[AUDIOS] 1º de maio no México 70 – Artístico e Classista!

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Confira alguns registros em audio da atividade de 1 de maio / Primeiro encontro de graffiti do México 70.

Leia a matéria completa, com as fotos do evento

Download dos audios aqui

Infelizmente não conseguimos registrar a intervenção musical dos companheiros Antônio do Pinho e Dionísio. Por isso, segue o link de uma das músicas que eles apresentaram:
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1º de maio no México 70 – Artístico e Classista!

1-de-maio-divulgacao Pra além de uma intervenção urbana, o que ocorreu neste 1º de maio no México 70 foi um ato político de organização e mobilização popular, não de politiqueiros eleitoreiros que
querem votos, mas de pessoas que querem construir e somar sem sair bonito na foto pra tirar vantagem – AFINAL, SEMPRE TEM OS QUE COLAM ACHANDO QUE FAVELA É LUGAR DE PASSEIO PRA FORTALECER BASE ELEITOREIRA, ainda mais em São Vicente, onde a configuração política é frágil e a maioria oportunista.

Galera que colou foi muito firmeza e contribuiu porque não espera que as coisas caiam do céu, ou que algum vereador, prefeito, deputado… lhes resolva os problemas. galera é do corre, se organiza e faz mesmo.

Por isso, este primeiro de maio foi de povo pra povo! Porque o povo organizado não precisa delegar responsabilidades a terceiros (politiqueiros). O povo pode fazer sua política e juntos podemos construir e mudar a realidade, com autonomia e solidariedade.

Esta praça, no México 70, conhecida como “praça da B”, estava abandonada, com a atividade de hoje, uma nova cara surgiu, e isso só foi possível por meio de organização coletiva e autônoma de diversos segmentos de resistência cultural e social; da
comunidade, de entidades sindicais de luta, de artistas independentes e de comércios que entendem a importância de somar sem tirar proveito. Na prática, esta é prova que a população junta é forte. É nós por nós!

DSC034431º de maio é dia dos trabalhador@s, mas, infelizmente, não temos nada pra comemorar,
pois o trabalho que é reservado pra periferia é esta merda: terceirizações, quarteirizações, serviços temporários e um monte de coisas que passam como rolo compressor por cima de nossos direitos trabalhistas. Por isso, temos que somar e fazer por nós, eleger fulano ou sicrano se mostrou ineficaz, ontem, a Presidente fez seu discurso dizendo que o emprego aumentou, porém, que tipo de emprego é este a que
ela se refere?

Valeu a tod@s @s trabalhador@s que estiveram presente grafitando, dançando, mandando rima, fotografando, somando, ajudando na limpeza, no rango, nos corre e fortalecendo. É tudo nosso, juntos somos fortes!

Obs: Este 1º de maio foi organizado por Leonardo Francisco Zé Elias Elias Rádio da Juventude Rafael Pires Esmeralda Das Graças Rafael

Na caminhada algumas pessoas perguntaram quem era o dono do evento, se havia relação com fulano ou sicrano de partido, respondemos; o evento foi do povo (apenas organizado por estes citados) e com objetivo mesmo de não deixar políticos profissionais em busca de voto se crescerem as custas da favela.

Agradecemos a tod@s! Positividade.

Confira abaixo algumas fotos da atividade!

Preparativos:

Tudo pronto! Agora começa a atividade:

E no final do dia…

 

É preciso ser resistência!

Pe. Agostinho com jovens da JOC de 05 cidades das regiões Nordeste e Sudeste

Após a queda do muro de Berlim em1989, a desintegração da União Soviética e toda a farsa que foi o socialismo Russo, bem vindos a pós-modernidade, reconfiguração global e uma nova ordem mundial ditando cultura, política e economia… Sem contraponto. (isso é o que querem nos empurrar).

Ok, o muro e o totalitarismo tinham que cair, mas o problema é que tudo convergiu a uma linha de pensamento pragmática, sem questionamentos, como se a realidade fosse estática e a própria história não se movimentasse através de ações.

Hoje, qualquer discordância com a ordem vigente é criminalizada, só aceita quando discutida por um prisma sustentável de um bem estar construído paralelo ao enfrentamento do Estado Capitalista.

Resultado: nossa época é de desconfiança, descrença, falta de esperança… Será que vivemos o limite de uma civilização? Sem sonhos, sem utopias, sem direção, sem identidade…

O Padre operário e ex-militante da JOC (Juventude Operária Católica), Agostinho Preto,  é a prova de que ainda é possível acreditar.

Preso durante a ditadura, durante dois anos viveu na clandestinidade, viu amigos sendo torturados e mortos, mas nunca desistiu de acreditar num mundo justo e igualitário. Com oitenta e seis anos continua lúcido e mais convicto que nunca de que é preciso lutar para atingirmos nossos ideais e que independente de ver este mundo mudado, será resistência neste árduo combate em que ele diz: “é preciso ser resistência […] no meio deste sistema de consumo, de capitalismo, de exclusão […] por isso, hoje, há um grande desafio, como resistir e não se conformar com o sistema sem perder a identidade, é o desafio porque a tentação é grande. Qual o valor do salário mínimo? É pecado… Salário mínimo é pecado […] Quanto ganha um vereador? Um deputado? […] É muito canalha… Canalha… Mas não podemos culpar pessoas não, é o sistema… É o sistema… E não podemos nos conformar. Por isso, temos que ser resistência!”

“Quem perde a memória não volta para casa”

Pe. Agostinho Preto

 

Ouça os áudios com o Pe. Agostinho:

OBS: Caso os audios carreguem rapidamente, o que acarretará num erro do arquivo, feche o navegador e reabra a página novamente.

Sobre o início da Joc  em Porto Alegre e a perseguição durante a ditadura – dur. 05:13

É preciso ser sujeito da história – A JOC tem sete folêgos – A juventude decide, determina – É preciso registrar a história – dur. 05:13

A juventude – iniciação – não existem fórmulas – confie e dê uma responsabilidade – dur. 02:37

 

Vídeo Pe. Agostinho falando sobre a ditadura

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