Cleóbulo OCUPADO: Façamos nós por nossas mãos!

A Escola Estadual Cleóbulo Amazonas Duarte (C.A.D.) é mais uma da lista das sucateadas e que segue em processo de fechamento. Isso é, melhor dizendo, seguia em processo de sucateamento e fechamento pois desde quinta-feira, 19, quando estudantes a ocuparam contra a “reorganização escolar” (ou “desorganização escolar”), a escola vem ganhando melhorias estruturais e pedagógicas através de mutirões, oficinas: esportivas; culturais; educativas, biblioteca, cozinha comunitária, enfim, um ambiente onde a democracia direta, através das assembleias, a autogestão, o apoio mutuo, a horizontalidade, dentre outros princípios que contrariam a “ordem e progresso” apresentam seu exemplar funcionamento através da prática.

Acompanhem as atividade e informações através do canal oficial da ocupação:
https://www.facebook.com/naofechenossasescolasbs/
https://www.facebook.com/hashtag/cleobuloocupado

Ou colem na Ocupação:
Endereço: R. Dr. Guedes Coelho, 107 – Encruzilhada, Santos – SP

Façamos nós por nossas mãos!

Viva as Escolas Ocupadas!

Contra a (des)organização escolar!

 

Contra a (des)organização escolar: Cleóbulo OCUPADO!

Neste momento o colégio Cleóbulo Duarte da cidade de Santos, uma das
escolas que está passando pelo pelo processo de desmonte da educação
promovida pelo Sr Geraldo Alckmin está sendo ocupado por estudantes. A ocupação é uma forma de
resistência e combate a este projeto nefasto de reorganização das
escolas, onde cerca de 1500 serão fechadas. Inicialmente o
governo do estado disse que apenas 94 serão fechadas. Entretanto, o processo
de desmonte já está em curso e as escolas estão sendo fechadas por
ciclos, de modo a desestruturar a permanência estudantil e contribuir
para que num processo de dois anos, este projeto seja efetivado por
completo, acirrando ainda mais o sucateamento da educação pública e
entregando de vez a gestão nas mãos de organizações privadas.

A ocupação já contou com Oficina de Teatro e organizará várias outras atividades culturais e educativas.

Canais de informações da Ocupação Cleóbulo:
https://www.facebook.com/naofechenossasescolasbs/
https://www.facebook.com/hashtag/cleobuloocupado

Ou colem na Ocupação:
Endereço: R. Dr. Guedes Coelho, 107 – Encruzilhada, Santos – SP

Toda ajuda é muito importante!
Divulguem!

VÍDEO:

FOTOS:

 

Todo apoio as ocupações!
Contra a (des)organização das escolas!

Despejo brutal pela Guarda Municipal de Itapevi no acampamento do MST “Padre João Carlos Pacchin”

Fonte: Passa Palavra – Publicado em 3 de julho de 2014

Nesta madrugada, os acampados do acampamento “Padre João Carlos Pacchin”, do MST, em Itapevi/SP, foram surpreendidos pela ação violenta da Guarda Municipal.

Fortemente armada e intimidando as pessoas que estavam no local, a Guarda Municipal passou os tratores sobre os barracos e barracões e levou os maderites, entre outros objetos do acampamento. A Guarda Municipal invadiu a ocupação sem mandado ou qualquer documento legal para fazer essa ação, totalmente arbitrária.

Os ocupantes estão no terreno desde o dia 28 de junho. A área da ocupação pertence à COHAB do Município de São Paulo e estava em curso o início de negociação.

Nesse momento, a Guarda Municipal continua no local, impedindo o acesso das pessoas para a retirada de seus pertences. Somente após negociação, a coordenação do acampamento pôde retirar os documentos pessoais dos acampados. As famílias permanecem na rua, em frente ao terreno.

Nesta madrugada haverá vigília no local.

A solidariedade e o apoio são urgentes para a continuidade da luta!

Nota sobre a repressão de 12 de junho

por Comitê Popular da Copa de São Paulo

O Comitê Popular da Copa de SP vem por meio desta nota repudiar a ação do Estado e de seu braço armado, a polícia militar, que com o uso da violência desmedida e irresponsável impediu de acontecer as manifestações programadas para o dia de abertura da Copa do Mundo, na última quinta-feira, dia 12.

A primeira delas, marcada pela frente Se Não Tiver Direitos, Não Vai Ter Copa teve início na saída da estação de metrô Carrão, por volta das 10h, e em menos de 20 minutos foi dispersada sem motivo algum, por balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

Além de impedir o direito constitucional à livre manifestação, a ação da polícia militar teve como saldo um grande número de pessoas machucadas, inclusive uma repórter e uma produtora da emissora internacional CNN que foram feridas por estilhaços da chamada munição “não-letal” e um rapaz que, mesmo depois de imobilizado e alvejado no peito por tiros de bala de borracha, foi covardemente atingido no rosto com jatos de spray de pimenta por policiais militares.

Após a dispersão, alguns/as militantes somaram-se ao ato em frente ao Sindicato dos Metroviários, que trazia como pauta a denúncia das
violações da Copa do Mundo da FIFA e também prestava solidariedade aos 42 metroviários despedidos de maneira ilegal durante a greve de 5 dias realizada na última semana. Com concentração marcada para as 10h, a manifestação foi cercada por um pelotão da Tropa de Choque e seus robocops, que impediam os manifestantes de saírem em caminhada.

Num clima de grande tensão, o que se viu foi mais uma vez a PM assumindo seu papel terrorista, se utilizando de ações truculentas e
ilegais: prisões para averiguação, policiais sem identificação e alguns deles portando armas de munição letal, bem como mais agressões a militantes e profissionais da imprensa.

Relatos de alguns/as militantes presentes no ato apontam que a primeira bomba surgiu do meio da manifestação, numa clara demonstração de que a polícia militar de Geraldo Alckmin e Fernando Grella investe cada vez mais no uso de policiais infiltrados. Sem farda, a PM tumultuou mais uma vez a manifestação para legitimar a dispersão violenta. Assim como no último dia 15 de maio, para impedir o dia internacional de lutas contra a Copa, em que a caminhada durou apenas 20 minutos.

Entre os atingidos, havia um jornalista com uma queimadura na perna e um manifestante com um grande corte no rosto, ambos feridos por bombas. A polícia militar ainda dificultou o socorro dos feridos por unidades de emergência especializadas, como o SAMU e o Resgate do Corpo de Bombeiros, mesmo com a presença de defensores públicos no local. Por fim, acabaram levados ao hospital pela própria PM.

Durante toda à tarde, pessoas com “cara de manifestante” foram perseguidas pela PM em diferentes pontos da cidade, como estações de
metrô, praças públicas e, até mesmo, em universidades. 29 pessoas que estavam no estacionamento da UNESP na Barra Funda foram levadas à delegacia para “averiguação”, apesar de tal procedimento inexistir na legislação. É importante ressaltar que todas essas ações arbitrárias do Estado foram tomadas para impedir manifestações que tinham como objetivo tornar pública a criminalização dos movimentos sociais e o processo de violações acentuado pela vinda da Copa do Mundo da FIFA para o Brasil.

As vitórias populares foram sempre uma conquista das ruas, seja nas greves, protestos, ocupações ou outras formas legítimas de manifestação e ação política. A resposta violenta e autoritária do Estado aos conflitos sociais, apresentando as forças policiais como
únicas “mediadoras”, além de agravar esses conflitos, é uma forma de violar liberdades civis e políticas, ameaçar a população para que se cale – e impor sobre todos uma única visão de mundo.

Sendo assim, fica claro que quem apertou o gatilho, quem jogou as bombas, quem realizou prisões para averiguação e espancou pessoas por
estarem excercendo seu direito à manifestação foi o braço armado do governo de Geraldo Alckmin e Fernando Grella, de mãos dadas com a FIFA e as corporações que lucram com o megaevento!

Por isso, é preciso que gritemos que terrorista é o Estado e a máfia da FIFA! Nem um passo atrás na luta contra a criminalização dos movimentos sociais! Nem um passo atrás na luta pelo direito à livre manifestação!

Força pra quem luta!

Comitê Popular da Copa SP, 14 de junho de 2014

Maio: Mês das mães em luta!

Maio é comercialmente conhecido como mês “das mães”. Ironicamente este também foi o mês que em 2006 o Estado brasileiro assassinou algumas centenas de jovens da periferia, deixando como “presente” para as mães que ficaram o sentimento de revolta e o clamor por justiça.

“O tiro que acertou o coração do meu filho, acertou o meu também!” (Débora – Mães de Maio)

Maio é um mês de luta!

Não só pelo histórico dia primeiro, mas cada dia deste mês ecoa o grito de revolta dessas mães que não se calaram diante da violência do Estado.

No dia 11/05, as Mães de Maio realizaram a tradicional missa em memória de seus filhos assassinados em 2006. Foram distribuídas 2.920 rosas, que simbolizam cada dia destes longos 8 anos.

foto: Francisco Santos

No dia seguinte, 12, registrado oficialmente como dia de luta das Mães de Maio, elas realizaram um grande ato na praça Mauá, em frente à prefeitura de Santos e contaram com a presença da Trupe Olho da Rua, que apresentaram a intervenção “Blitz”, retratando a violência do Estado aliado a manipulação da mídia.


Medalha Braz Cubas

Como reconhecimento da luta do movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, uma das impulsionadoras desta luta, recebeu, no dia 09/05, a medalha Braz Cubas.

“Essa medalha é dos nossos filhos e de todos os guerreiros e guerreiras que lutam no cotidiano da periferia” (Débora – Mães de Maio)

Débora (Mães de Maio) – Recebimento da medalha Braz Cubas

Download: VBR MP3 (24.5 MB) | Ogg Vorbis (12.7 MB)

Débora considera esse reconhecimento também um presente, já que seu aniversário é comemorado dia 10/05.

Angústias de uma trabalhadora da saúde

Para as mães trabalhadoras, seu dia é o 1º de maio, é o 8 de março e também o 20 de novembro. Ser mãe é mais uma esfera de suas vidas e para muitas não a mais fácil nem a mais romântica delas.

Élida foi mãe adolescente e não viu seu neto nascer pois, na noite em que sua menina entrava em trabalho de parto, os homens de cinza a levaram para trás das grades. Enquanto gritava por liberdade a menina gritava com seu bebê sendo tirado a ferro.

Aos nove meses de gestação, dias antes de Lorena vir ao mundo, seu pai, um adolescente preto e pobre, foi assassinado por homens encapuzados na rua de sua casa.

A filha de Catarina nasceu com muitos problemas de saúde. A mãe desconfia que seja sua culpa pois não conseguiu controlar os nervos durante a gestação. No 5º mês seu filho mais velho foi morto pelos homens de farda.

Esses e muitos outros relatos não muito cor de rosas, são corriqueiros
na vida das mulheres/mães/lutadoras das periferias. O Estado, o patriarcado, o capitalismo são todos parte de uma mesma lógica que massacra a mulher e entrega flores em algumas outras datas do ano.

Obs.: todos são relatos reais do cotidiano do hospital

Outras imagens das Mães de Maio nos dias 09, 11 e 12.

foto: Francisco Santos

foto: Francisco Santos

foto: Francisco Santos

foto: Francisco Santos

 

No Extremo Sul (SP): O Mesmo Caminho, mas um Protesto Diferente

R$ 0,20 É SÓ O COMEÇO

Fonte: http://redeextremosul.wordpress.com/2013/06/21/r-020-e-so-o-comeco/
Publicado em 21/06/2013
Link para o vídeo

O Mesmo Caminho, mas um Protesto Diferente

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Há pouco houve mais uma marcha que saiu da entrada do Grajaú, e foi até a Ponte do Socorro (Ponte Santo Dias). Antes dela foram feitas faixas, um ensaio de bateria, e bastante panfletagem. A ideia era lembrar que a revogação do aumento foi uma conquista do povo em luta, e que se a gente se organizar podemos fazer muito mais, para, por exemplo, nunca mais sermos transportados pior do que gado, e ficarmos esmagados num trem, ônibus ou lotação abarrotados de gente.

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A novidade desse ato foi que no meio do caminho paramos para que uma passeata vinda do Varginha se juntasse a nós. E nesse momento houve cenas de teatro, poesia, e bandeirão estendido na passarela do Extra da Teotônio Vilela, próximo à Cidade Dutra.

Novamente o ato transcorreu sem problemas e sem violência, e foi concluído pouco depois da chegada à Ponte do Socorro.

Agora se coloca a necessidade de avaliarmos tudo o que ocorreu nas últimas semanas, e com base nisso planejarmos os próximos passos dessa caminhada. Todo Poder ao Povo!

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Há machismo na esquerda?

No sábado 10 de novembro de 2012 foi realizado na cidade de São Paulo um debate necessário porem pouco feito no interior dos movimentos sociais, sindicatos, partidos, coletivos e outros espaços de organização que contestam o sistema capitalista. O debate sobre machismo e principalmente a violência dentro dos movimentos contestatórios e de resistência.

O espaço estava sendo organizado por alguns coletivos feministas como Anatácia Livre, Mulheres do DAR, Revolução Preta e Violeta Parra.

Entendendo que não estamos automaticamente livres de sofrer ou exercer uma opressão pelo fato de contestarmos a ordem vigente, pois somos filhas e filhos do patriarcado (sociedade gerida por homens brancos e proprietários), e reproduzimos todos os dias o machismo. Estes coletivos sentiram a urgência de discutir tal assunto, tendo em vista que o debate ainda permanece como secundário nos espaços da esquerda.

No entanto a pergunta: Há machismo na esquerda? se tornou óbvia a resposta ao longo do seminário e até mesmo durante a divulgação quando na verdade deveria ser assustadora pois o machismo é opressão, lutamos e sonhamos por mundo livre das opressão e injustiças. Contra a lei do mais forte, de repremir, violentar e explorar. Lutamos por um mundo onde sejamos livres e iguais em nossa essência, seja ela do gênero masculino ou feminino.

Então a questão não é apenas: Sim ou Não, existe ou deixa de existir mas como vamos combater?

Seguindo nessa perspectiva, de que o machismo enquanto cultura patriarcal, desenvolvida há séculos, ou milênios atrás, encontra-se no nosso inconsciente coletivo, tanto masculino quanto feminino, pensamos e debatemos sobre a prática do chamado “escracho” (prática de tornar pública a imagem do agressor, no caso o companheiro que praticou o machismo) que vem sendo utilizada e divulgada nas redes sociais, nos atos, nas ruas e na mídia de maneira geral.O que é o escracho? Pra quem é o escracho? Devemos nos unir por sermos feministas, e utilizar desse  instrumento para condenar, punir, excluir, boicotar o agressor? Estamos mesmo construindo desta forma a liberdade da mulher? Devemos, como se diz a gíria “passar um pano” para os sujeitos que exerceram tal violência, apenas por serem companheiros de luta?As respostas, como vimos e debatemos durante o Seminário-Debate ficou em aberto, e isso pareceu-nos produtivo, para que a reflexão seja feita  e não nos fecharmos em receitas e métodos universais, muitas vezes pecamos nas urgências, simplesmente por querer dar respostas imediatas.Buscamos a liberdade e equidade entre os sujeitos, não a supremacia de um sobre o outro.  Não estamos ” querendo passar a mão na cabeça” e ser  coniventes com os homens que afirmam seu machismo a todo custo, que “batem no peito” o seu autoritarismo e sua necessidade de permanência no controle das relações estabelecidas.

Nos referimos aqui a companheiros que necessitam de espaços e reflexões  para pensar suas posturas, rever suas condutas e modificar suas ações. E isso, foi visto e vivenciado nesse dia, homens falantes, indagando-se, questionando suas posturas, seus comportamentos e querendo se transformar e levar isso para seus espaços íntimos, coletivos, partidos e relações pessoais.

Não podemos  perder de vista o fato da sociedade ser mais conivente com o homem, historicamente um privilégio dentro de inúmeras sociedades, mas vamos refletir o quão é complexo para muitos (homens) se despirem do machismo implantado e reforçado  desde seu nascimento.

Não estamos defendendo a omissão dentro dos grupos, coletivos, partidos,  seja qual for a organização, acreditamos que combate coletivo possa trazer frutos de mudança e libertação, ao contrário; quando um grupo se cala sobre um determinado assunto de violência,  só tende a aumentar e reforçar as situações de opressão.

Simplesmente ignorar, questões relacionadas a violência (psicológica, simbólica, física, moral) no nosso cotidiano nos faz hipócritas. Se queremos  mudanças concretas e lutamos por elas, comecemos por repensar nossas posturas, sem exercer o papel do Estado, esse que tanto nos oprime.

Não sejamos o Estado. Sejamos sujeitos(as) que buscam práticas diferenciadas, criativas e de eficácia, que a teoria seja a prática, que a igualdade seja atitude, e que nenhuma mulher tenha que sair do espaço político, que nenhuma mulher sinta-se em qualquer instância humilhada.

Que não sejamos definidas(os) por gênero, e que essa definição não trace os caminhos que devemos seguir, que não perpetue a lógica capitalista.

Pela organização das mulheres, por suas práticas de resistência diaria ao mundo extremamente machista, devemos homens e mulheres nos fortalecer e nos solidarizar, a opressão que a mulher sofre não diz respeito só a mulher, ou só ao homem.

Vamos dar esse passo juntos e juntas!