Liberdade de imprensa ou de empresa?

A liberdade de imprensa está morta! O que existe é a liberdade de empresa. Logo, estamos todos mortos!

Quem tem acompanhado o noticiário nos últimos tempos pôde perceber como se tem discutido sobre liberdade de imprensa no Brasil. As eleições por exemplo: tem impulsionada está discussão, o governo a todo momento tem sido acusado de atos de censura. Quem não se lembra do caso dos humoristas que não podiam fazer uma piadinha com os candidatos. Neste caso, a censura caiu por terra. Mas vale lembrar, que alguns jornalistas que ousaram perguntar, escrever também caíram, Heródoto Barbeiro da TV Cultura foi para a geladeira depois de no programa Roda Viva insistir em perguntar ao candidato José Serra sobre os pedágios. Recentemente Maria Rita Kelh da Folha de São Paulo foi demitida por escrever um texto em que dizia que o povo assistido pelo bolsa familia não era tão burro quanto a elite pensava. Neste caso, era óbvio! Afinal, a Folha de São Paulo havia declarada publicamente apoiar o Tucano José Serra.

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Reflexão e Ação discute o fenômeno Tiririca

Pior do que está não fica! Como previsto, um milhão trezentos e poucos votos, confirmando a política do pão e do circo.
Seus projetos segundo ele: “só coisa boa!” Com isso o palhacinho mais querido do país desbancou o Ronald e se tornou o Deputado Federal mais votado do Brasil.

Neste último sábado dia 09/10, o programa Reflexão e Ação dando continuidade ao sábado anterior véspera de eleição onde discutiu “Eleição é coisa séria! Não seja um palhaço nas urnas”. Colocou em pauta para discussão “o fenômeno Tiririca“. É certo dizer que, não é nenhuma novidade o envolvimento de “celebridades” no mundo da política, e o fato de um candidato usar de seu talento “palhaçal” para angariar votos, não quer dizer que ele será um péssimo político. Será? Horas, outros palhaços velhos de guerra estão há muito tempo na política e vestem terno e gravata.

E aí? Viva a democrácia?

Foi o que tentamos entender.

Estiveram no estúdio para contribuir com o assunto o Professor de História e militante do Psol e do Círculo Palmarino, Maykon, o Bacharel em Serviço Social e militante do Conselho da comunidade Negra de Santos, André Leandro e o Professor de Filosofia Wellington Souza.
Para iniciarmos o debate a pergunta inicial foi: Essa quantidade de votos obtido pelo Tiririca se traduz de que forma? Revolta? Descrença? E quais seus efeitos?

Segundo Maycon: Vivemos hoje no Brasil uma democracia frágil, onde a intervenção política através do voto está saturada, ou seja, vivemos uma falência do sistema democrático. Por isso a entrada de celebridades tanto reflete um sistema que possibilita a entrada de pessoas despreparadas para o cargo, quanto a eleição de um candidato com um milhão e trezentos votos, que pautou sua campanha com um slogan debochado e sem propostas, nada mais é que o reflexo da insatisfação popular, gente que não se vê representada de forma alguma, e totalmente descrente com as possibilidades de mudanças através do voto.
André Leandro acrescenta: Para isso acabar, precisamos de uma reforma política, primeiro: voto distrital para fortalecer a representação local e criar identidade entre representante e representado, segundo: criar um sistema de filtragem, quem se candidata a cargos públicos tem que ter histórico político, isso seria uma forma de acabar com os paraquedismos, terceiro: transparência e igualdade entre os candidatos, criar um teto de campanha e financiamento público para todos.
Wellington pondera a respeito “Todas essa reformas são necessárias, mas não acredito que o voto distrital irá realmente resolver e criar essa identidade, outra coisa a ser colocada em discussão, diz respeito a Educação, sem ela nada disso será resolvido, e quando me refiro a educação, refiro-me a Ethos, a forma ética de ser e de estar neste mundo, e por mais subjetividades que ela tenha em seu entendimento, ela, é quem nos faz refletir sobre a configuração social. Com isso, de que forma iremos atuar sobre as esferas da moral que regem nossa sociedade? Por exemplo: Algum tempo atrás no Brasil o coronelismo tinha uma instituição “igreja católica” que a seu lado fortalecia a opressão perante o povo, hoje os meios de comunicação cumprem este mesmo papel, alimentando uma moral de catequese. E aí?

Aí, foi que no calor da discussão muitos pontos foram levantados e que infelizmente gostando ou não, o Tiririca foi eleito e com ele mais cinco companheiros de partido ocuparão cadeiras no congresso nacional. Mas o voto não é o fim, apesar de uma democrácia frágil, cabe fiscalizar, denunciar e bater panela, o que não vale é se calar e acreditar que pior não fica, fica sim! Já ficou né?

Outros pontos que fortaleceriam a democrácia:

* Utilizar outros elementos de participação popular, como:
Plebicitos e referendos.

* Criação de dispositivos de filtração para saber quem é o candidato e qual o seu histórico.
* Criação de fóruns de discussão, para que o povo possa decidir como utilizar verbas públicas, com isso, maior participação no legislativo e executivo.
* Criação de teto para campanhas através de financiamento público gerando igualdade entre os candidatos.
* Criação de mecanismos para que o povo tenha poder de revogar o mandato de um candidato.

Porém, além de tudo isso, tem duas palavrinhas fundamentais que irão dar o ponta pé nisso tudo:Participação política, senão, como disse Wellington repetindo uma frase velha, no entanto, atual e que incomoda “ O povo tem o governo que merece!”

RadioFeira – Eleições 2010: não seja um palhaço nas urnas!

Como vem acontecendo todo primeiro sábado do mês, neste dia 02 de outubro iremos realizar mais uma RádioFeira. Nesta edição iremos discutir a importância do voto, com o tema “Eleição é coisa seria. Não seja um palhaço nas urnas”. A questão é bem atual e reflete uma preocupação que se levanta em relação ao pleito de domingo: a grande quantidade de “celebridades” e “engraçadinhos” que se candidatou a algum cargo eletivo.

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Um grito de independência na Radiofeira

Toda RadioFeira que realizamos, assim como o programa “Se Liga na Idéia”, tem uma temática definida. Na edição realizada em 04 de setembro, discutimos se o Brasil é, de fato, independente. Para isso, contamos com a participação do historiador José Dionísio de Almeida, que mostrou as amarras as quais o nosso País está submetido.

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Rádio Feira questiona Independência do Brasil

Guilherme Júnior*

A 3a. edição da RádioFeira, evento realizado pela Rádio da Juventude, acontece neste sábado, dia 04 de setembro, à partir das 10:00 horas. O evento é realizado em frente à loja de Móveis Narciso, na esquina das ruas Mascarenhas de Moraes e Alexandria. Desta vez, o tema é “Somos mesmo independentes?”, relembrando os 188 anos da Independência do Brasil, a ser comemorada em 07 de setembro.


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“Democracia” O poder do povo?

Rádio da Juventude de volta com gás total!

E neste sábado dia 21/08 o programa Se liga na ideia em seu retorno colocou em pauta o tema “Democracia”. Aproveitando o gancho de ano de eleição o objetivo foi entender melhor o que é democracia.
Esteve no estúdio para contribuir sobre  o assunto, André Cardoso dono do site Derua e conselheiro de comunicação do Conselho da Juventude de São Vicente.

Um dos pontos importantes levantados é que a palavra democracia em seu sentido literal advém do grego e significa Poder para o povo. No entanto, este poder nem sempre tem sido utilizado pelo povo, na maioria das vezes o termo democracia tem sido associado com a palavra liberdade como pretexto de alguns governantes para invadir países que supostamente não sejam democráticos, chegando ao ponto de atropelar a soberania nacional de um país. Continue lendo

Juventude, mais que todo ouro do mundo!

Semana passada dia 12 de agosto foi comemorado o dia internacional da Juventude. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgados um dia antes, “este ano a taxa de desemprego entre os jovens no mundo chegou ao mais alto índice, um a cada oito jovens ficou sem emprego e de 620 milhões dos que têm de 15 a 24 anos, 81 milhões estavam desempregados no ano passado”. Segundo a pesquisa “a soma é de quase oito milhões de jovens sem emprego. A OIT mostrou ainda que o desemprego da juventude no próximo ano vai crescer e chegar a 12,7%.”

Nestes dados apresentados pela OIT os países pobres, evidente são os maiores concentradores de jovens que vivem com menos de um dólar por dia, se tornando verdadeiros depósitos de jovens que vivem sem nenhuma perspectiva de futuro.

Na busca pela sobrevivência estes jovens acabam sendo vistos como mão de obra barata, tanto para o mercado informal, quanto para o mercado do sexo e do tráfico.

O que isso quer dizer?

Que hoje estes jovens representam a parcela de uma geração marginalizada! Que tudo aquilo que lhe é reservada: é a violenta exclusão de uma sociedade dividida em dois pólos sociais. Afinal, essa juventude que é referida, não é aquela que estuda em colégios particulares, que freqüenta clubes badalados, que anda de carro do ano tirando rachas e que no futuro irá se formar em Oxford ou na USP.

A juventude referida é aquela de áreas periféricas onde as políticas públicas de Estado são inexistentes. Exatamente aquela que neste 2010 ano de eleição aqui no Brasil, no momento uma parcela dela está servindo como mão de obra em campanhas, segurando bandeiras em semáforos, feiras, avenidas… Entregando panfletos e ouvindo insultos como se ela fosse à culpada pela sujeira de determinados políticos que no momento elas representam.

E que trabalho é esse?

Temporário e sem garantias, que nada difere de outros que exploram e atiram essa juventude no rol de culpados que lhe obriga a acreditar num trágico destino do qual somente ela é responsável.

Organização

A PEC da Juventude aprovada este ano, incluiu na constituição o termo jovem,  simbolizando um avanço para os movimentos sociais de Juventude. No entanto, de que forma tudo isso irá refletir na vida da juventude, principalmente a periférica, é onde está o problema. Não desmerecendo a emenda, longe disso, mas as transformações envolvem uma série de fatores que contribuam na consolidação de medidas efetivas. Enfim, mas batalhas a serem travadas, que está nas mãos da juventude, porque somente ela unida e organizada pode transformar o seu próprio futuro e ser dona de seu destino, encontrando assim, o sentido de sua vida. Que nada tem a ver com a ideia de viver para trabalhar.

Esta ideia imposta não é a única alternativa.

Neste dia, como todos os outros devem ser.

Reflexão e um grito…

Viva a Juventude trabalhadora!
Que nunca deixará de lutar por tempos melhores para todas e todos.

OBS:
Contradição:

Quem acompanha as redes sociais, como o Twiter, por exemplo, pôde verificar neste dia internacional a infinidade de parabéns soltos ao vento de candidatos que enalteceram a juventude, ressaltando a importância dela para o futuro do país. Mas que em momento algum citava os problemas existentes. Nestas eleições, olhos abertos!

“CADA JOVEM TRABALHADOR VALE MAIS QUE TODO O OURO DO MUNDO.” P. JOSEPH  CARDIJN

Ontem foi o dia internacional da juventude, e aí? É um dia pra comemorar?

Extraído do Blog ideiaquente.com

Blog de Origem

O número de jovens sem emprego atingiu o mais alto índice já registrado no mundo e vai aumentar muito ainda este ano. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgados ontem para lembrar o Dia Internacional da Juventude a ser celebrado hoje, 12 de agosto. Mas, com essa notícia, devemos comemorar?

A crise econômica que explodiu há quase dois anos nos Estados Unidos trouxe consequências diversas para os trabalhadores dos países pobres. Uma delas foi fato de que 1 a cada 8 jovens ficou sem emprego. De 620 milhões dos que têm de 15 a 24 anos, 81 milhões estavam desempregados no ano passado. São quase 8 milhões a mais de jovens sem emprego do que antes da crise, quando a taxa era de 11,9%. Depois da crise, esse valor pulou para 13%. A OIT mostrou ainda que o desemprego da juventude no próximo ano vai crescer mais e chegar a 12,7%. Além disso, as mulheres jovens são as que mais sofrem com o desemprego, pois alcançaram 13,2% contra 12% de homens da mesma faixa etária.

Subemprego, miséria e falta de esperança

Tanta falta de oportunidade surgiu das condições de subemprego e miséria em que vivem os jovens dos países pobres, como mostra o relatório. Mais de 150 milhões deles sobrevivem com cerca de 1 dólar e 25 centavos por dia. Na América Latina, a quantidade de adolescentes que vivem de emprego informal aumentou durante a crise e no continente ocorrem 69 homicídios para cada 100 mil jovens. Um dos maiores índices do mundo. A tendência de ficar sem emprego e se acostumar com essa realidade pode resultar em uma geração perdida, porque a juventude é capaz de “perder toda a esperança de serem capazes de trabalhar para uma vida decente”, disse um representante da OIT.

Jovens organizados

Ainda neste mês, o MST vai organizar a jornada de lutas da juventude. Um dos principais pontos da mobilização é a falta de escola e trabalho para os mais de 500 mil jovens que vivem nas áreas da reforma agrária, no campo brasileiro. Essa força de organização da juventude do campo nos alerta que a quantidade de jovens brasileiros marginalizados é tão grande e importante que é capaz de cobrar mudanças profundas no modelo econômico do país e inclusive ser parte decisiva na escolha dos governantes.

Rádio feira ” Eleições 2010” Qual o nosso papel?

Neste sábado dia 31 de julho a Rádio da Juventude esteve na feira livre da Vila Margarida em São Vicente, realizando mais uma rádio feira que possui o intuito de interagir com a comunidade local através de música e também de trocas de ideias.

O tema desta rádio feira foi: Eleições 2010

Quem passou por lá além de pedir música pode expressar sua opinião sobre o assunto e teve até quem posou para foto. Estiveram presentes também dois integrantes da banda de rock santista The Jandders, que expuseram  suas opiniões sobre a importância do voto consciente  e de quebra mandaram um pocket show ao livre.

Ao término, tudo certo! Ficamos apenas devendo algumas músicas para a galera da barraca do peixe, mas na próxima a divida será paga.

Em relação as Eleições 2010 e o nosso papel, a discussão levantou a premissa de que o voto é importante sim! E saber em quem se vota é também muito importante e não adianta reclamar que político e tudo igual, trocar o voto por cesta básica ou por qualquer outra coisa é terrível e só irá manter tudo que está aí, trabalho precário,  educação ruim, saúde  caótica… E por aí vai! E como Adriano do The Jandders disse: O voto é um direito que temos que dar valor, na época da ditadura muita gente morreu lutando pela democracia. Vamos jogar tudo isso fora agora?

Pátria querida! Ame ou deixe! Hã???

No programa Se liga na ideia da semana passada dia 03/07 aproveitando o gancho ufanista de época de copa, o tema foi Patriotismo.
Como já é de praxe para contribuir na discussão estiveram no estúdio Francisco Marcio ex-militante da JOC (juventude operária católica) e Fabio Piovam analista de sistemas e J. Muniz escritor. O objetivo da discussão era saber: o que afinal é ser patriota? E se dá para conectar este sentimento de pátria que floresce em época de copa e discutir política? Pois, é ano também de eleição.
Os pontos levantados foram que é preciso desmitificar o próprio conceito do que é ser Patriota. Afinal, historicamente sempre se atribuiu a uma coisa de militares, pátria amada, ame ou deixe, ou seja, há resquícios da ditadura no que se entende por pátria.
Muniz por exemplo, viveu a época da ditadura e diz que o sentimento de lá para cá mudou, mas que há quinhentos anos o povo brasileiro ainda não conseguiu ter o comando de sua própria história e isso influencia no fazer política. Piovam concorda e diz que é preciso trabalhar essas questões históricas para criar uma cultura da discussão, de entender que é preciso ser patriota todo dia, isso no sentido de fomentar debates. Marcio acrescenta que as pessoas em geral acabam tendo uma visão muito distorcida do que é política e por falta de hábito, de entendimento e de péssimos exemplos de representantes políticos, não gostam de política. Eis a barreira de conectar em curto prazo, mas que pode ser trabalhado sim. É o desafio hoje.
Ao término do programa foi concluído que patriotismo apesar de ter origem militar. Ele na verdade é o entendimento que precisamos ter para fazer desta nação um Estado onde as pessoas se respeitem e lutem juntas pelo bem comum.
É um longo processo a ser trabalhado?
Sim!
Mas precisamos começar a ter na política, este mesmo sentimento de Pátria que temos em época de copa.
Eleição 2010 começou faz tempo!

Você tem medo de que?

No dia 22 de maio, o programa Se Liga Na Idéia discutiu o problema da homofobia. Ainda é uma prática comum o desrespeito aos homossexuais devido à sua orientação sexual. Em pleno século XXI, soa muito retrógrado que pessoas sofram agressões ou sejam discriminadas por ter orientação sexual considerada fora dos padrões.

Para falar sobre o tema, estiveram no estúdio Natasha Avital e Rodrigo Loureiro, integrantes do grupo E-Litoral, voltado para conscientização sobre o respeito às diferenças socioafetivas e que funciona como uma célula do coletivo E-Jovem, de alcance nacional. Segundo os ativistas, uma das características que provocam isso é a heteronormatividade, que é o “senso comum” de que o normal na sociedade é ser hetero. Outro membro do E-Litoral, Victor Azenha, fala sobre a importância da organização e conscientização:

Lidar com o preconceito nem sempre é tarefa fácil. Muitas vezes é preciso esconder sua condição sexual para fugir de humilhações ou até mesmo de ser demitido. A psicóloga e educadora social Janaina Costa fala como lida com essas situações:

Que todos gostam de respeito ninguém discorda, ok? Então porque tem que ser diferente com quem não se contenta em ser igual? Quebrar preconceitos, entender que existem outras formas de pensar, viver e se relacionar é o primeiro passo para uma sociedade digna de todos.