Por uma cultura de paz sim! Sem higienização social, sem extermínio de jovens pretos e pobres, sem racismo, sem homofobia e sem machismo.

Têm percorridos pelas redes sociais diversos eventos criados por grupos “supostamente” autônomos com intuito de mobilizar a população a ir às ruas para se manifestar contra a violência. A maioria destes eventos é intitulado: “Por uma cultura de paz, chega de violência!” um dos objetivos além de agregar o maior número de pessoas, é pressionar o Poder Público a tomar alguma atitude em relação esse problema social. A principal proposta apresentada, discutida e disseminada por esses grupos é aumentar o efetivo policial nas cidades.

Em São Vicente essa discussão chegou e vem causando discussão na rede (link do evento) e já tem nome, data e hora marcada para tal acontecer.

CAMINHADA PELA PAZ EM SÃO VICENTE …. BASTA DE MORTES – ASSALTOS – INVASÃO DE RESIDÊNCIAS. (sábado, 29 de junho de 2013 às 10h.)

Para contribuir com essa discussão queremos elencar que na Baixada Santista os crimes de maio de 2006 que mataram 493 jovens continuam sem respostas para as famílias, o Estado não reconhece os assassinatos, e toda a investigação avança com muita luta, graças à perseverança do movimento social Mães de Maio que clama por justiça, mas, pouca abertura para essa discussão consegue na mídia oficial e na representação política da região, que dão as costas para esses casos de extrema importância que não podem de forma alguma serem esquecidos.

Pontuamos ainda que, no Estado de São Paulo morre mais gente assassinada que no conflito da Palestina, e segundo dados da Secretária de Segurança de São Paulo de 2011, a Polícia Militar (PM), por exemplo, mata uma pessoa a cada 16h, mais do que em 2006, quando houve os ataques do PCC e que, 70% dos casos revelam que essas pessoas não tinham a menor ligação com o crime.

“Acho que se demonstra claramente a existência de uma política institucionalizada para matar. É impossível que se tenha tantas pessoas dispostas a morrer em confrontos com a PM. É preciso checar no que deu a investigação a respeito dessas mortes”, diz o presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Ivan Seixas.

O problema é que as investigações se perdem na burocracia, e uma cortina de fumaça alimentada pela mídia e pelo silêncio do Estado desvia uma discussão aprofundada.

Por isso, a exigência de maior efetivo policial proposto por esses eventos, é um tanto inocente, ou claramente reveladora de que se quer defender apenas uma determinada classe social. Pois a maior quantidade de pessoas assassinadas é moradora de áreas periféricas.

Todos sabemos: policia na rua nunca foi sinônimo de bem estar – pelo contrário, é sinal de problemas – de que alguma coisa deu merda – e tão querendo; tampar o sol com a peneira.

Em São Vicente.

A cidade há anos vive com problemas de ordem social em todos os sentidos, a população cresce e não há empregos, escolas, creches, hospitais, moradias, espaços de sociabilidade cultural e de lazer suficientes, portanto, todos esses direitos só irão desfrutar quem tem poder aquisitivo para custear o que o serviço público não garante, entretanto, é seu dever.

A realidade.

Esse descaso todo é reflexo de anos de governos que não investiram em transformações reais e de fato sustentáveis, com isso, a cidade marginalizou ainda mais uma parcela de sua população, que hoje – vive sem a menor perspectiva de vida de qualidade, e vai se virando como pode no trabalho informal ou buscando renda e equipamentos sociais em outras cidades.

Violência.

Que a região tem se tornado violenta, não negamos, mas se formos tirar como termômetro a TV Tribuna, (retransmissora da rede globo) com certeza teremos um olhar bastante deturpado. Pois, a violência não é fruto individual de um grupo social, ela é o resultado de uma organização social de exclusão, portanto, uma cultura de paz se constrói indo à raiz do problema, de modo que, é preciso efetivar direitos para equalizar e garantir condições sociais para que todas as pessoas possam viver com dignidade, sendo respeitadas socialmente, culturalmente e religiosamente. Qualquer discussão que não paute essas questões, é de repressão e entra em contradição com uma real cultura de paz. É onde temos que questionar: Para quem é essa cultura de paz que estão discutindo nesse evento?

Queremos uma cultura de paz sim! Deste modo:

  • Sem desigualdade social
  • Sem machismo
  • Sem homofobia
  • Sem higienização social
  • Sem racismo
  • Que respeite a diversidade cultural e religiosa!
  • Que ouça toda a população, principalmente aquela parcela que mais sofre com essa violência. (o grande culpado; é o Estado).
  • E com todos os direitos humanos fundamentais garantidos na Constituição sendo efetivados.
  • Sem policia! Que nunca foi solução em lugar nenhum!

OBS: Na cidade de São Vicente há uma liminar que proíbe qualquer tipo de evento ou manifestação (seja de cunho cultural, religioso ou reivindicativo) em via públicas. Ao que parece há desconhecimento por parte da organização. Essa liminar atende ao (TAC) Termo de Ajuste de Conduta.

Por um transporte público de qualidade e pelo fim da dupla função dos motoristas. Organização e luta já!

58486_3879363122215_1409688669_nO problema da dupla função dos motoristas na Baixada Santista existe há quase duas décadas, desde que retiraram os cobradores com a justificativa que o percurso se tornaria mais rápido e a passagem mais barata. Na prática o que ocorreu foi a eliminação da categoria (cobrador) e a precarização das condições de trabalho do motorista, (hoje, nem mesmo o sindicato pelego dos rodoviários pauta essa discussão –  no mínimo).

Pois bem, a passagem continuou cada vez mais cara e o monopólio da Piracicabana foi ditando as regras na baixada, e sempre quando possível impossibilitando qualquer alternativa viável de transporte público, vide a ação que ela entrou na justiça em 2010 para inviabilizar a implantação do veiculo leve sobre trilho que interligaria toda a região (VLT) e contribuiria para desafogar o trânsito.

Na cidade de Santos

O Prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) resolveu entrar na briga e resolver de vez o problema da dupla função dos motoristas, mas como todo representante político nunca dá ponto sem nó, quer dizer, não trabalha de fato para o bem comum da população, e sim para o grupo que o financiou, resolveu implantar obrigatoriamente (de forma inconstitucional) um cartão transporte, que não resolve o problema, mas que desvia a atenção da real discussão: o transporte é ruim, caro, explora durante anos os trabalhadores (motoristas que tiveram que cumprir a dupla função, e não serão ressarcidos por isso) e enriquece uma empresa a custa dos cofres públicos. Traduzindo: presta um péssimo serviço público, mas, engorda o bolso.

Está mais do que na hora de abrirmos as planilhas de custos dessa empresa ordinária, e vale dizer que, esse pedido já foi feito pela população em audiência pública no ano passado (2012) na Câmara Municipal de Santos, porém, não foi apresentada e sim protelada, revelando que a classe política eleita; é uma farsa! Pois não representa a população quando ela reivindica de forma legitima!

A população tem que se organizar e fazer o enfrentamento.

* Ninguém deve ser obrigado a usar cartão!

* Pela volta dos cobradores

* Redução das horas de trabalho do motorista (sem redução de salário)

* Por um transporte público de qualidade, acessível, baixo custo, determinado e gestionado pelo povo de forma direta.

São Vicente: feirinha da madrugada e o mimimimi dos comerciantes do centro

Já faz algum tempo que  uma comissão de comerciantes do centro de São Vicente vem reivindicando o cancelamento das feiras (eventuais) da madrugada na cidade.

No início deste ano a comissão se reuniu com o Prefeito Bili exigindo que uma providência fosse tomada a respeito – pois, segundo a paladina comissão a feira estaria prejudicando o comércio vicentino com seus baixos preços que criam situações em que a competitividade de mercado é injusta.

Mimimi está semana a comissão esteve reunida novamente angariando apoio junto alguns vereadores e simpatizantes comissionados, a reivindicação foi a mesma: eliminar a feirinha e garantir a supremacia mercadológica. Interessante; como são as coisas, e como são os bichos são os humanos – cabe à reflexão: comerciantes detestam intromissão do Poder Público em seus negócios – a própria lógica do comércio – pauta que; o mercado se autorregule sem intervenção do Estado, contudo, quando eles se vêm ameaçados, aí querem regulamentação, proibição e o que mais for preciso com a mão institucional para lhes defenderem.

Se eles pagam impostos, todos pagam! Cabe decisão pública junto com a população, ela decide e pronto!

O que deveria ser feito e não fazem

Seria uma investigação trabalhista no centro, devido a quantidade de pessoas que trabalham no comércio vicentino em contratos temporários, ou seja, exploradas por alguns comerciantes que fazem estas pessoas trabalharem de nove até até 12h por dia de domingo à domingo, não importando data comemorativa (muitos até sem folga, e isso, fazemos questão de divulgar aqui numa próxima matéria) e depois são mandadas embora, mantendo a lógica do não vinculo empregatício, o que não é novidade, e não é de hoje que isso acontece na cidade neste setor comercial, onde a maioria das lojas vivem a contratar mão de obra temporária para burlar direitos trabalhistas. Mas isso, cadê os representantes políticos?

São Vicente é quase uma cidade dormitório, há pouca perspectiva de emprego, os que existem são subemprego: temporários, cooperados, de projetos sociais… É uma cidade onde paga-se mal, muito mal! Concurso público? Piada! Não é a toa que quando alguém consegue um carguinho comissionado se torna facilmente um puxa saco ( tá com a corda no pescoço).

Os governantes que administraram e administram a cidade pouco interesse tiveram em realmente ativar a economia local, fazer o capital de fluxo girar na cidade, construir alternativas concretas e sustentáveis para quem é morador da cidade, por isso, o trabalho informal sempre foi a via de sobrevivência daqueles mais oprimidos por essa lógica perversa.

Querer acabar com a feirinha é só mais uma visão provinciana, tacanha e autoritária de quem só enxerga a um metro quadrado de seu umbigo.

O caso das famílias no México 70 em São Vicente continua sendo protelado pelo Poder Público

Foto: Tribuna do povo de São Vicente.

Foto: Tribuna do povo de São Vicente.

O caso das famílias que perderam suas casas em um incêndio no México 70 em São Vicente continua sendo protelado pelo Poder Público, emperrado não se sabe ao certo; pela burocracia ou por falta de vontade política, o fato, é que as famílias continuam na Escola Lúcio Martins Rodrigues desde o dia 08 de maio e segundo informações o recurso para o Bolsa Aluguel de R$ 400,00 já está no cofre público da cidade, porém, ainda não foi liberado.

Enquanto isso as pessoas continuam na escola à espera de uma resolução que aponte alguma direção, pois, conversando com algumas pessoas, explicaram que estes R$ 400,00 contribuem sim, mas que locar uma casa não é tão simples assim, é necessário o adiantamento em depósito, (três meses adiantado) cheque calção, ou fiador, sem contar o constrangimento de que existe o preconceito em relação locar uma casa para uma família (sem recursos) que depende de um auxilio para pagar o aluguel, além de que, este auxilio é de apenas 8 parcelas, após isso, as famílias irão para casas que ficarão prontas segundo o Prefeito. (mais informações sobre essas questões de habitação divulgaremos)

Contudo, a maioria dos locadores exigem também um contrato de um ano de aluguel, traduzindo: qual a garantia? Se após oito meses quando expira o Bolsa Aluguel,  as casas não ficarem prontas? Como irão pagar este aluguel? Sendo que, hoje um puxadinho meia água (quarta e cozinha) custa até mais que este valor oferecido. Pois é, esta é uma negociação não tão simples e nem tão rápido, pois outro fator há se considerar é que toda a vida social muda, pois, quando se loca uma casa tem que se ponderar sobre localização devido escola, creche, trabalho, posto médico e acessibilidade, ou seja, há toda uma reorganização da vida que não se determina aleatoriamente a partir da chegada de um cartão de R$ 400,00.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Quem puder contribuir com as famílias, as informações que temos é que precisam de pessoas voluntárias aos fins de semana para ajudar na cozinha, e também para desenvolver atividades com as crianças, há pouco o que fazer e muitas crianças lá, então toda solidariedade é bem vinda, além da contribuição em alimento e principalmente para as crianças pequenas: leite em pó, mucilon, frauda e lenço umedecido (roupas há bastante, agradecem a todos que contribuirão)

Sugerimos que:

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

As pessoas compareçam e fortaleçam, mesmo que seja para bater um papo, socializar experiências, é com união popular que se transforma a realidade. Pois ficou nítido pela quantidade de contribuições que foram feitas, que uma sociedade organizada e solidária resolve seus problemas muito melhor que o Poder Público, pois, com a enorme quantidade de doações que houve, foi até redistribuído para o fundo social da cidade.

Quem manda é o povo que anda de buzão e não quem governa do gabinete!

O Prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa neste 22 de maio de 2013, afirmou com eufemismo de político profissional, que irá ignorar a inconstitucionalidade da lei que obriga os usuários a utilizar cartão transporte nas linhas municipais da cidade de Santos, com o objetivo de eliminar a dupla função dos motoristas e o manuseio do dinheiro que põe em risco a vida do trabalhador, disse também que apesar da polêmica gerada em torno da inconstitucionalidade da lei, e mesmo com a denúncia feita no Ministério Público (MP) um acordo garantirá a efetivação da lei, e que a cidade estará recebendo coletivos novos, mais confortáveis e até com WIFI.

Ao que parece, o Prefeito e o MP estão acima da Constituição e a partir desta quinta-feira só andará de ônibus quem tiver o cartão, e já ficou acertado que haverá um sistema de monitoramento para casos emergenciais (com limite de utilização do dinheiro três vezes por mês) quem irá monitorar as câmeras, será a Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET) Engraçado que a CET mal consegue resolver o trânsito na cidade.

O perverso em tudo isso, é ver o problema da dupla função sendo distorcido e utilizado como palanque pelo prefeito que se coloca como “o solucionador”, porém, a resolução inicial estaria em colocar de volta os cobradores na linha, e não inserir um cartão que torna a população refém de uma empresa mafiosa como a Piracicabana, que oferece um serviço público de péssima qualidade, outra coisa, se está sendo assumida a dupla função dos motoristas, significa que a empresa ganhou muito à custa do trabalhador.

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Cobrador da cidade de Suzano.

Pergunta: este trabalhador será ressarcido pelo tempo em que foi “motorista e cobrador” (explorado) ao mesmo tempo? Pois quem ficou as duras penas dirigindo, cobrando, prestando informação foi ele: o trabalhador, e convenhamos; não é fácil ser motorista de “carro de boi”, desculpem o termo, mas na verdade, é deste modo que devemos chamar o transporte público na baixada santista, única região do país em que a função cobrador foi retirada, o que revela uma tremenda incapacidade sindical de representar a categoria e uma inoperância dos representantes políticos que inertes ou cooptados abarcam no silêncio dos covardes e parasitas.

Esta função só não exista na baixada santista. Por que será?

Cobrador da cidade de Suzano. Esta função só não existe na baixada santista. Por que será?

Não tem jeito, a solução é ir para a rua fazer pressão, ocupar a câmara e mostrar a quem governa que não se pode tomar medidas sem antes consultar o povo, e que não é trinta ônibus com sinal de internet que irá resolver o problema, ele é muito maior e a discussão ampla. (continuaremos num outro momento este  assunto, focando a questão da mobilidade urbana e planejamento de cidade)

Bora pra rua botar pra ferver! Quem manda é o povo que anda de buzão e não quem governa do gabinete!

Fortaleça a solidariedade com as famílias do México 70!

As cerca de 100 famílias que estão alojadas temporariamente na escola Lúcio Martins Rodrigues (devido o incêndio no México 70) contam com a solidariedade de toda a sociedade.

Estivemos no local e percebemos que a população tem conseguido superar a tragédia. No entanto, reconstruir toda a vida não é nada fácil, e mesmo contando com o bolsa aluguel de R$ 400,00, toda solidariedade é bem vinda!

Segundo algumas pessoas com quem conversamos, a previsão de acordo com a Prefeitura é que nesta quarta-feira (22)  todas as famílias já tenham conseguido locar uma casa e a escola volte as atividades.

Como sabemos que as coisas não são bem assim, divulgaremos mais informações aqui pelo blog, pois, se as famílias continuarem na escola, quem puder aos sábados e aos domingos colaborar como voluntário na cozinha, ou com atividades com as crianças, é muito importante! ( manteremos informados sobre o assunto, ok)

Ouça o áudio com o Sr Enoque:

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Materiais com urgência:

* Lenço umidecido

* Sabonete infantil

* Copos plásticos

* Presto Barba

* Mucilon

Quem puder ajudar os pontos de recolhimento são:

Vila do Teatro – Centro de Santos ao lado da rodoviária.

UNIFESP –  rua Silva Jardim 136 Santos Vila Mathias

Colégio Lúcio Martins Rodrigues – rua Odair Miller A. Marques, nº 434 – Vila Margarida  São Vicente Fone: 3464-6289

Centro Comunitário Saquaré – rua Mascarenhas de Morais – Igreja Bom Jesus dos Navegantes próximo ao mercado Atalaia: 3463-0229

Desrespeito policial à juventude periférica de São Vicente

Foto-2284

Clique para ampliar.

Domingo, 05 de maio de 2013. O que está ocorrendo por trás deste quiosque localizado na praia da biquinha em São Vicente SP, é algo que tem ocorrido frequentemente na cidade, principalmente aos fins de semana e feriados. ( e não é um fato isolado)

“Desrespeito policial à juventude periférica de São Vicente “.  

Foto-2282

Clique para ampliar.

A foto não mostra claramente, mas há em torno de seis jovens que foram abordados na ciclovia e levados para trás do quiosque, talvez para que não ficassem à vista das pessoas que passavam pelo calçadão e vissem o “esculacho”, sendo que este tipo de atitude policial além de inadmissível, demonstra  a tática do terror que é empregada contra jovens da periferia com finalidade de bani-los de áreas públicas de lazer, pois, após serem abordados, os jovens  ficaram por um tempo sendo “investigados” e logo após toda a revista, ao contrário de serem liberados, ficaram no local aguardando, enquanto os policiais ficaram indo e vindo de um lado para outro, criando toda uma situação tempestuosa inexistente, até que por fim, num tempo de doze minutos e trinta e um segundos (cronometrado por este vos escreve) foram liberados e obrigados a retornar no sentido contrário que vinham pela ciclovia.

Pra quê? E por que tudo isso? Exagero deste que escreve? Não!

É importante evidenciar que em tempos estritamente penais, a naturalização destes atos policiais é extremamente assustadora e perigosa, por isso, de forma alguma pode ser encarada como sinônimo de segurança, ainda mais quando essas ações trazem incutidas o recorte de classe que persegue jovens pretos, favelados, pobres e periféricos.

Dados do Ministério da Saúde  revelam que o homicídio é a principal causa da morte entre jovens de 15 a 29 anos, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos, e que 53,3% das 49,9 mil vítimas de homicídios em 2010 no Brasil  eram jovens, dos quais 76,6% pretos e pardos e 91,3% do sexo masculino.

A relevância destes dados tem que romper a barreira do silêncio social, pois é numa ação descabida como essa promovida pela policia que se inicia o processo de higienização que a luz do dia esculacha e na calada na noite mata.

OBS: As fotos estão distantes porque foram tiradas de celular e não havia condições de aproximação.

Denúncia: Moradores que foram despejados em São Vicente continuam passando por dificuldades.

Image10Os moradores que foram despejados dos conjuntos habitacionais no dia 11 de março numa reintegração de posse na cidade de São Vicente continuam passando por dificuldades devido à incompetência da Prefeitura.

Como denunciado aqui no blog e também por outros meios de comunicação, o ginásio para onde foi colocada as cerca de 150 pessoas entre crianças, adolescentes e adultos não possui as menores condições de acolhê-las. Neste último dia (5) de abril, devido uma forte ventania que atingiu a cidade, as telhas do ginásio se soltaram e colocaram em risco as famílias que tiveram que correr para fora do ginásio para encontrar abrigo. Por sorte ninguém se feriu.

Image0A Defesa Civil foi acionada e as famílias foram encaminhadas para o Centro de Convivência e Formação na  Ponte Nova II. Porém, as famílias continuam passando pelas mesmas dificuldades citadas aqui no blog (leia matéria) e na matéria do Diário do Litoral.

Image18A impressão após quase um mês do despejo, é que a Prefeitura quer vencer essas pessoas pelo cansaço, lembrando que ela (Prefeitura) foi obrigada judicialmente a dar assistência para essas famílias. Porém, declarou que não havia previsão para as famílias saírem do ginásio, que as famílias terão que se inserir na política de habitação da cidade, (deixando claro, que pouco será feito) e durante uma reunião (15/03/2013) com o grupo de moradores o Secretário de Habitação da cidade Emerson Santos avisou que somente receberá bolsa aluguel às famílias que comprovarem renda mensal de R$ 150,00 e que infelizmente a solução para o problema não será nem em curto ou médio prazo.

Reafirmamos que a forma como essas pessoas estão sendo tratadas é um total desrespeito aos direitos humanos!

Image14Há crianças sem frequentar a escola e a creche devido a distância em que estão localizadas, (cerca de 20 Km de onde residiam) e o que a Prefeitura respondeu quando questionada; é que o problema da frequência é de total responsabilidade dos pais. Ou seja, essas pessoas precisam de total solidariedade e apoio, pois o Poder Público ou tem pouco interesse, ou simplesmente nenhum em resolver.

Clique aqui e veja um vídeo da TV Tribuna sobre o dia da ventania, e confira se há alguma inverdade nas condições em que se encontram essas pessoas.

Não queremos a Municipalização do Prédio da Cadeia Velha!

Tamujunto!!

É importante lembrar que a cadeia velha é um centro cultural mantido pelo Governo do Estado para atender a região, com a municipalização a região toda perde!!! ( Caio Martinez)

De (Movimento Cultural da Baixada Santista)

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N38750

“Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.”
Bertolt Brecht

O Movimento Cultural da Baixada Santista, representado por pessoas e grupos de vários segmentos artísticos de Santos e região, vem por meio desta manifestar seus anseios quanto a futura utilização da Cadeia Velha, (ex) sede da Oficina Regional Cultural Pagu situada no Centro histórico, na Praça dos Andradas.

Este movimento, que fique bem claro à todos que é apartidário, está se organizando, já há um tempo em prol das atividades culturais que beneficiem o acesso e descentralização das artes e entende, principalmente pela experiência e história da luta destas pessoas, que a Cadeia Velha é um espaço conquistado para esta finalidade e que seu vínculo com o Estado, através da Oficina Regional Cultural Pagu foi essencial para a formação de muitos artistas e grupos, fomentando as artes e o acesso a cultura.

A Cadeia Velha, contextualização histórica

Antiga Casa da Câmara e Cadeia, localizada na Praça dos Andradas (centro de Santos) que já serviu de refúgio na Guerra do Paraguay, Fórum, Prefeitura, palco da 1ª Constituição Municipal (1894), enfermaria de um surto de peste (1870), se perpetuou na cidade por 80 anos como Cadeia. Após seu tombamento como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional passou por um grande período de abandono, sendo revitalizada como Centro Cultural do Estado.

Nasce então, a Oficina Regional Cultural Pagu, em homenagem à sua mais célebre ex-detenta, desde 1994 a Oficina Pagu ou Cadeia Velha ou simplesmente Pagu, como é chamada carinhosamente pelos artistas, cumpre um importante papel na vida cultural da região, galgada na formação, um espaço que vem dando ótimos frutos recentemente.

A Oficina sedimentou na cidade de Santos incontáveis coletivos artísticos e fomentou tanta produção que hoje em dia o receio dos artistas é que ela não possa fazer o mesmo com as próximas gerações. A Oficina Cultural Regional Pagu, atualmente, está alocada nas dependências da Igreja São Judas Tadeu, local totalmente inadequado para o funcionamento da mesma, situação posta, até então como improvisada e temporária.
Por que perder o único Centro Cultural mantido pelo Estado de São Paulo na Região da Baixada Santista?
Com a municipalização do prédio, a região perde seu único Centro Cultural mantido pelo Estado (um retrocesso para nossa história). Os artistas perdem um importante centro de aperfeiçoamento e espaço de manifestação artística, que há quase 20 anos potencializa a vida cultural da baixada, já que no mínimo 90% de todos artistas lá participaram ou ministraram algum tipo de atividade, a sociedade perde importância nas política culturais perante o Governo do Estado de São Paulo.

Lugar de diálogo próximo e possível com as políticas de estado da/para cultura, prédio histórico e abençoado com a hóstia da revolução por minuto, não-lugar oficial de criação, sem censura e coerente consigo mesmo, que tinha vida própria graças aos circulantes – brincantes que limparam com transpiração e inspiração o suor e lágrimas de escravos daquelas pedras frias do chão.

Há alguns anos o Governo do Estado cancelou o programa da Delegacia Regional de Cultura que funcionava na Cadeia Velha em conjunto com a Oficina. Com a municipalização do prédio e com a consequente precarização da Oficina Cultural Pagu, vemos o Governo do Estado recuar na sua responsabilidade e participação nas políticas culturais da baixada. Cabe a Prefeitura de Santos pressionar e cobrar essa responsabilidade e não compactuar com o desmonte efetuado pelo Estado na área da Cultura.

Cadeia Velha, Casa livre

Aventam-se mudanças na configuração político-cultural aqui em terras santistas, enquanto na verdade essa mudança já vem acontecendo faz um tempo e grande parcela dela advém, finalmente, dos próprios agentes/produtores/artistas locais que botaram a mão na massa, deram a cara a bater, e criaram espaços e possibilidades na unha, literalmente, muitas vezes.

Ali o sonho de Patricia Galvão com o Festival de Teatro criado por ela e Paschoal Carlos Magno, o FESTA, foi levado adiante e se hoje é o mais antigo festival de teatro do Brasil indo para sua 55ª edição, é por que muitas foram concebidas e realizadas a partir dali. Foi na Cadeia, que Santos começou a trabalhar a questão do curta metragem, que recebeu em 2002 as Oficinas Kinoforum da grande Zita Carvalhosa e não teríamos sem sombra de dúvida na cidade um festival como o Curta Santos, que a cada edição leva mais de 90 mil pessoas diretamente a mais de 20 pontos de exibição espalhadas pela cidade, exibindo mais de 200 horas de conteúdo nacional por edição, empregando mais de 200 pessoas, movimentando o turismo e a economia local, realizando intercâmbios internacionais e colocando a cidade no panorama cinematográfico nacional. Ali era sede de ambos, FESTA e CURTA SANTOS, ali nasceu Querô, o filme e as Oficinas.

Dezenas de grupos, tanto de dança quanto de teatro, só puderam pôr suas produções na rua, pois a Pagu lhes deu teto e abrigo pra chamar de casa e ensinou como trilhar seus caminhos com mais qualidade graças ao sem números de profissionais que passavam por aquelas paredes frias dividindo seu notório saber com esses coletivos, dando luz a uma geração que reestruturaria os métodos de produção e estética postos em prática até então pela Baixada. Nesse momento fazia-se história. Ela está viva e solta por ai.

Quantas centenas de guris não viram nascer a paixão por Villa Lobos, por Mozart… passar a tarde e ouvir, naquele Centro cheirando café e porto, a nona de Beethoven tocada por adolescentes era de emocionar qualquer um.

Pelas celas da Pagu passaram e deixaram ouro entre outros: Bete Mendes, Sérgio Mamberti, Plínio Marcos, Rubens Ewald Filho, Esther Góes, Sérgio Ferrara, José Roberto Torero, Paulo Markun, João Silvério Trevisan, Antonio Araujo, Zé Celso Martinez, Hugo Possolo, Mario Bolognesi, Veronica Tamaoki, Palhaço Picolino, Andrea Pasquini, André Fisher, Décio Otero e Marika Gidali, Celso Sabadin, Zé do Caixão, podemos ir longe na lista.

Aquele lugar provocava, propunha, fomentava, instigava, permitia e incentivava o livre fazer, com compromisso com o silêncio de Hamlet e também com sua ratoeira para o rei Cláudio.

Por que a Cadeia Velha?

Existem no centro de Santos outros equipamentos culturais da SECULT, como a Casa do Trem Bélico, o Outeiro de Santa Catarina que se encontram inoperantes, por que o interesse em municipalizar a Cadeia Velha? Isso representa algum avanço ou inovação? Ou um retrocesso? O orçamento Municipal para a Cultura já tão comprometido, suporta mais esse investimento? Em detrimento de qual investimento essa ação será efetuada?
Quantas pessoas deixarão de experienciar tudo isso se ali não for esse lugar único possível?

Iniciamos aqui o nosso pedido de paralisação do suposto processo de municipalização, por parte do Estado e do Município.

Queremos que a Cadeia Velha continue a ser um Centro Cultural do Estado e sede da Oficina Cultural Regional Pagu, a garantia da sua restauração e reforma o mais breve possível.

Que saudade do amanhã.

QUE PAGU ESTEJA CONOSCO!
QUE PLÍNIO ESTEJA CONOSCO!
QUE TONINHO E TANTOS OUTROS ESTEJAM CONOSCO!

O valor do transporte público aumentou! Vamos tod@s pra rua dizer não!???

Este ano demorou um pouco o aumento da tarifa do transporte público na Baixada Santista, que costuma ser entre fevereiro e março, mas veio!!! Primeiro, sempre aumenta as linhas municipais e alternativas ( exemplo, lotações em São Vicente) e na sequência as linhas que interligam as cidades da Baixada (linhas metropolitanas). Já na cidade de Santos tem novidades, a partir de 23 de abril de 2013 por meio de uma lei, quem não tiver cartão transporte não anda de ônibus!

(que inclusive é inconstitucional por recusar e relativizar a moeda em curso no país. artigo 43 do Decreto-Lei 3.688/41 de 1941 – permanece com a Constituição de 1988 – apenas com pequena retificação, referente a multa.)

Mas, o Prefeito Paulo Alexandre Barbosa resolveu sancionar a lei, deste modo, proibindo o uso de dinheiro nos coletivos e obrigando a população a ter o cartão transporte, evidente que isso foi para calar as reivindicações do retorno do cobrador, (que é uma discussão histórica) o que causou um enorme transtorno neste mês de março para os usuários que tiveram que recadastrar o cartão.

“Já a Prefeitura de Praia Grande repassou pelo menos R$ 4.008.548,08 para a Viação Piracicabana. Para se ter uma ideia isso representa 42% do total de despesas da Secretaria de Transito e Transportes e mais de 6 vezes o que foi gasto com Habitação Urbana!”  

clique no link para saber mais:

http://www.facebook.com/photo.php?fbid=515176041879242&set=a.420561694674011.100437.420285588034955&type=1&theater

Pois é, e qual é a solução? Diante deste monopólio do serviço público.

Bora pra rua lutar!

Por um transporte público gestionado pelo povo!

Leia matéria sobre a utilização obrigatória do cartão:

Lei que obriga utilização do cartão magnético no transporte público é inconstitucional. Cabe denúncia no Ministério Público

Participe de mobilizações!!!

Passagem de lotação (transporte alternativo) aumenta neste 1 de abril.

Foto-0777Foi divulgado ontem pela Prefeitura de São Vicente que o transporte coletivo (lotação) sofrerá aumento a partir da zero hora do dia 1 de abril de 2013. O decreto de n: 3652 autoriza a repactuação baseado na planinha de custos apresentada pela Associação dos Permissionários da Cidade, e será publicado neste sábado (30). 

Pois é, no dia da mentira (1 de abril) vamos ter que encarar uma verdade:  o valor da passagem das lotações em São Vicente irá aumentar sem choro, sem vela e sem dó!  

Quem tem memória?

Há uma década e meia que as lotações surgiram e se tornaram  a “salvação da lavoura” no que diz respeito ao transporte público em São Vicente, pois, abriu frentes de trabalho e resolveu paliativamente a questão da mobilidade, na verdade, deu uma resposta para uma população que reivindicava um transporte público e municipal de qualidade, e como relembrar é viver, o transporte público em São Vicente inclusive já elegeu Prefeitos como Luiz Carlos Luca Pedro, PT entre 1993 e 1996 que  trazia em sua campanha o enfrentamento contra o monopólio do transporte, e depois Márcio França PSB, que durante seu primeiro mandato ,1997 e 2000 regulamentou o serviço clandestino de perueiros (como era conhecido na época) enquanto os outros Prefeitos da região perseguiam esse serviço. Ou seja, o transporte público sempre foi um problema, mas garantiu para grupos políticos uma fatia do poder. 

Mas, mudou alguma coisa para a população? Paliativamente sim.  A defesa é que são mais baratas e mais eficazes, oras, se nos nivelarmos por baixo, sim! Porém a comparação é inviável, sendo que elas somente percorrem dentro do município, e no que diz respeito a eficacia é bem suspeito porque a qualidade está aquém do desejado, sem contar que a prestação deste serviço público, mais uma vez ao contrário de resolver o problema, criou somente mais uma máfia que monopoliza o transporte público (dito alternativo)  que contribui para a precarização do serviço e das condições de trabalho do trabalhador (cobradores).

Dique do Sambaiatuba: Remoção e incompetência

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Nesta última segunda-feira (11) de março, o despejo de 700 famílias que ocupavam o conjunto habitacional deixou claro que nem a Prefeitura e nem a oposição dos grupos partidários políticos são capazes de defender os interesses da população. Foto-1890Os “invasores” como a mídia oficial não cansou de dizer, foram despejados numa verdadeira operação de guerra que mobilizou a Polícia Militar, Federal, Municipal, Choque e Cavalaria. (alguém mais?) faltou ambulância para atender as pessoas que passaram mal. Foto-1862Foto-1891Foto-1889A reintegração ocorreu de forma pacifica (até porque era suicídio resistir), mas simbolicamente cruel! Quem esteve por lá, pode presenciar o Estado defendendo a propriedade privada e provando na prática a quem ele realmente serve. E deste modo, obrigatoriamente as pessoas colocavam o pouco que tinham de seus pertences na rua, ou aceitavam a assistência da Prefeitura que se disponibilizava a recolher para um galpão, e levá-las para um ginásio na área continental da cidade. (local este, longe, bem estratégico para desarticular a organização dos moradores, pois, perto dali tem o Ginásio Dondinho, entre outros, além do Centro de Convenções)

Foto-1884Os representantes da Prefeitura que por lá estavam, poucas respostas tinham para as perguntas das pessoas que queriam o mínimo de compromissos. Pois, lá havia crianças, pessoas idosas, gente pobre mesmo que não tinha para onde ir, porém, mais uma vez tiveram que confiar… E nos mesmos que mantêm todos esses problemas bem vivos, que são os mesmos culpados por 12 milhões gastos, e que hoje quem tiver a oportunidade de passar em frente aos conjuntos, verá que eles estão sendo vigiados pela Polícia Militar para que ninguém retorne. Foto-1863Já o Secretário de Habitação Emerson Santos nem apareceu, mas deu entrevista na mídia oficial dizendo que a Prefeitura possui projetos na área da habitação e que essa população terá que entrar no esquema de política pública de habitação adotada pela Prefeitura, ou seja, sem eufemismos, não vai ter casa para ninguém! E a assistência oferecida dura até quando? Vai ser preciso ter acompanhamento de perto, pois, é bem provável que tudo isso se dilua nos discursos das oligarquias e nada seja resolvido. Perguntamos: havia crianças morando lá, como vai ficar a freqüência dessas crianças na escola? Na creche? Pois, o local para onde as levaram é bem longe! Ah! Irão ser transferidas. Outra coisa, o secretário disse que havia um diálogo com essa população, mas, havia cadastramento dessas famílias? Com levantamento de renda, se estavam empregadas, se estavam passando por algum tratamento de saúde? Nítido que além do problema da habitação, eram pessoas com insuficiência de recursos para acesso de tudo que é direito humano fundamental, e por isso, o direito a proteção a vida humana era providencial, e cabia a Prefeitura por meio de seus equipamentos de proteção social, defendê-las, e criar condições para que essas pessoas não fossem ainda mais oprimidas do que já são diariamente. Quem esteve lá pode perceber claramente as condições quais elas estavam submetidas, ainda assim, as pessoas sobreviviam.

Voltando a pergunta: Houve mapeamento? Quais eram e são as garantias reais? Pois, na hora a Assistência Social ficou dizendo: “só estamos anotando o nome, não podemos responder mais nada”. Houve até pressão do chefe da Polícia Federal, que queria alguém da Prefeitura para falar com as pessoas e esclarecer dúvidas. (sem contar a bronca pela tenda não estar armada no devido horário)

E o Conselho Tutelar? Ficou na sombra de uma árvore dando a impressão de pouco caso, resumindo: os equipamentos de proteção não cumprem sua função social, ou porque estão sobre julgo e não têm poder de decisão, ou simplesmente são mesmos incompetentes e concordavam com o despejo, pois, ele poderia senão evitado, ao menos criado melhores garantias, sem a humilhação de ser expulso de forma espetaculosa.

Isso, claro, se houvesse quem realmente se interessasse em ao menos provocar o empate, e protelar ou mesmo abrir a discussão apresentando todos os problemas que iria deflagrar a insensatez do Ministério Público, e mesmo que não conseguisse, o que ficou claro é que a população precisa organizar-se, emancipar-se da lógica de sempre esperar que alguém, seja Secretário, Prefeito, ou seja quem for, resolver seus problemas, porque o que eles sabem apenas é jogar o povo contra o povo, dizendo que ali tinha tráfico, pessoas que chegaram depois e estavam se aproveitando e… que tudo isso tivesse! Não justifica! Pura incompetência e  sordidez de quem governa. Não há nada que justifique o desrespeito a vida! A moradia!

São Vicente: Prefeito decreta situação de calamidade pública

Em frente ao Centro Comunitário Saquaré

Em frente ao Centro Comunitário Saquaré

Com uma divida de R$ 800,00 milhões, herança do antigo governo (PSB) qual também era integrante, o Prefeito de São Vicente Luiz Cláudio Bili decretou ontem (12) de março, situação de calamidade pública na cidade, devido à quantidade de lixo acumulado, que pode causar riscos à saúde da população.

De acordo com o Prefeito, hoje quarta-feira (13) será apresentado a nova empresa que prestará o serviço em contrato emergencial, cuja tarefa é resolver o problema do lixo acumulado nestes últimos quatro meses.

Com um governo engessado pela oposição e por uma equipe “despreparada” (segundo a mesma) o Prefeito Bili terá que pensar e implantar alguma política pública muito interessante que lhe possa dar credibilidade junto à população, pois, a maioria sente-se descontente com a situação da cidade: creches e escolas com problemas de merenda, lixo acumulado, frente de trabalho dispensada, salários de servidores atrasados, único hospital da cidade à beira do caos, além de muitos outros problemas que são heranças de 16 anos de administração que governava entrelaçando partidos e setores da sociedade civil, e que hoje, quer delegar toda a culpa e responsabilidade à nova administração, além de fazer oposição com discursos que para quem tem memória, é puro tiro no pé.

Ou seja, nos próximos quatro anos teremos tempos difíceis para enfrentar, pois essa essa disputa de poder das velhas oligarquias que comandam a cidade, não passa de quebra de braço, e quem está pagando o preço é a população, e muito caro!

Denúncia: Morador do Parque Prainha tem sua casa destruída

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Reparem na irresponsabilidade, há fios de alta tensão bem próximo da escavadeira, poderiam causar um acidente com isso.

Para que serve a Defesa Civil? Proteger populações que estão em área de risco, ou expulsar e destruir moradias? A casa deste morador (não apresentaremos fotos do morador por uma questão de proteção) foi praticamente destruída e a justificativa era porque a construção não possui regulamentação. Agora, num país onde a propriedade particular vale mais que o direito de moradia, evidente que este é o maior papo furado, e a discussão de área de proteção ambiental muito menos. ( segundo motivo de acordo com a Defesa Civil) Afinal, a casa deste Sr está ao  lado de outras, a questão neste caso, é porque ali há uma ocupação de “área privada”, com certeza! “Área” esta, que simplesmente não está sendo  utilizada, ou seja, não cumpre função social nenhuma, é o velho problema da terra no Brasil, onde só tem direito quem tem poder aquisitivo, de resto: exclusão, expulsões e violência.

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Querendo intimidar a cobertura da Rádio da Juventude com sua máquina fotográfica.

A Defesa Civil não conseguiu derrubar a casa por completo, porque a população se revoltou e a expulsou, mas, sabemos que eles irão voltar. Aconteceu tudo muito rápido, não deu tempo de tirar tantas fotos. Parabéns a população que reagiu! Mas agora, com certeza irão voltar com a polícia na surdina. Até porque um Sr que aparentava ser o responsável pela ação, chegou a indagar a Rádio da Juventude porque ela estava fotografando, e para intimidar tirou fotos do repórter popular.

Foto-0280Precisamos denunciar! Essas ações ferem os direitos humanos, que antecedem o direito de Estado, e para isso também, precisamos de organizar popular!

A cidade de São Vicente vem passando por um processo muito complicado de quebra de braço entre velhas oligarquias que disputam poder na cidade, com isso, quem está pagando as contas é a população, vide a situação das creches, do CREI, (único hospital da cidade) do transporte, do lixo e de tudo.

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