Cleóbulo OCUPADO: Façamos nós por nossas mãos!

A Escola Estadual Cleóbulo Amazonas Duarte (C.A.D.) é mais uma da lista das sucateadas e que segue em processo de fechamento. Isso é, melhor dizendo, seguia em processo de sucateamento e fechamento pois desde quinta-feira, 19, quando estudantes a ocuparam contra a “reorganização escolar” (ou “desorganização escolar”), a escola vem ganhando melhorias estruturais e pedagógicas através de mutirões, oficinas: esportivas; culturais; educativas, biblioteca, cozinha comunitária, enfim, um ambiente onde a democracia direta, através das assembleias, a autogestão, o apoio mutuo, a horizontalidade, dentre outros princípios que contrariam a “ordem e progresso” apresentam seu exemplar funcionamento através da prática.

Acompanhem as atividade e informações através do canal oficial da ocupação:
https://www.facebook.com/naofechenossasescolasbs/
https://www.facebook.com/hashtag/cleobuloocupado

Ou colem na Ocupação:
Endereço: R. Dr. Guedes Coelho, 107 – Encruzilhada, Santos – SP

Façamos nós por nossas mãos!

Viva as Escolas Ocupadas!

Contra a (des)organização escolar!

 

Rádio Livre Venceremos – 97,5 FM – Transmissão #1

No dia 26 de Abril de 2015 aconteceu a transmissão #1 da Rádio Livre Venceremos – 97,5 FM – para o extremo sul de São Paulo.
A atividade aconteceu na feira livre do Jd. Angela – SP, local onde a atividade continuará acontecendo aos domingos.

confira fotos e audios aqui

Nesta edição de abertura a Rádio Livre Venceremos contou com a participação de compas grevistas da Educação que comentaram da situação e abordaram a questão “Terceirização”. Além de intervenções músicais de Emilie e pessoas do bairro que mandaram seu ‘salve’.

A Rádio Livre Venceremos teve uma recepção solidária e com grande apoio dos feirantes e pequenos comércios, que cederam o ponto de luz e fortaleceram no retorno, tamo juntxs!!

Viva a Comunicação Popular!
Abaixo o monopólio da comunicação!

Vida longa a Rádio Livre Venceremos!

Venceremos!

#1 Sarau Diz’Quina

A primeira edição do Sarau Diz’Quina – Atividade cultural organizada principalmente por moradores da Vila Margarida, SV – aconteceu mesmo debaixo de um quase dilúvio no domingo, 8 de Março.
Com a temática “Mídia”, o evento iniciou com a projeção do doc. Manual Radio Livre seguido de um debate sobre o monopólio da comunicação no Brasil e algumas formas de fazer frente a essa lógica avassaladora de culturas, ideias, resistências, diversidades, etc. Também foi levantada a questão da objetificação da mulher e o apelo machista utilizado pelos grandes Meios. Na sequência o mano William lançou algumas ideias sobre a Literatura e sua relação com a mídia. O Sarau seguiu animado com poesia, troca de ideias e intervenção musical feita por parte da galera organizadora do rolé. Enquanto tudo isso acontecia o mano Caio Cesar mandava um graffite que ao final se tornou um grande registro deste espaço de cultura e resistência.
O evento contou com xs compas da Trupe Olho da Rua, Sarau da Vila em Movimento, além do grande esforço e talento da galera, maioria do bairro, que se preocuparam com cada detalhe da ornamentação.

Arriba o Sarau Diz’Quina!
Arriba a cultura popular!
Arriba a comunicação livre!

E que venham os próximos .0/

 

Festa popular: Quadrilha Junina Andy & Angel

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Neste último sábado, 02 de agosto, duas quadrilhas se apresentaram no Arraiá Andy & Angel na rua Olga marques na Vila Margarida – SV, próximo ao colégio Laura. Evento organizado pelo grupo de Quadrilha Junina Andy & Angel.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A primeira apresentação ficou por conta do grupo de Quadrilha Tia bola que fez uma apresentação incrível, na sequência, Andy & Angel deu um show de dança e animação, com um roteiro muito bacana e divertido. No final, houve a participação da quadrilha Nossa Senhora das Graças, que encerrou a noite.

Em São Vicente,

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Quem teve a oportunidade de conferir as apresentações das quadrilhas este ano, pôde presenciar que este festejo junino organizado há muito tempo nas periferias de São Vicente se tornou uma tradição popular muito interessante.

Primeiro por agregar uma grande quantidade de jovens em torno de uma manifestação cultural que procura valorizar a mulher e o homem do campo, dando importância às coisas simples e da terra.

Segundo por colocar toda essa juventude em contato com manifestações culturais regionais, muitas vezes, desconhecidas aqui em São Vicente, por exemplo, a quadrilha da Tia Bola em suas músicas de apresentação possui uma sonoridade com certa influência de músicas regionais do Amapá, do nordeste, enfim, bem legal né?

Terceiro é que este envolvimento com a cultura popular propicia sairmos um pouco da cultura de massas e adentrarmos um pouco na cultura popular, na cultura de povo pra povo, onde as pessoas preparam suas roupas, suas comidas, danças e na rua do bairro mesmo montam seu Arraiá e celebram a vida.

Parabéns aos organizadores! Pela cultura popular sempre!!!

Todas as fotos da festa neste link clique e confira!

Vídeos abaixo com parte da festa que foi danada de boa.

1º Encontro de Graffiti no Japuí- SV: A terapia das cores.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Quem compareceu no 1º encontro de graffiti realizado no último 27 de março, no bairro do Japuí em São Vicente, pôde conferir diversos artistas urbanos ocupando a praça principal do bairro e desenvolvendo sua arte com muito talento. O evento ocorreu durante todo o dia, e de hora em hora, foi comparecendo um(@) grafiteir@, que deixava sua  arte impressa no muro da praça, dando mais vida com o colorido dos graffitis.

Segundo uma moradora; “Tá ficando tudo muito lindo, a praça tava abandonada, agora, eles deram vida, temos que cuidar né? É importante pro nosso bairro, pra gente, pro nossos filhos”.

Segundo Leornardo Francisco um dos organizadores do encontro; O Dia do Graffiti foi criado informalmente no ano de 1988 em homenagem a Alex Vallauri, um dos pioneiros da arte de rua no Brasil, falecido em 27 de março de 1987. A partir do ano seguinte, esse dia passou a ser celebrado pelos artistas brasileiros que utilizam as ruas para manifestar sua arte. Pela primeira vez em São Vicente, foi realizado um encontro de grafite em comemoração ao dia, sendo promovido por artistas, comércio e comunidade local. O evento uniu artistas das cidades de Praia grande, São Vicente, Santos e Guarujá. Agradeço a comunidade pelo apoio e envolvimento com o evento, e Também agradeço de coração todos que participaram e fortaleceram deixando sua arte no local. Viva a cultura de RUA!

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Foi um dia muito bacana, de energia positiva, comprovando na prática que muitas vezes pra mudar algo, basta darmos passos juntos, que a realidade a nossa volta se transforma.

Fizeram parte da organização; Leo, Carlos Roberto e Adriana Furim –

Todas fotos aqui

Segue vídeo;

II Copa Rebelde dos Movimentos Sociais

A II Copa Rebelde dos Movimentos Sociais será realizada nos dias 12 e 13 de abril, no mesmo espaço da primeira, a antiga Rodoviária da Luz, no centro da cidade, demolida para a construção de mais uma obra gentrificante e cujo processo se encontra embargado na justiça. Recentemente, o governo do Estado anunciou a desistência da construção desta obra.

O que é a Copa Rebelde

Afim de resgatar o caráter democrático do futebol e discutir a atual mercantilização deste esporte, hoje com a Copa da Fifa de 2014 como representação maior, o Comitê Popular da Copa-SP convida os movimentos sociais para a II Copa Rebelde dos Movimentos Sociais.

Mais informações e a programação completa você encontra em http://coparebelde.wordpress.com

Como foi a I Copa Rebelde dos Movimentos Sociais

Unidos da Barão - Foto de Caio Cestari.
Unidos da Barão – Foto de Caio Cestari.

Unidos da Barão, campeões da I Copa Rebelde dos Movimentos Sociais!

Parabéns a todas pessoas que participaram!

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Fotógrafo Sérgio Silva
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Fotógrafo Sérgio Silva
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Fotógrafo Sérgio Silva
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Fotógrafo Sérgio Silva

Grafites e pixos: contrastes e saturações?

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Essas fotos foram tiradas na cidade de Santos, reparem que todos os grafites e pichações foram construídos em locais deteriorados, abandonados e quase que invisíveis para a fria selva de concreto em que vivemos.

IMG_2728A primeira coisa que penso antes de qualquer discussão, é que há muita coisa interessante produzida e que está disposta aí, na faixa, para observar, contemplar, fotografar, ou, sei lá – se este era o objetivo dos autores, não sei, talvez não, creio que seja muito mais como uma forma de ressignificação do espaço urbano, uma provocação – ou, não seja nada disso, só viagem deste que escreve, talvez.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Porém, o que temos de prático, não dá para dizer que são construções neutras, somente a localização que se encontram, já criam uma infinidade de simbolismos, e somadas com as escritas que contém algumas, revelam o teor artístico crítico, cuja finalidade está muito mais ligada a uma movimentação de contestação, que apenas a ideia de arte pela arte.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Mas que contestação seria essa?

Seria o reflexo dos contrastes e saturação urbana que vivemos hoje nas grandes cidades, onde o espaço urbano segregacionista, individualista e cruel devora a todos?

IMG_2751Continuarei com este assunto.

Deixo aqui o início de uma série de fotos que pretendo tirar pela região da baixada santista, pois há muita coisa bacana que vale a pena circular pela rede.

Todas as fotos aqui

Dia 1º tem Carnacachaça no Macuco em Santos, o tema deste ano; “Macuco Para sempre”

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Neste 1º de março, quem quiser cair na  folia,  tem a banda Carnacachaça no Macuco, o tema deste ano; “Macuco Para sempre”, trata da construção do túnel e as desapropriações.

Assista ao vídeo logo abaixo  onde moradores do Macuco falam sobre a banda Carnacachaça existente há quatro anos, e que faz parte de mais uma das manifestações populares que o bairro do Macuco produz, explicam o tema de 2014 – “Macuco Para Sempre”, e a importância de preservar a cultura viva do bairro.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A banda colocará o bloco na rua neste sábado dia 01 março às 19:00h, a concentração será às 17:00h, Rua Santos Dumont com Euzébio de Queiroz.

Mensagem dos organizadores;

“Vamos unir nossos jovens com os mais vividos, e mostrar para quem quer que seja que o macuco é cultura, amizade e nosso lar!!”

Quem comprar o abadá, a bebida fica por conta!

Valor:
15,00 reais.

Atrações:

Grupo Soul Pagode
Mc Barriga
Mc Danilo
Mc Gustavo Boy
Mc Leo da Baixada
Mc Nego Ray

Dj Fabio Bozo
Dj Leo Vinicios
Dj Marquinhos Sangue Bom
Dj Lucas Phantine

E muito mais!!

Audiência Pública sobre a construção do túnel Santos/Guarujá. Desapropriação não!

Audiência Pública

Nesta terça-feira (18) acontecerá a audiência pública sobre a revisão do EIA/ RIMA (Estudo de Impacto Ambiental) para a implantação da ligação viária (túnel submerso) entre Santos e Guarujá. A participação popular e a anulação desta audiência é fundamental para deter este megaprojeto  que serve apenas aos empresários e irá desapropriar centenas de pessoas – somente no Guarujá estima-se que 1.500 familias serão removidas.

Local: Arena Santos –  Avenida Rangel Pestana, 184 – Santos -SP

Horário: 17h, 

Leve sua faixa e seu protesto!

Insumos:

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Macuco um bairro de luto. Desapropriação não!

Quem tiver a oportunidade de passar pelo bairro do Macuco em Santos irá se deparar com diversas bandeiras negras penduradas pelas casas com a seguinte mensagem; “Aqui, túnel não!”. O motivo das bandeiras negras segundo os moradores é um protesto em relação à construção do túnel que interligará as cidades de Santos e Guarujá que irá desapropriar centenas de pessoas nas duas cidades sem consulta popular, e além do protesto, também simboliza o luto das pessoas, por perderem suas casas que durante anos construíram com muito trabalho, esforço e dedicação. 

Segundo os governos municipal e estadual a construção do túnel irá contribuir para a cidade no que diz respeito à mobilidade urbana, no entanto, difícil acreditar que aumentar o fluxo de automóveis nas ruas irá resolver algum problema, de acordo com o projeto de construção do túnel que está disposto no site da Dersa (para qualquer um ler), haverá pistas do túnel para passagem de caminhões, ou seja, é um projeto de expansão portuária para escoamento de cargas, assim, como servirá como porta de entrada para turistas que descem de São Paulo para o litoral, de modo que estes dois pontos já revelam que essa obra faraônica irá deflagrar num aumento significativo do trânsito na cidade, sendo que a cidade já possui este problema, por exemplo, em horários de picos, só quem volta do trabalho no transporte público, ou mesmo de carro e tem que enfrentar a Afonsa Pena, Avenida da Praia ou Perimetral sabe o quanto é complicado trafegar, distâncias pequenas, chegando a levar duas ou três vezes o tempo que deveria, senão fosse o trânsito. Agora, estes pontos não estão sendo discutidos. Apenas uma grande cortina de fumaça que vem sendo erguida para não deixar a população santista perceber o problema que está sendo construído a revelia de consulta popular.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Por isso, as bandeiras negras erguidas pelos moradores do Macuco, é uma brilhante ideia para questionar e chamar toda a população para uma reflexão profunda sobre o tipo de cidade que queremos, e qual o papel neste caso da atuação popular. Ficar assistindo e deixar que o problema se instaure, ou resistir e lutar?

Que essa decisão emane do povo. Muito mais que um túnel, o povo quer ter o direito de exercer sua autonomia.

Macuco

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Pra quem não sabe o bairro do Macuco é um dos mais antigos bairros da cidade de Santos, um dos poucos onde as crianças brincam nas ruas, os moradores podem sentar a calçada e curtir um final de tarde. Na verdade, é um dos poucos bairros em que a especulação imobiliária ainda não derrubou, porém, vem sendo alvo da expansão portuária e de um projeto que pretende erradicar o bairro da forma como o conhecemos hoje.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Naira Teixeira – Sr Eulálio, morador do Macuco há cerca 30.anos 

Considerado um dos primeiros bairros operários da região, sua importância histórica e cultural está diretamente associada ao patrimônio social da cidade de Santos. Por isso, é preciso documentar e resistir as formas de ocupação meramente econômicas, que além de estar destruindo o bairro está destruindo a memória e a história viva das pessoas que nele residem.

Abaixo, alguns vídeos com depoimento dos moradores do Macuco;

Levante Zapatista: 20 anos de resistência e construção da autonomia

fotos por: Regeneración Radio

ATENÇÃO: A Junta de Buen Gobierno do Caracol de Morelia denuncia hostilização e agressões.

No dia 1 de fevereiro, companheir@s bases de apoio do ejido 10 de abril, município autônomo em rebeldia “Dezessete de Noviembre” sofreram ataques por parte da Central Independiente de Obreros Agrícolas y Campesinos (CIOAC), onde alguns compas ficaram gravemente feridos e outros tiveram feridas leves. Além das agressões, os integrantes do Hospital San Carlos foram impedidos a todo custo de realizar suas atividades. leia a denúncia aqui

Há pouco mais de um mês completaram 20 anos do levantamento Zapatista. O Exército Zapatista de Libertação Nacional – EZLN, um povo simples do Estado de Chiapas, sul do México, que em 1 de janeiro de 1994 se levantaram em armas para dizer basta de injustiças. Desde então se organizam, lutam e resistem por democracia, liberdade e justiça, pelas quais defendem cotidianamente dos ataques e agressões orquestradas pelo “mau governo” (governo oficial do México), como alerta a notícia acima.

“Porque através desses paramilitares e seus seguidores, filiados aos diferentes partidos políticos, tem agredido, despojado, expulsado, provocado, ameaçado e roubado os pertences das nossas bases de apoio” – Comandanta Hortensia

Ao longo destes 20 anos o Estado Mexicano buscou e segue tentando desmobilizar o Movimento Zapatista com ataques ideológicos, utilizando a mídia como uma das ferramentas para criminalizar o movimento, grupos paramilitares que não param de crescer, dentre outras maneiras. A essas diferentes formas de ataques, os/as zapatistas tem organizado a resistência através das rádios comunitárias autônomas e projetos de vídeos; a busca da via pacífica para os conflitos com paramilitares; o resgate da cultura, idiomas e vestimenta, contrapondo a cultura hegemônica imposta; os trabalhos coletivos com gados, porcos, milho, feijão, tendas de artesanato, entre outras, como resistência econômica aos programas assistenciais que tentam minar a independência dos povos ao Estado.

“Nossos povos começaram a viver e a governar-se com suas próprias formas de pensar e de entender como o faziam nossos pais e avós. Isso é, começamos a viver a autonomia e a liberdade segundo l@s Zapatistas” – Comandanta Hortensia

Após o levante, @s zapatista perceberam que não bastava retomar suas terras, mas teriam que organizar-se politicamente, aprender a governar e construir sua autonomia. Tal autonomia baseia-se nos sete princípios: servir e não servir-se; representar e não suplantar; construir e não destruir; obedecer e não mandar; propor e não impor; convencer e não vencer; baixar e não subir. Dessa maneira seguem organizados os três níveis de governo: local, municipal e de zona, com autoridades eleitas pelas bases de apoio, com mandato revogado caso não cumpram com seus deveres. Dessa maneira segue a construção da autonomia, onde o povo manda e o governo obedece.

“Para que nossos irmãos e irmãs, do nosso país e do mundo, conheçam e vejam nossos pequenos esforços e humildes experiências, tratamos de compartilhar com el@s através das Escuelitas Zapatistas” – Comandanta Hortensia

Então, depois de vinte anos de experiência na luta contra o Estado, que não atende as urgências d@s “de baixo”, da classe oprimida. Mais que isso, contra um sistema mundial de opressão que é o neoliberalismo, o EZLN decidiu convidar movimentos, coletivos, organizações, do mundo inteiro, que tem afinidade com a VI Declaração da Selva Lacandona, para compartilhar sua visão de liberdade, suas formas de resistência, sua maneira de governar autonomamente e seus desafios em desconstruir valores machistas tão difundidos no sistema capitalista. Assim, estão acontecendo as Escuelitas Zapatista, com três rodadas já realizadas desde Agosto passado, contando com, aproximadamente, 1500 pessoas por edição. Quem participa da atividade tem como tarefa principal ouvir. Muito mais que propagar “ismos” (marxismos, bakuninismos, feminismos etc), @s alun@s devem conhecer, sentir e aprender com a trajetória desse povo em luta e resistência, para potencializar suas ações locais e fortalecer os laços de solidariedade.

“A melhor forma de honrar a memória de todos os nossos companheir@s, caíd@s, é comprometer-nos mais na luta, é seguir o exemplo dos nossos companheir@s , que nunca se venderam, nunca se renderam, nunca desistiram, até entregar a vida à seu povo” – Comandanta Hortensia

BASTA DE AGRESSÕES ÀS BASES DE APOIO ZAPATISTAS!
VIVA A RESISTÊNCIA E A AUTONOMIA ZAPATISTA!
VIVA O EZLN!

  • Mensagem do Comite Clandestino Revolucionario Indígena a cargo da Comandanta Hortensia
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  • Hino das Escuelitas Zapatistas
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  • Poema Utopias
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  • Hino Zapatista
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Sarau / Rolezinho na Vila do Teatro

No ultimo domingo, 26, o “rolezinho” não foi num Shopping, mas em um lugar que tem como princípio a ocupação popular, a Vila do Teatro, Santos.Sarau rolezinho Vila do Teatro

No dia em que a cidade completou 468 anos de exploração, os grupos participantes fortaleceram nos debates sobre racismo, desmilitarização e a questão ficou latente: No “aniversário” de Santos, e mais, neste ano de Copa do Mundo, comemorar o que?

O “rolezinho” iniciou com a apresentação teatral do “Projeto Bispo – tratados como bicho, se comportam como um…”, seguido de debate com Douglas, UNEafro, sobre o racismo e a farsa da “democracia racial”, o Movimento Mães de Maio levantou a importância da desmilitarização da Polícia Militar e a Thaís, Margens Clínicas, tratando da importância da psicologia no Luto à Luta. O grupo “Gigantes da Alegria” impressionaram com apresentações circenses e a noite seguiu com muita música com o DJ Wagner Parra na discotecagem.

Confira alguns registros do Sarau / Rolezinho na Vila do Teatro:

  • Mães de Maio: Pela desmilitarização da Polícia Militar
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  • Thais – Margens Clínicas e o trabalho com as Mães de Maio
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  • Thais: Receita para arrancar poema (Viviane Mosé)
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  • Armando – O que comemorar no aniversário de Santos?
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4º Campeonato de Ping Pong do México 70 em São Vicente

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

No dia 29 de dezembro de 2013 ocorreu no México 70 em São Vicente o 4º Campeonato de Ping Pong reunindo cerca de cem pessoas entre crianças, jovens e adultos. Foram em torno de cinco horas de muita adrenalina em que a comunidade deu um show de talento, criatividade, organização e alegria.

Idealizado pelo Mano Zé Elias morador do bairro e apresentador do programa Vozes do Gueto da Rádio da Juventude (além de militante do hip hop e do movimento negro), segundo Elias a ideia do campeonato é reunir e colocar a molecada em movimento, para a partir de uma atividade esportiva/cultural mostrar a capacidade que cada um tem para atingir seus objetivos.

O campeonato é fracionado por faixa etária, sendo que cada parte, apenas três menin@s recebem medalhas, além de prêmios, sendo que o primeiro colocado também recebe um troféu.

Para participar é livre, basta fazer a inscrição e cair pra dentro, porém, tem que estar preparad@, há garot@s que jogam o ano inteiro e quando chegam ao campeonato não dão mole, vão mesmo pra ganhar, afinal, além do troféu e medalha, os prêmios são camisas, bonés e bermudas, ou seja, muit@ garot@ vai na garra pra faturar a roupa de fim de ano.

Em sua quarta edição o campeonato é organizado pelo Mano Zé Elias, por moradores e por quem queira contribuir com a atividade, este ano foram compradas duas mesas novas de ping pong por meio de campanha financeira em que muitas pessoas contribuíram. (comunidade agradece a tod@s)

Todas as fotos do campeonato veja aqui

Vídeo;

OBS: As roupas foram doadas pelas lojas Beco.

Caiçara Jam´s: Contato-Improvisação – Oficina de Contato, Ideokinesis e composição. Bora?

1468774_616695691727783_1984888509_nPara Caiçara Jam´s é o nome do projeto oferecido à Santos – FACULT 2012, que tem como objetivo formar novos praticantes de Contato Improvisação e também iniciar uma formação para a Jam´s Sessions.

O Contato-Improvisação é uma dança a dois, com transferência de peso que cria gravidade entre os corpos. Se apóia na estrutura esquelética como base operacional, na coluna vertebral como eixo e no refinamento da atenção e do olhar observador para realizar as escolhas do caminho. A idéia é que um corpo dê maior fluidez ao outro, sendo um muitas vezes a base para que o vôo do outro aconteça.

O Contato Improvisação nasceu do movimento pós-modernista nos EUA em 1972, foi criado por Steve Paxton que é considerado um dos mitos vivos da dança

A ideokinesis é um método educacional de orientação e reeducação do sistema neuro-muscular por meio da associação entre a imagem interna do corpo e sua sensação física.

A proposta da oficina é mixar conteúdos do Contato-Improvisação, com ensinamentos da M. M. Beziérs – fisioterapeuta francesa que mapeia e ensina sobre as conexões ósseo-musculares, e com a Ideokinesis, instrumentalizados como métodos de preparação de um corpo mais integrado e livre para explorar seus movimentos e se conscientizar deles.

As oficinas de dança (contato e improvisação) estão abertas a todos interessados iniciados e iniciantes na dança. A programação é gratuita, mas necessita de inscrição.

Vem!!!

PROGRAMAÇÃO

______DIA 29/11/2013 ( SEXTA-FEIRA)- 19H às 22H

Oficina de Contato, Ideokinesis e composição

C.A.I.S. Vila Mathias > Avenida Rangel Pestana, 184 – Vila Mathias

______DIA 30/11/2013 (SÁBADO) 14H às 18H

Oficina de Contato, Ideokinesis e composição

C.A.I.S. Vila Mathias > Avenida Rangel Pestana, 184 – Vila Mathias

_____DIA 01/12/2013 – (DOMINGO) DAS 10H às 12H

Para Caiçara Jam´s no Jardim Botânico Chico Mendes > R. João Fracaroli, s/nr – Bom Retiro, Santos – SP. (Zona Noroeste)

_____DIA 06/12/2013 (SEXTA-FEIRA) 19H às 21H

Oficina de Contato, Ideokinesis e Composição

C.E.S. Vila Mathias > Av. Ana Costa 308.

______DIA 07/12/2013 (SÁBADO) 16H às 18H

Para Caiçara Jam´s II

Ilha Diana > Barquinha para Ilha Diana – Atrás da Alfândega

______DIA 08/12/2013 – DAS 15H AS 17H

Para Caiçara Jam´s III

Deck do Pescador > Avenida Bartolomeu De Gusmão, s/n – Aparecida – Santos – SP

FICHA TÉCNICA:

Concepção, direção e apresentação: Camila Vinhas

Produção: Amanda Medeiros

Oficinas de dança: Camila Vinhas Itavo

Músicos convidados: Sico Dos SantosLuan PereiraGabriel Ardanuy II– L²EM

Técnico de Som: Fabio Rodrigues

Ilustrações: Yuri Scavinski

Designer Gráfico: Betinho Neto

FACULT 2012

Apoios e Parcerias: AmandallaLaboratório de Movimento –Canaloito Danca,Guarda RoupasMenina BrasileiraC.E.SSanatório Geral

www.facebook.com/paracaicarajam.s

Informações: paracaicarajams@gmail.com

*** As inscrições podem ser feitas pessoalmente no C.A.I.S Vila Mathias, por e-mail ou solicitando a ficha no inbox da página.

Facult 2013 (Santos-SP) Vamos perder a única política pública construída com as nossas mãos?

1469894_581550195232075_1339153036_nO que dizer sobre uma lei construída de maneira suprapartidária que contou em todo processo com uma ampla participação popular tendo como objetivo fomentar a Cultura. O que dizer sobre um lei que mesmo precisando de melhorias e de mais verba contemplou 60 projetos que viabilizaram mais de 180 apresentações descentralizadas na cidade (sim descentralizadas , para a Zona Noroeste, Morros e Área Continental).

Pois é, estamos prestes a perder o Facult! A lei do Facult regulariza o uso do Fundo Municipal de Cultura através de edital que contempla as iniciativas culturais da cidade. Anos de luta e após duas edições estamos vendo o barco afundar com essa nova gestão. Mas por quê? O intuito não era avançar, cuidar e inovar?

Vamos tentar entender o que não tem explicação.

Com o fechamento do Coliseu no começo do ano grande parte da receita que vai para o fundo municipal de cultura se esvaiu , vários artistas da cidade levantaram a questão perante a SECULT, presencialmente, pelas redes sociais e até pelo o Jornal A Tribuna e a resposta da administração municipal sempre foi mesma ” já pensamos nisso e essa questão será resolvida sem prejudicar o Facult e blá blá blá”, infelizmente essa não foi a realidade, nos deparamos com a omissão e o descaso. Alguém já te pediu um voto de confiança? Pois bem ,a classe artística deu esse voto de confiança, esperamos a publicação do edital pacientemente e fomos surpreendidos com o notícia de que não haveria edital no ano de 2013!??? Motivo “o fechamento do Coliseu”.(Engraçado constatar que para reformar o Coliseu a administração municipal conseguiu suscitar o espírito mecenas de alguns empresários, pois bem a lei do facult também prevê a possibilidade do fundo receber doações, penso que a mágica poderia se repetir)

Nos reunimos com diversos artistas de vários segmentos artísticos no dia 12 de novembro, na pauta estava o Facult 2013 e nessa primeira reunião tiramos duas ações, solicitar em caráter de urgência uma reunião com o Prefeito Paulo Alexandre e tentar uma interlocução via Conselho Municipal de Cultura em sua reunião mensal que foi realizada nessa última segunda dia 18/11. Sobre a reunião com o Prefeito foi entregue um ofício na semana passada e até agora não obtivemos resposta do seu gabinete, portanto todos que tiverem algum tipo de contato com o Sr.Prefeito e puder colaborar com a causa, será bem vindo. Sobre a ultima reunião do Conselho Municipal de Cultura (CONCULT) nos foi ofertada a generosa proposta de lançar ainda esse ano um edital que contemplaria apenas 7 projetos de R$10 mil reais ou caso tenhamos paciência o edital poderia ser lançado após o carnaval de 2014 contemplando 15 projetos!?

1461864_581614848558943_232083318_nCabe a nós classe artística e população dessa cidade aceitar o retrocesso ou ir a luta, aceitar a redução do valor investido de R$300 mil para R$70 mil é assinar um atestado de passividade, aceitar que no ano de 2013 vamos ficar sem edição do facult na esperança de que em 2014 lancem um edital com 50% do valor original é brincadeira ou no mínimo uma declaração de desrespeito com a arte produzida na cidade.

Em um ano onde presenciamos um precedente bizarro do ponto de vista do investimento do dinheiro público chamado ” Encenação de José Boni-fácil”, fica até difícil esperar um pouco de respeito.

Não nos resta outra opção a não ser gritar e exigir que a lei do facult seja cumprida, afinal quando se tem vontade política de ver as coisas acontecendo tudo se resolve. São muitas possibilidades de resolver essa questão, não podemos andar para trás.

De Caio Martinez Pacheco

Membro do Conselho Municipal de Cultura (Teatro) integrante do Movimento Teatral da Baixada Santista, da Cooperativa Paulista de Teatro, da Trupe Olho da Rua, do Coletivo Vila do Teatro e da Rede Brasileira de Teatro de Rua.

Copa do mundo, remoções, super faturamento… Por que as manifestações não param no Rio de Janeiro?

As manifestações no Rio de Janeiro atingiram proporções para além da redução da tarifa, transformando-se no maior e mais polêmico fenômeno social da luta contra o Estado. Por quê?

Foto: Web

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Na linha do tempo

Em 2010 o Brasil inteiro assistiu pela TV a ocupação do Complexo do Alemão, (favela do RJ) um espetáculo da luta contra o tráfico promovido pelo Estado que colocou a desfilar pelo RJ seus aparatos de guerra: tanques, soldados com metralhadoras, fuzis e todo tipo de armamento highteck que a indústria bélica é capaz de produzir e o Exército Brasileiro de dispor. O objetivo da operação: eliminar o tráfico e trazer civilidade para um local onde o Estado só comparece por meio da polícia. A ocupação foi em tempo real e transmitida por todas as grandes emissoras, (além das redes sociais) onde as imagens que se sucediam eram do Bope “herói” e de traficantes “bandidos maus” fugindo por uma estradinha de terra do Complexo, imagens históricas que se tornaram símbolo do Estado “protegendo a população” – nos bastidores outra realidade explodia; abuso contra os moradores, e nada se mostrou pela mídia oficial – ao término, a paz estava novamente constituída e as UPPs se tornavam uma necessidade irrefutável. Como se o problema do tráfico de drogas, de armas e das milícias estivesse resolvido. (Não resolveu) Mas o caminho para uma política de repressão havia sido aberto e daí se iniciaria a preparação do RJ para os mega-eventos, onde milhões dos cofres públicos seriam gastos varrendo a população pobre que estivesse pela frente.

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“O dossiê do Comitê Popular Rio da Copa e Olimpíadas alerta que cerca de 30 mil pessoas sofrerão remoções forçadas no Rio por causa destes megaeventos esportivos – no Brasil inteiro, aproximadamente 170.000 pessoas serão atingidas nas 12 cidades-sede, segundo estimativas da Articulação Nacional de Comitês Populares”.

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A realidade no Rio

Os direitos da população pobre no Rio de Janeiro sempre foram violados, mas se intensificou com os mega-empreendimentos da Copa do Mundo – que têm sido responsáveis por remoções arbitrárias, especulação imobiliária, intensa violência da UPP sobre comunidades pobres, elevação de tarifas de transporte e custo de vida… Este projeto de cidade por sua vez está ligado a um “projeto de país”. PAC (Processo de Acelaração do Crescimento)

Explicamos;

1. As licitações liberadas pela Sr.ª Dilma permitiu a farra do dinheiro público (BNDS) financiando a iniciativa privada que passou como rolo compressor por cima de tudo, por exemplo, destruíram um estádio paraolímpico construído na época do PAN (Jogos Pan-Americanos de 2011) para construir estacionamento para turista na copa – sabe quantas pessoas com necessidades especiais ficaram sem o estádio? Que estava sendo desenvolvido um trabalho social com pessoas portadoras de necessidades especiais, e era gerido pelo município, o que permitia acesso à população pobre. Ou seja, o governo gastou dinheiro na época do PAN e depois deixou jogar no lixo.

2. Destruíram o museu do índio patrimônio  histórico/cultural porque estava próximo ao Maracanã, e por isso foi considerado de utilidade pública, transformado em ponto turístico para copa.

3. Expulsaram um monte de gente de suas casas na construção do VLT e pagaram pelas casas valores risórios para uma comunidade que residia há mais de 50 anos no bairro.

São inúmeros casos! Vamos nos pautar em quem são os reponsáveis que mandam no Rio;

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As empreiteiras OAS, Odebrecht, Andrade e Camargo Correa têm arrancado quantias bilionárias em obras, que inclusive, o Ministério Público do RJ entrou com ação e as empresas estão sendo investigadas por superfaturamento. Aí temos o envolvimento político do PMDB – Sérgio Cabral, Eduardo Paes, o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha também desempenhando um papel importante na dinâmica de poder de seu partido. Pergunta; quem financiou as campanhas desses camaradas? E têm o subgrupo empresarial; Brookfield; Cyrela; Rossi; Carvalho Hosken; Carioca Nielsen; Queiroz Galvão; Delta. Todos envolvidos em projetos e contratos superfaturados – além de inúmeras denúncias de impacto ambiental e violação de direitos humanos. E temos também nesse bolo Eike Batista.

Em quais obras;

Centro de Operações Rio; Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica; Controle de Enchentes da Praça da Bandeira; Morar carioca; Parque dos Atletas; Parque de Madureira; Rio Criança Global ; Rio em Forma Olímpica; Sambódromo; Viaduto da Abolição; VLT.

Elas estão juntas em obras como o Arco Metropolitano, Transolímpica, trata-se do Consórcio Rio Olímpico, formado pelas empresas Odebrecht, Invepar (OAS) – controladora também do Metro Rio – e CCR (Andrade Gutierrez e Camargo Correa), que controla ainda a Via Dutra, Via Lagos, Ponte Rio-Niterói e Barcas SA. As “quatro irmãs” estão igualmente presentes no Consórcio VLT Carioca, responsável pela obra do VLT no Centro do Rio. Já no caso das Transcarioca há uma partilha das obras entre elas, com o trecho Barra à Penha, ficando a cargo da Andrade Gutierrez e o trecho da Penha ao Aeroporto Internacional, sob a responsabilidade da OAS.

Enquanto isso, os serviços públicos no Rio de Janeiro estão sucateados; educação, saúde, transporte… (o transporte lá é comandado pela família Barata). As políticas públicas de moradia; uma balela, a população cada vez mais marginalizada, mais empurrada, negligenciada ao abandono, a violação de direitos sociais, de direitos básicos, com isso a violência explode, o tráfico de drogas e de armas absorvem cada vez mais jovens pretos e pobres como mão de obra, aí se cria uma bolha que uma hora explode!

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Que fazer? Faz UPP pra controlar isso, porque resolver não vai dar, até porque o crime sustenta muito colarinho branco, então, ele não pode acabar… Nem a miséria, nem o Estado legitimador da ordem que comanda tudo isso, gerenciando o dinheiro da população para garantir o privilégio de grupos empresariais que por meio da especulação extorquem e concentram tudo aquilo que por direito é de quem trabalha – de quem produz toda a riqueza do país sobre seu suor e calos, porém não é assim que funciona nesta organização social de parasitas que tudo usurpa – enquanto a maioria tem que aguentar calada; o salário ruim, o transporte ruim, a saúde ruim, tudo FUDIDO mesmo! Por culpa de um Estado ineficiente, só que o Estado não é um ser abstrato, ou a representação direta da população por meio de políticos eleitos, engana-se quem acredita nisso – ele em sua natureza foi construído pela correlação de forças entre quem tem dinheiro e quem não tem, e quem tem, manda e controla tudo sem precisar se eleger, faz política nos bastidores, controlando grupos políticos e partidos.

images (1)Assim como no Rio acontece no país inteiro, só que lá a coisa atingiu outras proporções (atingiu muitas pessoas) o que gerou um enorme descontentamento que deflagrou em revolta popular, agora, falar em “quebra-quebra” dos bens públicos e dos privados e citar “infiltrados” com o discurso do “pacifismo” , o Estado quer isso mesmo, uma população em silêncio, domesticada que acredita em instituições que não servem para nada além de manter tudo como está.

Sobre o quebra o quebra que o Estado tem proporcionado ninguém fala, e vale ressaltar que os professores apoiaram em assembleia os “baderneiros”, “vândalos” ou “black bloc”, o rótulo ou terminologia criada não importa, até importa pra quem precisa fazer o recorte e criminalizar. Sobre os professores, discutir o desmantelamento desta categoria que vem sido promovido lá no Rio (e também em todo país) isso ninguém discute, e este é um problema para ser discutido por toda sociedade, só que a cortina de fumaça levantada pela mídia em torno do “quebra-quebra” desvia o foco e incomoda mais do que os problemas reais. Só que, haverá mudanças com conversas? Pois, as vias institucionais se mostraram incapazes de qualquer tipo de mudança, independente de partido A, B ou C estar no poder.

O problema é o Estado, todo o resto são seus equipamentos e gerenciadores. A iniciativa de mudança cabe ao povo, não mais delegar responsabilidade a representação política, toda a estrutura social está falida – é ineficiente! Sempre irão reproduzir ajustes, não mudanças. É amplo e profundo este debate e vai demorar anos, mas o precedente foi aberto, agora cabe discernimento pra reconhecer que este modelo social não serve à classe trabalhadora. Nunca serviu! Por isso, o grito nas ruas do RJ não para.

OBS: (Acrescentamos a visita do papa que custou para o estado e município R$ 28 milhões cada, arrancando mais dinheiro de cofres públicos).

Fontes de pesquisa:

Os donos do Rio – João Roberto Lopes Pinto – doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – IUPERJ.

Dossiê do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro

http://rio.portalpopulardacopa.org.br/?p=2511 

Vídeos sobre as remoções , o processo megaempresarial e a greve dos professores.