Festa popular: Quadrilha Junina Andy & Angel

Foto: Rádio da Juventude

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Neste último sábado, 02 de agosto, duas quadrilhas se apresentaram no Arraiá Andy & Angel na rua Olga marques na Vila Margarida – SV, próximo ao colégio Laura. Evento organizado pelo grupo de Quadrilha Junina Andy & Angel.

Foto: Rádio da Juventude

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A primeira apresentação ficou por conta do grupo de Quadrilha Tia bola que fez uma apresentação incrível, na sequência, Andy & Angel deu um show de dança e animação, com um roteiro muito bacana e divertido. No final, houve a participação da quadrilha Nossa Senhora das Graças, que encerrou a noite.

Em São Vicente,

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Quem teve a oportunidade de conferir as apresentações das quadrilhas este ano, pôde presenciar que este festejo junino organizado há muito tempo nas periferias de São Vicente se tornou uma tradição popular muito interessante.

Primeiro por agregar uma grande quantidade de jovens em torno de uma manifestação cultural que procura valorizar a mulher e o homem do campo, dando importância às coisas simples e da terra.

Segundo por colocar toda essa juventude em contato com manifestações culturais regionais, muitas vezes, desconhecidas aqui em São Vicente, por exemplo, a quadrilha da Tia Bola em suas músicas de apresentação possui uma sonoridade com certa influência de músicas regionais do Amapá, do nordeste, enfim, bem legal né?

Terceiro é que este envolvimento com a cultura popular propicia sairmos um pouco da cultura de massas e adentrarmos um pouco na cultura popular, na cultura de povo pra povo, onde as pessoas preparam suas roupas, suas comidas, danças e na rua do bairro mesmo montam seu Arraiá e celebram a vida.

Parabéns aos organizadores! Pela cultura popular sempre!!!

Todas as fotos da festa neste link clique e confira!

Vídeos abaixo com parte da festa que foi danada de boa.

Greve dos coletores de lixo X Empre$a$ de pre$tação de $erviço.

Foto: santaportal.com.br

Foto: santaportal.com.br

A greve dos coletores na Baixada Santista terminou após o “terrorismo” das empresas em “quarteirizar” o serviço. (contratar outras empresas para cumprir o serviço). Os coletores com medo de perder o emprego retornaram ao trabalho. E aí, temos que colocar como contribuição: O desserviço da mídia que insistentemente disseminou aos quatro ventos os prejuízos à população que estava causando a paralisação dos coletores.

Outra contribuição prejudicial: são os grupos partidários, que ficam apontando culpados num jogo político eleitoreiro de barganha de voto, ao contrário de colocar em pauta o cerne de questão que é as péssimas condições de trabalho; os salários baixos, os assédios (moral e sexual) denunciados pelos coletores – e aí podemos citar também os cabides de empregos, e as dividas que certas empresas públicas da região acumulam em muitos zeros… (E sai do bolso de quem?) Levam isso ao debate? Não! São peritos em atrapalhar, essa é a verdade.

Não se vence uma guerra sozinho

Os coletores pertencem a uma categoria de trabalho muito marginalizada, muito desrespeitada e esquecida, de modo que a legitimidade dessa luta merece todo apoio. Porém, sozinhos sem a solidariedade da sociedade em compreender os significados da greve, não há o mínimo de organização que segure a onda, ainda mais porque temos que colocar na balança, que o setor terceirizado é muito frágil, articular mobilização requer tempo, que nem sempre para quem vive com R$ 755,00 dá folego para resistir. Por isso, é preciso a integração de outros setores da sociedade, outras categorias, no Rio de janeiro, por exemplo, a greve dos coletores durante o carnaval atingiu seu objetivo não somente porque foi combativa, mas porque havia outras organizações que contribuiriam e fortaleceram, meios independentes de comunicação fizeram circular informação, nos piquetes outros movimentos foram contribuir como massa, grafiteiros, artistas de rua, professores e uma infinidade de pessoas se colocaram ombro a ombro na luta, claro, que no Rio a configuração é outra, mas é triste constatar que na Baixada Santista a informação pouco circula e a integração menos ainda. (tem gente que nem percebeu que estava ocorrendo greve, claro, que este não pertencia à periferia, porque era lá onde o lixo mais se acumulava)

A tática do cansaço.

Cansar para desmobilizar sempre foi tática adotada por essas empresas, até mesmo quando são obrigadas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) a cumprirem com suas obrigações, como ocorreu no mês passado em que o TRT-SP decidiu pelo reajuste salarial de 12,5%; estabilidade de 90 dias para todos os trabalhadores; pagamento dos dias de atos. Entretanto, as empresas ignoraram, e descontaram os dias de greve e mantiveram sua postura de vencer pelo cansaço, desrespeitando a própria Constituição Federal que em seu artigo 9º e a Lei nº 7.783/89, assegura o direito a greve.

No último dia 15 deste mês em reunião conciliatória nada foi resolvido, as empresas não aceitaram a proposta dos trabalhadores de reajuste salarial de 12,5%; contrariando, inclusive, a decisão do TRT-SP, que já havia batido o martelo a favor dos trabalhadores, mas as empresas não concordaram e entraram na justiça contra a liminar do Tribunal, contestando embargo declatório, e propuseram 10%, os trabalhadores não aceitaram e mantiveram a greve, no final das contas, acabaram vencidos pelo cansaço e pelo terror.

Interessante ressaltarmos aqui em como essas empresas “pintam e bordam”, traduzindo: fazem o que querem, e passam por cima até mesmo de uma liminar, tudo bem que uma liminar é apenas uma ordem provisória, e ela pode ser revogada, porém, é interessante refletirmos em como a justiça pouco funciona a favor dos trabalhadores, tudo muito frágil, não tem TRT que resolva, por que será?

Radicalmente, porque essa é a lógica da exploração e do privilégio de uma sociedade individualista, que está muito mais preocupada com o lixo que ela mesma produz – em boa parte de forma irresponsável; não recicla; não composta; não diminui os materiais nocivos à natureza – do que com as péssimas condições de trabalho de quem quer apenas 12,5% de aumento de R$ 755,00. Triste, porém real.

Documentário: Macuco: O túnel é o fim dos sonhos!

* Uma obra orçada em 2,4 bilhões, que irá remover aproximadamente 5000 pessoas entre as cidades de Santos e Guarujá.

* Um projeto que ignora questões sociais, culturais e ambientais.

É democracia favorecer corporações e grupos políticos partidários, deixando que um patrimônio histórico seja destruído?

O documentário “Macuco: O túnel é o fim dos sonhos!” aborda o impacto da construção de um túnel submerso na vida de moradores do bairro Macuco – Santos. O documentário apresenta os questionamentos dos moradores que não foram consultados e nem informados sobre a obra, simplesmente obtiveram a informação por meio de uma notícia de televisão, e deste modo, da noite para o dia tiveram que conviver com a ideia de que o local onde residem, havia sido instituído pelo Governo do Estado de SP como de utilidade pública.

OBS: Este vídeo é parte do documentário sobre o bairro Macuco.

Trabalhadores da limpeza urbana e a luta para que seus direitos não sejam jogados para debaixo do tapete

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A greve dos coletores de lixo em São Vicente vem ocorrendo desde 2012. Por que as empresas se recusam a pagar acordos coletivos?

Os coletores de lixo de São Vicente e de Praia Grande entraram novamente em greve esta terça-feira (08). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação as empresas quebraram o acordo coletivo firmado e descontaram os dias parados devida a greve do mês passado.

Apesar do direito a greve ser garantido pela Constituição Federal, em seu artigo 9º e a Lei nº 7.783/89, assegurar que todo trabalhador e trabalhadora compete à oportunidade de exercê-la. Entretanto, toda greve em geral é sempre muito criminalizada pela sociedade. Aproveitando-se de tal situação, as empresas, ignoram a lei e agem da maneira como querem, dificilmente sendo penalizadas. Tratando-se de prestadoras de serviços públicos, o problema piora. Vide as notas lançadas pelas Prefeituras, sempre atenuando a situação, na verdade, “lavando as mãos”, muito mais preocupadas com a própria imagem governamental, do que com os problemas reais, e neste caso, são as condições insustentáveis de trabalho que estão sujeitos os coletores da região.

Em São Vicente, por exemplo, desde 2012 que os coletores estão nesta briga, devido os atrasos de salário; de valores de benefícios como vale-transporte e auxílio refeição, no final de 2012 houve paralisação, depois no início de 2013, neste ano em junho e agora em julho. A reivindicação dos garis é pelo aumento de salário; condições de trabalho; insalubridade e também denunciam o assédio moral e até sexual que alguns têm sofrido.

Para termos uma ideia; varredores, margaridas e garis em São Vicente recebem R$ 755,00 e coletores ganham R$ 785,00 (absurdo!). A categoria pediu que o piso aumentasse entre R$ 900,00 e R$ 1mil (o mínimo de justiça) No mês passado foram 14 dias de paralisação e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP): decidiu pelo reajuste salarial de 12,5%; estabilidade de 90 dias para todos os trabalhadores; pagamento dos dias parados. Porém, as empresas ignoraram e descontaram dos trabalhadores os dias de greve, com isso, a categoria resolveu cruzar os braços até que o pagamento destes dias seja feito.  Em nota as empresas informaram que os pagamentos serão feitos nesta quinta-feira (10), ou na decorrência da semana, pois, houve problemas devido o feriado. Será?

A luta destes trabalhadores de limpeza urbana não é fácil, mesmo com estas conquistas que obtiveram por meio da luta, não são suficientes diante das necessidades reais. Pois as fragilidades quais estão submetidos dentro dessas empresas de prestação de serviço, (terceirizadas) blindam e garantem uma lógica de exploração capitalista que se apropria cada vez mais dos direitos dos trabalhadores. Daí as denúncias de assédio moral e sexual, pois quando retornam, têm que cumprir prazos absurdos, trabalhar em dobro debaixo de sol e chuva, conviver com o preconceito, com a falta de solidariedade e respeito de quem se sente prejudicado com a greve, dentre outras coisas, que só contribuem para essas situações de violência.

Infelizmente, está longe de terminar toda essa exploração, porém, cruzar os braços e agir coletivamente é o caminho para as mudanças.

Todo apoio a luta!

Prefeitura de São Vicente e o caso da creche Olinda Cury Gigliotti. Onde estão as verbas do FUNDEB?

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

No dia 25 de maio de 2014, divulgamos aqui no blog da Rádio da Juventude a informação que a Prefeitura de São Vicente não estava repassando a cerca de um ano as verbas do FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) para a Creche Olinda Cury Gigliotti (localizada no bairro do Japuí – SV), e por isso a Associação dos Funcionários e Amigos do Hospital São José (ASFA), que administra a creche, comunicou as mães e os pais que o serviço prestado por ela, seria encerrado, pois essa verba do FUNDEB garantia não só o pagamento da equipe, mas também a merenda escolar, material de limpeza e outros gastos, e com os constantes atrasos, não haveria como manter a creche funcionando – deixando transparente que, o equipamento, a Prefeitura provavelmente assumiria, não seria uma questão de fechamento, mas de mudança de gestão.

Dois dias depois do comunicado, as mães e os pais se reuniram e formaram uma Comissão, deliberando que não concordavam com a atitude da Prefeitura, pois consideraram que o serviço prestado pela associação era de excelência, e por isso, entrariam com uma ação coletiva no Ministério Público, fariam um ato no centro de São Vicente denunciando e arrecadando assinaturas num abaixo assinado para que a administração da creche não mudasse e para que a Prefeitura cumprisse com o seu papel e repassasse as verbas em atraso.

As mães e os pais por meio de organização terminaram por conseguir em torno de 800 assinaturas, pressionando a SEDUC (Secretaria de Educação) a receber a comissão, e numa reunião junta à Secretária de Educação Creuza Calçada foi firmado que não haveria o rompimento do contrato com a associação que administrava a creche, mas que os atrasados seriam resolvidos junto ao Ministério Público, já que havia uma ação movida pela associação, sobre a renovação do Convênio, a Secretária justificou que ocorreu um mal entendido entre as partes na renovação, porém, já estava tudo resolvido, de modo que a Secretaria de Educação estaria aberta à comissão para discutir quaisquer dúvidas ou sugestões. (assista ao vídeo logo abaixo e veja como foi à reunião)

No vídeo algumas explicações referentes ao repasse e a renovação foram pontuadas pela Secretária, por exemplo, a verba não ser oriunda do FUNDEB, a falta de documentos para renovação do Convênio. (Sobre os atrasos não quis comentar. Assista ao vídeo).

PrintColocamos aqui a réplica da Sr.ª Rose Hoyer, Presidenta da associação que ao assistir o vídeo no Facebook, deixou este comentário:

“1º- Fomos claras na reunião de pais, quanto ao motivo pelo qual iríamos encerrar nossa participação na Administração do Equipamento – A verba por nós guardada já estava acabando e seria injusto e irresponsável de nossa parte correr o risco de não termos o suficiente para o pagamento das merecidas e legais rescisões trabalhistas das colaboradoras; 2º – A documentação exigida para novo Convênio foi entregue mais de uma vez, conforme cópias que lhe encaminhei. Mas, a morosidade de alguns Departamentos do Executivo Vicentino fez com que vencessem os prazos das certidões negativas de debito, forçando- nos a reiniciar o Processo (está tudo documentado) 3º – O cerne da questão é o repasse e não de onde vem, muito embora, há nove anos ouvimos que é do FUNDEB na Secretaria; 4º – São 3 e não 1 ou 2 parcelas de 2014 e 12 parcelas no total, uma vergonha inexplicável ; 5º – até o momento não foi repassado mais nenhuma . Já encaminhei à Promotoria novo requerimento, solicitando um TAC ( termo de ajuste de conduta ), para garantir nosso sossego”.

Enfim, a mobilização e a pressão popular garantiu que a creche continuasse operando. Parabéns as mães e os pais que se organizaram e pressionaram o poder público! Pois se há algum mérito nesta história, pertence a eles. Esta é a prova que somente por meio de organização coletiva podemos conquistar e validar nossos direitos. A creche, além de uma necessidade de mães e pais trabalhadores e trabalhadoras é um direito social de toda a criança assegurado pela Constituição Federal e pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Porém, muitas vezes devido à forma como o serviço público é tratado e gerido, mais parece um favor prestado, no qual mendigamos pelo serviço, e nessa condição de reféns, não conseguimos nem questionar com medo de sermos retaliados.

A Creche Olinda Cury Gigliotti continua com seu trabalho, porém, já tivemos a informação que até agora os pagamentos, (atrasados e do mês sequente a renovação do Convênio) quase dois meses depois da mobilização, ainda não foram feitos. Fica pergunta, onde estão às verbas do FUNDEB? Voltaram para a União? Ou, foram gastos de forma indevida? A ação está no Ministério Público. E, qual o futuro do equipamento diante desta instabilidade?

O triste, mas real, é que a maioria desses equipamentos; creches, escolas, entre outros estão sempre sobre a gerência de algum grupo social de interesses políticos e econômicos, aí quando muda a administração do município, as disputas começam, e quem paga é o povo. Neste mesmo bairro, Japuí, há outro equipamento que segundo informações dos próprios pais e mães, a Prefeitura assumiu o serviço, daí a Sr.ª Primeira-Dama Valéria Lins, “amadrinhou”. ( Como assim? Enfim…)

É isso, enquanto a população não estiver organizada para assumir sobre suas rédeas seus direitos, a disputa política e a deturpação dos equipamentos continuará operando desta forma. Porque uma coisa é certa, nem Primeira-Dama é cargo público, nem Associação por mais boa vontade e honestidade que tenha, deveria estar gestionando um equipamento público.

Vídeo com a Secretária Creuza  Calçada

Eleições 2014. A corrida eleitoral começou faz tempo.

A partir de hoje, domingo, dia 06 de julho de 2014, está permitido à propaganda eleitoral de acordo com a lei nº 9.504/97. Data a qual partidos, coligações podem realizar comícios, divulgar suas propostas por carro de som, (das 8 às 22 horas) fazer propaganda na internet, entre outras coisas.

75705_456894151030023_1936871453_nNa prática,

O burlar da lei não é nenhuma novidade, há tempos que os candidatos fazem suas campanhas antes do tempo permitido; visitando cidades, comparecendo em eventos, congressos, seminários, inaugurações de obras, percorrendo comunidades, associações de bairro, tudo de maneira “informal” (cara-de-pau), mas já fazendo seu “trabalho de base”. Na internet ficou bem evidente tudo isso, a quantidade de cabos eleitorais fazendo propaganda de seus candidatos é infindável, frases de efeito com direito a hashtag e tudo, eram e são utilizadas aos montes; #Avançarsempre, #Avantelíder, #‎vamoquevamo,  #‎NovaPolitica, ‪#‎Renovação…

Discutir isso parece bobagem, mas não é, comprova que o jogo político, a disputa pelo poder é feita em sua maioria por pessoas que não respeitam o que está regulamentado. A lei seria exatamente para evitar abusos e garantir o mínimo de organização. Infelizmente, estes “propagandeiros” ignoram, pois se movem de acordo com seus interesses e da forma como lhes convém.

Na verdade, até mesmo esta lei eleitoral tem seus equívocos, (e muitos) citaremos como exemplo uma parte que só contribui para a poluição visual das cidades, o cargo de vereador, por exemplo, a lei permite que cada partido possa lançar candidatos até 150% do número de cadeiras em disputa, o que dá espaço para o surgimento de inúmeros candidatos, muitos sem a menor chance de vencer, mas estrategicamente os partidos julgam necessário. Pois querem construir discurso para uma próxima eleição; ganhar visibilidade; demostrar força para um acordo com outro partido; fortalecer uma coligação, entre tantas outras coisas que pensam como forma de ganhar o poder, ou se manter atrelado a ele. Para deputado é a mesma coisa, se a Unidade da Federação (UF) possuir mais de 20 deputados federais, então;

“cada partido, isoladamente, pode lançar o quantitativo de candidatos até 150% das vagas a serem preenchidas; cada coligação pode lançar até o dobro das vagas a serem preenchidas, Agora, se a UF possuir até 20 deputados federais, a regra é a seguinte: cada partido, isoladamente, pode lançar um número de candidatos até o dobro das vagas a preencher; cada coligação pode lançar até o triplo das vagas a serem preenchidas”. (Fonte) Resultado; é uma bagunça generalizada!

Convidada a participar da festa da democracia de dois em dois anos, a população é refém de um jogo de cartas marcadas.

Foi construída no cerne de nossa sociedade a ideia de que as mudanças são feitas por meio de eleições, precisamente do voto, da candidatura de um político, um líder, um representante que irá “protagonizar” a vontade popular, basta o povo votar com inteligência. Porém, essa é uma das maiores farsas que existe nesta democracia representativa.

Primeiro, porque o direito ao voto só garante uma suposta participação na democracia, todas as outras escolhas não dependem do povo. E sim, de candidatos eleitos. Por exemplo, o poder judiciário, é eleito, a maioria de seus representantes, por nomeações diretas do Presidente da República, após aprovação do Senado Federal, do mesmo modo o Ministro do Supremo Tribunal Federal, etc. Claro que há os concursados, como os juízes de carreira. Mas é esta forma a principal e que se repete nas esferas estadual e municipal. Por isso, que alguns cargos são escolhidos “minuciosamente”, para que eles sirvam somente de simples aprovadores de projetos de governo, não há autonomia real de quem é responsável por alguma pasta, ou função. Sempre tem força política por trás direcionando, e não é a força do povo, nem de longe.

Segundo, a forma como o sistema político está organizado, nem tendo boa vontade política é possível realizar “reais” transformações, além de que, quase, senão todos os candidatos – estão nas mãos de grupos políticos que os financiam, (as corporações; empreiteiras, agronegócio… E em alguns casos grupos ideológicos; bancada evangélica) e por isso, suas realizações irão ser de acordo com os interesses de quem “pagou a conta”, é o “toma lá da cá”, daí, as “promessas” feitas ao povo vão para o ralo, afinal, os candidatos são instrumentos de quem os financiam.

Terceiro; as famosas coligações nem sempre são forças que estão na mesma direção, são apenas forças momentâneas que também possuem interesses econômicos e partidários. Portanto, quando se ganha uma eleição, é preciso “repartir o bolo”, e a parte que cabe ao povo, fica sempre sendo menor, ou nula.

Pra finalizar, ainda temos os candidatos que ao ganhar a eleição trocam de partido, e todo aquele projeto defendido nas campanhas, muda, mas o discurso permanece, discurso de candidato sempre permanece… A vida do povo que não muda. Porque mudanças só acontecem com luta e coletividade.

Eleições no contexto atual somente servem para legitimar o poder a um grupo político que tem interesses próprios. Interesses que não atendem a população.

Nessas eleições, não vote, se organize!

Despejo brutal pela Guarda Municipal de Itapevi no acampamento do MST “Padre João Carlos Pacchin”

Fonte: Passa Palavra – Publicado em 3 de julho de 2014

Nesta madrugada, os acampados do acampamento “Padre João Carlos Pacchin”, do MST, em Itapevi/SP, foram surpreendidos pela ação violenta da Guarda Municipal.

Fortemente armada e intimidando as pessoas que estavam no local, a Guarda Municipal passou os tratores sobre os barracos e barracões e levou os maderites, entre outros objetos do acampamento. A Guarda Municipal invadiu a ocupação sem mandado ou qualquer documento legal para fazer essa ação, totalmente arbitrária.

Os ocupantes estão no terreno desde o dia 28 de junho. A área da ocupação pertence à COHAB do Município de São Paulo e estava em curso o início de negociação.

Nesse momento, a Guarda Municipal continua no local, impedindo o acesso das pessoas para a retirada de seus pertences. Somente após negociação, a coordenação do acampamento pôde retirar os documentos pessoais dos acampados. As famílias permanecem na rua, em frente ao terreno.

Nesta madrugada haverá vigília no local.

A solidariedade e o apoio são urgentes para a continuidade da luta!

Presidenta Dilma Rousseff na Baixada Santista, investimento pra quem?

Foto: http://www2.planalto.gov.br/centrais-de-conteudos/imagens/anuncio-de-investimentos-do-pac2-mobilidade-urbana-para-a-regiao-metropolitana-da-baixada-santista

Foto: http://www2.planalto.gov.br

A visita da Presidenta Dilma Rousseff à Baixada Santista na última quinta-feira (26) tem uma porção de significados políticos e econômicos, mas uma das coisas que passa despercebido e precisamos nos atentarmos, é como este país tem dinheiro, e dinheiro público! E gasta-se, a todo momento uma quantia, (que não é pouca) em algum serviço, equipamento, projeto… Contudo, os resultados nem sempre resolvem os problemas da população, por que será?

A Presidente anunciou investimento de 456,3 milhões para a mobilidade urbana, e ainda fez cobranças aos administradores da região para se municiarem de projetos, porque a ideia do governo ao que parece “é para o infinito e além!” Brincadeiras à parte, o problema de mobilidade urbana na baixada é uma realidade concreta de extrema urgência, e que não será solucionado num passe de mágica. Porém, difícil acreditar que dentro dessa lógica mercadológica alguma coisa seja resolvida.

Primeiro; não é preciso ser especialista para saber que a maior parte deste investimento irá se diluir no bolso de corporações que irão prestar o serviço.

Segundo; o problema da mobilidade urbana na baixada perpassa a construção de um túnel ligando as zonas Leste e Noroeste de Santos, ajuda no escoamento do trânsito, mas não resolve. Entretanto, o caminho que todos os governos estão tomando é o contrário, obras faraônicas de grande impacto social e ambiental, e pouquíssima, ou nenhuma discussão de alternativas realmente sustentáveis.

Terceiro; abrem um túnel de um lado para escoar o trânsito e colocam mais carros de outro. Como assim? Porque isso é o quê irá acontecer com a construção do outro (polêmico) túnel (submerso) que interligará as cidades de Santos e Guarujá, e que segundo o projeto da DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) injetará 14 mil veículos por dia na cidade com projeção para 40 mil nos feriados. Entenderam?

Mobilidade urbana tem que tirar carro da rua, e não colocar mais, pra isso tem que ter transporte público de qualidade; tem que ter ciclovia; tem que ter planejamento de cidade e tratando-se de Baixada Santista tem que ter planejamento metropolitano, porém, o quê se vê é apenas bravatas, e obras sendo realizadas de qualquer forma, além de dinheiro público sendo gasto aos montes, servindo apenas para enriquecer empreiteiras e sustentar políticos. Enquanto essa lógica de colocar investimento direto nas mãos de corporações predominar, nada irá se resolver.

Em fevereiro deste ano o Governo Federal anunciou recurso de 143 bilhões, que seriam investidos nas cidades sede e subsede da Copa do Mundo. Vamos pensar sobre estes números e avaliar o que mudou, ou o quê irá mudar para a população, pois na prática (sem fatalismos) os transportes públicos continuam lotados e de péssima qualidade, o trânsito continua um caos, traduzindo; o serviço público continua sucateado e toda essa violação de direitos é sustentada com dinheiro dos trabalhadores, e não da Sr.ª Dilma que só veio à baixada demarcar território e fortalecer campanha política.

Sobre os 143 bilhões para mobilidade urbana

O Governo Federal declarou que este investimento é uma resposta as reivindicações das jornadas de junho, balela, o que está fazendo é colocar ainda mais dinheiro público no bolso de empresas mafiosas/que monopolizam os serviços públicos de transporte, de construção civil, de prestação de serviço, entre outros que vão se tornando alvos deste capitalismo selvagem, corporativo e parasitário.

Para termos uma ideia, as empresas de transporte público recebem fortunas anualmente, na cidade São Paulo em 2013 o município gastou em torno de R$ 1,25 bilhão para subsidiar empresas privadas de ônibus, em 2011, as empresas obtiveram de lucro cobrindo todos os custos, R$ 1,2 bilhão. Aí temos que citar que essas empresas de transporte entram no rol de empresas financiadoras de campanhas de partidos políticos. E citamos também as empresas (mais conhecidas como empreiteiras) que prestam dos mais variados serviços, e colocamos como exemplo, Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez que de acordo com uma pesquisa do Instituto Mais Democracia;

“Entre as eleições de 2002 e 2012, juntas, as quatro empresas investiram mais de R$ 479 milhões em diversos comitês partidários e candidaturas pelo Brasil. No Estado do Rio de Janeiro, o PMDB é de longe o partido mais beneficiado, com R$ 6,27 milhões, mais que a soma dos quatro seguintes: PT, PSDB, PV e DEM. Porém os repasses podem ser ainda maiores em anos não eleitorais. Em 2013, por exemplo, somente a Odebrecht repassou R$ 11 milhões dos R$ 17 milhões arrecadados pelo PMDB.”

Por isso, reafirmamos, este país tem dinheiro, pertence à população, mas a forma como está sendo gerido nunca trará mudanças radicais para a vida da população.

Vivemos uma ditadura corporativa, ou a população se organiza coletivamente para mudar essa realidade e rompe também com essa lógica de acreditar num ser “bonzinho que vai lutar pelo povo”, ou, continuaremos vivendo esta farsa democrática, onde uns têm privilégios e outros a exclusão social de direitos.

OBS: Indicamos esta matéria sobre as corporações financiando campanhas partidárias, produzida pelo Instituto Mais Democracia do Projeto Quem são os proprietários do Brasil. Vale a pena ler!

A seleção brasileira venceu apertado do Chile, mas venceu…

julio667A seleção brasileira venceu apertado do Chile, mas venceu, e o goleiro Júlio Cézar tornou-se o novo herói do Brasil, legal! Porém todos sabemos que a seleção não vai tão bem, mas como temos que nos livrar do complexo de vira-latas e acreditar que na Copa das Copas “santo de casa faz milagres sim,” e ganha caneco, vamos comemorar este espetáculo todos juntos, vamos?

Ora,

É esse mesmo o pensamento que temos que ter? Dentro deste futebol negócio onde os clubes de futebol não passam de grandes empresas capitalistas que lucram quantias exorbitantes? Onde todo o investimento (seja qual for o valor) pra construção de estádios (com dinheiro público) é um enorme desrespeito em comparação as necessidades reais deste país? Por isso, está correto nos vestirmos de verde amarelo e gritarmos gol com tanta energia?

O futebol é um esporte que faz parte da cultura popular; elemento de integração social, de sociabilidade, e não só do povo brasileiro, é patrimônio da humanidade, porém, o que temos hoje é uma grande indústria futebolística que faz circular e concentrar bilhões nas mãos de poucos, o passe do Neymar, por exemplo, para o Barcelona saiu à bagatela de 57 milhões de euros – o Ministério Público da Espanha investiga uma denúncia de que o valor chegou aos 74 milhões de euros – enfim, dá pra termos uma ideia da força dessas corporações. E aí? A “parada” é futebol mesmo, ou dinheiro? Sacaram o porquê da FIFA impor suas regras por onde passa.

Pois é,

Mas o povo nas ruas em sua maioria está arrebatado pelo sentimento de Copa do Mundo, como previsto, mesmo com todas as manifestações contra a copa, e até mesmo devido certa insatisfação que se manifestava de forma livre e sem comprometimento, por exemplo, não era (ainda não é) difícil encontrar alguém no ônibus, na fila do mercado ou em qualquer outro lugar, reclamando dos gastos excessivos com a copa, enquanto os serviços sociais estão sucateados. Contudo, a copa iniciou, e essa insatisfação foi sufocada parcialmente pelo torrencial de informações sobre a Copa do mundo. A mídia; jornal, TV, rádio, web, outdoor… Bombardeiam nossas cabeças 24h, é quase impossível fugir. E, aí obviamente que a massa que ver gol, e entregar-se ao simulacro de emoções, e que se dane qualquer discurso (realmente a energia é empolgante, senão fossem os custos).

Daí,

Comunidade removida em Mangueira. No foi construído um estacionamento e um centro automotivo entregues à iniciativa privada.

Comunidade removida em Mangueira – RJ. No local foi construído um estacionamento e um centro automotivo entregues à iniciativa privada.

Não podemos esquecer que para ter este espetáculo sendo realizado o custo é irreparável; é preciso registrar que segundo estudo da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, entre 170 a 250 mil pessoas foram removidas para se construir essa copa. Além de que, todo este processo de violência com as remoções representa para a história do povo pobre brasileiro, uma das maiores atrocidades promovidas pelo Estado.

É grito de gol nos estádios e borrachada nas ruas, é alegria alienante pelo entretenimento e tristeza por tudo que foi feito contra a população pobre. Não dá pra fingir! Se a angústia de uma decisão por pênaltis é tão real e coloca corações à mil, imaginem a dor de quem perdeu a casa. Sem contar as outras infinidades de violações.

Copa do Mundo com ou sem vitória da seleção, o legado é vergonhoso.

Futebol teu nome é negócio!

Eleições 2014: A apropriação das jornadas de junho pela maioria dos candidatos.

75705_456894151030023_1936871453_nAs eleições estão aí e a disputa eleitoral começou. O velho circo de sempre! Este ano a novidade das campanhas é a apropriação das jornadas de junho pela maioria dos candidatos, todos de um modo ou de outro, não há dúvidas, querem tirar algum proveito de um dos maiores acontecimentos da história das lutas sociais no Brasil, e assim, “surfar sobre a onda das lutas”, que até agora, levanta debates e inúmeras discussões, além de estimular outras e dar mais força e visibilidade.

A “malandragem” dessas campanhas está em reduzir as jornadas a um movimento espontâneo que surgiu do nada motivado apenas pela insatisfação popular, o que é uma farsa! Mas claro que candidato não vai apresentar em sua campanha que tudo isso começou puxado pelo Movimento Passe Livre (MPL) de forma autônoma e que foi resultado de anos de organização de base; rodas de conversas em escolas, universidades, grupos de bairro, entre movimentos sociais, nos terminais de ônibus junto aos usuários do transporte; panfletando, realizando pequenos atos de conscientização, estimulando a participação popular direta; que o povo assuma as responsabilidade e lute coletivamente sem delegar sua responsabilidade a terceiros, entre outras coisas. Não. Nada disso interessa. Apenas a politicagem e a disputa eleitoral, alguns, inclusive, já estão usando “marketeiramente”; frases de efeito; o gigante acordou, não foi por vinte centavos, conquistando direitos, somos a oposição nas ruas… A cara de pau não tem limites. Podemos dizer que é uma disputa histórica pela consciência da classe trabalhadora, e neste caso, mais uma vez um tipo de politica escrota e parasitaria que não mede esforços para chegar ao poder.

A política representativa bateu no teto

A grande simbologia das jornadas é que a política representativa está em ruínas, direitos sociais se conquistam com luta e com autonomia, jamais se negocia numa mesa com conchavos, pois é este tipo de política que mantém o sistema de exclusão, é este tipo de política que tem que cair, mas, os politiqueiros se recusam, não querem discutir, ignoram e desqualificam – quando o termo horizontalidade aparece então, querem transformar em palavra sinônima de desorganização, ao contrário, é o direito de todos terem voz e participarem dos processos decisórios; é buscar o consenso e romper com a imposição, com a autoridade. Mas o discurso deles, enfim, é assim; os vândalos e os pacíficos, o lindo verde amarelo e o feio Black Bloc, deste modo o Estado sai imune e a ditadura corporativa agradece.

Não vote! Se organize coletivamente! 

OBS: Muitos grupos sociais; coletivos, de partidos, além do MPL estiveram nas ruas, e há anos estão travando essa luta por uma sociedade justa e igualitária. Mas é inegável a importância de mudança de paradigma impulsionado pelo MPL, em ir pra rua sem carro de som, não tratar a luta do transporte como um negócio, ou como os donos dela, e pra além, se organizarem na base de forma autônoma pelo empoderamento do povo, e claro, ninguém do MPL neste ano de eleição pedirá voto porque esteve na luta.

Nota sobre a repressão de 12 de junho

por Comitê Popular da Copa de São Paulo

O Comitê Popular da Copa de SP vem por meio desta nota repudiar a ação do Estado e de seu braço armado, a polícia militar, que com o uso da violência desmedida e irresponsável impediu de acontecer as manifestações programadas para o dia de abertura da Copa do Mundo, na última quinta-feira, dia 12.

A primeira delas, marcada pela frente Se Não Tiver Direitos, Não Vai Ter Copa teve início na saída da estação de metrô Carrão, por volta das 10h, e em menos de 20 minutos foi dispersada sem motivo algum, por balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

Além de impedir o direito constitucional à livre manifestação, a ação da polícia militar teve como saldo um grande número de pessoas machucadas, inclusive uma repórter e uma produtora da emissora internacional CNN que foram feridas por estilhaços da chamada munição “não-letal” e um rapaz que, mesmo depois de imobilizado e alvejado no peito por tiros de bala de borracha, foi covardemente atingido no rosto com jatos de spray de pimenta por policiais militares.

Após a dispersão, alguns/as militantes somaram-se ao ato em frente ao Sindicato dos Metroviários, que trazia como pauta a denúncia das
violações da Copa do Mundo da FIFA e também prestava solidariedade aos 42 metroviários despedidos de maneira ilegal durante a greve de 5 dias realizada na última semana. Com concentração marcada para as 10h, a manifestação foi cercada por um pelotão da Tropa de Choque e seus robocops, que impediam os manifestantes de saírem em caminhada.

Num clima de grande tensão, o que se viu foi mais uma vez a PM assumindo seu papel terrorista, se utilizando de ações truculentas e
ilegais: prisões para averiguação, policiais sem identificação e alguns deles portando armas de munição letal, bem como mais agressões a militantes e profissionais da imprensa.

Relatos de alguns/as militantes presentes no ato apontam que a primeira bomba surgiu do meio da manifestação, numa clara demonstração de que a polícia militar de Geraldo Alckmin e Fernando Grella investe cada vez mais no uso de policiais infiltrados. Sem farda, a PM tumultuou mais uma vez a manifestação para legitimar a dispersão violenta. Assim como no último dia 15 de maio, para impedir o dia internacional de lutas contra a Copa, em que a caminhada durou apenas 20 minutos.

Entre os atingidos, havia um jornalista com uma queimadura na perna e um manifestante com um grande corte no rosto, ambos feridos por bombas. A polícia militar ainda dificultou o socorro dos feridos por unidades de emergência especializadas, como o SAMU e o Resgate do Corpo de Bombeiros, mesmo com a presença de defensores públicos no local. Por fim, acabaram levados ao hospital pela própria PM.

Durante toda à tarde, pessoas com “cara de manifestante” foram perseguidas pela PM em diferentes pontos da cidade, como estações de
metrô, praças públicas e, até mesmo, em universidades. 29 pessoas que estavam no estacionamento da UNESP na Barra Funda foram levadas à delegacia para “averiguação”, apesar de tal procedimento inexistir na legislação. É importante ressaltar que todas essas ações arbitrárias do Estado foram tomadas para impedir manifestações que tinham como objetivo tornar pública a criminalização dos movimentos sociais e o processo de violações acentuado pela vinda da Copa do Mundo da FIFA para o Brasil.

As vitórias populares foram sempre uma conquista das ruas, seja nas greves, protestos, ocupações ou outras formas legítimas de manifestação e ação política. A resposta violenta e autoritária do Estado aos conflitos sociais, apresentando as forças policiais como
únicas “mediadoras”, além de agravar esses conflitos, é uma forma de violar liberdades civis e políticas, ameaçar a população para que se cale – e impor sobre todos uma única visão de mundo.

Sendo assim, fica claro que quem apertou o gatilho, quem jogou as bombas, quem realizou prisões para averiguação e espancou pessoas por
estarem excercendo seu direito à manifestação foi o braço armado do governo de Geraldo Alckmin e Fernando Grella, de mãos dadas com a FIFA e as corporações que lucram com o megaevento!

Por isso, é preciso que gritemos que terrorista é o Estado e a máfia da FIFA! Nem um passo atrás na luta contra a criminalização dos movimentos sociais! Nem um passo atrás na luta pelo direito à livre manifestação!

Força pra quem luta!

Comitê Popular da Copa SP, 14 de junho de 2014

NELCA & Sta. Rosa Breakers organizam palestra com Eduardo Taddeo (Ex – Facção Central)

No dia 7 de Junho ocorreu, no Centro Esportivo Padre Donizete, Bairro Santa Rosa/Guarujá, o lançamento do livro “A Guerra Não Declarada Na Visão De Um Favelado”, seguido por palestra com o autor Eduardo Taddeo.

cartazO evento, organizado pelo Santa Rosa Breakers & Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri (NELCA), contou com a presença de Graffiteir@s da região como Leto, Tiquinho, Pat e Léo, este que também expôs seus trabalhos: relógios de parede feitos com Vinil. A rima ficou na responsa dos manos Shabba, Sentimento do Gueto e Posse Par (Bertioga). Além da presença do Buddy X, que fortaleceu na apresentação dos grupos.
Antes do Rap rolou apresentação do motociclista Cabeça que mandou várias manobras.
Dentre os grupos convidados estavam também as Mães de Maio, com a Débora, que falou da Luta do movimento e a importância da desmilitarização da polícia e da política. Também nós, da Rádio da Juventude, estivemos presentes e falamos sobre a rádio e a importância de nós, classe oprimida, nos organizarmos para fazer política pelas nossas próprias mãos. Muito a ver com a abordagem, um dos companheiros da rádio, Rodrigo, apresentou algumas músicas caipiras, reforçando as culturas de resistência.

Importante frisar que este evento só foi possível graças ao esforço e apoio mútuo desses coletivos que se organizam de maneira independente.

Movimento Libertário & Hip Hop Unidos !!!

Registros da atividade:

Fala de Débora (Mães de Maio)

Download: VBR MP3 (14.2 MB) | Ogg Vorbis (6.72 MB)

Palestra de Eduardo Taddeo (Ex-Facção Central)

Download: VBR MP3 (104 MB) | Ogg Vorbis (60.5 MB)

 

 

 

A Copa é nossa. Mobilização contra a Copa do Mundo pra quê?

copapraquem_2As organizações sociais que são contra a copa do mundo, sempre foram contra desde o início, desde a época do sorteio, e sempre estiveram conscientes dos prejuízos causados pelos grandes eventos, porque é fato; a matemática econômica destes eventos é sempre a mesma; o ônus fica na conta da população pobre. Vide toda a violência desencadeada, principalmente no Rio de Janeiro, além dos superfaturamentos nos Estádios e em outras infinidades de obras. (A copa pelos países que passou só deixou divida)

As mobilizações têm sua importância porque elas denunciam a violação de direitos humanos que ocorreram e que estão ocorrendo no país – segundo o Comitê Popular da Copa; estima-se que cerca 250 mil pessoas foram removidas de suas casas, é por isso que ir para a rua manifestar repúdio é fundamental e legitimo.

copapraquem_8Obviamente que dizer “Não vai ter Copa” não irá impedir o evento, é só um grito simbólico de revolta. Porém, nas ruas tem sua força de provocação, (e político detesta ver seu nome criticada na rua) além de mostrar que não são todas as pessoas que se calam diante de todas as injustiças promovidas pela Copa do Mundo, e também um momento de dialogar com a população e trazer à tona toda a informação que o Estado quer esconder debaixo do pano.

Outra coisa, achar que é uma pauta distante, que deveríamos nos preocupar com outras coisas, não é! É bastante concreta e atinge todos os direitos sociais que (sem luta) continuarão sendo violados – pois, o efeito é cascata e atingirá todo o país, e este é o real legado que poucos querem discutir, se negam. O Governo federal faz questão de dizer que a Copa será maravilhosa, e que o legado será incrível para a economia do país. Alguém se lembra do PAN? (Jogos Pan-Americanos de 2007) Leiam a respeito, o discurso foi o mesmo, cadê o legado? Só houve gastos e desperdício de dinheiro público com construção de elefantes brancos.

O Jogo da direita. As manifestações servem pra isso…

copapraquem_8Que existem centenas de grupos politiqueiros tanto de direito quanto de esquerda querendo se beneficiar, com certeza! E isso nunca deixou de acontecer, em qualquer mobilização sempre tem os “parasitas” – isso, se evita com organização, o que ocorre na maior parte, mas os favoráveis a copa querem negar, e ficam no jogo da desqualificação evitando o ponto nevrálgico desta discussão; as violações de direitos humanos e a dívida pública.

Outra coisa, dizer que os jovens estão sendo usados?

É um pouco de malandragem política também, desde as manifestações de junho do ano passado que os políticos que disputam votos estão correndo atrás do rabo para poder alinhar um novo discurso, afinal, a política partidária representativa bateu no teto, se revela cada vez mais inviável, apenas sustentando grupos que se revezam no poder. E a população está cheia disso.

imagesCom as manifestações de junho uma nova configuração política de luta muito mais combativa e resistente mostrou à população; eficiência e praticidade, no sentido literal, de que é na luta que conquistamos direitos – as tarifas foram bloqueadas, e foi o povo na rua que conquistou. Só que, há uma ignorância proposital em negar que as manifestações decorreram de organizações autônomas que agiram na base e que vinham com um trabalho de anos pra impulsionar essa luta, é onde há uma disputa ideológica e política histórica de querer controlar a consciência da classe trabalhadora, afinal, trabalhadores organizados é um problema para o Estado.

320086_222056441184230_100001396260264_627501_1812275990_nE vale lembrar que as pautas levantadas nas ruas pela população, continuam ignoradas, quase toda a classe política partidária ignora, por exemplo, a discussão do projeto Tarifa Zero. O Governo Federal liberou no inicio deste ano 142 bilhões para os estados e municípios investirem em transporte público, alguém acredita que o transporte vai melhorar? Com certeza não, este montante, só irá continuar enriquecendo as corporações (máfias) do transporte público.

É isso, quem disputa poder, voto e autopromoção vai querer continuar brigando dessa forma, e vai querer passar um pano nessas manifestações que ocorreram e ocorrem, porque elas desmascaram a farsa eleitoral e a farsa de todas as instituições.

Nossas urgências; saúde, educação, transporte, trabalho digno, cultura e lazer, não cabem numa urna, não é um político eleito que ira resolver, é a população organizada, agindo coletivamente, assumindo seu protagonismo, sem delegar responsabilidades.

Que a Copa do Mundo vai acontecer todo mundo sabe, mas não é uma Copa do povo, só está esmagando o povo, por isso os prejuízos têm que ser espalhados aos quatro cantos sim! Toda a barbárie das remoções não dá pra esquecer, quem se posiciona a favor de um mundo justo e igualitário, não aceita este tipo de coisa.

Nesta Copa, desligue a TV e vá pra rua protestar!

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Galeano vive!

Pronunciamento de movimentos sociais e alun@s brasileir@s da escuelita em apoio aos zapatistas; três ações de solidariedade acontecem em São Paulo

galeano“Os valorizo porque eles como que fizeram um compromisso. Dizem que o que aprenderam aqui vão compartilhar com seus companheiros que de alguma maneira não puderam chegar até aqui, e que vão compartilhar o que nós lhes mostramos, o que eles viram, o que eles aprenderam”

(Galeano – José Luís Solís López – sobre a escuelita, Revista Rebeldía Zapatista, n1)

Nós, participantes brasileir@s da escuelita La libertad según las y los zapatistas abaixo listad@s, encaramos a experiência que tivemos lá exatamente como disse o compa Galeano, assassinado recentemente em uma emboscada que feriu mais quinze pessoas no caracol La Realidad. Nos sentimos não só indignad@s com a violência cometida contra a comunidade como compelid@s a, além de plantar por aqui as sementes de autonomia que crescem por aí, estar ao lado d@s zapatistas nos momentos em que se fizer necessário, já que a nossa solidariedade supera a distância e as fronteiras.

E nós, organizações sociais, movimentos e coletivos organizados desde baixo e preocupados com a justiça e a liberdade, igualmente nos vemos na responsabilidade e na disposição de ajudar a somar e ampliar o coro d@s que se revoltam com cada injustiça cometida contra @s que lutam, ainda mais @s que o fazem de forma tão inspiradora vivendo na plenitude de sua autonomia.

Aqui, nesta outra geografia chamada Brasil, chega também a dor e a raiva que ressoa das montanhas do sudeste mexicano.

Os ataques armados que vitimaram Galeano no dia 2 de maio na comunidade La Realidad – onde está sediada uma das cinco Juntas de Bom Governo, estrutura de poder autônoma em relação ao Estado contruída desde baixo pel@s zapatist@s – vieram de grupos paramilitares que há tempos atuam na região. Além dessa morte, houve mais quinze pessoas feridas e a escola e a clínica que servem a toda comunidade, e não só aos zapatistas, foram destruídas.

Passados os tempos mais duros de conflito entre zapatistas e o mau governo após o EZLN declarar a autonomia de seus territórios em 1994, a estratégia estatal para combater o movimento tem sido estimular ataques e provocações paramilitares, numa guerra de “baixa intensidade” que se combina com projetos assistenciais e outras intervenções “sociais” que visam dividir as bases de apoio. A solidariedade internacional é um elemento importante para constranger e frear a ação do Estado, exigindo que ele deixe de fomentar conflitos, de maneira que a autonomia siga seu caminho.

Se vivemos por aqui, com o estímulo de junho passado, tempos de luta e esperança, de mudança e confrontação com a mesma brutalidade dos de cima que existe em Chiapas e no México em geral, buscamos agora, às vésperas da Copa,  construir um período em que mais e mais gente estará nas ruas, lutando por um mundo onde caibam muitos mundos assim como defende o EZLN e suas bases de apoio.

Atendendo ao chamado feito pelos zapatistas, entre os dias 22 e 31 de maio serão realizadas três atividades em solidariedade e demandando o fim das agressões aos territórios autônomos em Chiapas (clique nos links para saber mais e participar):

22/5 – Bate-papo sobre escuelita na Rádio Cordel Libertário
24/5 – Homenagem a Galeano durante Sarau do Fundão da M`Boi
31/5 – Dia de conversa e difusão do zapatismo na Comuna Aurora Negra – dia de solidariedade aos companheiros caídos – Rua Elias Martin, 11 – Rio Pequeno

Esperamos que nossa luta e solidariedade ressoem aí não como um alento, mas como um estímulo a seguir caminhando. Como comentou um compa ao sub Marcos, “não entendam mal nossas lágrimas, não são de tristeza, são de rebeldia”.

L@s zapatistas no están sol@s!

Galeano vive!

La lucha sigue y sigue!

Assinam:

Alun@s da Escuelita Zapatista la Libertad:

Adriana Moreno
Ana Luisa Queiroz
Ana Paula Morel
Breno Zúnica
Bruna Bernacchio
Camila Jourdan
Cândida Guariba
Elisa Matos Menezes
Felipe Addor
Felipe Mattos Johnson
Frederico Luca
Gabriela Moncau
Júlio Delmanto
Léa Tosold
Leonardo Cordeiro
Luiza Mandetta
Maria Aguilera
Marianna Fernandes Moreira
Matheus Grandi
Pedro Rosas Magrini
Rafael da Costa Gonçalves de Almeida
Renata Bessi

Movimentos sociais:

Biblioteca Terra Livre – http://bibliotecaterralivre.noblogs.org
Casa Mafalda – http://casamafalda.org/
Centro de Mídia Independente – São Paulo – http://www.midiaindependente.org
Coletivo DAR – coletivodar.org
Comboio
Comitê Popular da Copa SP – http://comitepopularsp.wordpress.com/
Desinformémonos Brasil – http://desinformemonos.org/
Instituto Praxis
Margens Clínicas
Mídia Negra – www.midianegra.noblogs.org
Moinho Vivo
Movimento Mães de Maio – http://maesdemaio.blogspot.com.br/
Movimento Passe Livre – São Paulo – http://saopaulo.mpl.org.br/
Organização Anarquista Terra e Liberdade – http://terraeliberdade.org/
Rádio da Juventude – http://radiodajuventude.radiolivre.org
Rede 2 de Outubro – http://rede2deoutubro.blogspot.com.br/
Rede Extremo Sul – http://redeextremosul.wordpress.com/
RIZOMA – Tendencia Libertaria e Autonoma – http://rizoma.milharal.org
Zapatistas Milharal – http://zapatistas.milharal.org
Rádio Várzea Livre  107,7 fm  http://varzea.radiolivre.org/

 

[versión en español]

Galeano vive!

Pronunciamiento de los movimientos sociales y alumn@s brasileñ@s de la Escuelita en apoyo a los zapatistas; tres acciones de solidaridad tendrán lugar en São Paulo

 “Además los valoro porque ellos como que hacen un compromiso. Dicen que lo que han aprendido aquí va a ir con sus compañeros que de alguna manera no pudieron llegar hasta acá, y que sí van a compartir lo que nosotros les enseñamos, lo que ellos vieron, lo que ellos aprendieron.”

(Galeano – José Luís Solís López – sobre la escuelita, Revista Rebeldía Zapatista, n1)

Nosotr@s, participantes brasileñ@s de la escuelita La libertad según las y los zapatistas abajo listad@s, encaramos la experiencia que tuvimos allá exactamente como dijo el compa Galeano, asesinado recientemente en una emboscada que hirió a más quince personas en el caracol La Realidad. Nosotr@s estamos no solamente indignad@s con la violencia cometida contra la comunidad, también sentimos la necesidad de plantar las semillas de la autonomía que crecen por todas las partes y estar al lado de l@s zapatistas en este momento, ya que nuestra solidaridad supera distancias y fronteras.

Y nosotr@s, organizaciones sociales, movimientos y colectivos organizados desde abajo y preocupados con la justicia y la libertad, igualmente sentimos la responsabilidad y la disposición de ayudar a sumar y ampliar el coro de l@s que están indignad@s con cada injusticia cometida a l@s que luchan, especialmente a l@s que lo hacen de manera tan inspiradora viviendo en plenitud de su autonomía.

Aquí en esta otra geografía llamada Brasil llega también el dolor y la rabia que resuena desde las montañas del sureste mexicano.

Los ataques armados que mataron a Galeano en el 2 de mayo, en la comunidad de La Realidad – donde está la sede de una de las cinco Juntas de Buen Gobierno, estructura de poder autónoma en relación al Estado construida desde abajo por l@s zapatist@s -, provenían de grupos paramilitares que operan en la región desde hace tiempo. Además de esta muerte hubo otras quince personas heridas y la escuela y la clínica que atienden a toda la comunidad, no sólo a l@s zapatistas, fueron destruidas.

Después de los momentos más duros y abiertos de conflicto entre zapatistas y el mal gobierno, y tras la declaración de la autonomía de sus territorios en 1994, la estrategia del mal gobierno para combatir el movimiento es estimular los ataques y provocaciones paramilitares, una guerra de “baja intensidad” que se combina con otras intervenciones “sociales” destinadas a dividir las bases de apoyo. La solidaridad internacional es importante para limitar y restringir la acción del Estado, exigiendo que deje de fomentar conflictos, de manera que la autonomía siga libremente su rumbo.

Si vivimos aquí, con el estímulo de junio pasado, tiempo de lucha y esperanza, de cambios y confrontación con la misma brutalidad de los de arriba que ocurre en Chiapas y en México en general, buscamos ahora, a la víspera de la Copa del Mundo, construir un periodo en que más y más gente esté en las calles, luchando por un mundo donde quepan muchos mundos, así como defiende el EZLN y sus bases de apoyo.

Respondiendo al llamado hecho por l@s zapatistas, entre el 22 y 31 de mayo tres actividades se llevarán a cabo en São Paulo, en solidaridad y para exigir el fin de los ataques a los territorios autónomos en Chiapas (haga clic en los enlaces para obtener más informaciones):

22/5 – Charla sobre la escuelita en la Rádio Cordel Libertário
24/5 – Homenaje a Galeano en el Sarau do Fundão da M`Boi
31/5 – Charla y difusión del zapatismo en la Comuna Aurora Negra – dia de solidaridad a los compañeros caídos

Esperamos que nuestra lucha y solidaridad resuenen ahí no como un aliento, sino como un estímulo para seguir caminando. Como dijo un compa al sup Marcos, “no entiendan mal nuestras lágrimas, no son de tristeza, son de rebeldía”.

L@s zapatistas no están sol@s!

Galeano vive!

La lucha sigue y sigue!

Firman:

Alumn@s da Escuelita Zapatista la Libertad:

Adriana Moreno
Ana Luisa Queiroz
Ana Paula Morel
Breno Zúnica
Bruna Bernacchio
Camila Jourdan
Cândida Guariba
Elisa Matos Menezes
Felipe Addor
Felipe Mattos Johnson
Frederico Luca
Gabriela Moncau
Júlio Delmanto
Léa Tosold
Leonardo Cordeiro
Luiza Mandetta
Maria Aguilera
Marianna Fernandes Moreira
Matheus Grandi
Pedro Rosas Magrini
Rafael da Costa Gonçalves de Almeida
Renata Bessi

Movimientos sociales:

Biblioteca Terra Livre – http://bibliotecaterralivre.noblogs.org
Casa Mafalda – http://casamafalda.org/
Centro de Mídia Independente – São Paulo – http://www.midiaindependente.org
Coletivo DAR – coletivodar.org
Comboio
Comitê Popular da Copa SP – http://comitepopularsp.wordpress.com/
Desinformémonos Brasil – http://desinformemonos.org/
Instituto Praxis
Margens Clínicas
Mídia Negra – www.midianegra.noblogs.org
Moinho Vivo
Movimento Mães de Maio – http://maesdemaio.blogspot.com.br/
Movimento Passe Livre – São Paulo – http://saopaulo.mpl.org.br/
Organização Anarquista Terra e Liberdade – http://terraeliberdade.org/
Rádio da Juventude – http://radiodajuventude.radiolivre.org
Rede 2 de Outubro – http://rede2deoutubro.blogspot.com.br/
Rede Extremo Sul – http://redeextremosul.wordpress.com/
RIZOMA – Tendencia Libertaria e Autonoma – http://rizoma.milharal.org
Zapatistas Milharal – http://zapatistas.milharal.org
Rádio Várzea Livre  107,7 fm  http://varzea.radiolivre.org/

 

Cidade de Santos e a política da desocupação.

Uma cidade comandada pela construção civil que ergue enormes prédios comerciais pelo município, desencadeando uma onda de especulação imobiliária, também impulsionada pelo sonho do pré-sal, (que continua debaixo d’água) a política da Prefeitura de Santos tem sido a do loteamento da cidade; desocupar e vender.

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Foto: Rádio da Juventude

Nesta última semana veio à tona a informação por meio de uma matéria do jornal A Tribuna que a Prefeitura acordou com o Grupo Pão de Açúcar, a desocupação do imóvel, onde está localizado o Fórum da Cidadania de Santos, pois neste local será instalada uma base comunitária da Polícia Militar, sendo que a atual base da PM será demolida devido às obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilho).

Para quem não conhece, o Fórum da Cidadania de Santos é um espaço sem fins lucrativos que reúne organizações sociais, entidades e cidadãos. Cujo objetivo é mobilizar a sociedade a discutir direitos e deveres sociais, além de promover diversos projetos sociais e culturais – sendo um dos poucos espaços em Santos em que organizações populares podem utilizar como espaço de discussão e de formação política.

Passar por cima do Fórum é destruir um espaço que ainda permite e promove discussões sérias sobre diversos assuntos, à impressão, é que a Prefeitura não possui a menor sensibilidade social, para ela uma base da polícia é bem melhor que um local de produção de ideias. Por que será?

OBS: Não houve consulta popular, e nem das pessoas que gestionam o Fórum.