem ser sensíveis à participação do público e respeitar princípios democráticos, garantindo independência e prestando contas de seus atos ao cometerem erros”, explica Sivaldo. Historicamente, segundo o pesquisador, golpes, ditaduras e guerras sempre foram combatidos pela imprensa livre mas, também, tais eventos foram e são sustentados por uma imprensa que se diz livre e imparcial, mas que defende claramente seus próprios interesses privados. “Embora não estejamos mais numa ditadura, o Brasil sofre desse mal”, pontua.

Para Ramênia Vieira da Cunha, também membro do Intervozes e corresponsável pelo estudo, levando em consideração o que diz a Constituição Federal – e que o controle social está presente em áreas como a saúde e a educação –, a sociedade tem o direito de participar da formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas no setor da comunicação. “Ou, de outra forma: o ‘controle social’ fortalece a democracia”, afirma.

Ela afirma que não se trata de interferir na prerrogativa que cada empresa tem de decidir o que vai veicular, mas de estabelecer o que não pode ser veiculado, já que se usa o espaço público de transmissão das ondas eletromagnéticas. “E o que não pode ser veiculado é tudo aquilo que agride os direitos estabelecidos, que não preserva a dignidade humana e que causa discriminação e preconceito, seja contra cor, sexo, idade, religião ou condição física”, ressalta.

Segundo Ramênia, o que observamos na programação televisiva brasileira, “infelizmente”, são os casos frequentes de violação desses direitos; “o que é ainda mais inadmissível quando a empresa que exerce a comunicação tem uma concessão pública para operar”, destaca.

Leia mais a respeito: Integrantes do Coletivo Intervozes falam sobre estudo que lança luz sobre o funcionamento dos órgãos reguladores do setor em 10 países

 


O Mercosul e os desafios da comunicação: manifesto do grupo de comunicação da Cúpula Social

Post de origem Blog do Miro

Reunidos em Itaipú, Foz do Iguaçú, os integrantes de organizações da sociedade civil reunidos na Comissão de Comunicação dentro da X Cúpula Social do Mercosul, manifestam que:

Vivemos tempos de mudança na América Latina. Hoje, mais do que nunca, os grandes meios de difusão que são parte do poder econômico, convertem-se nos principais opositores a essas mudanças, exercendo um verdadeiro terrorismo midiático. Ao mesmo tempo, vemos com otimismo o fortalecimento e a articulação de iniciativas de comunicação transformadoras, populares, alternativas, comunitárias, educativas e outras. Esses meios disputam sentidos, questionam a hegemonia do pretenso discurso único e são expressão das diversidades de nosso continente.

Afirmamos que a comunicação deve ser reconhecida como um Direito Humano a ser exercido por e para todas as pessoas. O Direito à Comunicação implica garantir diversidade e pluralidade. Não nos conformamos com as proclamações que reduzem a liberdade de expressão à liberdade de empresa. Não se trata somente do fato de que os Estados não censuram a imprensa. Entendemos necessária a implementação, por parte dos Estados, de políticas públicas, com participação cidadã, para garantir a todas e todos o exercício dos direitos à livre expressão, à informação e à comunicação. Dessa forma se possibilitará a expressão a povos e setores silenciados.

Entendemos que isso implica revisar e reformular os marcos regulatórios para assegurar uma comunicação democrática e horizontal. Isso implica, entre outras coisas, que a informação e a comunicação sejam consideradas um direito e não uma simples mercadoria; que se impeçam os monopólios e oligopólios na comunicação; que se assegure o livre acesso à informação pública; que se promovam e fortaleçam os meios do setor social, populares, comunitarios, educativos; que se reconheça e se facilite o direito dos povos originários a gestionar seus próprios meios preservando suas identidades: que se promova a formação de novos comunicadores/as que expressem a identidade de nossas comunidades; que se estimule e facilite a criação ou fortalecimento de redes de comunicação regionais públicas e de gestão de organizações sociais; que se impulsionem e se desenvolvam meios públicos com participação cidadã; que se assegure o acesso e utilização universal dos beneficios das tecnologias da Informação e da Comunicação, garantindo o acesso universal à banda larga para nossos povos.

Nós, dos movimentos sociais, reconhecemos e valorizamos os meios de comunicação próprios, comunitários e populares, comprometendo os maiores esforços em potencializar e articular seu trabalho para contar a história desde o olhar de nossos povos e disputar os sentidos com o discurso do poder. Isso supõe não só mais meios, mas também meios mais fortes, com novas estéticas e articulados em rede. Por isso, estes meios devem ser não só permitidos, mas também fomentados e apoiados pelos Estados. Neste sentido, rechaçamos a criminalização que se exerce atualmente contra meios comunitarios, especialmente no Paraguai e no Brasil.

Apreciamos que o novo cenário continental abra oportunidades e, ao mesmo tempo, desafios para contribuir para a integração de nossos povos, promovendo a solidariedade, facilitando o diálogo intercultural, integrando a diversidade de vozes e dando visibilidade aos povos originários e afrodescendentes, a diversidade sexual, as populações imigrantes, as pessoas com necesidades especiais, mulheres, crianças e jovens, para construir em conjunto “outra América possível”.

Propomos às chancelarias de nossos países que sejam constituídos Conselhos Consultivos da Sociedade Civil, onde ainda não existem, para tornar possível a participação das organizações da sociedade civil no proceso de integração regional. Especificamente, solicitamos que se efetive a participação da sociedade civil na Reunião Especializada de Comunicação Social.

Solicitamos que os estados desenvolvam políticas públicas para meios de comunicação em regiões de fronteira que tendam a favorecer conteúdos em defesa da integração com respeito à diversidade, com participação das populações envolvidas e atendendo sua vivência cotidiana.

Neste sentido, apontamos como exemplo a integração já exercida entre meios de comunicação da sociedade civil do Brasil e da Argentina e do Paraguai e Argentina a partir de iniciativas surgidas nas Cúpulas de Salvador (Brasil) e da Ilha do Cerrito (Argentina). Entendemos necessária a plena participação da sociedade civil na Reunião Especializada de Comunicação Social (RECS) tanto a nível nacional como regional.

Propomos aos países membros a adoção de medidas que garantam às pessoas com necesidades especiais: a) acesso aos meios de comunicação televisivos mediante a implementação de legendas, áudio-descrição e Língua dos Sinais nos programas; b) acesso aos jornais e revistas digitais e a toda informação institucional mediante o desenvolvimento de páginas Web acessíveis levando em conta as recomendações de nível internacional.

Vemos de forma positiva a incorporação nesta instância de pequenos e médios empresarios da comunicação identificados com as bandeiras das lutas dos movimentos sociais de nossos países. Por último, reiteramos o chamado a nossos presidentes para definir e implementar políticas concretas e imediatas para Democratizar a Comunicação com a ativa participação das organizações sociais.

Foz do Iguaçu, 15 de dezembro de 2010.

Pelo Brasil:

João Paulo Mehl – Intervozes
Jessica RodriguesRadio de la Juventud
Marco Piva – Altercom
Rafael Reis – Parlamento do Mercosul

Pelo Uruguai:

Sabrina Crovetto – Mercociudades
Alvaro Queiruga – Ovejas Negras
Soledad Fontela – Red Especial Uruguaya
Humberto De Marco – Red Especial Uruguaya
Alberto Esteves – CEDECOOP
Marianella Custodio – Federación de Estudiante Universitarios

Pelo Paraguai:

Santiago Ortiz – Radio Fe y Alegria
Atanasio Galeano – Voces de Paraguay
Lorena Escobar – Voces de Paraguay

Pela Argentina:

Carlos Borona – Cancillería
Hugo Pan – FM La Nueva
Pedro Lanteri – Radio Madres de Plaza de Mayo
José Luis Moyano – Radio El Libertador

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

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É preciso ser resistência!

Pe. Agostinho com jovens da JOC de 05 cidades das regiões Nordeste e Sudeste

Após a queda do muro de Berlim em1989, a desintegração da União Soviética e toda a farsa que foi o socialismo Russo, bem vindos a pós-modernidade, reconfiguração global e uma nova ordem mundial ditando cultura, política e economia… Sem contraponto. (isso é o que querem nos empurrar).

Ok, o muro e o totalitarismo tinham que cair, mas o problema é que tudo convergiu a uma linha de pensamento pragmática, sem questionamentos, como se a realidade fosse estática e a própria história não se movimentasse através de ações.

Hoje, qualquer discordância com a ordem vigente é criminalizada, só aceita quando discutida por um prisma sustentável de um bem estar construído paralelo ao enfrentamento do Estado Capitalista.

Resultado: nossa época é de desconfiança, descrença, falta de esperança… Será que vivemos o limite de uma civilização? Sem sonhos, sem utopias, sem direção, sem identidade…

O Padre operário e ex-militante da JOC (Juventude Operária Católica), Agostinho Preto,  é a prova de que ainda é possível acreditar.

Preso durante a ditadura, durante dois anos viveu na clandestinidade, viu amigos sendo torturados e mortos, mas nunca desistiu de acreditar num mundo justo e igualitário. Com oitenta e seis anos continua lúcido e mais convicto que nunca de que é preciso lutar para atingirmos nossos ideais e que independente de ver este mundo mudado, será resistência neste árduo combate em que ele diz: “é preciso ser resistência […] no meio deste sistema de consumo, de capitalismo, de exclusão […] por isso, hoje, há um grande desafio, como resistir e não se conformar com o sistema sem perder a identidade, é o desafio porque a tentação é grande. Qual o valor do salário mínimo? É pecado… Salário mínimo é pecado […] Quanto ganha um vereador? Um deputado? […] É muito canalha… Canalha… Mas não podemos culpar pessoas não, é o sistema… É o sistema… E não podemos nos conformar. Por isso, temos que ser resistência!”

“Quem perde a memória não volta para casa”

Pe. Agostinho Preto

 

Ouça os áudios com o Pe. Agostinho:

OBS: Caso os audios carreguem rapidamente, o que acarretará num erro do arquivo, feche o navegador e reabra a página novamente.

Sobre o início da Joc  em Porto Alegre e a perseguição durante a ditadura – dur. 05:13

É preciso ser sujeito da história – A JOC tem sete folêgos – A juventude decide, determina – É preciso registrar a história – dur. 05:13

A juventude – iniciação – não existem fórmulas – confie e dê uma responsabilidade – dur. 02:37

 

Vídeo Pe. Agostinho falando sobre a ditadura

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Quer aprender a usar camisinha? Vá até a feira!

Como todo mundo que frequenta este site sabe, todos os meses a Rádio da Juventude realiza as RadioFeiras. Nestes eventos, discutimos temas importantes para a juventude trabalhadora e a comunidade como um todo. Na última edição, em 11 de dezembro, tratamos sobre a AIDS, DSTs e formas de prevenção.

Para dar uma “esquentada” no assunto, nossos especialistas de plantão resolveram mostrar a forma correta de colocar a camisinha no… ehh, na… banana!

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=HH0bQe9sSV4]

Rádio Madame Satã: mandando torpedos sonoros para os ares cariocas!

Um sobrado escondido entre a região menos nobre da Lapa. É de um lugar desses que irradiam ondas eletromagnéticas e sonoras que pretendem mudar a realidade e subverter a ordem vigente. Estamos falando da Rádio Madame Satã, que há mais de 10 anos vem matando um leão por dia para se fazer ouvida nas ruas cariocas.

Um dos espaços de criação audiofônica da Madame Satã

Mais que uma emissora de rádio, a Madame Satã é um caldeirão de idéias libertárias. Lá eles produzem música independente, audiovisual, serigrafia e outras formas de mídias livres. Além disso, eles são entusiastas da metareciclagem, que é uma outra forma de se reapropriar da tecnologia, através de equipamentos que normalmente são descartados. Para conhecer melhor esta história, nada melhor do que ouvir a versão de quem ajudou a construí-la. Com a palavra, o comunicador Victor Ribeiro:

 

Uma rádio livre tem que estar aberta a todas as expressões sonoras, de idéias e revolucionárias, certo? Pois eles levam essa idéia às ultimas consequências. Outro integrante da Madame Satã é o Léo, que reutiliza jornais e outros papéis encontrados nas ruas para produzir cartazes denunciando diversos problemas sociais e reivindicando alternativas, tudo através da serigrafia. Léo também é o idealizador do projeto L4bomb. A idéia é recuperar os barulhos urbanos e reordená-los de forma a criar outro significado, como é caracteristico do estilo noise:

Para conhecer mais sobre as idéias e atitudes da galera da rádio Madame Satã, basta entrar no site deles. E para ouvir a rádio online, basta clicar aqui.

Expo Brasil: Painel de Comunicação Comunitária

Pois é galera como já foi citado no texto anterior sobre a Expo Brasil, uma das coisas interessantes nesta Expo, qual foi nosso alvo, era exatamente discutir comunicação. Logo, no segundo dia estávamos lá, numa sala, sentados em roda com cerca de umas vinte pessoas e com três expositores: Luis Fernando Sarmento articulador de redes sociais do Sesc-Rio, Victor Ribeiro da Rádio Madame Satã e Cássio Martinho, professor de Comunicação Comunitária em Belo Horizonte, que iriam falar sobre esse negócio de Rede de Comunicação Comunitária.

Bem, não existe como relatar tudo que houve nessas duas horas num pequeno texto, então segue os pontos essenciais de cada expositor e depois nossas impressões.  Continue lendo

Escola de Artes Cênicas de Santos está com inscrições abertas


A Escola de Artes Cênicas Wilson Geraldo está com inscrições abertas para novas turmas até 15 de janeiro. Há 50 vagas para candidatos a partir de 16 anos (menores de idade devem se inscrever na presença de um responsável e apresentar declaração de frequência escolar).  É necessário levar original e cópia do RG, comprovante de residência e uma foto 3×4 recente. As provas seletivas estão previstas para o início de fevereiro.  A escola funciona no Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100, Centro Histórico) e atende de segunda a sexta-feira, das 15h às 21h. Informações: 3219-3827.

Fonte: Amigos da cultura

Ato contra a criminalização da pobreza

A criminalização da pobreza no Brasil é um processo histórico que se enraizou ideologicamente na cultura da sociedade brasileira desde o Brasil colônia.

Ser pobre neste país além de ter de enfrentar tantas dificuldades para se viver com um mínimo de dignidade. Ainda tem que carregar o estigma de criminoso, de vagabundo… De ser representado de forma temerosa e até odiada pela elite brasileira.

Neste sábado dia 11/12 participe deste ato contra a criminalização da pobreza.

Caminhada em defesa da vida, contra o extermínio de jovens, pela federalização dos crimes de maio de 2006, contra criminalização do movimento sindical, fim da violência contra mulheres, abaixo a homofobia e moradia digna!

Local: Praça das Bandeiras – Gonzaga – Santos  às 09:30hs

Término – BNH – Santos

“A aids é uma doença sob controle. Do vírus”

“O número de mortes que a gente vivenciava era muito diferente do que as estatísticas mostravam”, disse de cara Beto Volpe, fundador e consultor do Grupo Hipupiara Integração e Vida, que trabalha com prevenção à aids e acolhimento da pessoa que vive com o vírus HIV, entre outras doenças. Há 21 anos com o vírus, ele foi o convidado do último Reflexão e Ação, que debateu o tema no último sábado, dia 04. O dia 1º do mês marcou o Dia Mundial de Luta contra a Aids, e a Rádio da Juventude aproveitou a data para trazer à tona a questão.

Ouça na íntegra:

Download: VBR MP3 (84.5 MB) | Ogg Vorbis (59.9 MB)

O papo com Beto Volpe foi bem-humorado, descontraído, mas não deixou de ser sério. Beto trouxe números, a realidade da doença, e até seus remédios para de tratamento. Na semana passada, ele havia escrito um artigo, intitulado “Cai o mito da mortalidade em aids”, em que comenta estudos recentes que mostram que os efeitos colaterais da doença (ou da medicação?), como problemas no coração, cânceres, etc, estão vitimando muitos soropositivos. E geralmente essas causas não são contabilizadas como morte por aids.  Continue lendo

ExpoBrasil: Rede de Comunicação Comunitária Interativa

Sarmento a esquerda com Guilherme Junior da Rádio da Juventude

Pois é galera uma das coisas interessantes nesta Expo no qual estivemos, e que era um dos nossos alvos, era exatamente participar dos eventos de comunicação.  E como intrépidos ou paladinos guerreiros da COM estávamos lá para trocar experiências e problematizar a questão. No primeiro dia conhecemos Luis Fernando Sarmento articulador de redes sociais do Sesc-Rio e entusiasta de redes de Comunicação Comunitária Interativa que nos apresentou a metodologia de Classificados Sociais (muito interessante) e que nos falou sobre a importância de uma comunicação em Redes Humanitárias Comunitárias que segundo ele funciona assim Continue lendo

III Feira de Reciclagem e Sustentábilidade: produção e consumo consciente.

É isso aí galera que acompanha a Rádio da Juventude, como já informamos na publicação anterior, dois de nossos integrantes estiveram no Rio de Janeiro participando da Expo Brasil. E nesse intercâmbio de experiências, nossos repórteres juntamente com a JOC (Juventude Operária Católica) estiveram também no Município de Mesquista participando da III Feira de Reciclagem e Sustentabilidade. O evento ocorreu nos dias 1, 2 e 3 de Dezembro no Paço Municipal,  e teve como objetivo expor produções de organizações locais, assim como promover atividades culturais, oficinas e palestras sobre Ecosol (economia solidária) e sobre a importância de usar os recursos naturais sem comprometer as gerações futuras.

Confiram as entrevistas:  Continue lendo

ExpoBrasil: cultura, consciência e cidadania.

A 9ª ExpoBrasil Desenvolvimento Local, evento realizado entre os dias 1 (hoje), 2 e 3 de dezembro no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro, está apresentando uma variedade de produções culturais, todas voltadas para a consciência e cidadania e com intuito de valorizar  e incentivar o desenvolvimento de comunidades locais onde estão inseridas. Organizações não governamentais e movimentos sociais do Brasil todo estão presentes apresentando seus trabalhos e projetos, há também discussões sobre EcoSol (economia solidária), Comunicação Comunitária Interativa, entre outras coisas.

Se vc estiver passando pelo Rio durante alguns destes dias, dê uma passada por lá. A entrada é gratuita e o endereço é  Av. Paulo de Frontin com Av. Pres. Vargas – Cidade Nova – RJ.

A JOC está representada neste evento através da participação de 11 jovens, vindos de diferentes cidades onde o movimento está presente. Entre estes, estão Ailton Martins e Guilherme Júnior, que cobrirão o evento para a Rádio da Juventude.

Jovens da JOC vêm de 05 cidades das regiões Nordeste e Sudeste.

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O aborto tem que ser legalizado? Quem deve decidir? A mulher, o homem, a religião ou o Estado?

Centenas de mulheres no Brasil estão sendo perseguidas, humilhadas e condenadas por recorrerem à prática do aborto.

A criminalização do aborto condena as mulheres a um caminho de clandestinidade, ao qual se associam graves perigos para as suas vidas, saúde física e psíquica, e não contribui para reduzir este grave problema de saúde pública.

As mulheres pobres, negras e jovens, do campo e da periferia das cidades, são as que mais sofrem com a criminalização. São estas que recorrem a clínicas clandestinas e a outros meios precários e inseguros, uma vez que não podem pagar pelo serviço clandestino na rede privada, que cobra altíssimos preços.

Fonte: http://www.frentepelodireitoaoaborto.blogspot.com/

Reflexão e Ação

Neste ultimo sábado dia 27/11 o programa deu início a discussão sobre o tema “O aborto deve ser criminalizado ou liberado?” que de certa forma, desde alguns programas anteriores quando discutimos a influência da religião sobre a política, a Liberdade de imprensa, comunicação e formas alternativas, lei Maria da PenhaContinue lendo