São Vicente: Moradores do Parque Prainha e Japui reclamam da falta de transporte público no bairro.

Foto-0257Com o fechamento da Ponte Pênsil para reforma desde o dia 10 de julho, os moradores dos bairros Parque Prainha e Japuí têm enfrentado dificuldades de locomoção devido à falta de transporte público que atende a região, segundo os moradores do Parque, tanto as peruas de lotação quanto os ônibus não têm exercido o itinerário que deveriam cumprir, que seria sair do Japui ir até o Parque e depois seguir caminho pela ponte do mar pequeno, entretanto, estão usando a justificativa de que com a ponte pênsil fechada, ir até o Parque, tornou o percurso maior e eles têm que cumprir horário.

Os moradores do Japui também acrescentam que a quantidade de ônibus diminuiu, inclusive, alguns moradores têm ido a pé até o centro de São Vicente para poder conseguir um transporte. (sendo que já eram poucos).

No caso, alguns ônibus e algumas lotações devido à pressão da população têm ido até o Parque, mas não são todos, ontem mesmo houve uma confusão dentro de um ônibus onde a população se revoltou com o motorista que não queria cumprir o itinerário.

Foto-0258Este dois bairros de São Vicente há tempos são atingidos pela falta de transporte público que é escasso e caro, muito caro mesmo! O preço do coletivo que atende a região é de R$ 3,85 (era para ser R$ 4,00, senão fosse reduzido) e, por exemplo, não possui acessibilidade para cadeirantes, pois, os micro-ônibus que fazem essa linha não possuem o suporte de elevação para tal, sendo que nem mesmo uma pessoa com carrinho de bebê consegue acessar o coletivo, as peruas são a mesma coisa, poucas atendem o que é previsto em lei. (talvez devido o tempo de adaptação que foi repassada as empresas de transporte, que é até 2014, no entanto, há de se apontar, que isso é uma questão de falta de interesse econômico) Para se ter uma ideia a forma com os cadeirantes que moram no Japui fazem para saírem do bairro, é pegar um ônibus municipal Praia Grande (este possui a ponte de elevação) que vai até o terminal de Praia Grande e de lá pegar outro ônibus até o destino desejado. Absurdo!

Foto-0259Além da questão do transporte público os moradores pontuam que, os moradores que fazem o itinerário a pé correm o risco de assaltos, o que já ocorreu, pois as luzes da ponte estão todas apagadas e a avenida de acesso de um bairro ao outro, é mal iluminada e os policiais que faziam guarda num posto da polícia, não estão mais no local, o que também não resolve muito, sendo que, a PM quando estava no posto, se preocupava mais em dar geral na população e mandar as pessoas fazerem o caminho pela Praia Grande do que garantir a segurança das pessoas.

Pra finalizar acrescentam também que até o ônibus escolar municipal que atendia ao Parque saiu de férias e as pessoas que o utilizavam para levarem suas crianças na creche (que fica no bairro do japui, sendo que no Parque não há creche) foram completamente desamparadas pela falta total de transporte e estão se virando tendo que ir a pé ou de bicicleta.

Hoje por volta das 12h os moradores irão fazer um ato simbólico de protesto na ponte pênsil e convidaram a TV Tribuna para fazer uma matéria, uma equipe da TV esteve no local pela manhã desta quinta-feira para gravar alguns moradores que fazem o itinerário a pé.

Em todo caso, esperamos que o poder público deixasse de negligenciar estas comunidades e resolvesse os problemas, mas sabemos que só a pressão junto com a organização popular pode construir mudanças. Parabéns a população que está se articulando!

Foto-1487OBS: Logo, lançaremos uma matéria sobre esta reforma da Ponte Pênsil que no início deste ano o poder público gastou cerca de meio milhão para fazer uma reforma de tábuas, e agora outra reforma estrutural se encaminha, onde as cifras aumentaram de forma exorbitante. Isso mais uma vez indica dinheiro público sendo utilizado indevidamente.

Leia matéria sobre a reforma de meio milhão da ponte no início do ano aqui junto com outros problemas que não foram totalmente resolvidos.

Manifestações na baixada santista: Quem ganha com isso?

Foto-0162Diversas organizações foram às ruas neste dia 11 de julho de 2013 para reivindicar pautas trabalhistas no Brasil inteiro.

Na baixada santista não foi diferente, as entradas de acesso entre as cidades de Santos, Cubatão e São Vicente foram bloqueadas pelos sindicatos, e também por diversas organizações e partidos de esquerda que foram as ruas levar suas bandeiras e puxar suas reivindicações.

Foto-0137Mobilização chamada pelas duas maiores forças sindical CUT e Força Sindical, dentro de um momento histórico em que a população foi às ruas brigar por direitos. (sem esquecer que o estopim foi puxado pelo MPL) Este momento revela um Brasil em ebulição, saindo de um estado catatônico de participação popular para um estado participativo onde a questão pública está em pauta e principalmente às condições de trabalho dos trabalhadores.

A grande questão agora é saber para onde vão esses questionamentos? E quem realmente será beneficiado com essas manifestações?

Foto-0207Pois, não há como negar que há um conflito de interesses grande nessas manifestações a partir do momento em que os sindicatos entraram nessa luta, nada que retira a importância deste instrumento de luta da classe trabalhadora, entretanto, a realidade que temos hoje, é que essas estruturas sindicalistas em sua maioria são extremamente despóticas, em verdade, funcionam como um Estado menor dentro do próprio Estado. Há aqueles que inclusive governam com terrorismo, tipo: “se votar em fulano, será cortado isso”, quer dizer, a condição do trabalhador é de mero refém diante destas organizações que mantém um sistema vicioso, mafioso e extremamente autoritário.

E porque pontuamos isso? Sem querer generalizar, que fique claro, reconhecemos os de luta, porém, há quanto tempo que os sindicatos não vão às ruas nessa pegada de hoje? Por que será?

Foto-0202A CUT é base aliada do PT, a Força Sindical do  PDT, sendo o maior líder deles o Paulinho da força. (pelego) Ligada ao PSDB, tinha a UGT presidida por Ricardo Patah, sindicalista PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab que ano passado até fez campanha para o Serra PSDB.

Dentre essas, a Força reúne uma categoria trabalhista extremamente “fudida” – prestadores de serviços, comerciários, portuários… E ela (Força Sindical) tem força pra caramba, ficou claro, pelo menos aqui na baixada, mas essa força realmente serve à classe trabalhadora? Ora, basta analisar as condições destas categorias que são citadas, continuam ferradas. Por quê?

Dá uma boa reflexão, inclusive a divisão de quais sindicatos ficaram com a CUT e quais ficaram com a Força. Pensem?

Manifestações

A diferença entre estes atos promovidos pelos sindicatos em comparação com os outros que foram surgindo (corrupção, PECs …) após os do MPL, é que eles têm objetivos claros e capacidades de agenda política, contudo, não possui o interesse em caminhar para uma democracia menos ligada às lideranças. Ao contrário, é fortalecer um personalismo sindical centralista, além de trocar este Estado por outro mais forte, será isso bom ao trabalhador dentro de uma lógica capital? Não! Por isso, os trabalhadores precisam se unir, se organizar e sair às ruas sim! Ocupá-las juntos em solidariedade uns aos outros, somando forças para combater este sistema que os escravizam, a separação por categoria é uma forma de segmentação histórica para desmobilizar a classe, e claro, ocupar todos esses instrumentos (sindicatos) que se tornaram espaços, não de luta, mas, de exploração, de controle e de manipulação dos trabalhadores.

Denunciamos/Repudiamos 

Uma parte dos trabalhadores portuários hoje em Santos; agiram de forma extremamente violenta com outros trabalhadores – só porque estes sustentavam suas bandeiras partidárias – dois trabalhadores do PCdoB e uma trabalhadora (acho também do PCdoB) foram quase que linchados no ato, tiveram suas bandeiras destruídas, assim como anarquistas que tiveram suas bandeiras e lenços que estavam no rosto arrancados a força, o grito era o mesmo daquelas manifestações onde se infiltraram os fascistas; “fora partido, aqui é Brasil” – e ergueram uma bandeira nacional – isso é caso pensado, afinal, o sindicato dos estivadores pertence a Força Sindical, que é ligada ao PDT indiretamente também ao PSDB.

A causa deles, (portuários é legitima) mas, estão sendo joguetes da Força. E é esse ponto que os trabalhadores precisam se conscientizar, pois, há oportunistas de todos os lados se valendo da classe trabalhadora.

Denunciamos/Repudiamos também

Foto-0157A forma como algumas pessoas da Força Sindical que compunham o ato, durante a caminhada da divisa das cidades até o centro de Santos ficavam reclamando de máscaras que usavam alguns companheiros (representação legítima black bloc)  e ficavam provocando, chegaram até cogitar entregá-los a polícia, já no centro foi a mesma coisa.

No mais, a luta continua e fica o aprendizado, não se fecha luta com quem é inimigo, mesmo não declarado.

Greve geral, ok, só não se iludir, tem sua importância e suas imperfeições.

Lutar Criar Poder Popular!

Transporte público: Uma redução capciosa dos governos revela para quem eles trabalham.

De R$ 4,05 reduziu para R$ 3,90. Continua caro e muti ruim o serviço.

De R$ 4,05 reduziu para R$ 3,90. Continua caro e muito ruim o serviço.

Desde segunda-feira dia 01 de julho de 2013 como anunciado pela Piracicabana e pelo Governo Estadual as linhas intermunicipais tiveram seu valor reduzido em R$ 0,15 na baixada santista. Uma vitória do povo nas ruas que reivindicou? Sim.

No entanto, uma redução um tanto maquiada, afinal, a passagem havia aumentado na região o percentual de R$ 0,25 e após as manifestações teve redução de R$ 0,15, ou seja, aumentou da mesma forma, sendo que a valor já era abusivo e qualquer aumento configura mais abusivo ainda.

Resultado: palmas aos governantes! Eles conseguem dar uma volta e blindar a empresa de todas as formas, e no final, fazer o povo continuar pagando as contas. Em SP, por exemplo, foi acordado que a tarifa voltaria ao valor anterior, entretanto, para não haver perdas (para a empresa) o percentual seria repassado por meio dos impostos. E quem paga os impostos?

Incrível como os representantes públicos servem descaradamente a iniciativa privada, o triste é que isso demonstra o quanto a população é refém desta política cuja existência não é para resolver os problemas e trabalhar para o bem comum de todos, mas sim para administrar negócios do capital privado, deste modo, favorecer uma política econômica que usa e abusa do dinheiro público para financiar privilégios, resultado; sucateamento total do serviços públicos.

Manifestações do transporte: Os representantes públicos de Santos estão surdos? Ou estão ignorando a população?

936463_167176896797389_1609311320_nO vereador Kenny Pires Mendes da cidade de Santos anunciou por meio da rede social facebook que está elaborando um projeto de lei que possui a finalidade de incentivar a utilização do cartão transporte. (Objeto de discussão na cidade de Santos, devido à obrigatoriedade de sua utilização) Segundo o vereador a ideia funciona da seguinte forma: cada vez que o usuário utilizar o cartão acumulará pontos, qual será revertido em créditos que poderão ser trocados por ingressos de cinema, teatro, exposições, shows e afins, a ideia é estimular as pessoas deixarem seus carros em casa e consumirem cultura. Bacana! Só que não.

Dois problemas, um mascarando o outro, primeiro: obrigar as pessoas a utilizar o cartão não resolve o problema do transporte púbico, segundo: a questão cultural na cidade é outro problema sério, entretanto, vamos por parte, porque fazer um link entre os problemas só se for para realmente resolver, levantar cortina de fumaça e confundir as pessoas, não!

Então, que se mantenha o foco; o cartão é uma afronta, inclusive é inconstitucional, que num acordo de amigos, entre Prefeito + Ministério Público + Empresa de Transporte sob a égide do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estão enfiando goela a baixo da população e mesmo com todas as mobilizações que ocorreram nestas últimas semanas aqui na baixada, parece que os representantes eleitos continuam surdos, ou simplesmente ignoram o que a população pensa, afinal, vale lembrar que quem utiliza o coletivo não foi consultado a respeito de tal mudança, e basta sair às ruas e perguntar as pessoas, a insatisfação é geral, no entanto, insistem num discurso de que 94% da população aceitou a medida, será? A população está na berlinda, por isso está usando o cartão, mas se ela concorda com está condição que lhe foi imposta, aí é outra coisa, e com isso não fazem números, né? O que não podemos perder de vista também, é a falácia da segurança aos motoristas – que na verdade, querem colocar uma pedra sobre o problema da dupla função exercida pelo motorista. ( e estão conseguindo)

Traduzindo: o serviço está aquém do desejado. Não adianta dar prêmios. É preciso melhorar o transporte, melhorar toda a estrutura e toda a lógica de funcionamento, é isso o que as pessoas querem, é isso que foi gritado em coro nas ruas. A Justificativa do Prefeito Paulo Alexandre Barbosa em dizer que o valor do transporte na cidade não aumentou demostra arrogância em não querer admitir que há um problema para se resolver que vai além de um aumento.

A população quer mudanças, não é mais possível utilizar um transporte caro e de péssima qualidade – e, não serão alguns ônibus com sinal WIFI e ar condicionado que irão resolver os problemas dos usuários que veem lá da periferia em ônibus lotados. Isso, é solução pra quem usa ônibus pra fazer turismo, não para os trabalhadores.

Relembrar é viver.

Ano que vem temos eleição e com certeza muitos políticos já estão alinhando seus discursos a essa nova configuração política que foi às ruas e exigiu mudança total de toda uma organização decadente, corrupta e infame que não representa a população, portanto, todo cuidado é pouco, a quantidade de oportunistas, aventureiros que irão tentar se beneficiar apontando direções não serão poucos. Não são as urnas que mudam a realidade, a política do voto é a grande farsa que a mídia condicionou como a grande festa da democracia, somente quem se beneficia é quem está lá os quatro anos cumprindo mandato.

O que muda a vida de fato é a organização contínua e o fortalecimento do poder popular!

OBS: Em 22 de abril de 2013 o vereador, então primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Santos, Kenny Pires Mendes, divulgou em sua página pessoal Face book, que obteve boas notícias quanto ao futuro do transporte público da Cidade, após uma reunião com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.  Segundo ele “Esse serviço otimizará a viagem ganhando tempo em suas viagens, já que o motorista não ficará mais parado nos pontos cobrando e tornará a viagem muito mais rápida para o usuário” Ou seja, ele mudou de ideia e não é mais um defensor deste sistema de transporte público?, Ou esse projeto é só cortina de fumaça para desviar atenção?

Federação Anarquista Gaúcha responde ao Governador Tarso em coletiva

Entrevista Coletiva realizada no dia 23 de junho de 2013 na sede da FAG – Federação Anarquista Gaúcha que foi invadida ilegalmente pela Polícia Civil na última semana. Essa entrevista é uma resposta da FAG as declarações do Governador do RS Tarso Genro feitas na mídia culpando os anarquistas pela violência nas manifestações ocorridas em Porto Alegre.

Pra onde vai essa revolta popular? Manifestação contra o aumento da tarifa na baixada santista.

1016087_548704811858383_1920239757_nNeste último sábado (15) o movimento que luta contra o aumento da tarifa na baixada santista retornou as ruas em proporção menor, cerca de trezentas pessoas fizeram seu grito ecoar pelas ruas das cidades de Santos e São Vicente.

Um movimento ainda incipiente caracterizado pela revolta popular que tem mobilizado o país inteiro, o pique de seus protestos ainda não tomou folego para avaliar suas estratégias de ação, com atos seguidos e caminhadas longas, o movimento optou pela ação direta de não cessar a onda de protestos enquanto os governantes não tomarem uma atitude, tudo isso decidido e deliberado em plenária após os atos, e também por meio da página de evento no Facebook.

181283_548705038525027_77747818_nA questão agora é pra onde vai toda essa soma de revolta popular? Pois, mesmo dizendo estarem alinhados com o Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo possuem algumas diferenças que podem ser vantagens ou também desvantagens.

O grupo é bem heterogêneo com várias tendências, mesmo seguindo um ponto de convergência que é a luta e não atrelar-se a partidos, ainda deste modo, a composição pelo que nota-se ao acompanhar a página no face, é que o grupo é formado por pessoas muito diferentes no pensamento político, com uma maioria que foi as ruas pela primeira vez e pouco conhecem de luta social, e também com pessoas de tendências nacionalistas e outras libertárias que são áreas de pensamentos antagônicos, além daquelas pertencentes a partidos.

Com isso fica a pergunta; será que irá surgir grupos definidos de lutas contra o transporte público que confluam em determinados pontos, mesmo com divergentes ideologias.? Será possível aglutinar todos? Ou, simplesmente nada irá acontecer?

Em todo caso, o movimento de uma forma ou de outra deu uma lição em toda a classe política da região no que diz respeito a mobilizar-se e a sair do estado de inércia que vivia a região. Só que agora precisarão de muita lucidez e calma para dar passos. E quais são as pernas?

Afinal, a luta contra o monopólio do transporte público é um embate gigantesco que será preciso muita organização e também apoio das pessoas que andam de ônibus, ou seja, criar ações que agreguem e dialogue com a população podem ser uma forma viável de dar consistência ao movimento, sendo que terão que suar a camisa num trabalho de base, antes que pelo pique do momento se exceda, e ao contrário de conquistar e estimular a população, apenas provoque o ódio, o que contribuirá para uma mudança comportamental de uma polícia que tem acompanhado de longe, mais que pode mudar da água para o vinho, revelando o lobo por trás do cordeiro.

Vide SP – a polícia atua as ordens do Governo e nunca as ordens da população, a calmaria na baixada é reflexo de observância, se o movimento começar atingir interesses econômicos. Conhecerá de perto o papel do Estado.

Lutar, criar pode popular!

Hoje terá manifestação:

Local : Concentração na praia em frente a Av. Conselheiro Nébias. Seguimos pela avenida da praia, até chegarmos na Balsa. Paramos a balsa por alguns minutos, chamando a atenção das pessoa de Santos e Guarujá. Depois seguimos para a praça do mercado do peixe, para fazermos a plenária.
Hora : 17:00

A dica pra quem não puder ir no ato é assistir hoje a noite na TV cultura no programa Roda Viva entrevista com os representantes do MPL de SP.

A baixada santista parou! Manifestação contra aumento da tarifa cresce a cada dia.

1016640_548115075250690_1376963550_nOntem dia (14) cerca de mil pessoas foram às ruas e deram o recado a Piracicabana e a classe inócua política, “se a passagem não baixar a baixada santista toda vai parar”!

Quem duvidou e achou que o movimento não tivesse força, agora deve estar engolindo à seco suas criticas.

O movimento saiu da praça da independência em Santos em direção à cidade de São Vicente seguindo pela orla da praia com intuito de ir apenas até a divisa (da praia) das cidades, já para dar o recado que no próximo ato, São Vicente também será ocupada, pois, a preocupação dos manifestantes é com a questão metropolitana do transporte.

983972_548037775258420_984982196_nA via de acesso entre as cidades de Santos e São Vicente foi bloqueada e por onde as pessoas passavam: aplausos e apoios foram ganhando, além de adeptos na caminhada. Claro que, também muitas pessoas reclamaram pelo congestionamento criado, afinal, muitas pessoas que voltavam do trabalho não entendiam bem o que estava acontecendo, pois, para uma região onde o estado de letargia engendrou a ideia que jamais na baixada ocorreria uma manifestação desta magnitude, até mesmo, por uma questão cultural, evidente que o choque e o espanto são elementos naturais, mas também são formas de questionar e mostrar o tamanho da força que tem a população quando ela está organizada.

Hoje terá mais um ato às 17h e começará na divisa da praia indo em direção ao centro de São Vicente para ocupá-lo e também convidar os vicentinos a juntar-se ao movimento, assim como deixar o recado aos representantes públicos que a população acordou e que a inércia política está com os dias contados, pois, quem não estiver a favor, estará contra, só que, quem manda é a população!

Lutar, criar poder popular!

Parabéns a todos os protagonistas desta caminhada! Tamujunto!

 

Uma discussão sem fim iniciou-se pelas redes sociais sobre a legitimidade das manifestações – vandalismo, ou não?

age20130611427Os manifestos que estão ocorrendo no país inteiro sobre o aumento da passagem repercutiu além dos noticiários tendenciosos da mídia burguesa. Mas também em Jornais da América Latina e da Europa, que estão noticiando que a população no Brasil resolveu dar um basta a um transporte público caótico, e o que era apenas um manifesto tornou-se revolta popular contra o Estado, pois, o país vive uma realidade problemática de sucateamento de todos os serviços públicos, massacres de comunidades indígenas, (Mato Grosso do Sul) quilombolas, ribeirinhas e um intenso processo de higienização social nos grandes centros, além de ter uma das polícias mais violentas do mundo que se tornou instrumento de extermínio, não de segurança.

Enquanto isso no Brasil;

Uma discussão sem fim iniciou-se pelas redes sociais sobre a legitimidade das manifestações –  vandalismo, ou não?

O que vem provocando um engessamento do debate e uma visão paliativa que pouco contribui para fortalecer a discussão. Todos concordam que o transporte é ruim e caro, mas as estratégias de luta se confundem em conflitos ideológicos e por vezes sectários e até reacionários de alas que se dizem de esquerda –  que são a favor por exemplo; de entregar manifestante aos milicos, caso este radicalize e queira por fogo ou quebrar alguma coisa, ou seja, a grande bola da vez tornou-se defender o patrimônio público, a grande bola da vez foi reproduzir a mídia burguesa e criminalizar quem está na luta.

Certo dizer, que houve gente infiltrada da PM, e também tendenciais violentas, mas que é impossível de conter, porque o manifesto se tornou revolta popular, que também é legitima, diante de um Estado que durante 5013 anos escravizou e explorou a classe trabalhadora e que hoje, tem se tornando tão violento quanto, vide Belo Monte, os massacres das comunidades indígenas no Mato grosso do Sul que tem se intensificado, e o extermínio da juventude pobre,  preta e periférica.

Neste momento de revolta popular é tempo de avançar, somar forças e não dividir, é tempo de trazer todos os questionamento e colocar os governantes em cheque. Unir o campo e a cidade e dizer basta! Queremos reforma urbana, reforma agrária, educacional, na saúde, na moradia, ou a gente bota essa Constituição pra funcionar ou a gente rasga ela e volta ao Estado natural, oras, o Estado de direito serve pra quê? Pra nos oprimir?

O povo organizado não precisa de Estado!

12 mil pessoas na rua? Temos que multiplicar essa resistência!

  1. Quem fala em violência nos manifestos se dizendo lutador de esquerda, realmente tem que repensar seus conceitos e assumir logo o reacionário que mora em si.
  2. Quem não acredita na legitimidade desta grande mobilização, tem que repensar muitas coisas, mais muitas coisas mesmo…
  3. Quem acha que vivemos numa democracia e que tudo pode ser resolvido com conversas, também deve acreditar em Papai Noel e coelho da páscoa.
Foto: MTST

Foto: MTST

Amanhã vai ser maior!

12 mil pessoas na rua é muita mais que uma mobilização pela redução da tarifa! É sim, um grande levante corajoso, generoso e radical, que entendeu que não é mais possível viver sendo violentado, amordaçado e silenciado pelo Estado, e foi a luta!

As forças se unem nacionalmente dizendo basta! E as máscaras caem, as esquerdas governistas obrigadas a se posicionarem, dividem-se, entre os moralistas e os que assumem que o tempo de sonhar passou.

Pois a garotada na rua diz a coisa de forma raivosa, expressa franqueza e recria uma era de cristal – de transparência. (Cléo)  Em tempos de hipocrisia, em tempos de nascituro, Feliciano e ruralistas, massacres indígenas e quilombolas, Belo Monte, Xingu e grandes eventos (que expulsam comunidades inteiras, por uma copa que nos afundará em dividas).

Essa massa na rua é prelúdio de novos tempos! Temos que multiplicar essa resistência, espalhar por todas as esquinas, ruas, guetos, vielas e praças, pois, é nos espaços públicos que mostramos nossa cara e estimulamos quem ainda acredita num mundo igualitária a sair da frente da TV e vir somar numa única força de luta, capaz de enfrentar este Estado, e mostrar a quem governa que eles só fazem merda, e nós, não vamos abaixar a cabeça, nunca mais!

Já pensou se o Ministério fosse Público?

O resultado do inquérito sobre a proibição do uso de dinheiro nos ônibus de Santos, e o acordo promovido com a prefeitura da cidade e a viação, se somam à declaração do promotor de São Paulo que pedia a morte dos manifestantes. A conclusão é uma só: o Ministério “Público” é mais um braço do Estado e do Capital, criado pra nos esmagar

Dia desses publicamos aqui no blog a declaração do promotor que incentivou o assassinato de pessoas que apenas lutavam pelo direito de ter um transporte efetivamente público.

Pois bem, para quem acredita que o Ministério “Público” está do lado do povo, antes de falar sobre a questão do transporte em Santos, vale relembrar mais um episódio: nos crimes de maio de 2006, quando mais de 500 pessoas foram mortas no Estado, promotores “públicos” da capital paulista parabenizaram a ação enérgica do governo. Isso mesmo, eles parabenizaram a matança promovida por agentes do Estado, quando em nove dias foram assassinadas mais pessoas que o número oficial de mortos e desaparecidos políticos em toda a Ditadura Militar. Não contentes, os promotores de todo o estado denunciaram sequer um policial por conta das mortes daquele mês, e até hoje os crimes seguem impunes.

Voltando ao assunto…

Barbosinha e busão

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa: com ele, só com cartão

Essa postagem é pra comentar o resultado do inquérito que o Ministério “Público” Estadual em Santos abriu para investigar a questão da obrigatoriedade do uso do cartão no transporte “público”, com a consequente proibição em dinheiro. O resultado do inquérito saiu há umas duas semanas, bem como a íntegra do TAC, Termo de Ajustamento de Conduta, que trocando em miúdos é um acordo feito entre diferentes partes, no caso, entre o Ministério “Público”, a Prefeitura de Santos, a CET e a Viação Piracicabana. Seguem os links com os documentos:

Inquérito (arquivado) sobre obrigatoriedade do cartão

TAC entre MP, Prefeitura de Santos, CET e Viação Piracicabana

O inquérito civil nº 14.0426.0001858/2013-4 foi aberto a pedido de cidadãos independentes, e também do PSOL-Santos. A denúncia era de que a Prefeitura incentivava a contravenção, pelo fato de a moeda corrente no País não ser aceita. (artigo 43 da Lei de Contravenções Penais). Para se explicarem, foram chamados representantes da CET e da Viação Piracicabana. Em uma das ocasiões, inclusive, o próprio prefeito Paulo Alexandre Barbosa (Barbosinha pros íntimos), esteve presente em reunião. O Ministério “Público” pediu que a CET retirasse um ponto na resolução que previa o desembarque imediato de quem estivesse sem o cartão. Por fim, o inquérito cita que foi celebrado um TAC com a Prefeitura, CET e Priacicabana, com um parágrafo que permitiria às pessoas pagarem a tarifa em dinheiro.

Olhem só o que o Ministério “Público” diz:

As razões que levaram o Poder Público Municipal a implantar a bilhetagem eletrônica no sistema de transporte urbano são bastante razoáveis. Essa medida representa o fim da dupla função dos motoristas (nesta cidade, há muitos anos a função de cobrador foi abolida); maior agilidade no trânsito; diminuição dos assaltos; além de permitir, no futuro, a integração do VLT (Veículo Leve Sobre Trilho), cujas obras em breve terão início, possibilitando, assim, a tarifa única nesse sistema.

[É pra rir ou pra chorar?]

O documento ainda conclui que não se caracteriza em contravenção, que só ocorreria se os bilhetes eletrônicos fossem comprados em moeda estrangeira.

Em seguida o documento diz que quer evitar constrangimentos do cidadão, visto que Santos é uma cidade turística (turistas sempre em primeiro plano), e por isso a necessidade de celebrar o TAC, que em uma das partes diz o seguinte:

CLÁUSULA TERCEIRA – As compromissárias assumem a obrigação consistente em, a partir do pŕoximo dia 23 de maio, permitir que o usuário-consumidor venha a ser efetivamente transportado, ainda que embarque no coletivo sem possuir seu cartão eletrônico, ressalvando o disposto na cláusula quarta.

PARÁGRAFO ÚNICO – Na hipótese prevista no caput desta cláusula, e de forma excepcional, o pagamento da tarifa será efetuado em moeda corrente diretamente ao motorista do coletivo, que receberá o valor devido e imediatamente promoverá a liberação da catraca

Essa cláusula, segundo o Ministério “Público”, impede que “o usuário seja pego de surpresa, e passe pelo constrangimento de ser obrigado a desembarcar do coletivo”.

Lindo, né? Então, se o pagamento em dinheiro não é proibido, porque seríamos obrigados a ter um cartão? Quem tiver com dinheiro no bolso pode pegar o busão, certo? Não é bem assim, porque aí vem a cláusula quarta. No documento do TAC, poedemos ver ela na íntegra. Vamos rir?

CLÁUSULA QUARTA – O pagamento da tarifa em moeda corrente não será aceito do usuário que, comprovadamente identificado, inclusive por imagens, já tenha embarcado em coletivo por ao menos 3 (três) vezes dentro do curso de um único mês do ano, sem dispor previamente de seu cartão eletrônico com crédito, hipótese em que poderá ser negado o direito de prosseguir viagem.

PARÁGRAFO ÚNICO – Os compromissários poderão criar sistemas de identificação do usuário-consumidor que embarcar no coletivo sem possuir previamente cartão eletrônico.

Ou seja, quem não tiver cartão tem um limite de 3 vezes por mês pra pagar em dinheiro. E como os motoristas vão saber se aquela pessoa já pegou o busão 3 vezes no mês? Ah, mas os ônibus têm câmera! Imagina só a situação: o motorista pedindo pra central ver a minha fuça na câmera de monitoramento, que passará ao vivo, para confirmar se eu já peguei três vezes ônibus com dinheiro. Aí a central joga meu rosto num banco de dados, com uma tecnologia de última geração que identifica os traços faciais, pra no final ver que eu não peguei neste mês um ônibus com dinheiro. Alguém fez a gente de trouxa, concorda?

Aí eu volto pro inquérito civil arquivado, que sobre essa questão da tecnologia diz o seguinte:

(…) Contudo, o sistema de identificação desse usuário não foi criado, conforme revela o parágrafo único dessa cláusula, e, convenhamos, certamente não o será, em face da sua mais evidente complexidade, considerando os milhares de usuários do sistema.

Bem, se nosso nobre promotor faz essa observação (convenhamos!), a gente espera que o Ministério “Público” cobre alguma providência, certo? Errado. Simplesmente ficou por isso mesmo. Os caras reconhecem que uma parte do acordo (TAC) firmado é impossível de ser cumprido, e fica assim. Convenhamos, bem conveniente.

O que aconteceu no final é que eles jogam a responsabilidade pra gente: trabalhadores e trabalhadoras que dependem do transporte coletivo, e motoristas que sofrem todo dia com as condições de trabalho. Se eu quero discordar disso, e vou pagar em dinheiro, é o coitado do motorista que tem que conferir a grana e liberar a botoeira. Se ele se recusa a receber o dinheiro, sou eu que fico a pé, ou então insisto que ele tem que me deixar embarcar, porque é o que foi acordado, só que aí eu tô entrando em conflito com outro trabalhador tão fudido como eu, que além de ter a jornada dupla, sofre duplamente: na mão da empresa e na mão do sindicato.

E aí, o que fazer? Só a ação direta mesmo, a exemplo do que tá pipocando em São Paulo, Rio, Porto Alegre, Goiânia e outras cidades. O aumento dos intermunicipais já chegou, as tentativas de nos esmagarem não param.

Por fim, te pergunto: Pra que serve o Ministério “Público”? Já viu alguma instituição do lado de cá da barricada?

Declaração do Promotor Rogério Zagallo pelo face é apenas a ponta de um iceberg fascista chamado Estado.

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Esta declaração demostra claramente uma sociedade de classes, onde quem tem poder conferido pelo Estado, manda. E manda matar! Pergunta: irá acontecer algo com esse promotor? Com certeza não. Isso se ficarmos calados, temos mais é que cobrar punição a este promotor, ou no mínimo um escracho manifesto denunciativo.

Pois, nas mãos do Poder Público com certeza ficará impune. Afinal, segundo justificativa do mesmo, o que ocorreu foi um momento de desabafo pela espera no trânsito, pois seus filhos os esperavam nervosos. Não justifica!

Compreender que ficar preso no trânsito gera estresse é uma coisa, porém isso não limpa a barra de um posicionamento autoritário. Agora, imaginem o que ocorre no distrito deste promotor, quantos casos vão para o arquivo?  E reparem como ele utiliza o pronome possessivo “meu Tribunal”, revelando uma prepotência, pois, refere-se a uma instituição pública como sua propriedade particular.

Entretanto, qual é a novidade oriunda de alguém a serviço deste Estado que não passa de uma máquina de moer gente, mas que tipo de gente? Trabalhador, morador de periferia que acorda às 5h da manhã para pegar ônibus lotado, pagar um valor caríssimo por um serviço público péssimo.

E ainda querem retirar a legitimidade do ódio que leva ao protesto.

Aí vem à mídia oficial dizendo que teve quebradeira, dano ao patrimônio público, violência… desculpe a expressão, mas, “vão à merda!” Divulgar que na manhã de sexta havia gente desaparecida, presa e ferida, e que inclusive segundo nota do MPL até a data de hoje ainda tem gente presa, isso não fazem, e por quê?

Exatamente porque a sociedade está dividida em quem manda e quem obedece, e quando quem obedece se cansa e vai a luta, aí é reprimido, tratado como vândalo e deve morrer.

Alguma dúvida que a polícia e todo o sistema jurídico são aparatos de extermínio da população pobre a serviço do Estado?

Isso comprovou-se na ordem dada pelo promotor; só porque estava nervosinho no trânsito. Ora, como ele acha que estão quem é violentado todos os dias pelos serviços públicos sucateados? É válido lembrar também que é o povo quem paga o salário gordo que garante a ele não precisar pegar o metro, o busão e suportar a violência cotidiana do transporte público e de todos os outros serviços públicos que são uma grande merda.

 Logo abaixo a nota do MPL sobre compas que continuam presos.

No ato contra o aumento da passagem realizado no dia 06/06, houve divulgação de que 15 pessoas foram detidas, dessas, 6 manifestantes foram presos e mantidos na 78ª Delegacia de Polícia. Quatro deles se encontram em liberdade desde sexta-feira pela manhã, mediante o pagamento de fiança, duas no valor de um salário mínimo e duas no valor de 3 mil reais. Parte deste valor foi pago pelas famílias e, em parte, por fundos do Movimento Passe Livre. Outros dois continuam detidos apesar do MPL e da Conlutas terem levantado o dinheiro necessário para a fiança.

Isso se deve a um conjunto de fatos. Primeiramente, ao chegarmos na 78ª DP para pagar as fianças, os mesmos já haviam sido transferidos, para a 2ªDP. Desta forma, tivemos que nos dirigir ao Fórum da Barra Funda, porém não pudemos pagar a fiança pois a documentação da delegacia ainda não havia chegado ao Fórum. Às 18 horas de sexta-feira os papéis finalmente chegaram, mas não havia mais tempo para que as fianças fossem pagas.

Na segunda-feira(10/06)faremos o pagamento da fiança para libertar os presos e os advogados de confiança do MPL irão acompanhar os respectivos processos.

Acreditamos, no entanto, que nenhum destes problemas foi casual: nem a transferência, nem a demora dos documentos, nem os valores das fianças. Todo esse conjunto de empecilhos tem como objetivo atrasar o processo, mantendo os companheiros por mais tempo na cadeia – algo que não pode ser deixado de lado em hipótese alguma. Além disso, contribui para a criminalização de quem luta por uma cidade de e para todas as pessoas.

Movimento pela redução da tarifa fez São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia tremer.

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Foto: SP

Nesta tarde e início de noite de quinta-feira, 06 de junho de 2013, manifestações deram o tom de repúdio ao aumento da tarifa do transporte público em três estados do Brasil. E como de hábito (infelizmente) os manifestantes foram recebidos a cassetes, balas de borracha e gás lacrimogênio de uma polícia truculenta a serviço deste Estado capitalista e cúmplice das empresas de transporte.

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Foto: RJ

Porém, nos três estados os manifestantes não se acuaram e foram para cima mostrando que não estavam para brincadeiras, com faixas, apitos e muita revolta; queimaram pneus, fecharam vias e enfrentaram o choque, o lema era; “se a tarifa não baixar a cidade vai parar” .

Quem ficou em casa assistindo TV, com certeza viu a noticia, pois, foi divulgado inclusive em tempo real o que estava ocorrendo; e a informação era a mesma: população na rua protesta contra o aumento da tarifa. Claro que a mídia burguesa não conseguindo esconder a brutalidade da polícia, restou apenas dizer que houve violência de ambas as partes.

Foto: Goiânia

Foto: Goiânia

E mais protestos virão por aí, pois não é possível continuar essa realidade que se repete no país inteiro de um transporte público caríssimo, que na verdade, se tornou um grande negócio, onde circula muito dinheiro, e por isso não será de forma amigável que irão largar o osso. Os poderes municipais, estaduais e federal já se venderam, só resta a população mesmo se organizar, protestar e tornar essa luta constante, pois, muito mais que barrar o valor, precisamos de autogestão deste serviço público!

Foto: SP

Foto: SP

Em nota: Por Movimento Passe Livre, via e-mail. (em SP)

O Movimento Passe livre informa que os advogados presentes na manifestação de hoje foram IMPEDIDOS de entrar na delegacia onde há um grande número de manifestantes presos.

Toda solidariedade e força aos compas! Seguimos na luta!

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Vídeos do manifesto em SP. Divulguem!

 

E aqui o link do vídeo de Goiânia da mídia burguesa.

A que se presta isso?! (Parte II) Apresenta: A novela do VLT

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Foto: Tribuna do povo

Na semana passada, quarta-feira, dia 29 – o  ilustríssimo Coronel do Estado de São Paulo Geraldo Alckimin – mais um vez esteve na região (Baixada Santista) para falar sobre a implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT), acompanhado de políticos profissionais que aproveitaram o momento para sair bem na foto e na balela, lá estiveram os paladinos políticos de nossa região –  festival de amigos e inimigos – todos juntos na maior alegria – e na maior cara de pau, quem tem memória sabe; quantas foram às vezes que se falaram nisso nos últimos 12 anos, sendo que nos últimos quatro, foi a todo o momento palanque político.

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Foto: Tribuna do povo

Olha, pode ser que agora vá né? Uma hora tem que sair – afinal, a copa do mundo está batendo na porta e os turistas não vão querer andar num transporte público lotado. Será que é por isso? Ou não? Será que é porque o trânsito está um inferno e que para percorrer 8 km em área plana na hora do rush, gastasse em torno de 1h30min.

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Foto: Prefeitura de SV

Pois bem, voltando ao capitulo inicial desta novela, o que mais desperta indignação é esse espetáculo à custa de dinheiro público, só o que gastam andando pra lá e pra cá, já dava pra ser feito muita coisa, sem contar que há muito tempo que a questão da mobilidade urbana é um problema sério na região, e esses camaradas eleitos pelo povo, deixaram a situação chegar onde está; transporte público péssimo, trânsito péssimo, organização e planejamento das cidades péssimas, e agora em momento de bifurcação, pois, é resolver ou resolver, vêm fazer graça com chapéu dos outros.

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Foto: Tribuna do povo

Digo; que bando de ordinários, e como disse o grande Chico Science: quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça.

Como trilha sonora da novela uma música da banda de rock ativista de Praia Grande Pícaros. com letra do Poeta Vicentino Armando F. Santos

 

Piracicabana: Aumento da passagem é assalto à classe trabalhadora! R$ 3,55 até R$ 4,00. Absurdo!

onibus-lotado-300x199Desde ontem (3) a tarifa do transporte público aumentou com valores que variam de R$ 3,55 até R$ 4,00 mantendo-se na posição de talvez a passagem mais cara do país. (será que precisa pesquisa?) A Baixada Santista vive uma realidade caótica no que diz respeito ao transporte. E até agora não surgiu nenhum movimento social organizado que fosse capaz de no mínimo estimular a população a peitar essa situação.

No Brasil inteiro o aumento da passagem vem indignando a população, em algumas regiões como no Rio Grande do Sul uma massa de pessoas foram às ruas e conseguiram bloquear o aumento, em outras a luta continua, com ônibus sendo queimados, ruas sendo bloqueadas, confrontos com a polícia e tudo mais que for possível e criativo para barrar o aumento, pois aceitar essa realidade não é mais possível. E a maioria já sacou isso.

Enquanto todas as esferas de governo: federal, estadual e municipal fecham os olhos e nada fazem para deter o abuso das empresas de transporte público, que oferecem um serviço ridículo.

Aqui na baixada a situação é insustentável; ônibus sempre lotados, não há cobradores, agora, imaginem as dificuldades de ser cadeirante diante deste transporte insano, pois são poucos os ônibus que possuem acessibilidade, e quando há, o cadeirante nem consegue entrar, porque o ônibus está entupido de gente, sem contar o caos que passa o motorista tendo que parar numa avenida num trânsito desgraçado, tendo o pisca no alerta, deixando sua função, pois tem que ir descer a ponte móvel de acesso, e por quê? Porque não há um operador a disposição, que poderia ser o cobrador! A linha Ponte Pênsil/ Santos, (que faz do bairro do Japuí em São Vicente ao centro de Santos) por exemplo, os micro-ônibus não são adaptados, ou seja, nem cadeirante anda de ônibus nesta região, e no caso, nem um pai ou uma mãe que esteja com carrinho de bebe, não entra! Não tem por onde entrar. Piada? Não!

Este é o absurdo que chegou à baixada santista, com uma empresa que monopoliza o transporte publico e com certeza deve financiar toda a classe política, pois, não há uma alma eleita que tenha interesse real de entrar nessa briga, tem uns politiqueiros ali e outro lá, querendo fazer nome para próxima eleição.

É uma vergonha!

Bora pra rua! Bora se organizar. Lutar criar poder popular!

Semana aziz ab’ saber do meio ambiente em Conceiçãozinha. Não conhece? Bora então, conhecer um pouco de cultura caiçara?

id_9002_coAproximadamente um quilômetro da margem de Santos, do Estuário e dois quilômetros da Ponta Praia, está o sítio Conceiçãozinha (localizado em Vicente de Carvalho – Distrito de Guarujá), onde reside uma comunidade caiçara de costumes e tradições riquíssimas, porém, quase esquecida no tempo e espaço, devido, a dinâmica das cidades que vão crescendo, se expandido, e na maioria das vezes, excluindo comunidades tradicionais.

conceicaozinha2Para quem não sabe a palavra caiçara é de origem tupi, e refere-se à grupos de pessoas que vivem em áreas litorâneas, cuja forma de sobrevivência advém da pesca e da agricultura de subsistência, no caso, Conceiçãozinha é bem isso, uma comunidade que vive da pesca artesanal e da agricultura, com uma culinária diversa de vegetais e com o pescado que serve tanto para consumo como para o escambo, pequenas vendas e troca por produtos como como sal, feijão, açúcar, café, arroz, óleo, querosene (para iluminação), fósforos, tecidos, e alguns outros materiais.

Resistência Caiçara

imagesSegundo relatos de moradores antigos, a área do sítio já foi muito maior do que é hoje, outros bairros ao redor pertenciam ao sítio que ao longo dos anos foi sendo dividido, e hoje, o sítio está reduzido a 450,000 metros quadrados, equivalentes a 450 metros de largura por um quilômetro de cumprimento. Ainda assim, a comunidade resiste ao processo de “desenvolvimento” numa área portuária onde é preciso viver junto com os problemas existentes produzidos por empresas que vão se instalando, e que não possuem nenhum respeito ao meio ambiente, nem pela comunidade, pois vale ressaltar que toda a área do sítio é de vegetação de manguezais e há tempos vêm sofrendo impactos, devido substâncias químicas depositadas, e também por causa de todo o esgoto do Estuário que em épocas de cheia da maré as margens do bairro que é cortado pelo rio Santo Amaro ficam impregnadas de lixos domésticos de navios, por isso, pouco a pouco toda a região vai sendo degradada, sem contar que a própria comunidade acaba em condição insalubre.

Entretanto, a Comunidade de Conceiçãozinha todos os anos celebra a importância histórico/cultural de sua existência, para ter uma ideia, essa comunidade reside sobre antigas terras Tupinambás, e assim como os índios a maior parte de suas histórias foram transmitidas e encontram-se preservadas por meio da oralidade. (há alguns anos, algumas ONGs começaram a tecer registro histórico escrito) E de acordo com relatos de antigos moradores alguns sítios arqueológicos com artefatos indígenas já foram encontrados em Conceiçãozinha e reforçam a história que é contada há gerações. (os materiais foram levados para São Paulo) A presença também de ruínas de uma velha capela, na margem oposta à comunidade, no rio Santo Amaro, contribui para comprovar as histórias, pois, caracterizam passagem jesuítica pela região, segundo alguns moradores, a comunidade teria origem Guarani, ou talvez Tamoio, do grupo tupinambá 12, termo qual eram conhecidos os tupis da costa da serra do mar.

O resgate da memória de uma história patrimônio cultural

A celebração este ano de Conceiçãozinha estará realizando a semana do meio ambiente, onde haverá debates, apresentações culturais, visitas, oficinas de redes biodegradáveis e também seminário de histórias caiçara, entre outras atividades, a ideia é apresentar a comunidade Caiçara de Conceiçãozinha, além de conscientizar a sociedade da importância de preservar a cultura caiçara e proteger o meio ambiente.

Por enquanto, é só, a Rádio da Juventude estará acompanhando e mais informações divulgaremos se possível com os próprios relatos dos moradores de Conceiçãozinha, pois a identidade cultural de um povo é o que mais rico a humanidade é capaz de produzir, e, no entanto, Conceiçãozinha há algumas décadas persiste contra o desenvolvimento predatório que devasta o meio ambiente e não respeita costumes, hábitos, crenças e toda essa gama de tradições tão importantes e fundamentais.

Referência: Trabalho de Conclusão de Curso, 2002: Sítio Conceiçãozinha – O Impacto da Urbanização e Industrialização em uma Comunidade Tradicional Caiçara, do Professor Carlos Eduardo Vicente.

Segue programação:

DATA: 05/06/2013

LOCAL: Conceiçãozinha – sede do VIOLODUM

09h00 – Abertura com a apresentação do Grupo VIOLODUM

● Carlitos de Jesus fala sobre a história do VIOLODUM

● Cine vídeo Ambiental

● Ingrid Oberg – Escritório do IBAMA Santos – “Problemas Ambientais da Baixada Santista”

● Mostra dos painéis de todas as atividades dos anos anteriores

● Exposição e venda de quadros de talentos da Comunidade

● Oficina Caiçara de redes biodegradáveis (cordone)

● Início da Elaboração do Mapa Ambiental e Cultural da Conceiçãozinha.

DIA 06/06/2013

LOCAL: Conceiçãozinha – sede do VIOLODUM

09h00 – Professora Conceição fala sobre momentos importantes de ações socioculturais realizadas na Conceiçãozinha

● Cláudia Soukup – “Arborização nas Cidades e Aquecimento Global”

● Saída ônibus do programa “Caminhos da Mata” – Roteiro das Praias

● Início do replantio de mudas de Ipês, Jussara – Aroeiras, Abricós, Amoreiras, Palmeiras de Jerivás, Jambolões – Goiaba – Jaca – e Construção de um mapa (GPS) com referencia geográficas dessas arborizações (GPS)

● Oficina com literaturas Ambientais de cordel, tema: “Planeta Terra” Oficina de rede biodegradável – “Demonstração e aprendizado das redes biodegradáveis – Redes – Cordéis do Cordonê – Redes cordonê versus redes de poliéster.

DATA: 07/06/2013

Local: Unifesp de manhã e Teatro Guarany na parte da tarde

Um dia de meio ambiente com a Universidade Federal de São Paulo (Campus da baixada santista)

Saúde socioambiental

08h30 horas – ECOSOL, PESCA E AQUICULTURA

LOCAL: Saguão do Edifício Central, à Rua Silva Jardim, 136 – Vila Mathias, Santos/SP

14h00 horas – OS DESAFIOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

LOCAL: Teatro Guarany à Praça dos Andradas, 100 – Centro, Santos- SP

DATA: 08/06/2013

LOCAL: Conceiçãozinha – encontro na sede do VIOLODUM

09h00 – Visita de Barco nas Praias do Rio Santo Amaro e ilha Barnabé com barco da Comunidade e apoio barco da SEMAM, com possibilidade de passagem pela Casa Flutuante e Sala Verde no Caruára.

DATA: 10/06/2013

LOCAL: Conceiçãozinha – sede do VIOLODUM

09h00 – Visita de alunos da Comunidade para estudos das Espécies da fauna e flora local, arborizações, pontos culturais existentes no Bairro (fotos Relatórios entrevistas) etc. apoio da Equipe de EA da SEMAM

DATA: 11/06/2013

LOCAL: Conceiçãozinha – encontro na sede do VIOLODUM

09h00 – Limpeza dos Manguezais do Sitio

DATA: 12/06/2013

LOCAL: Conceiçãozinha – encontro na sede do VIOLODUM

09h00 – Visita a Lagoa das Marrecas e as ruínas do Casarão nas matas do Sitio Conceiçãozinha, com participação da Equipe de EA da SEMAM

DATA: 13/06/2013

LOCAL: Conceiçãozinha – encontro na sede do VIOLODUM

09h00 – Elio Lopes dos Santos – “Poluição Estuarina, Dragagem e os impactos socioambientais”

09h45 – Secretária de Cultura Mariângela de Araújo Gama Duarte – “A Cultura Caiçara”.

● Apresentação do resultado da elaboração do mapa de arborização e cultural construído no bairro com espécies da fauna e da flora local

● Avaliação dos cordéis

● Entrega de Certificados aos Participantes e documento final sobre as questões Ambientais, seus impactos nos entornos tal qual no Planeta.

● Apoio da Equipe de EA da SEMAM