Declaração do Promotor Rogério Zagallo pelo face é apenas a ponta de um iceberg fascista chamado Estado.

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Esta declaração demostra claramente uma sociedade de classes, onde quem tem poder conferido pelo Estado, manda. E manda matar! Pergunta: irá acontecer algo com esse promotor? Com certeza não. Isso se ficarmos calados, temos mais é que cobrar punição a este promotor, ou no mínimo um escracho manifesto denunciativo.

Pois, nas mãos do Poder Público com certeza ficará impune. Afinal, segundo justificativa do mesmo, o que ocorreu foi um momento de desabafo pela espera no trânsito, pois seus filhos os esperavam nervosos. Não justifica!

Compreender que ficar preso no trânsito gera estresse é uma coisa, porém isso não limpa a barra de um posicionamento autoritário. Agora, imaginem o que ocorre no distrito deste promotor, quantos casos vão para o arquivo?  E reparem como ele utiliza o pronome possessivo “meu Tribunal”, revelando uma prepotência, pois, refere-se a uma instituição pública como sua propriedade particular.

Entretanto, qual é a novidade oriunda de alguém a serviço deste Estado que não passa de uma máquina de moer gente, mas que tipo de gente? Trabalhador, morador de periferia que acorda às 5h da manhã para pegar ônibus lotado, pagar um valor caríssimo por um serviço público péssimo.

E ainda querem retirar a legitimidade do ódio que leva ao protesto.

Aí vem à mídia oficial dizendo que teve quebradeira, dano ao patrimônio público, violência… desculpe a expressão, mas, “vão à merda!” Divulgar que na manhã de sexta havia gente desaparecida, presa e ferida, e que inclusive segundo nota do MPL até a data de hoje ainda tem gente presa, isso não fazem, e por quê?

Exatamente porque a sociedade está dividida em quem manda e quem obedece, e quando quem obedece se cansa e vai a luta, aí é reprimido, tratado como vândalo e deve morrer.

Alguma dúvida que a polícia e todo o sistema jurídico são aparatos de extermínio da população pobre a serviço do Estado?

Isso comprovou-se na ordem dada pelo promotor; só porque estava nervosinho no trânsito. Ora, como ele acha que estão quem é violentado todos os dias pelos serviços públicos sucateados? É válido lembrar também que é o povo quem paga o salário gordo que garante a ele não precisar pegar o metro, o busão e suportar a violência cotidiana do transporte público e de todos os outros serviços públicos que são uma grande merda.

 Logo abaixo a nota do MPL sobre compas que continuam presos.

No ato contra o aumento da passagem realizado no dia 06/06, houve divulgação de que 15 pessoas foram detidas, dessas, 6 manifestantes foram presos e mantidos na 78ª Delegacia de Polícia. Quatro deles se encontram em liberdade desde sexta-feira pela manhã, mediante o pagamento de fiança, duas no valor de um salário mínimo e duas no valor de 3 mil reais. Parte deste valor foi pago pelas famílias e, em parte, por fundos do Movimento Passe Livre. Outros dois continuam detidos apesar do MPL e da Conlutas terem levantado o dinheiro necessário para a fiança.

Isso se deve a um conjunto de fatos. Primeiramente, ao chegarmos na 78ª DP para pagar as fianças, os mesmos já haviam sido transferidos, para a 2ªDP. Desta forma, tivemos que nos dirigir ao Fórum da Barra Funda, porém não pudemos pagar a fiança pois a documentação da delegacia ainda não havia chegado ao Fórum. Às 18 horas de sexta-feira os papéis finalmente chegaram, mas não havia mais tempo para que as fianças fossem pagas.

Na segunda-feira(10/06)faremos o pagamento da fiança para libertar os presos e os advogados de confiança do MPL irão acompanhar os respectivos processos.

Acreditamos, no entanto, que nenhum destes problemas foi casual: nem a transferência, nem a demora dos documentos, nem os valores das fianças. Todo esse conjunto de empecilhos tem como objetivo atrasar o processo, mantendo os companheiros por mais tempo na cadeia – algo que não pode ser deixado de lado em hipótese alguma. Além disso, contribui para a criminalização de quem luta por uma cidade de e para todas as pessoas.

Movimento pela redução da tarifa fez São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia tremer.

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Foto: SP

Nesta tarde e início de noite de quinta-feira, 06 de junho de 2013, manifestações deram o tom de repúdio ao aumento da tarifa do transporte público em três estados do Brasil. E como de hábito (infelizmente) os manifestantes foram recebidos a cassetes, balas de borracha e gás lacrimogênio de uma polícia truculenta a serviço deste Estado capitalista e cúmplice das empresas de transporte.

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Foto: RJ

Porém, nos três estados os manifestantes não se acuaram e foram para cima mostrando que não estavam para brincadeiras, com faixas, apitos e muita revolta; queimaram pneus, fecharam vias e enfrentaram o choque, o lema era; “se a tarifa não baixar a cidade vai parar” .

Quem ficou em casa assistindo TV, com certeza viu a noticia, pois, foi divulgado inclusive em tempo real o que estava ocorrendo; e a informação era a mesma: população na rua protesta contra o aumento da tarifa. Claro que a mídia burguesa não conseguindo esconder a brutalidade da polícia, restou apenas dizer que houve violência de ambas as partes.

Foto: Goiânia

Foto: Goiânia

E mais protestos virão por aí, pois não é possível continuar essa realidade que se repete no país inteiro de um transporte público caríssimo, que na verdade, se tornou um grande negócio, onde circula muito dinheiro, e por isso não será de forma amigável que irão largar o osso. Os poderes municipais, estaduais e federal já se venderam, só resta a população mesmo se organizar, protestar e tornar essa luta constante, pois, muito mais que barrar o valor, precisamos de autogestão deste serviço público!

Foto: SP

Foto: SP

Em nota: Por Movimento Passe Livre, via e-mail. (em SP)

O Movimento Passe livre informa que os advogados presentes na manifestação de hoje foram IMPEDIDOS de entrar na delegacia onde há um grande número de manifestantes presos.

Toda solidariedade e força aos compas! Seguimos na luta!

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Vídeos do manifesto em SP. Divulguem!

 

E aqui o link do vídeo de Goiânia da mídia burguesa.

Por uma cultura de paz sim! Sem higienização social, sem extermínio de jovens pretos e pobres, sem racismo, sem homofobia e sem machismo.

Têm percorridos pelas redes sociais diversos eventos criados por grupos “supostamente” autônomos com intuito de mobilizar a população a ir às ruas para se manifestar contra a violência. A maioria destes eventos é intitulado: “Por uma cultura de paz, chega de violência!” um dos objetivos além de agregar o maior número de pessoas, é pressionar o Poder Público a tomar alguma atitude em relação esse problema social. A principal proposta apresentada, discutida e disseminada por esses grupos é aumentar o efetivo policial nas cidades.

Em São Vicente essa discussão chegou e vem causando discussão na rede (link do evento) e já tem nome, data e hora marcada para tal acontecer.

CAMINHADA PELA PAZ EM SÃO VICENTE …. BASTA DE MORTES – ASSALTOS – INVASÃO DE RESIDÊNCIAS. (sábado, 29 de junho de 2013 às 10h.)

Para contribuir com essa discussão queremos elencar que na Baixada Santista os crimes de maio de 2006 que mataram 493 jovens continuam sem respostas para as famílias, o Estado não reconhece os assassinatos, e toda a investigação avança com muita luta, graças à perseverança do movimento social Mães de Maio que clama por justiça, mas, pouca abertura para essa discussão consegue na mídia oficial e na representação política da região, que dão as costas para esses casos de extrema importância que não podem de forma alguma serem esquecidos.

Pontuamos ainda que, no Estado de São Paulo morre mais gente assassinada que no conflito da Palestina, e segundo dados da Secretária de Segurança de São Paulo de 2011, a Polícia Militar (PM), por exemplo, mata uma pessoa a cada 16h, mais do que em 2006, quando houve os ataques do PCC e que, 70% dos casos revelam que essas pessoas não tinham a menor ligação com o crime.

“Acho que se demonstra claramente a existência de uma política institucionalizada para matar. É impossível que se tenha tantas pessoas dispostas a morrer em confrontos com a PM. É preciso checar no que deu a investigação a respeito dessas mortes”, diz o presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Ivan Seixas.

O problema é que as investigações se perdem na burocracia, e uma cortina de fumaça alimentada pela mídia e pelo silêncio do Estado desvia uma discussão aprofundada.

Por isso, a exigência de maior efetivo policial proposto por esses eventos, é um tanto inocente, ou claramente reveladora de que se quer defender apenas uma determinada classe social. Pois a maior quantidade de pessoas assassinadas é moradora de áreas periféricas.

Todos sabemos: policia na rua nunca foi sinônimo de bem estar – pelo contrário, é sinal de problemas – de que alguma coisa deu merda – e tão querendo; tampar o sol com a peneira.

Em São Vicente.

A cidade há anos vive com problemas de ordem social em todos os sentidos, a população cresce e não há empregos, escolas, creches, hospitais, moradias, espaços de sociabilidade cultural e de lazer suficientes, portanto, todos esses direitos só irão desfrutar quem tem poder aquisitivo para custear o que o serviço público não garante, entretanto, é seu dever.

A realidade.

Esse descaso todo é reflexo de anos de governos que não investiram em transformações reais e de fato sustentáveis, com isso, a cidade marginalizou ainda mais uma parcela de sua população, que hoje – vive sem a menor perspectiva de vida de qualidade, e vai se virando como pode no trabalho informal ou buscando renda e equipamentos sociais em outras cidades.

Violência.

Que a região tem se tornado violenta, não negamos, mas se formos tirar como termômetro a TV Tribuna, (retransmissora da rede globo) com certeza teremos um olhar bastante deturpado. Pois, a violência não é fruto individual de um grupo social, ela é o resultado de uma organização social de exclusão, portanto, uma cultura de paz se constrói indo à raiz do problema, de modo que, é preciso efetivar direitos para equalizar e garantir condições sociais para que todas as pessoas possam viver com dignidade, sendo respeitadas socialmente, culturalmente e religiosamente. Qualquer discussão que não paute essas questões, é de repressão e entra em contradição com uma real cultura de paz. É onde temos que questionar: Para quem é essa cultura de paz que estão discutindo nesse evento?

Queremos uma cultura de paz sim! Deste modo:

  • Sem desigualdade social
  • Sem machismo
  • Sem homofobia
  • Sem higienização social
  • Sem racismo
  • Que respeite a diversidade cultural e religiosa!
  • Que ouça toda a população, principalmente aquela parcela que mais sofre com essa violência. (o grande culpado; é o Estado).
  • E com todos os direitos humanos fundamentais garantidos na Constituição sendo efetivados.
  • Sem policia! Que nunca foi solução em lugar nenhum!

OBS: Na cidade de São Vicente há uma liminar que proíbe qualquer tipo de evento ou manifestação (seja de cunho cultural, religioso ou reivindicativo) em via públicas. Ao que parece há desconhecimento por parte da organização. Essa liminar atende ao (TAC) Termo de Ajuste de Conduta.

O caso das famílias no México 70 em São Vicente continua sendo protelado pelo Poder Público

Foto: Tribuna do povo de São Vicente.

Foto: Tribuna do povo de São Vicente.

O caso das famílias que perderam suas casas em um incêndio no México 70 em São Vicente continua sendo protelado pelo Poder Público, emperrado não se sabe ao certo; pela burocracia ou por falta de vontade política, o fato, é que as famílias continuam na Escola Lúcio Martins Rodrigues desde o dia 08 de maio e segundo informações o recurso para o Bolsa Aluguel de R$ 400,00 já está no cofre público da cidade, porém, ainda não foi liberado.

Enquanto isso as pessoas continuam na escola à espera de uma resolução que aponte alguma direção, pois, conversando com algumas pessoas, explicaram que estes R$ 400,00 contribuem sim, mas que locar uma casa não é tão simples assim, é necessário o adiantamento em depósito, (três meses adiantado) cheque calção, ou fiador, sem contar o constrangimento de que existe o preconceito em relação locar uma casa para uma família (sem recursos) que depende de um auxilio para pagar o aluguel, além de que, este auxilio é de apenas 8 parcelas, após isso, as famílias irão para casas que ficarão prontas segundo o Prefeito. (mais informações sobre essas questões de habitação divulgaremos)

Contudo, a maioria dos locadores exigem também um contrato de um ano de aluguel, traduzindo: qual a garantia? Se após oito meses quando expira o Bolsa Aluguel,  as casas não ficarem prontas? Como irão pagar este aluguel? Sendo que, hoje um puxadinho meia água (quarta e cozinha) custa até mais que este valor oferecido. Pois é, esta é uma negociação não tão simples e nem tão rápido, pois outro fator há se considerar é que toda a vida social muda, pois, quando se loca uma casa tem que se ponderar sobre localização devido escola, creche, trabalho, posto médico e acessibilidade, ou seja, há toda uma reorganização da vida que não se determina aleatoriamente a partir da chegada de um cartão de R$ 400,00.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Quem puder contribuir com as famílias, as informações que temos é que precisam de pessoas voluntárias aos fins de semana para ajudar na cozinha, e também para desenvolver atividades com as crianças, há pouco o que fazer e muitas crianças lá, então toda solidariedade é bem vinda, além da contribuição em alimento e principalmente para as crianças pequenas: leite em pó, mucilon, frauda e lenço umedecido (roupas há bastante, agradecem a todos que contribuirão)

Sugerimos que:

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

As pessoas compareçam e fortaleçam, mesmo que seja para bater um papo, socializar experiências, é com união popular que se transforma a realidade. Pois ficou nítido pela quantidade de contribuições que foram feitas, que uma sociedade organizada e solidária resolve seus problemas muito melhor que o Poder Público, pois, com a enorme quantidade de doações que houve, foi até redistribuído para o fundo social da cidade.

Uma crônica à política partidária vicentina.

Num determinado tempo, não se sabe ao certo se 2013, a classe política partidária vicentina resolveu elencar os problemas enfrentados pela população, “problemas estes” existentes desde que um assassino de nome Martim Afonso aportou por terras tupi-guarani.

Questões como saúde, transporte, educação, desemprego, falta de voz na câmara, cargos comissionados… Começaram a serem atirados num ventilador que espalhou tudo pelos ares! Juntando os próprios coliformes, resolveram despejar a culpa no responsável atual de plantão, responsável este, façamos uma observação:

Também um dia bebeu e comeu a mesa junto aos lobos, e também lobo, formou sua própria alcatéia, baseado nos valores morais dos cordeiros “que sempre obedecem”, mas ele continuou lobo, e tomou a coroa de um rei, que queria ver seu primogênito o substituindo por mais 16 mil anos. Mas não deu… Porém, ai é outra história…

Voltando.

Foi deste modo: com um rei deposto, um lobo de cordeiros e uma classe política chateada, que um terrível combate se iniciou, pois todos os lacaios se dividiram e não se sabe ao certo; se pelo bem comum – ou pela perversa sacada, de que após 16 mil anos de tal dinastia – abriu-se a oportunidade de se tomar o reinado todo, e a batalha foi sangrenta, os intrépidos guerreiros, digo: lacaios, não, lobos, políticos? O que importa? (são palavras sinônimas) se transvestiram de lutadores indignados pelas chagas do povo e foram construir seus palcos de guerra (de puro espetáculo), pois, a verdade; é que não é no “corpo a corpo” que se vence a guerra, é na propaganda de seus feitos (mesmo que nada tenham sido feitos).

Lembrem-se:

A verborragia disseminada por instrumentos avançadíssimos de imagem e áudio formam zumbis, e isso, durante aquele tempo foi muito utilizado, acho que em toda história de alguma forma o condicionamento foi muito utilizado para tirar proveito e manter o controle social.

E como eu sou eu e jacaré é bicho da água, espero um dia ver o povo chutar a bunda desses canalhas.

Quem manda é o povo que anda de buzão e não quem governa do gabinete!

O Prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa neste 22 de maio de 2013, afirmou com eufemismo de político profissional, que irá ignorar a inconstitucionalidade da lei que obriga os usuários a utilizar cartão transporte nas linhas municipais da cidade de Santos, com o objetivo de eliminar a dupla função dos motoristas e o manuseio do dinheiro que põe em risco a vida do trabalhador, disse também que apesar da polêmica gerada em torno da inconstitucionalidade da lei, e mesmo com a denúncia feita no Ministério Público (MP) um acordo garantirá a efetivação da lei, e que a cidade estará recebendo coletivos novos, mais confortáveis e até com WIFI.

Ao que parece, o Prefeito e o MP estão acima da Constituição e a partir desta quinta-feira só andará de ônibus quem tiver o cartão, e já ficou acertado que haverá um sistema de monitoramento para casos emergenciais (com limite de utilização do dinheiro três vezes por mês) quem irá monitorar as câmeras, será a Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET) Engraçado que a CET mal consegue resolver o trânsito na cidade.

O perverso em tudo isso, é ver o problema da dupla função sendo distorcido e utilizado como palanque pelo prefeito que se coloca como “o solucionador”, porém, a resolução inicial estaria em colocar de volta os cobradores na linha, e não inserir um cartão que torna a população refém de uma empresa mafiosa como a Piracicabana, que oferece um serviço público de péssima qualidade, outra coisa, se está sendo assumida a dupla função dos motoristas, significa que a empresa ganhou muito à custa do trabalhador.

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Cobrador da cidade de Suzano.

Pergunta: este trabalhador será ressarcido pelo tempo em que foi “motorista e cobrador” (explorado) ao mesmo tempo? Pois quem ficou as duras penas dirigindo, cobrando, prestando informação foi ele: o trabalhador, e convenhamos; não é fácil ser motorista de “carro de boi”, desculpem o termo, mas na verdade, é deste modo que devemos chamar o transporte público na baixada santista, única região do país em que a função cobrador foi retirada, o que revela uma tremenda incapacidade sindical de representar a categoria e uma inoperância dos representantes políticos que inertes ou cooptados abarcam no silêncio dos covardes e parasitas.

Esta função só não exista na baixada santista. Por que será?

Cobrador da cidade de Suzano. Esta função só não existe na baixada santista. Por que será?

Não tem jeito, a solução é ir para a rua fazer pressão, ocupar a câmara e mostrar a quem governa que não se pode tomar medidas sem antes consultar o povo, e que não é trinta ônibus com sinal de internet que irá resolver o problema, ele é muito maior e a discussão ampla. (continuaremos num outro momento este  assunto, focando a questão da mobilidade urbana e planejamento de cidade)

Bora pra rua botar pra ferver! Quem manda é o povo que anda de buzão e não quem governa do gabinete!

Toda força e solidariedade ao jornalista Ruy Sposati!

Neste último sábado, dia 18 de maio, o jornalista Ruy Sposati, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que estava trabalhando, cobrindo a reintegração de posse da fazenda que está dentro da Ti Buriti (que aguarda a boa vontade de Dilma para ser homologada) foi simplesmente “esculachado” e teve seus documentos e bens subtraídos pelo delegado da Polícia Federal do Mato Grosso numa ação arbitrária de extremo abuso de autoridade, que viola os direitos do artigo quinto da Constituição:

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º – Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.

§ 2º – É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

Art. 5º – (…) LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.

Infelizmente não é nenhuma novidade a forma truculenta como são tratados aqueles que não servem ao Estado e que se colocam em posição de enfrentamento – perseguidos, presos e mortos – porém, de forma alguma devemos continuar aceitando esta brutalidade promovida pelo Estado e efetivada pela polícia.

O Mato Grosso do Sul é um estado histórico de intenso conflito social entre fazendeiros do agronegócio, madeireiros e picaretas que por meio de violência, vêm promovendo o extermínio de comunidades indígenas que resistentemente lutam para defender seus territórios.

A mídia oficial pouco noticia as centenas de mortes de lideranças indígenas que vêm ocorrendo e quando produz algo, ao contrário de esclarecer, deturpa os fatos com matérias em que apresentam as comunidades indígenas como violentas que não respeitam as leis brasileiras e que vivem a ocupar terras de fazendeiros bonzinhos que tanto contribuem para a economia brasileira.

Há 500 anos.

Todas as formas de governo, sejam da “direita” ou da “esquerda”, que ascenderam ao poder, nada fizeram para resolver o conflito. A ditadura militar, por exemplo, contribuiu para intensificar o extermínio indígena, e consequentemente todos os outros negligenciaram e negligenciam essa questão, porque no fundo estão mais interessados no tal do desenvolvimento econômico sustentável (dependendo do tempo e espaço muda de nome, mais possui a mesma finalidade) que além de justificar, legítima por meio de leis de permitem e impossibilitam as demarcações das terras indígenas.

Por isso, diante desta configuração social, é de suma importância que instrumentos alternativos de comunicação produzam conteúdo contrainformativo, pois, a mídia oficial forma valores sociais que deturpam e criminalizam as lutas sociais e o que ocorreu no caso do jornalista demonstra claramente a intensificação de um Estado Policial cada vez mais forte que atuará descaradamente cerceando os direitos pétreos fundados na Constituição.

Manifestamos repúdio total ao que aconteceu com este companheiro de trincheira, toda força e solidariedade! Continuamos na luta com a consciência que o grande culpado é o Estado.

Sobre as terras Indígenas

A Terra Indígena Buriti foi reconhecida em 2010 pelo Ministério da Justiça como de posse permanente dos índios da etnia terena. A área, localizada entre Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, foi delimitada em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) e abrange 17.200 hectares. Após a declaração, o processo segue para a Casa Civil, para a homologação da presidência da República, o que ainda não foi feito.

Durante nove anos, as comunidades indígenas aguardaram a expedição da portaria declaratória. O relatório de identificação da área foi aprovado em 2001 pela presidência da Funai, mas decisões judiciais suspenderam o curso do procedimento demarcatório.

Em 2004, a Justiça Federal declarou, em primeira instância, que as terras pertenciam aos produtores rurais. A Funai e o Ministério Público Federal recorreram e, em 2006, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) modificou a primeira decisão e declarou a área como de ocupação tradicional indígena.

No entanto, os produtores rurais entraram com recurso de embargos de infringentes e conseguiram decisão favorável em junho de 2012.

Vídeo da Ação

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ZRlHeOzENvI

Parque Estadual Xixová-Japuí na mira da especulação.

O Secretário Estadual do Meio Ambiente de SP, Bruno Covas esteve nesta terça-feira (30) em São Vicente e anunciou investimento de um milhão de reais para o Parque Estadual Xixová-Japuí. Os recursos serão financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. No local serão construídos uma guarita de proteção, um novo centro de visitantes e uma sede administrativa.

Com intuito de atender os turistas, e preocupado com a organização turística que não gere impacto ambiental, o Secretário alegrou o Prefeito Vicentino Billi e acrescentou que este investimento irá promover uma interação entre o Parque e as comunidades locais.

Será mesmo? A comunidade foi consultada? 

Interessante mesmo seria saber o que foi proposto sobre a questão indígena no Parque, já que o Poder Público parece ignorar essa questão, como já citado aqui no blog (ver link abaixo) o Parque é um bioma de mata atlântica riquíssimo. (dos poucos remanescentes) além de uma área de reserva indígena que o Estado não quer reconhecer, ao contrário, pretende entregar à especulação com a máscara do tal do desenvolvimento sustentável, falácia! É assim que começa a exploração e a ocupação predatória, legitimada por projetos que na prática só irão contribuir para expulsar populações pobres e desmatar áreas de reserva.  

Mineradoras. 

Pra quem não sabe há 11 requerimentos de pesquisa e dois processos de concessão de lavra, que visam obter informações ou autorização para exploração de minérios usados na construção civil, como granito, cascalho, areia e saibro. Também há um pedido de avaliação da disponibilidade de território. Cinco empresas fizeram quase todas as ações. Um dos pedidos partiu de um indivíduo particular, para prospecção de granito ornamental em terras indígenas, com limites dentro das cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, São Vicente e Mongaguá. 

E todas essas áreas possuem aldeias indígenas, algumas reconhecidas pelo Estado, outras não, mas todas elas serão extremamente prejudicadas! 

Em São Vicente tratarem os indígenas como seres invisíveis é estratégico para implantação de projetos deste teor, começam com a balela de ordenamento de proteção ambiental, com um turismo que irá inflar a economia local, desenvolvimento e blábláblá. 

É preciso estar atento!  

Leia as matérias à respeito e entenda melhor sobre o Parque e sobre o caso das Mineradoras, porque será preciso organização para frear esses projetos que em nada contribuirá para a comunidade local e indígena.

PEXJ – Parque Estadual Xixová-Japuí – encantos e problemas

Interesse de mineradoras ameaça terras indígenas de SP

Congresso de municípios, a que se presta isso?!

texto: armando f. santos
legendas: SubComediante Marcos

(fotos: facebook da Associação Paulista de Municípios)

O caipira Renato Teixeira emprestando seu prestígio para promover a Associação Paulista de Municípios - uma entidade que usa nosso dinheiro pra fazer seus eventos particulares

O caipira Renato Teixeira emprestando seu prestígio para promover a Associação Paulista de Municípios – uma entidade que usa nosso dinheiro pra fazer seus eventos particulares

Qual a serventia e quem paga a conta desse tal congresso dos municípios de São Paulo, realizado em Santos, nesta semana que passou de 02 a 06 / 04 / 2013?

Quanto em dinheiro foi gasto para a realização desse “evento”, que a meu ver não passa de uma reunião ampliada de políticos profissionais?

Quem como eu tivesse a paciência de observar os que chegavam para o “evento”, iria constatar que ali não chegava povo, mas, sim, políticos com seus carrões de placas dos mais diferentes rincões do estado, além, dos carros com placas oficiais dos mais diferentes órgãos ou secretárias de estado, muitos somente com o motorista. Fora os veículos geralmente pretos de vidros escuros com suas placas, provavelmente de bronze, com o pomposo n° 001 e a inscrição nada simpática de PODER EXECUTIVO, lógico, nesses veículos deveriam estar chegando autoridades senhores prefeitos com suas senhoras primeira damas.

Quais foram as propostas discutidas e aceitas para que fossem resolvidos muitos problemas por que nosso povo passa? Acaso, falou-se em acabar com a corrupção que atinge muitas das prefeituras, talvez ate em algumas de prefeitos que por aqui estiveram?

Nestes anos todos, qual foi o progresso que as cidades obtiveram por patrocinar, diga-se pagar, uma enorme despesa para se realizar algo de uma inutilidade tamanha que ao final o muito que se ouviu foi reafirmações e promessas de se realizar obras pela undécima vez?

Fica aqui um protesto por quem a contragosto está pagando essa conta!

 

Tapinha no peito, o clichê da politicagem: Barbosinha, prefeito de Santos, e o pres. da APM, Celso Giglio, ex-prefeito de Osasco - e FICHA-SUJA - http://g1.globo.com/sao-paulo/eleicoes/2012/noticia/2012/10/justica-eleitoral-decreta-vitoria-de-candidato-do-pt-em-osasco.html

Tapinha no mamilo, o clichê da politicagem: Barbosinha, prefeito de Santos, e o pres. da APM, Celso Giglio, ex-prefeito de Osasco – e FICHA-SUJA – http://g1.globo.com/sao-paulo/eleicoes/2012/noticia/2012/10/justica-eleitoral-decreta-vitoria-de-candidato-do-pt-em-osasco.html

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Aécio Neves (PSDB), senador por Minas Gerais, e o governador paulista Genocida Alckmin: o que um político mineiro tem a ver com um encontro sobre São Paulo?

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Ministro da Educação, o santista Aloizio Mercadante (PT), falando, falando e não dizendo nada: a popular “média” com o Governo Federal

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O ex-prefeito de São Paulo, Kassab, do PSD, o partido que é “nem de direita, nem de esquerda”, muito pelo contrário. Palestrou sobre o que? Como não se deve governar? Como conseguir uma boquinha nos governos? Como criar mais um partido de aluguel?

Empregadas domésticas: discriminação e direitos violados. Uma lei pode mudar tudo?

Historicamente desde a Grécia antiga o trabalho doméstico sempre foi exercido por escravos e tido como um trabalho sem valor atribuído as pessoas denominadas como inferiores e incultas. O filósofo Grego Aristóteles em seu livro clássico A Política, afirma que para conseguir cultura, era necessário ser rico e ocioso à custa da escravidão dos incautos. Esse tipo de pensamento permeou toda antiguidade, na velha Roma, por exemplo, todo o trabalho manual era reservado aos escravos. Na idade média, nos castelos medievais a cozinha era reservada aos servos. Apenas em alguns mosteiros da Igreja católica onde a função doméstica era exercida por monges, que esse trabalho recebia algum tipo de consideração. No Brasil, não foi diferente, os colonizadores obrigavam os índios a cumprirem todo o trabalho considerado pesado, e foram os jesuítas que em suas missões catequizadoras que colocaram as índias para serem as responsáveis pelo trabalho doméstico em suas comunidades criadas aqui em terras tupiniquins.

Com o surgimento do patriarcalismo e a escravatura instalada como a base do sistema de produção, os homens negros eram colocados para trabalhar na lavoura, enquanto as mulheres negras foram inseridas na casa grande para trabalhar como mucamas.

Hoje no Brasil, resquícios de uma escravidão que ainda não foi enterrada persistem por meio do serviço doméstico, uma realidade com poucas mudanças, que traz enraizada na cultura de muitos empregadores de que é uma função sem direitos, reproduzindo deste modo, uma nova relação de trabalho escravocrata velada. 

PEC dos trabalhadores domésticos e a polêmica em torno da lei.

Com o Projeto de Emenda Constitucional dos trabalhadores domésticos um avanço importante foi conquistado para a categoria, no entanto, há muito a ser conquistado. Pois, ficou evidente nas criticas de quem foi contra a emenda que para esses direitos serem respeitados na prática será preciso organização da classe. Uma das criticas bastante discutida, era que os empregadores vão precisar contratar um Contador para fazer os cálculos de seu prestador de serviço, o que irá gerar mais gastos, resultado: ao contrário da lei ser um avanço, será um retrocesso, pois, contribuirá para o aumento do trabalho informal e do desemprego, já que muitos empregadores irão preferir contratar diaristas, ou ficar sem o prestador de serviço doméstico.

Mas isso na prática já acontece, a competição para precarizar cada vez mais o serviço doméstico pagando cada vez menos pelos afazeres domésticos é uma realidade quase que irrefutável. Sem contar que estes “afazeres domésticos” imbrica outra discussão: a função indefinida das domésticas por exemplo, afinal, qual o serviço especifico de uma empregada doméstica? Tudo e mais um pouco, essa é a verdade! A maioria lava, passa, varre, cozinha, arruma, cuida de criança, faz compras… Ou seja, toda a responsabilidade da casa é delegada a essa trabalhadora, e quando o serviço é contratado no modus operandi “diarista”, esta trabalhadora fica com o serviço mais pesado e com a missão de resolver tudo num único dia para poder receber o que foi acordado, que na maioria das vezes é uma mixaria! Agora querer dizer que a lei prejudica os empregadores é demais! Afinal, sabemos como funcionam as coisas neste país para a classe trabalhadora, uma lei para se efetivar na prática precisa de muita luta e de muitas ações na Justiça do Trabalho.

Outra coisa, há de se considerar que o trabalho doméstico também é um serviço delegado as mulheres, e por quê? Exatamente por vivermos numa sociedade que traz engendrada em sua cultura, a praga do patriarcalismo que coloca a mulher em condição de subserviência ao homem, e neste caso, acrescentamos também a criminalização da origem étnica e social como item, pois quanto mais adjetivos a sociedade nomeia de forma pejorativa: mulher, preta, nordestina, pobre, deficiente… Mais explorada está trabalhadora será! Essa é a dura realidade que permeia essa discussão, mas que não é levada em consideração e que a mídia oficial sabe muito bem como prestar um desserviço distorcendo toda a questão.

Organização 

Para além de direitos trabalhistas conquistados institucionalmente (justo e providencial) há de se pensar na organização da classe trabalhadora para uma verdadeira emancipação, pois estes direitos garantidos por um Estado que em sua essência é contra a classe trabalhadora, na maioria das vezes mascara o problema, o resolvendo paliativamente, e no que diz respeito ao serviço doméstico, é apenas a ponta do iceberg, mas também um precedente aberto que temos que radicalizar, pois, numa sociedade onde o valor humano está fundado num diploma acadêmico, continuaremos vivendo numa sociedade de exclusão e privilégio onde o prestador de serviço doméstico continuará sendo desrespeitado numa relação análoga a escravidão.

É este o tipo de sociedade que queremos?

Ouça o relato de Dona Esmeralda falando  sobre o serviço doméstico:

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Não queremos a Municipalização do Prédio da Cadeia Velha!

Tamujunto!!

É importante lembrar que a cadeia velha é um centro cultural mantido pelo Governo do Estado para atender a região, com a municipalização a região toda perde!!! ( Caio Martinez)

De (Movimento Cultural da Baixada Santista)

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N38750

“Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.”
Bertolt Brecht

O Movimento Cultural da Baixada Santista, representado por pessoas e grupos de vários segmentos artísticos de Santos e região, vem por meio desta manifestar seus anseios quanto a futura utilização da Cadeia Velha, (ex) sede da Oficina Regional Cultural Pagu situada no Centro histórico, na Praça dos Andradas.

Este movimento, que fique bem claro à todos que é apartidário, está se organizando, já há um tempo em prol das atividades culturais que beneficiem o acesso e descentralização das artes e entende, principalmente pela experiência e história da luta destas pessoas, que a Cadeia Velha é um espaço conquistado para esta finalidade e que seu vínculo com o Estado, através da Oficina Regional Cultural Pagu foi essencial para a formação de muitos artistas e grupos, fomentando as artes e o acesso a cultura.

A Cadeia Velha, contextualização histórica

Antiga Casa da Câmara e Cadeia, localizada na Praça dos Andradas (centro de Santos) que já serviu de refúgio na Guerra do Paraguay, Fórum, Prefeitura, palco da 1ª Constituição Municipal (1894), enfermaria de um surto de peste (1870), se perpetuou na cidade por 80 anos como Cadeia. Após seu tombamento como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional passou por um grande período de abandono, sendo revitalizada como Centro Cultural do Estado.

Nasce então, a Oficina Regional Cultural Pagu, em homenagem à sua mais célebre ex-detenta, desde 1994 a Oficina Pagu ou Cadeia Velha ou simplesmente Pagu, como é chamada carinhosamente pelos artistas, cumpre um importante papel na vida cultural da região, galgada na formação, um espaço que vem dando ótimos frutos recentemente.

A Oficina sedimentou na cidade de Santos incontáveis coletivos artísticos e fomentou tanta produção que hoje em dia o receio dos artistas é que ela não possa fazer o mesmo com as próximas gerações. A Oficina Cultural Regional Pagu, atualmente, está alocada nas dependências da Igreja São Judas Tadeu, local totalmente inadequado para o funcionamento da mesma, situação posta, até então como improvisada e temporária.
Por que perder o único Centro Cultural mantido pelo Estado de São Paulo na Região da Baixada Santista?
Com a municipalização do prédio, a região perde seu único Centro Cultural mantido pelo Estado (um retrocesso para nossa história). Os artistas perdem um importante centro de aperfeiçoamento e espaço de manifestação artística, que há quase 20 anos potencializa a vida cultural da baixada, já que no mínimo 90% de todos artistas lá participaram ou ministraram algum tipo de atividade, a sociedade perde importância nas política culturais perante o Governo do Estado de São Paulo.

Lugar de diálogo próximo e possível com as políticas de estado da/para cultura, prédio histórico e abençoado com a hóstia da revolução por minuto, não-lugar oficial de criação, sem censura e coerente consigo mesmo, que tinha vida própria graças aos circulantes – brincantes que limparam com transpiração e inspiração o suor e lágrimas de escravos daquelas pedras frias do chão.

Há alguns anos o Governo do Estado cancelou o programa da Delegacia Regional de Cultura que funcionava na Cadeia Velha em conjunto com a Oficina. Com a municipalização do prédio e com a consequente precarização da Oficina Cultural Pagu, vemos o Governo do Estado recuar na sua responsabilidade e participação nas políticas culturais da baixada. Cabe a Prefeitura de Santos pressionar e cobrar essa responsabilidade e não compactuar com o desmonte efetuado pelo Estado na área da Cultura.

Cadeia Velha, Casa livre

Aventam-se mudanças na configuração político-cultural aqui em terras santistas, enquanto na verdade essa mudança já vem acontecendo faz um tempo e grande parcela dela advém, finalmente, dos próprios agentes/produtores/artistas locais que botaram a mão na massa, deram a cara a bater, e criaram espaços e possibilidades na unha, literalmente, muitas vezes.

Ali o sonho de Patricia Galvão com o Festival de Teatro criado por ela e Paschoal Carlos Magno, o FESTA, foi levado adiante e se hoje é o mais antigo festival de teatro do Brasil indo para sua 55ª edição, é por que muitas foram concebidas e realizadas a partir dali. Foi na Cadeia, que Santos começou a trabalhar a questão do curta metragem, que recebeu em 2002 as Oficinas Kinoforum da grande Zita Carvalhosa e não teríamos sem sombra de dúvida na cidade um festival como o Curta Santos, que a cada edição leva mais de 90 mil pessoas diretamente a mais de 20 pontos de exibição espalhadas pela cidade, exibindo mais de 200 horas de conteúdo nacional por edição, empregando mais de 200 pessoas, movimentando o turismo e a economia local, realizando intercâmbios internacionais e colocando a cidade no panorama cinematográfico nacional. Ali era sede de ambos, FESTA e CURTA SANTOS, ali nasceu Querô, o filme e as Oficinas.

Dezenas de grupos, tanto de dança quanto de teatro, só puderam pôr suas produções na rua, pois a Pagu lhes deu teto e abrigo pra chamar de casa e ensinou como trilhar seus caminhos com mais qualidade graças ao sem números de profissionais que passavam por aquelas paredes frias dividindo seu notório saber com esses coletivos, dando luz a uma geração que reestruturaria os métodos de produção e estética postos em prática até então pela Baixada. Nesse momento fazia-se história. Ela está viva e solta por ai.

Quantas centenas de guris não viram nascer a paixão por Villa Lobos, por Mozart… passar a tarde e ouvir, naquele Centro cheirando café e porto, a nona de Beethoven tocada por adolescentes era de emocionar qualquer um.

Pelas celas da Pagu passaram e deixaram ouro entre outros: Bete Mendes, Sérgio Mamberti, Plínio Marcos, Rubens Ewald Filho, Esther Góes, Sérgio Ferrara, José Roberto Torero, Paulo Markun, João Silvério Trevisan, Antonio Araujo, Zé Celso Martinez, Hugo Possolo, Mario Bolognesi, Veronica Tamaoki, Palhaço Picolino, Andrea Pasquini, André Fisher, Décio Otero e Marika Gidali, Celso Sabadin, Zé do Caixão, podemos ir longe na lista.

Aquele lugar provocava, propunha, fomentava, instigava, permitia e incentivava o livre fazer, com compromisso com o silêncio de Hamlet e também com sua ratoeira para o rei Cláudio.

Por que a Cadeia Velha?

Existem no centro de Santos outros equipamentos culturais da SECULT, como a Casa do Trem Bélico, o Outeiro de Santa Catarina que se encontram inoperantes, por que o interesse em municipalizar a Cadeia Velha? Isso representa algum avanço ou inovação? Ou um retrocesso? O orçamento Municipal para a Cultura já tão comprometido, suporta mais esse investimento? Em detrimento de qual investimento essa ação será efetuada?
Quantas pessoas deixarão de experienciar tudo isso se ali não for esse lugar único possível?

Iniciamos aqui o nosso pedido de paralisação do suposto processo de municipalização, por parte do Estado e do Município.

Queremos que a Cadeia Velha continue a ser um Centro Cultural do Estado e sede da Oficina Cultural Regional Pagu, a garantia da sua restauração e reforma o mais breve possível.

Que saudade do amanhã.

QUE PAGU ESTEJA CONOSCO!
QUE PLÍNIO ESTEJA CONOSCO!
QUE TONINHO E TANTOS OUTROS ESTEJAM CONOSCO!

O valor do transporte público aumentou! Vamos tod@s pra rua dizer não!???

Este ano demorou um pouco o aumento da tarifa do transporte público na Baixada Santista, que costuma ser entre fevereiro e março, mas veio!!! Primeiro, sempre aumenta as linhas municipais e alternativas ( exemplo, lotações em São Vicente) e na sequência as linhas que interligam as cidades da Baixada (linhas metropolitanas). Já na cidade de Santos tem novidades, a partir de 23 de abril de 2013 por meio de uma lei, quem não tiver cartão transporte não anda de ônibus!

(que inclusive é inconstitucional por recusar e relativizar a moeda em curso no país. artigo 43 do Decreto-Lei 3.688/41 de 1941 – permanece com a Constituição de 1988 – apenas com pequena retificação, referente a multa.)

Mas, o Prefeito Paulo Alexandre Barbosa resolveu sancionar a lei, deste modo, proibindo o uso de dinheiro nos coletivos e obrigando a população a ter o cartão transporte, evidente que isso foi para calar as reivindicações do retorno do cobrador, (que é uma discussão histórica) o que causou um enorme transtorno neste mês de março para os usuários que tiveram que recadastrar o cartão.

“Já a Prefeitura de Praia Grande repassou pelo menos R$ 4.008.548,08 para a Viação Piracicabana. Para se ter uma ideia isso representa 42% do total de despesas da Secretaria de Transito e Transportes e mais de 6 vezes o que foi gasto com Habitação Urbana!”  

clique no link para saber mais:

http://www.facebook.com/photo.php?fbid=515176041879242&set=a.420561694674011.100437.420285588034955&type=1&theater

Pois é, e qual é a solução? Diante deste monopólio do serviço público.

Bora pra rua lutar!

Por um transporte público gestionado pelo povo!

Leia matéria sobre a utilização obrigatória do cartão:

Lei que obriga utilização do cartão magnético no transporte público é inconstitucional. Cabe denúncia no Ministério Público

Participe de mobilizações!!!

Fora Feliciano! Fora toda intolerância e perseguição religiosa!

Quando a arma usada numa guerra é a desinformação, acho que a má intenção fica bastante clara. E quando isso é feito em nome de um povo que prega “amor ao próximo” e “não julgar para não ser julgado”, isso também é guerra ao próprio povo.

Independente de sermos heterossexuais ou homossexuais (ou de sequer acreditar nesse tipo de convenção social bizarra, meu caso); independente de sermos cristãos, de termos outra religião, ou ainda nenhuma; independente de sermos brancos, negros ou simplesmente humanos.

Talvez seja a hora de abandonar o discurso de paz, porque paz, nesse sentido, é ficar em cima do muro. E não é mais momento pra estarmos em cima do muro. Não quando se prega ódio.

Vamos falar de perseguição? Então vamos falar de perseguição:

1. Câmara dos Deputados:
Violência contra homossexuais só aumentou desde 1960:
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/151535-PESQUISAS-MOSTRAM-AUMENTO-DA-VIOLENCIA-CONTRA-HOMOSSEXUAIS.html
(lembrando que o levantamento é feito apenas com casos noticiados, ou seja, retrata só parte do problema, que na realidade é muito maior!)

2. Do observatório de segurança pública, uma análise até o ano de 2007.
http://www.observatoriodeseguranca.org/dados/debate/violência/homofobia

3. Aqui um levantamento do GGB (alguns poderão ignorar porque é um grupo que defende os direitos LGBT que organizou o levantamento, mas deixo aqui o questionamento: se eles não o fizessem, quem o faria?) entre 1960 e 2000. 78 páginas, bastante completo.
http://www.ggb.org.br/causa_mortis.doc

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Em tempo:

É importante lembrar que as estatísticas são subestimadas (ou seja, na realidade são maiores), porque só se pode contar um crime como homofóbico se o agredido ou sua família declararem essa homossexualidade. E isso, em muitos casos, não acontece. Por questões óbvias.

Eu sugiro um teste. Jogue no google “violência contra homossexuais” e veja os resultados. Depois jogue “violência contra cristãos”. No primeiro caso, vai ver análises e denúncias nacionais. No segundo, vai ver notícias sobre a Índia, a Zâmbia, a Nigéria, Sri Lanka e a Indonésia. Isso não é por acaso.

A perseguição religiosa existe no Brasil, sem dúvidas. E também existem estatísticas e análises jornalísticas a esse respeito. Mas, me desculpe, as vítimas são os praticantes de regiões afro-brasileiras e pagãos.

Uma boa tarde.” (André Vésper)
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Eis o vídeo que me motivou a colocar isso tudo aqui:
http://www.youtube.com/user/contatowaptv?feature=watch

E para saber quem é a tal WAP TV e seus “clientes”, que vai desde Fundação Roberto Marinho até o Malafaia, acesse:http://www.waptv.com.br/web/quemsomos.php

São Vicente: Prefeito decreta situação de calamidade pública

Em frente ao Centro Comunitário Saquaré

Em frente ao Centro Comunitário Saquaré

Com uma divida de R$ 800,00 milhões, herança do antigo governo (PSB) qual também era integrante, o Prefeito de São Vicente Luiz Cláudio Bili decretou ontem (12) de março, situação de calamidade pública na cidade, devido à quantidade de lixo acumulado, que pode causar riscos à saúde da população.

De acordo com o Prefeito, hoje quarta-feira (13) será apresentado a nova empresa que prestará o serviço em contrato emergencial, cuja tarefa é resolver o problema do lixo acumulado nestes últimos quatro meses.

Com um governo engessado pela oposição e por uma equipe “despreparada” (segundo a mesma) o Prefeito Bili terá que pensar e implantar alguma política pública muito interessante que lhe possa dar credibilidade junto à população, pois, a maioria sente-se descontente com a situação da cidade: creches e escolas com problemas de merenda, lixo acumulado, frente de trabalho dispensada, salários de servidores atrasados, único hospital da cidade à beira do caos, além de muitos outros problemas que são heranças de 16 anos de administração que governava entrelaçando partidos e setores da sociedade civil, e que hoje, quer delegar toda a culpa e responsabilidade à nova administração, além de fazer oposição com discursos que para quem tem memória, é puro tiro no pé.

Ou seja, nos próximos quatro anos teremos tempos difíceis para enfrentar, pois essa essa disputa de poder das velhas oligarquias que comandam a cidade, não passa de quebra de braço, e quem está pagando o preço é a população, e muito caro!

Rádio da Juventude: Por uma comunicação livre, popular e combativa!

Foto-0315Desde o final do ano passado o estúdio da Rádio da Juventude estava em reforma e a equipe aproveitou para reorganizar o espaço e também desenvolver oficinas e debates entre seus integrantes sobre a produção de uma comunicação livre, popular, combativa e classista. Neste último sábado (2) a Rádio da Juventude voltou a transmitir na frequência de 89.5, e colocou em pauta durante a programação diversas questões que precisam ser confrontadas emergencialmente para fortalecer a luta da classe trabalhadora contra este sistema de exclusão.

Alguns dos temas discutido foram: violência policial, extermínio da juventude, higienização nos centros urbanos e a conjuntura social da Baixada Santista, além de temas específicos da cidade de São Vicente (onde a rádio está localizada) como o problema da habitação, das creches, da educação, do transporte público e da falta de coleta de lixo.

Para finalizar, foi discutido a importância dos movimentos de ação operária como a Juventude Operária Católica, Pastoral da Juventude e todos os outros que sempre estiveram nos porões da Igreja Católica.

A Rádio da Juventude segue como instrumento de comunicação livre, que preza por princípios como autonomia, horizontalidade, solidariedade, auto gestão e combatividade, fortalecendo a luta popular de base que vise a transformação social radical de toda a sociedade.

Agradecemos ao esforço de tod@s comp@s que contribuíram para a reforma do estúdio da rádio! E ao companheiro Valdir, sem palavras…

Logo mais divulgaremos todos os áudios que gravamos dos debates.

Áudio sobre a violência policial na Baixada Santista:

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