Prefeitura de São Vicente não repassa verba do FUNDEB para creche.

Manifesto da comissão de mães e pais que está circulando pela web junto com um abaixo assinado digital. (link do abaixo assinado) e do manifesto, página no face.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A creche “Olinda Cury Gigliotti” do Japuí não recebeu 12 parcelas intercaladas do FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) do MEC, pois a Prefeitura de São Vicente não repassou a verba. No momento, todas as 16 funcionárias da creche encontram-se em aviso-prévio até dia 04 de junho. Serão demitidas por falta de dinheiro para pagamento de seus salários. Essa verba FUNDEB garante não só o pagamento da equipe, mas também a merenda escolar, material de limpeza e outros gastos. A creche, além de uma necessidade de mães e pais trabalhadores é um direito social de toda a criança assegurado pela Constituição Federal e pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Não queremos mudança na gestão local da creche! Não queremos a demissão das funcionárias!

BILI, REPASSE O FUNDEB!!!

A situação

Segundo informações que obtivemos junto à Comissão, a Prefeitura não tem repassado a verba do FUNDEB, e a creche só conseguiu manter as contas até o momento porque havia dinheiro em caixa economizado – em torno de 300mil reais. Esse dinheiro seria utilizado pela Associação dos Funcionários e Amigos do Hospital São José (ASFA – entidade que administra a creche) na reforma de um imóvel que sediaria um nova creche cujo projeto funcionaria 24h. Porém, as economias acabaram e não há como a creche continuar funcionando. A Prefeitura foi comunicada, mas não deu nenhum parecer, inclusive, a Presidente Rose Marye Hoyer Gomes da Associação está há cerca de um ano cobrando essa verba da Prefeitura. Já houve diversas reuniões com o Prefeito, porem, até agora nenhuma solução. Portanto, a Associação entrou como uma ação no Ministério Público para obrigar a Prefeitura a efetuar os pagamentos. E como não há como manter a creche em funcionamento sem essa verba, e esses processos levam tempo, a administração da creche comunicou todos os pais e mães na última sexta-feira (23), que todas as funcionárias estão de aviso-prévio até o dia 04 de abril. A partir disso, o futuro da creche é incerto.

470178 (1)As mães e pais se reuniram neste domingo (25) e formaram uma Comissão para reivindicar o repasse junto ao Poder Executivo. Irão entrar esta semana com uma ação coletiva no Ministério Público, e durante esta semana estarão colhendo assinaturas num abaixo assinado on line e na rua.

Na próxima quarta-feira (28) às 09h haverá um ato na Praça Barão do Rio Branco, para levar esta discussão junto a toda comunidade vicentina, de modo a pressionar a Prefeitura a pagar toda a verba do FUNDEB que está em atraso, e foram categóricos: “não nos interessa mudanças, a associação que administra tem feito isso com excelência e não há porque mudar; não queremos demissões, o tempo da negociação acabou! A Prefeitura tem que pagar, não iremos deixar que disputas politicas partidárias retirem nossos direitos”.

OBS: A Rádio da Juventude apoia a luta dos pais e mães. Somente com organização popular podemos mudar a realidade.

Abaixo segue anexo o oficio (que tivemos acesso) que a associação deu entrada no Ministério Público relatando toda a situação.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

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Conjuntos habitacionais em São Vicente: Uma década de abandono

Foto: Rádio da Juventude -março de 2014.

Foto: Rádio da Juventude -março de 2014.

Abandonados há uma década, os conjuntos Primavera/ Penedo localizados no Dique do Sambaiatuba, serão comprados no próximo dia 20 de maio de 2013, concluindo as negociações entre a Caixa Econômica Federal e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). Segundo informações da Secretária de Habitação de São Vicente essa negociação garantirá mais 500 unidades para a cidade.

Um pouco da história destes conjuntos

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Estes conjuntos foram abandonados pela Incorporadora Nogueira Empreendimentos que abriu falência em 2005, (mas desde 2004 as obras estavam paralisadas). Quem tiver a oportunidade de ir até o local, verá o símbolo do descaso do poder público, da incompetência política de quem governa e da ineficiência estatal, foram gastos cerca 12 milhões oriundos FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

No dia 11 de março de 2013,

Foto: Rádio da Juventude - desocupação no Sambaiatuba - SV -março de 2013

Foto: Rádio da Juventude – desocupação no Sambaiatuba – SV -março de 2013

Estes conjuntos foram palcos do despejo de 700 famílias que os ocupavam. Partes dessas famílias removidas foram locadas num poliesportivo da Prefeitura na área continental, onde enfrentaram diversas dificuldades devido à falta de estrutura para abrigar famílias com crianças e pessoas idosas, outras partes, se dispersaram em casas de familiares e amigos.

Image18De acordo com a Prefeitura todas as famílias despejadas foram cadastradas em programas de habitação da cidade, além de um cadastro socioeconômico. Quanto aos conjuntos, foram colocados vigilantes para garantir que novas ocupações não ocorressem, e o planejamento junto à caixa econômica sobre o destino dos prédios daria início, ao que parece neste dia 20 de maio de 2013, mais uma promessa foi datada. Afinal, desde 2005 que há muitas explicações e promessas e nenhum resultado, e após dez anos de abandono, os prédios estão completamente deteriorados. Será que agora uma solução realmente será colocada em prática? Afinal, o jogo de empurra entre governo municipal, do estado e federal até agora não resultaram em nada.

Lembrando,

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude -março de 2014

Em São Vicente no bairro Parque Bitarú há outro conjunto seguindo pelo mesmo caminho, já denunciamos aqui no blog e pelo perfil da Rádio no Face, inclusive, o Sr Secretário Emerson Santos respondeu a situação deste, dizendo que; “estamos apenas aguardando da caixa econômica federal a autorização de obra para que possamos dar início, acredito que nesta semana a caixa deva apresentar autorização. É importante informar que no serviço público só é possível fazer aquilo que a lei nos permite, por isso, os trâmites burocráticos acabam retardando nosso desejo de agilidade”. Pois é, estamos no mês de maio, e de acordo com a burocracia estatal, esses conjuntos vão continuar se deteriorando e o dinheiro público indo para o ralo, ops! Ralo não, para as construtoras, pois, projetos de habitação são um grande negócio neste país, o Minha Casa Minha Vida, por exemplo, tem um aporte de 34 bilhões, valor estimado pelo governo federal, que desde 2009, pretende construir um milhão de moradias – agora, será que estas moradias realmente serão construídas? Na prática a situação de abandono de obras decorrente de falência de construtora ocorre no país inteiro, e tornou-se um dos maiores golpes para surrupiar dinheiro público, e ninguém nunca é responsabilizado.

Um belo exemplo que a população sem teto vicentina deveria pensar a respeito, é na organização de um movimento de moradia de ocupação popular, nada de esperar pelo poder público, moradia é um direito, por isso, ocupar é um dever!

Abaixo alguns vídeos de movimentos de moradia que atuam de forma combativa e dão exemplos de resistência, luta e autonomia – sem ficar na dependência do Estado, que só esta aí para atrapalhar e acirrar ainda mais as desigualdades.



Este Doc. possui quatro partes, ao término do primeiro o segundo irá ser linkado, só clicar e continuar assistindo.

Maio: Mês das mães em luta!

Maio é comercialmente conhecido como mês “das mães”. Ironicamente este também foi o mês que em 2006 o Estado brasileiro assassinou algumas centenas de jovens da periferia, deixando como “presente” para as mães que ficaram o sentimento de revolta e o clamor por justiça.

“O tiro que acertou o coração do meu filho, acertou o meu também!” (Débora – Mães de Maio)

Maio é um mês de luta!

Não só pelo histórico dia primeiro, mas cada dia deste mês ecoa o grito de revolta dessas mães que não se calaram diante da violência do Estado.

No dia 11/05, as Mães de Maio realizaram a tradicional missa em memória de seus filhos assassinados em 2006. Foram distribuídas 2.920 rosas, que simbolizam cada dia destes longos 8 anos.

foto: Francisco Santos

No dia seguinte, 12, registrado oficialmente como dia de luta das Mães de Maio, elas realizaram um grande ato na praça Mauá, em frente à prefeitura de Santos e contaram com a presença da Trupe Olho da Rua, que apresentaram a intervenção “Blitz”, retratando a violência do Estado aliado a manipulação da mídia.


Medalha Braz Cubas

Como reconhecimento da luta do movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, uma das impulsionadoras desta luta, recebeu, no dia 09/05, a medalha Braz Cubas.

“Essa medalha é dos nossos filhos e de todos os guerreiros e guerreiras que lutam no cotidiano da periferia” (Débora – Mães de Maio)

Débora (Mães de Maio) – Recebimento da medalha Braz Cubas

Download: VBR MP3 (24.5 MB) | Ogg Vorbis (12.7 MB)

Débora considera esse reconhecimento também um presente, já que seu aniversário é comemorado dia 10/05.

Angústias de uma trabalhadora da saúde

Para as mães trabalhadoras, seu dia é o 1º de maio, é o 8 de março e também o 20 de novembro. Ser mãe é mais uma esfera de suas vidas e para muitas não a mais fácil nem a mais romântica delas.

Élida foi mãe adolescente e não viu seu neto nascer pois, na noite em que sua menina entrava em trabalho de parto, os homens de cinza a levaram para trás das grades. Enquanto gritava por liberdade a menina gritava com seu bebê sendo tirado a ferro.

Aos nove meses de gestação, dias antes de Lorena vir ao mundo, seu pai, um adolescente preto e pobre, foi assassinado por homens encapuzados na rua de sua casa.

A filha de Catarina nasceu com muitos problemas de saúde. A mãe desconfia que seja sua culpa pois não conseguiu controlar os nervos durante a gestação. No 5º mês seu filho mais velho foi morto pelos homens de farda.

Esses e muitos outros relatos não muito cor de rosas, são corriqueiros
na vida das mulheres/mães/lutadoras das periferias. O Estado, o patriarcado, o capitalismo são todos parte de uma mesma lógica que massacra a mulher e entrega flores em algumas outras datas do ano.

Obs.: todos são relatos reais do cotidiano do hospital

Outras imagens das Mães de Maio nos dias 09, 11 e 12.

foto: Francisco Santos

foto: Francisco Santos

foto: Francisco Santos

foto: Francisco Santos

 

Túnel Santos/Guarujá: Um projeto inviável

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Nesta última quarta-feira (07) ocorreu na cidade de Santos no Centro Universitário Monte Serrat o debate técnico sobre a construção do túnel que interligará as cidades de Santos e Guarujá, estiveram presentes diversas autoridades e intelectuais da região; vereadores (dois ou três), diretor da CODESP, promotor público, arquiteto, professores e engenheiros – e os moradores organizados do bairro do macuco (Santos) e da Prainha (Guarujá) que serão atingidos com a obra, além de entidades de bairro, religiosas, sociais e sindicais, entre outras pessoas da sociedade civil interessadas no assunto.

O objetivo deste debate foi discutir aspectos técnicos e sociais que comprovam que o local escolhido para implantação do projeto é inviável para as cidades, apenas trará transtornos à população, por isso o local deve ser alterado. (aspectos estes, ignorados pela Dersa, pelos governos do estado e municipais).

Um projeto antidemocrático

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

No debate realizado em torno de duas horas e trinta minutos, foi muito colocada à questão da falta de participação popular em todos os processos decisórios, principalmente das pessoas impactadas, que não foram consultadas e continuam sendo ignoradas. Em reuniões com a Dersa e com o Poder Executivo, há somente enrolação e irredutibilidade. Após as audiências públicas que ocorreram em Santos e Guarujá em que a população se mostrou contrária ao projeto, exigindo à mudança do traçado, as esferas de poder somente se revelaram mais antidemocráticas ignorando totalmente as reivindicações, dando continuidade ao projeto como se houvesse concordância da comunidade.

Ponto e Contraponto:

Segundo a Dersa o local escolhido é o mais viável, pois o projeto visa contemplar o problema da mobilidade urbana, pois percorrerá pelo túnel em torno de 40mil automóveis ao dia, resolvendo deste modo às longas filas na balsa (além das questões técnicas para sua implantação). As pessoas removidas serão indenizadas de acordo com o valor comercial do imóvel, de acordo com a Dersa; é preciso entender que o túnel trará avanços para as cidades.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Para os moradores, ao contrário, todo esse fluxo de carros e caminhões na cidade significa mais trânsito, mais monóxido de carbono no ar, além da poluição sonora para as pessoas que residem ao redor de onde será construído o túnel, e o fato dele ser construído neste local ignorando as alternativas, é meramente uma decisão econômica, uma decisão que passa por cima de questões sociais como o direito à moradia – que é o ponto mais reivindicado pelos moradores, devido à falta de transparência do que ocorrerá com as famílias que serão removidas. Segundo os moradores o projeto não contempla a real situação das pessoas que vivem nos dois bairros, e isso é perverso, porque somente no bairro Prainha em Guarujá (local mais afetado) serão em torno de cinco mil pessoas removidas, ou mais, e qual é a garantia real? Pra onde essas pessoas irão? De acordo com o projeto do túnel, no segundo semestre iniciará as obras e as remoções no Guarujá, a Prefeitura do Guarujá disse apenas que haverá a construção de conjuntos habitacionais de obras oriundas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para realocar as pessoas que serão removidas. Porém, não há nada firmado, garantido de verdade, sem contar que, enquanto essas construções dos conjuntos forem realizadas, para onde irão as pessoas? Receberão algum auxilio aluguel? O auxílio estipulado no Guarujá é de R$ 200,00 – não é suficiente.

Em Santos parte do Legislativo propôs a construção de um conjunto habitacional, porém, os moradores não concordam, porque há também aspectos culturais; de pertencimento do local, de memória, de história de vida de pessoas que não estão sendo consideradas, além de que, em alguns terrenos residem mais de uma família, será que cada uma delas receberá uma casa? No projeto cita-se sobre indenizações, mais não fala especificamente como isso será feito – todos sabem da especulação imobiliária em Santos, em como o metro quadrado é vendido a preço de “ouro”, por isso, será que todas essas famílias conseguirão comprar suas casas? Qual é a garantia? Além, das famílias que sobrevivem de seus comércios instalados em suas residências, outra questão que não há resposta.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Segundo o professor e urbanista Manoel Lemes, o impacto social é muito grande, uma obra dessa magnitude deve ser realizada em local distante de áreas populosas, evitando-se deste modo às desapropriações em locais onde vivem pessoas (a maioria) de baixíssima renda, ou seja, uma obra dessas – deve estar incluso no projeto; o combate à desigualdade social, e não acirrá-la ainda mais.

OBS: De acordo com os organizadores do debate (vereador Evaldo Stanislau e Assessoria) a Dersa, e o Poder executivo de Santos, além de outras esferas ligadas ao projeto foram convidadas para o debate, porém, não compareceram.

Denúncia de agressão a Bases de Apoyo Zapatistas en La Realidad

No dia 2 de maio, o grupo paramilitar CIOAC agrediu companheir@s, Bases de Apoyo Zapatistas (BAZ), no Caracol I – La Realidad. O companheiro José Luis Solís López, professor de zona da escuelita pela liberdade, foi assassinado com tiros de bala calibre 22, além de outros companheiros feridos com tiros, facadas e pedradas.

Romeo Jimenez Lopez, Andulio Gomez lopez, Abacuc Jimenez Lopez, Yadiel Jimenez Lopez, Efrain, Gerardo, Ignacio, Esau, Noe, Saul, Elder Darinel, Marin, Nacho. Estes companheiros foram levados ao hospital escola zapatista la primera esperanza compañero Pedro, para os devidos cuidados.

As provocações iniciaram no dia 16 de março pelo grupo paramilitar CIOAC, quando os companheiros zapatistas realizavam uma campanha da “Outra saúde – autônoma”. Desde então @s zapatistas buscaram saídas pacíficas, com diálogos, mediados pelo Centro de Derecho Humanos Fray Bartolomé de Las Casas.

Nós, da Rádio da Juventude, participantes da Escuelita por la Libertad según l@s Zapatistas, nos solidarizamos com @s companheir@s e repudiamos esta e todas as agressões, orquestradas pelo Estado Mexicano e seus capangas.

BASTA DE ATAQUES AOS POVOS ZAPATISTAS!

FORA PARAMILITARES DO TERRITÓRIO ZAPATISTA!

VIVA AS COMUNIDADES E BASES DE APOIO ZAPATISTAS!

VIVA O EZLN!

Mensagem oficial da JBG: JUNTA DE BUEN GOBIERNO HACIA LA ESPERANZA DENUNCIA ENÉRGICAMENTE A LOS PARAMILITARES CIOAQUISTAS ORGANIZADOS POR LOS 3 NIVELES DE LOS MALOS GOBIERNOS EN CONTRA DE NUESTROS PUEBLOS BASES DE APOYO DEL EJERCITO ZAPATISTA DE LIBERACIÓN NACIONAL-EZLN

[AUDIOS] 1º de maio no México 70 – Artístico e Classista!

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Confira alguns registros em audio da atividade de 1 de maio / Primeiro encontro de graffiti do México 70.

Leia a matéria completa, com as fotos do evento

Download dos audios aqui

Infelizmente não conseguimos registrar a intervenção musical dos companheiros Antônio do Pinho e Dionísio. Por isso, segue o link de uma das músicas que eles apresentaram:
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1º de maio no México 70 – Artístico e Classista!

1-de-maio-divulgacao Pra além de uma intervenção urbana, o que ocorreu neste 1º de maio no México 70 foi um ato político de organização e mobilização popular, não de politiqueiros eleitoreiros que
querem votos, mas de pessoas que querem construir e somar sem sair bonito na foto pra tirar vantagem – AFINAL, SEMPRE TEM OS QUE COLAM ACHANDO QUE FAVELA É LUGAR DE PASSEIO PRA FORTALECER BASE ELEITOREIRA, ainda mais em São Vicente, onde a configuração política é frágil e a maioria oportunista.

Galera que colou foi muito firmeza e contribuiu porque não espera que as coisas caiam do céu, ou que algum vereador, prefeito, deputado… lhes resolva os problemas. galera é do corre, se organiza e faz mesmo.

Por isso, este primeiro de maio foi de povo pra povo! Porque o povo organizado não precisa delegar responsabilidades a terceiros (politiqueiros). O povo pode fazer sua política e juntos podemos construir e mudar a realidade, com autonomia e solidariedade.

Esta praça, no México 70, conhecida como “praça da B”, estava abandonada, com a atividade de hoje, uma nova cara surgiu, e isso só foi possível por meio de organização coletiva e autônoma de diversos segmentos de resistência cultural e social; da
comunidade, de entidades sindicais de luta, de artistas independentes e de comércios que entendem a importância de somar sem tirar proveito. Na prática, esta é prova que a população junta é forte. É nós por nós!

DSC034431º de maio é dia dos trabalhador@s, mas, infelizmente, não temos nada pra comemorar,
pois o trabalho que é reservado pra periferia é esta merda: terceirizações, quarteirizações, serviços temporários e um monte de coisas que passam como rolo compressor por cima de nossos direitos trabalhistas. Por isso, temos que somar e fazer por nós, eleger fulano ou sicrano se mostrou ineficaz, ontem, a Presidente fez seu discurso dizendo que o emprego aumentou, porém, que tipo de emprego é este a que
ela se refere?

Valeu a tod@s @s trabalhador@s que estiveram presente grafitando, dançando, mandando rima, fotografando, somando, ajudando na limpeza, no rango, nos corre e fortalecendo. É tudo nosso, juntos somos fortes!

Obs: Este 1º de maio foi organizado por Leonardo Francisco Zé Elias Elias Rádio da Juventude Rafael Pires Esmeralda Das Graças Rafael

Na caminhada algumas pessoas perguntaram quem era o dono do evento, se havia relação com fulano ou sicrano de partido, respondemos; o evento foi do povo (apenas organizado por estes citados) e com objetivo mesmo de não deixar políticos profissionais em busca de voto se crescerem as custas da favela.

Agradecemos a tod@s! Positividade.

Confira abaixo algumas fotos da atividade!

Preparativos:

Tudo pronto! Agora começa a atividade:

E no final do dia…

 

Ato de protesto, de comunicação, de luta e de solidariedade! Por um Macuco livre.

10252137_711630072232522_5645985469778470795_nO muro da Prefeitura de Santos amanheceu com esta arte de protesto, conhecida como “pichação”. A foto que postamos é do jornal A Tribuna, que divulgou a matéria intitulada “Contra a implantação do túnel, manifestantes picham Prefeitura de Santos”.

Na foto, a frase; Macuco Livre – refere-se à forma antidemocrática e autoritária como está colocado o projeto do túnel Santos/Guarujá, que irá desapropriar em torno de 150 famílias em Santos e no Guarujá 1224, no total; umas 4.000 pessoas perderão suas casas, a maior parte no Guarujá, por estarem em área de ocupação, daí, simplesmente não serão indenizadas.

Já houve audiências públicas em que tanto a comunidade do Macuco/Santos quanto da Prainha/Guarujá, repudiaram o projeto e exigiram transparência do Poder Público, pois ele está sendo feito de forma autoritária, ignorando a população – revelando-se apenas um projeto meramente econômico, que dá as costas para as questões sociais.

Sabe o que o poder público respondeu? Que o túnel vai sair do mesmo jeito.

Por isso, estes que usaram desta ferramenta de comunicação, de expressão e de arte, tão criminalizada e perseguida como é a pichação, estão de parabéns! Utilizaram a ferramenta de modo a levantar a discussão, a qual pertence a toda a sociedade, porém, os mecanismos de dominação midiáticos comprados pelo poder público ludibriam de tal forma, que deixam tod@s cegos e surdos.

Temos certeza que a maioria das pessoas ao ver essa pichação, irá encará-la como um ato de vandalismo, porque é isso que o poder instituído quer que as pessoas enxerguem; tornar a discussão de uma pichação em um “patrimônio público”, mais importante que a discussão das pessoas que serão removidas – cortina de fumaça – infelizmente, poucos hoje conseguem se desvencilhar deste discurso tacanho e construído para manutenção e controle social. Tipo; não aceito tal coisa, porque é vandalismo – mas, contra as remoções nem uma palavra, ou, a submissão de obedecer às determinações que são impostas.

Aos pichadores, estes subversivos, continuem críticos assim, esta arte que a tod@s espanta, está muito ligada à prática do conceito filosófico de Platão, onde o questionamento da realidade começa pelo espanto. A arte de vocês contribui muito pra isso. Para as pessoas refletirem e saírem da letargia.

As comunidades que serão removidas, força e solidariedade. Seguimos juntos!

No mais. Abram os olhos, ninguém irá abri-los por vocês!

Sarau da Vila em Movimento – O Canto d@ Trabalhador(a)

No dia 27 de Abril de 2014 rolou mais uma edição do Sarau da Vila em Movimento, na Vila do Teatro, Santos/SP, com debate sobre a precarização do trabalho, muita poesia, lançamento do livro Nelson Triunfo, “Do sertão ao Hip Hop ” com Gilberto Yoshinaga , produtos orgânicos com o MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e uma sonzera com Preta Rara , DJ Thiaguera Cigano e o Núcleo de música da vila do teatro .

Download dos audios clique aqui

 

NELCA: Anarquismo & Movimento Social na Grécia

Evento realizado no dia 25 de Abril de 2014, organizado pelo Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri, na Biblioteca Carlo Aldegheri (Guarujá/SP), onde se realizou a palestra sob o tema: “Anarquismo & Movimento Social Na Grécia”, a cargo da companheira Chara Tzouma que também participa da Cooperativa Pagkaki de Atenas.

O tema teve uma abordagem bem intensa pela palestrante que fez vários apontamentos sobre a recente história do movimento social grego, levantando vários dados e experiências práticas, abordando temas como: ação direta (em todas as suas formas, não apenas a violenta), contra-violência, unidade de ação, autonomia, luta antifascista, movimento anticarcerário, cooperativas populares e anticapitalistas, entre muitos outros…

Após a fala da companheira, o público presente protagonizou (como de costume) um debate construtivo aprofundando alguns temas abordados pela companheira e levantando outros, tirando muitas dúvidas e desmistificando muitas idéias pré-concebidas.

Parabéns ao público que lotou a sala da Biblioteca Carlo Aldegheri em plena Sexta-Feira à noite, foi certamente uma experiência única que nitidamente marcou todos presentes !!!

A luta internacionalista pela liberdade & emancipação social segue em frente !!!

Relato: Marcolino Jeremias

ANARQUISMO NA GRÉCIA (NELCA – Rádio da Juventude)

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Rádio Feira – Divulgação 1 de Maio 2014 / Encontro de Graffiti

No dia 19-04-2014 a Rádio da Juventude fez mais uma edição da Rádio Feira, atividade de comunicação popular no formato ‘rádio poste’ realizada na feira livre da Vila Margarida, São Vicente-SP.
Esta edição teve como foco a divulgação da Atividade do Primeiro de Maio / Primeiro Encontro de Graffiti no México 70, que ocorrerá na Praça da “B”, a partir dàs 9h.
Outras discussões foram colocadas em pauta como Funk Ostentação, situação do transporte em São Vicente, eleições e a organização popular, etc.
Agradecemos o apoio de sempre do sr. Narciso (Móveis Narciso) que sempre fornece o ponto de luz para que realização da Rádio Feira e agora também o ponto de internet .0/

Rádio Feira – Divulgação 1 de Maio 2014 / Encontro Graffiti (Rádio da Juventude)

Download: VBR MP3 (102 MB) | Ogg Vorbis (54.3 MB)

 

Audiência Pública sobre o sistema de transportes públicos municipal em São Vicente

1920363_617922018297575_7565840606261490_nNa última sexta-feira (11) a Prefeitura de São Vicente publicou um comunicado de uma audiência pública que ocorrerá no dia 24 de abril às 18h no Centro de Convenções de São Vicente, que tem como objetivo discutir um novo sistema de transportes públicos de caráter municipal para a cidade.

Na terça (15) em protesto, cerca de 350 pessoas (permissionários e funcionários) compareceram a Câmara Municipal para se manifestar contra a possibilidade de uma nova empresa prestar o serviço, e exigir transparência da Prefeitura nesta questão, que segundo informações baseadas em um vídeo exibido na TV Câmara do município de Tupã, em novembro do ano passado, um empresário do ramo de transportes afirmou que participará de licitação, em São Vicente, voltada à contratação de 100 ônibus e 350 micro-ônibus destinados ao transporte público municipal.

Em nota, a Prefeitura de São Vicente declarou que o serviço de vans continuará sendo prestado normalmente, e que a audiência pública servirá para dar início a um debate sobre o transporte público na cidade, e também para a criação de um projeto para o sistema de transportes públicos municipal, cujo objetivo é melhorar a qualidade do serviço prestado à população.

Neste ponto o argumento utilizado pela Prefeitura se conflui com o dos permissionários, pois eles também reivindicam tanto do legislativo, quanto do executivo, apoio para melhorias do serviço.

O transporte público visto como negócio e a participação popular

Mas, não sejamos ingênuos, todo o transporte público é um serviço monopolizado, e o serviço de transporte prestado pelas vans também possui uma série de problemas, além de seguir a mesma lógica de uma empresa privada, apesar de estar organizado enquanto “Associação/Cooperativa”, há muito para se resolver, mesmo com este formato de organização.

Reconhecemos que há pontos delicados nesta prestação de serviço de vans (o que não isenta de serem resolvidos), por exemplo, há muitos trabalhadores autônomos que dependem do serviço para sustento próprio, justo pensar sobre isso, e não gerar prejuízos a ninguém, assim como é justo também dizer, que o serviço tornou-se uma forma alternativa de transporte na cidade, que “quebra um baita galho”. Contudo, o serviço é público, não é particular, por isso, deve sim, ser colocado em discussão junto à população. Por que não? Até porque muitos permissionários prestam o serviço como se ele fosse “particular”. Não é. Daí uma série de outros problemas que vão sendo gerados justamente por causa disso.

E, um ponto que precisa ser discutido com urgência; é a falta de participação e de gestão popular direta, resolver de vez que o serviço prestado é um serviço público e deve ser entendido como um direito social, não como mercadoria. Enquanto estes pontos não serem discutidos e resolvidos, poucos avanços irão ocorrer. Não importa qual seja a empresa que irá prestar, ou continuar prestando o serviço, ele sempre será ruim, porque sua finalidade é o lucro.

A Prefeitura quer mesmo melhorar o serviço?

Se a Prefeitura realmente tivesse interesse em mudar alguma coisa, não estaria pensando em abrir licitação (ela mal consegue planejar uma ciclovia). Óbvio, “que tem caroço nesse angu”. Afinal, todo mundo sabe que audiência pública só serve para legitimar o poder instituído, fingem ouvir a população, mas ignoram as opiniões quando são contrárias. Não há local mais cínico que uma audiência pública.

Direito à cidade e organização já!

O problema é que não há soluções em curto prazo para a população, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pouco solucionará o problema de mobilidade urbana que temos hoje, os ônibus continuarão lotados e caros, e as vans também continuarão lotadas e caras. Isto é, o buraco dessa discussão é muito embaixo, e vai exigir organização popular, porque no momento, o que temos são joguetes políticos, e se os usuários e trabalhadores de vans não se atentarem para isso, serão usados como massa de manobra política.

Concordamos em não impedir o serviço de lotações na cidade, devido à quantidade de trabalhadores que ficarão sem emprego. Porém, não concordamos que o serviço de transporte público seja visto como um negócio. Quando citamos que o transporte é um direito, é porque acreditamos que ele é um direito essencial, como saúde, educação, entre outros. Neste sentido, somos a favor do Projeto Tarifa Zero, que propõe um transporte público gratuito, sendo custeado por financiamento público, assim, ninguém será privado de seu direito de ir e vir, por causa de um valor monetário.

Referente questionamentos de que os municípios não teriam condições de arcar com os custos

Tarifa Zero está diretamente ligado à políticas redistributivas, por meio de impostos progressivos, onde quem tem mais, paga mais. Muitas cidades no Brasil e no mundo já adotaram o projeto, quem quiser se inteirar no assunto, é só gastar um tempinho na internet, existem diversos estudos de sua viabilidade, e de que forma funcionaria o financiamento, o que não existe de fato, é vontade política de quem governa e legisla, por isso, quem quer discutir e construir um sistema de transporte realmente público, Tarifa Zero é o norte, o grande empecilho para ser enfrentado, são as corporações que monopolizam o serviço, e que transformaram o transporte público num negócio tão rentável, tão poderoso, que se tornou algo quase que intocável – que inclusive, deve financiar muita campanha eleitoral, por isso, há tanta resistência nos meios políticos.

Para a elite morte de operário é normal, sempre foi e será!

Esta semana mais uma vez o rei do futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, lançou uma “pérola” que foi alvo de revolta pelas redes sociais, e com toda razão, pois sua declaração “classista/normalista”, só comprova a sociedade dividida em que vivemos, onde uns têm privilégios e outros somente a exclusão.

POBREZAUm posicionamento totalmente classista, de quem quer apaziguar aquilo que não lhe convém, aquilo que pode lhe tirar os privilégios, mesmo que esse “aquilo” seja a morte de alguém.

Daí, é importante frisar que a naturalização dos problemas sociais levaram e deram coragem ao Pelé para dizer; morte de operário é normal, pois, justamente esta mesma naturalização típica de nossa sociedade (muito mais preocupada com questões econômicas) que mantém essa relação de prioridades em que o ser humano é sempre o menos importante, mas claro, o ser humano operário, aquele que é pobre e que para a lógica social capitalista; não tem valor.

Oras, para que esquentar com isso, acontece todo dia mesmo, e no caso do Pelé, é um exemplo de quem não está nenhum pouco preocupado com as mortes, para ele é mais importante a Copa do Mundo, que qualquer outro direito social que foi varrido para debaixo do tapete, (como sempre) contudo, nesta Copa das Elites, também não é nenhuma novidade que as elites coloquem o que pensam. Afinal, elas estão defendendo seus interesses… O Pelé entra neste contexto, ele não defende uma copa com direitos, mas de privilégios, a qual ele está muito bem incluído.

Por isso, o espanto pode nos cair muito bem no sentido filosófico de reflexão, para depois problematizarmos e desmascararmos a farsa construída, e continuarmos lutando, jamais aceitando a realidade que nos oprime como algo natural.

Se espante. Se organize!

São Vicente: A política de manobra de quem disputa poder (Caso Fazendinha)

A cidade de São Vicente mais uma vez é palco de uma tragédia política, e a população é quem pagará as contas no final.

ocupac3a7c3a3oilegalNo início deste ano na área continental em São Vicente teve inicio uma ação de despejo para desocupar uma região conhecida como Fazendinha (atendendo ordem do Ministério Público). Durante as remoções algumas famílias tiveram que sair de suas casas e outras não.

A explicação desta confusão entre quem teve que sair – e quem pôde ficar – é devido algumas pessoas terem comprado o terreno há muitos anos durante um loteamento que houve de forma planejada com recorte de arruamento e com o conhecimento da Prefeitura, outras, no entanto começaram a ocupar recentemente de forma desordenada.

A Secretaria de Habitação cercou o local para evitar novas ocupações; e mantém vigilância constante

De lá para cá, além de toda a operação de guerra montada para as remoções sobre a égide de proteção ambiental e de defesa de um proprietário que reivindicava parte do terreno, uma longa discussão foi sendo desencadeada a partir de uma denúncia de envolvimentos de grupos políticos/partidários do próprio governo vicentino, que até então, estaria incentivando as ocupações – um vídeo postado na rede, mostrou o vice Prefeito João da Silva, também Subprefeito da área continental na época, estimulando as ocupações – o caso ganhou espaço na mídia local, e o Prefeito Luiz Claudio Billi teve que exonerar o vice e se pronunciar a respeito, de modo que o vice antes de sair, afirmou que iria a justiça se defender de tal calúnia, pois estaria sendo bode expiatório de tal situação.

Nesta semana em depoimento concedido para uma comissão de investigação montada por vereadores, o vice Prefeito apresentou documento que comprova não ser o único responsável na empreitada de estimulo às ocupações, mas, juntamente com as secretarias: de Habitação, Obras, Meio Ambiente, Guarda Municipal e Defesa Civil, além do Prefeito Luiz Cláudio Billi que tinha total conhecimento, revelando, inclusive, que a Secretaria de Obras quem forneceu os postes de luz, (concedido pela concessionária) e a Secretaria de Transporte quem fez a escolta dos postes do bairro do Itararé até a Fazendinha, e tudo isso, foi acertado em reunião no paço municipal, com documento protocolado no gabinete do Prefeito. (troféu óleo de peroba para o governo Billi que negou envolvimento).

Daí o prato cheio para setores de oposição bradar por uma nova São Vicente, com um discurso que no fundo o que anseia, é pela volta do antigo governo, como se o anterior fosse exímio de algo.

Mas vamos lá, qual o foco do problema nessa questão?

Ao que parece a discussão nem de longe levanta o problema real, que é a habitação, este é o ponto, esta é a questão que poucos têm coragem de problematizar e dizer; dane-se! Moradia é um direito e ninguém será removido. Para termos uma ideia; há dois conjuntos habitacionais se deteriorando na cidade, e a responsabilidade tanto é do governo atual quanto do anterior, (de todos os governos, e não há um que presta nesta história) todos eles são os responsáveis por deixar que São Vicente chegasse a este caos. Mas essa discussão não interessa… Afinal, a cidade há anos não passa de uma verdadeira capitania hereditária cheia de coronéis, onde em cada bairro tem um, a frente de uma creche, de um CER, Centro Comunitário, entre outros equipamentos (transformados em curral político).

Enquanto isso o déficit habitacional explode, a quantidade de pessoas que não tem o acesso à moradia é enorme, sem contar os outros direitos sociais, que há tempos são violados na cidade, e tudo isso, ao longo dos anos tem aumentado quase que de forma natural. Se a pauta de discussões de direitos sociais está em evidência na cidade, é porque “mudou o governo”, só isso… E claro, a reconfiguração política é instável, aí preencher espaço se tornou meta de quem perdeu a eleição, e também de quem ganhou e precisa se manter no poder.

Enquanto bradam querer o antigo governo de volta, deveríamos era não querer governo nenhum! Discussões girando em torno de quem é o mais malandro, o mais corrupto, o mais irresponsável, é tão retrógrado e conservador que dá nojo – o correto mesmo seria; qual o grupo político é o mais covarde e pernicioso.

Enfim…

A discussão de maior parte dessa classe política vicentina é pela disputa de poder, muito mais interessada numa cadeira, num cargo comissionado, de secretário, de vereador, agregado, ou de prefeito, do que interesse real em contribuir com os interesses da população. Por isso, vale mais abrir os olhos e se organizar, ocupando mesmo! Do que esperar que alguém, ou algum grupo resolva este caos.

Dane-se o vice, o Prefeito atual, o antigo e o próximo, mudar isso tudo só será possível com organização popular!

Não vote, organize-se. Ocupe!

OBS: Temos que ter responsabilidade com o meio ambiente? Sim. Mas usar desta responsabilidade como fundamento para remover pessoas que não têm onde viver, enquanto diversos outros terrenos pela cidade são ocupados para construção de pátios de contêiner, é muita hipocrisia diante do déficit habitacional da cidade (em torno de 20 mil, segundo os dados da Prefeitura).

A ocupação na área continental é o resultado de anos de incompetência política habitacional administrativa – e na Fazendinha, também é uma questão de defesa de propriedade privada e não de direitos da população. Por isso, ocupar é um dever!