Seminário do MPL em Santos tira dúvidas sobre o que é o movimento e quais seus princípios.

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“Não queremos um benefício! Queremos uma outra lógica […] somos um movimento anti capitalista […] nossos princípios não foram decididos de cima pra baixo, foram decididos na nossa vivência […] Queremos uma vida sem catracas […] o MPL não é um espaço de disputas, temos uma pauta clara” Mayara MPL SP

Neste último sábado (24) ocorreu um seminário no Centro dos Estudantes (CES) em Santos para discutir o que é Movimento Passe Livre (MPL) e contou com a participação de Mayara integrante do MPL SP, o objetivo além do debate foi entender o movimento, saber sua história, seus princípios e de que forma se articula cotidianamente.

576565_582025745192956_1443063352_nO seminário contou com a presença de pessoas interessadas em construir o movimento na Baixada Santista, pois desde as manifestações de junho com as mobilizações de rua que reverberaram aqui na região, as manifestações que ocorreram aqui se confundiram com atos puxados pelo MPL, e no entanto, não era, e sim a soma de diversos coletivos e pessoas autônomas. Podemos até dizer que devido o nome MPL ter se tornado a bola da vez, um pouco de oportunismo também esteve presente. Contudo, o seminário apresentou diversas questões que denotam que o MPL é para além de um grupo esponteneísta de meninos e meninas como a mídia tentou apresentar e boa parte da esquerda fez questão de bradar.

Na verdade o MPL é um movimento muito bem articulado de principios sólidos e coerentes que luta por um transporte público como direito social, e também um grupo anti capitalista que não tem a intenção de liderar ou representar o povo, pois acredita na capacidade do povo se auto gerir.

Ouça os áudios logo abaixo de parte do seminário.

Histórico;

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Surgimento na base;

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Horizontalidade;

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Tarifa Zero;

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Centrais sindicais preparam greve geral para o dia 30 de agosto. E o poder é do povo?

Centrais sindicais preparam mais uma paralisação nacional para o dia 30 de agosto de 2013, segundo seus dirigentes esta greve será maior e mais forte que a do dia 11 de julho. Segundo  Ricardo Patah que preside a União Geral dos Trabalhadores (UGT); “A ideia é protestar contra a inércia do governo que esteve se dedicando à visita do papa […] Não acreditamos que o governo vá nos atender.” Por isso, a greve geral torna-se uma possibilidade mais concreta. (Lembrando que Ricardo Patah é sindicalista do PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab que no ano passado fez campanha para o Serra PSDB.)

Entre as pautas três se destacam: terceirização (contra o Projeto de Lei 4.330, de 2004), fim do fator previdenciário e redução da jornada para 40 horas semanais. Ok.

Já o secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, diz que a entidade dará “muita atenção ao protesto contra o projeto da terceirização”. Interessante a posição da CUT sendo que todo o setor de prestação de serviços e comércio, onde estão os trabalhadores mais fudidos e explorados –  quase que quarteirizados – a CUT deixou à cabo da Força Sindical, essa central de direita nociva ao trabalhador, cujos sindicatos que comanda a única coisa que fazem pelo trabalhador é oferecer plano odontológico, cursinho de capacitação e coisa e tal. Aí vem a CUT bradar no peito e fazer coro contra a terceirização, por que será? Oras, greve geral é legal para fazer massa e conquistar as próprias pautas, é bem coisa de central sindical que perdeu de vista a luta classista e há anos contribui com o governo para que esse trator da precarização do trabalho que atende pelo nome de “terceirização” se firmasse cada vez mais, sepultando direitos trabalhistas – e no final, vai acabar tudo num “acordão”, pois isso é briga de forças que disputam cargos no governo – ano que vem tem eleição. Pergunto; há quantos anos que essas centrais não vão para rua? Tirando o 1º de maio rídiculo de showmicios que elas promovem, nada mais fazem além de acordos com o governo.

E no bojo da disputa vai todo mundo pra rua

Mas, mesmo as que tendem para uma linha não governista com um discurso de combate classista e oposição a CUT, há de ser questionada e puxada a orelha bem puxado, por exemplo, a Intersindical junto a categoria dos bancários – tão de cabeça na luta contra as terceirizações, legitmo! Há de se lutar contra o achatamento das condições de trabalho dos bancários, mas vamos jogar limpo e vamos acabar com as contradições, pois dentro de toda agência bancária sempre teve um trabalhador terceirizado servindo o café, limpando o chão e a vidraça e nunca houve solidariedade de categoria, agora quando a bolha cresce no pé, aí tamujunto na luta. Porra! Só se sente junto na luta quando o sapato aperta, mas quando o sapato é do outro, a briga fica na amorosidade? Foda.

Continuando

E para não ficar pior tem os que bradam por uma pauta unitária porque está havendo diversas ocupações no país inteiro, então é preciso unificar tudo numa coisa só… Legal! Quem decide tudo isso? Pois é, o momento é de luta, luta na rua, luta com a massa, mas a massa, cadê a massa? No dia 11 de julho teve sindicato pagando R$ 70 mango pro camarada segurar bandeira, teve agressão a trabalhador por causa de categoria sendo usada por grupos políticos que estavam manobrando a luta, claro, houve locais que foram bacanas, principalmente onde a greve foi realmente popular puxada por organizações autônomas que não estão de olho nas eleições do ano que vem.

É por isso que o trabalhador, aquele que tá ferrado mesmo – desacreditado – que nunca é consultado pra porra nenhuma, está lá na periferia achando tudo isso uma grande merda! E no fundo tá certinho, porque todo levante tem que ser de baixo para cima, tem que ser solidário de fato, horizontal e combativo, enquanto essas estruturas que estão aí ficarem na disputa de espaço, na disputa de poder, na disputa de “trabalhador” (o que é insano) a luta da classe trabalhadora tá perdida, porque somente quem pode mudar a realidade radicalmente é o trabalhador organizado de forma solidária, combativa e autônoma. Poder no povo! Povo livre, povo na rua, sem governo e sem dirigente!

Para que serve um Ponto de Cultura? Ou, quem se serve de um Ponto de Cultura?

O que é? E quem financia?

No papel os Pontos de Cultura são projetos financiados pelo Ministério da Cultura (MinC) cuja finalidade é fomentar e fortalecer a diversidade cultural, de modo a impactar socialmente e culturalmente garantindo melhores condições de vida em sociedade e também democratizar direitos fundamentais. Um ponto de cultura pode funcionar num centro comunitário, numa casa, num clube… Recentemente um bar em São Paulo recebeu verba para tocar um ponto de cultura, ou seja, não importa o local e sim o que dali será produzido.

No Brasil segundo dados do MinC há 2,5 mil pontos de cultura funcionando pelo país, cada um recebe em torno de cinco mil por mês numa “parceria” de três anos de projeto que vai somar R$ 180,00 no total. Os projetos são os mais diversos desde áudio visual, circo, quadrilhas, oficinas de cultura popular, apresentações de filmes em comunidades longínquas e por aí vai.

Quem pensou?

Idealizado por Célio Turino gestor do programa Cultura Viva e dos Pontos de Cultura, tendo exercido diversas funções públicas seu objetivo era criar um mecanismo que injetasse verba pública diretamente em comunidades e garantisse o fomento cultural e o acesso a tecnologias de modo a contribuir com a preservação e com o desenvolvimento do patrimônio cultural.

E aí?

Muitos Pontos de Cultura têm desenvolvidos trabalhos interessantes, principalmente aqueles em que as comunidades gestionam o recurso e são as agentes atuantes desses trabalhos e não apenas coadjuvantes assistidas, em muitas regiões, por exemplo, alguns projetos de ponto de cultura propiciaram o acesso e a produção cultural utilizando-se de tecnologias que até então seriam inacessíveis se dependessem apenas do Poder Público local. No entanto, há o lado perverso e mais real que este projeto tem garantido, que é, ao contrário de contribuir realmente para a transformação social, acabou por inaugurar um novo tipo de modalidade empresarial do mundo dos negócios, inserida em locus onde pessoas, tradições, costumes e cultura são vistas da mesma forma; “negócio”. Com isso, surge o “empresário social”, aquele preocupado com os problemas sociais, aquele que participa de conselhos municipais, que tece teorias de como criar redes de mutua coloboração livre e coletiva. Mas no fundo seus interesses são particulares.

Um financiamento problemático

Um programa social de uma organização social capitalista cria aberturas para raposas transvestidas de responsabilidades sociais se beneficiarem do dinheiro público, aí veremos;  discursos baseados na capacitação e no olhar empreendedor como salvação da lavoura, não é a toa que nestes grupos a palavra empreendedorismo é indispensável, por isso temos que considerar que, empreender é aprender as regras do jogo, as regras do mercado e do campo político e econômico, empreender é estar antenado com o movimento que delibera para onde vai a barca, e assim construir alianças politicas, principalmente partidárias.

E isso tudo é tão minucioso nesta teia onde o negócio, o clientelismo, a luta social, a democracia, a liberdade… se misturam e são utilizadas capciosamente que muitos chegam a acredtar que este é o caminho para as mudanças, mas elas nunca vêm, apenas para o dono, porque sempre há um dono!

Especialistas de plantão

Todo ponto de cultura bem sucedido há um (ou mais) especialista em projetos, em discussões populares e livres que se encaixam muito bem para editais – os famosos discursos colaboracionistas democraticos pela pluralidade e diversidade.

Apesar de existirem muitos grupos sérios, boa parte são grupos que se instrumentalizaram de tal forma que aprenderam como arrancar dinheiro público de forma organizada e disfarçada de solidária e participante na transformação social, ou seja, tornaram-se em “experts” no mundo dos negócios “social” , mas seu modus operandi é tão capitalista quanto qualquer empresa cuja finalidade é o lucro, traduzindo; a relação de privilégio e exploração fará parte do negócio.

Infelizmente a miséria (insuficiência de recursos) gera riqueza, o papo de colaboracionismo social não passa de corporativismo social, e como está em voga palavras como liberdade, horizontalidade, apartidarismo e fortalecer o poder popular, usam maquiavelicamente essas palavras para captar recursos públicos e garantir o bem estar próprio.

Na cidade de São Vicente litoral sul de São Paulo

Foi distribuída em 2011 a verba de R$ 1,8 milhão para dez entidades que funcionariam como Ponto de Cultura, um repasse de R$ 180,00 para cada uma, durante três anos de parceria, (R$ 60,00 por ano/ R$ 5mil por mês) segundo o Secretário de Cultura da época, Renato Caruso;

“O objetivo do programa é utilizar a cultura como instrumento de inclusão social, transformando a vida de pessoas que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social”

Reparem na ideia paternalista e equivocada, pois não existe pessoas em situação de risco ou de vulnerabilidade social, o que existe são pessoas em situação de exclusão social, onde direitos para além de direitos sociais e sim humanos, são violados. Por isso a critica da relação promiscua do investimento, onde retira-se o papel do Estado (como se ele servisse para alguma coisa) e coloca-se nas mãos de pequenos grupos que irão gerenciar, pensar e decidir o que é, e o que não é cultura, e a partir disso produzir cultura junto aos coitadinhos que estão em situação de risco.

Não retiramos aqui a seriedade de tais entidades. Porém é preciso abrir os olhos para todos esses projetos, pois resumindo; eles recriam a mesma estrutura social de exclusão, uma estrutura onde as pessoas não são de fato agentes transformadoras de sua realidade, mas sim, objetos de pesquisas, mão de obra, referência de estudo… Seres inanimados que precisam de orientação e aprendizado, e este é o velho esteriótipo de sempre que precisa ser quebrado junto com a farsa do compromisso com o social – sustentado por grupos cujo interesse é meramente nos cifrões. Afinal, compromisso com dinheiro na conta é fácil.

Por onde anda o Movimento Passe Livre Baixada Santista?

1016087_548704811858383_1920239757_nCinco atos contra o aumento da tarifa ocorreram na baixada santista, o último no dia 20 de junho de 2013, que chegou a aglutinar cerca de cinco mil pessoas.

Para uma região como a baixada santista onde o pensamento provinciano impera favorecendo grupos políticos que se revezam a décadas no poder, e as poucas organizações de esquerdas existentes labutam para fazerem suas lutas e no mínimo garantir seu quadro de militantes, há de se considerar que essas manifestações romperam com um paradigma de anos de inércia, agora, é garantir o refluxo da luta.

1016640_548115075250690_1376963550_nEssas manifestações foram promovidas por um grupo que até então se intitulava como Movimento Passe Livre Baixada Santista (MPL BS), e depois do quinto ato, que podemos dizer; “onde o couro comeu”, pois a polícia reprimiu geral, devido os arrastões e o quebra quebra promovido pela galera da periferia que desceu o morro e tomou de assalto o ato.

Quem acompanhou os jornais no dia seguinte se deparou com fotos de manifestantes sentados no chão (não todos!) num gesto de entregar aos vermes os vândalos, pois é, a manifestação em maior parte era constituída de “X9”, “cagueta” e “embalista” que não tinham a menor consciência de classe e nem disposição pra luta, e no momento em que as coisas se acirraram ao contrário de aderirem junto a galera do morro, que é a mais afetada com esse direito social sucateado (transporte público, além de outros.) mijaram pra trás – nos jornais, e pelas redes sociais depoimentos pipocaram, do tipo; a periferia estragou um ato pacifico e depredou ônibus, saqueou mercados, lojas… Mas vejam bem, uma galera que tem a vida saqueada todos os dias, vai ficar passeando na rua batendo palma pra polícia e cantando hino nacional? Nem fudendo!

A verdade é que o buraco era mais embaixo

Enquanto as manifestações estavam ocorrendo na orla da praia, e só estavam fudendo trabalhador que queria voltar pra casa de um dia de trampo desgraçado, a coisa foi sendo tolerada, só que uma hora tinha que se bolar armadilha pra macaco ir atrás de banana – polícia e governo municipal não iam tolerar muito tempo a onda de protesto – mas tinham que acabar de forma capciosa, limpando a barra pra não pegar mal. Aí o próprio movimento por erro estratégico, tomado pelo calor do momento e por infiltrações conservadoras decide em assembleia no sindicato dos bancários que iria fechar as quatro pistas no bairro do saboó ( bairro periférico –  área de morro)

Bingo! Era a brecha que o sistema queria – segundo relatos de moradores do bairro do saboó a polícia durante a tarde ocupou o bairro dando esculacho em morador e um jovem foi assassinado – dois ônibus foram deixados em ruas laterais que cruzam as quatro pistas por onde passaria a manifestação. Daí o resto todo mundo sabe, e a conta? Mais uma vez foi depositada na periferia – só pra acrescentar, num dos atos em que o movimento batia palma pra polícia passeando pela orla da praia, outras manifestações ocorriam na periferia de São Vicente e lá o braço do Estado recepcionou na base do cacetete.

Após isso, claro, o grupo se dividiu em dois; Passe Livre Unificado (PLU) e Movimento Passe Livre Baixada Santista (MPL BS) este último lançou uma nota dizendo que estaria se retirando das ruas temporariamente para se organizar internamente e planejar ações de base que possui a intenção de construção de debates públicos.

De volta às ruas?

Ontem, estava sendo divulgado pelas redes sociais e pela mídia burguesa que haveria um grande ato na cidade de São Vicente puxado pelo MPL BS, segundo Helliton Nottvanny um dos organizadores do protesto, este ato era contra os gastos excessivos com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), e contra a demolição sem planejamento do viaduto da Antonio Emerick que irá ocasionar um caos no trânsito além do que já existe. Enfim, o ato acabou não ocorrendo, apenas cinco pessoas compareceram ao ato, agora, não se sabe se o nome do MPL por estar na moda se tornou a bola da vez e todo mundo quer tirar uma casquinha, ou se o grupo estava realmente envolvido, ou se o movimento vai se posicionar pra esclarecer dúvidas.

Pois problemas não faltam no que diz respeito a mobilidade urbana na baixada santista e pegando o link com a construção do VLT, que é uma “importante” alternativa para o transporte público que há mais de 12 anos vinha sendo discutido e até que enfim saiu do papel, porém, falta saber se ele realmente contribuirá com um transporte público gratuito e acessível? Ou será mais um meio mafioso de extorquir dinheiro público? Servindo apenas de forma turística e ferrando a vida dos trabalhadores.

Pois é, o MPL BS tem trabalho pela frente.

Seminário com MPL

Neste próximo sábado dia (24) haverá um seminário para consolidação do grupo MPL BS e daí por diante ao que parece novas ações serão encaminhadas.

Segue o Link para saber a respeito.

Debate com o MPL – SP: Princípios, práticas e perspectivas.

Um mês e cinco dias que moradores de dois bairros em São Vicente reivindicam melhores condições de transporte

Há um mês e cinco dias moradores dos bairros Japuí e Parque Prainha em São Vicente reivindicam melhores condições de transporte, e até agora nada! Os problemas que já existiam se reforçaram após o inicío da reforma da Ponte Pênsil iniciada em 10 de julho de 2013. Segundo os moradores já se reuniram com o Prefeito que se prontificou a resolver a situação, mas o problema persiste.

Tivemos acesso aos ofícios protocolados (1º ofício aqui) pela Prefeitura e divulgamos junto com vídeo produzido pelos moradores com depoimentos denunciando tal situação de desrespeito a direitos básicos e fundamentais.

Abaixo fotos dos ofícios que foram protocolados e o texto do segundo documento.

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São Vicente, 08 de agosto de 2013.

Ofício nº 02

À Secretaria de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos;

Ao Gabinete do Sr. Prefeito do Município de São Vicente – S. Exª Luiz Cláudio Billi.

Prezados (as) Senhores (as):

Apesar do ofício que protocolamos no gabinete do Sr. Prefeito dia 01/08/13, ocasião em que dois representantes dos moradores dos bairros Japuí e Parque Prainha estiveram presencialmente reunidos com o Prefeito , os problemas dos moradores só se agravaram a partir de então.

A Prefeitura não apresentou nenhum plano de ação aos moradores, nem sinalizou qualquer tentativa de atendimento das pautas.

A despeito de todas as dificuldades que enfrentamos, a partir de ontem foram colocados nas entradas da ponte pinos que os trabalhadores disseram se tratar de barreiras para impedir a passagem de motociclistas. Porém essas barreiras impedem a passagem de cadeirantes, pessoas com carrinho de bebê, pessoas com dificuldade de locomoção em geral.

Foi informado ainda aos moradores, que caso aparecessem pessoas como as descritas acima, os funcionário da empresa que realiza a manutenção da ponte ajudariam essas pessoas a ultrapassarem os obstáculos físicos.

Temos claramente para nós que, faz parte do respeito às pessoas, as condições de acesso aos lugares públicos com autonomia. E este direito nos está sendo retirado, sem termos direito ao debate nem a soluções paliativas, a despeito, não obstante, de estarmos pagando por esta obra a quantia que quase chega a 25 MILHÕES de reais.

Estamos portanto, denunciando o mau planejamento desta obra e aguardamos soluções pontuais e URGENTES para os problemas.

Situação de risco de acidentes para quem atravessa a ponte. (madeiras soltas, grades fora do lugar, etc)

Estamos no aguardo de uma solução.

Atenciosamente,

Moradores do Parque Prainha e Japuí mobilizados.

Seguem anexas fotos do atual estado de locomoção (inexistente) da ponte:

Entrada pela Avenida Engenheiro Saturnino de Brito

Entrada pela Avenida Engenheiro Saturnino de Brito

 

Entrada pela Av. Newton Prado / Av. Pres. Getúlio Vargas

Entrada pela Av. Newton Prado / Av. Pres. Getúlio Vargas

 

 

 

Debate com o MPL – SP: Princípios, práticas e perspectivas.

1016640_548115075250690_1376963550_nApós as grandes manifestações ocorridas no mês de junho, o MPL Baixada Santista faz um chamado para um momento de reflexão de forma a iniciar um processo de entendimento do que é o movimento, quais seus princípios e como ele atua cotidianamente. Para isso convidamos a companheira Mayara do MPL-SP para uma roda de conversa a fim de discutir essas questões, estreitar os laços entre os movimentos e fortalecer a luta por um transporte público e gratuito.

971267_10201138583760460_1944565924_nProgramação

09h – Café da manhã
10h – Início – roda de conversa
* O que é o MPL? História e princípios.
13h – Almoço (lanche com opções vegetarianas)
14h – Roda de conversa
* Construção do MPL dia a dia: desafios e perspectivas.
17h – Encerramento
18h – Lanche
19h – Noite Cultural “por um mundo sem catracas”

Data: 24/08 (sábado) a partir das 9h no CES (Centro dos Estudantes de Santos) – Av. Ana Costa 308, Santos-SP.
Inscrições pelo email: passelivrebaixadasantista@gmail.com
Pedimos a contribuição voluntária de R$ 10,00 para despesas de organização

Denúncia: Irregularidades na reforma da Ponte Pênsil dificulta a mobilidade de cadeirantes

Foto-0093Desde o último dia 10 de julho a Ponte Pênsil em São Vicente SP, está passando por reformas estruturais, com isso diversos problemas acarretaram referente a mobilidade urbana dos bairros Parque Prainha e Japuí limitando os moradores no direito de ir e vir.

A TV Tribuna chegou a divulgar uma matéria a respeito e os moradores fizeram um ato de protesto e conseguiram uma audiência com o Prefeito Luiz Cláudio Billi no dia 01 de agosto que referendou soluções até o próximo dia 10 do mês corrente.

Foto-0001gAté o momento nada foi resolvido, e para piorar a única passagem por onde passavam os pedestres, foi colocado estacas na entrada e na saída da ponte para impedir a passagem de motociclistas o que impossibilita a mobilidade de cadeirantes, bengalantes e pessoas com carrinho de bebê. (sendo que a passagem de motociclistas em nada atrapalha a travessia, basta organização e que passem com a moto empurrando, o que já fazem)

Foto-0004gSegundo um morador;

“isso é absurdo! Há cadeirantes que moram aqui no bairro como vão atravessar e como ficam as pessoas que precisam passar com carrinho de bebê, fui perguntar ao chefe da obra, ele disse que os trabalhadores podem ajudar, perguntei e a noite? Ele debochou e disse que vai ter um guarda noturno que ajuda, mentira… isso é um desrespeito”

Lei de acessibilidade – Decreto lei 5296

Capítulo II
Do Atendimento Prioritário

Art. 5o Os órgãos da administração pública direta, indireta e fundacional, as empresas prestadoras de serviços públicos e as instituições financeiras deverão dispensar atendimento prioritário às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Capítulo III
Das Condições Gerais da Acessibilidade

Art. 8o Para os fins de acessibilidade, considera-se:
I – acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

II – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;

b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno e interior das edificações de uso público e coletivo e no entorno e nas áreas internas de uso comum nas edificações de uso privado multifamiliar;

c) barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de transportes; e

d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação;

III – elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais como os referentes à pavimentação, saneamento, distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico;

Ou seja, cabe a Prefeitura resolver tal problema com urgência.

Logo abaixo segue as reivindicações dos moradores organizados que foi entregue ao Prefeito e nos foi concedido para divulgação; 

São Vicente, 02 de agosto de 2013

À

V. Ex.ª Luis Cláudio Billi

Prefeitura Municipal de São Vicente

Vimos por meio desta, informar as condições precárias de mobilidade urbana, segurança e saúde a que estão submetidos os moradores dos bairros Japuí e Parque Prainha, ainda agravadas após o fechamento da Ponte Pênsil para reforma e reinvindicar providências desta Prefeitura, como enumeramos abaixo:

Transporte

  1. O transporte público (Piracicabana) que atende os dois bairros é insuficiente e caro, os moradores chegam a esperar nos pontos de ônibus de 20min a 40min O micro-ônibus oferecido pela empresanão dá condições de acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção (cadeirantes, bengalantes, idosos, obesos, pessoas com carrinho de bebê). Informamos, ademais, que há cerca de dez cadeirantes que residem no bairro Japuí.

  1. O transporte alternativo (lotações) também é insuficiente e caro, e devido efetuarem o itinerário via Rodovia dos Imigrantes, apenas levam passageiros sentados, de forma que tanto para sair do bairro quanto para retornar, tornou-se extremamente inviável. Principalmente no Parque Prainha, as lotações já chegam sem lugares vagos. O tempo de espera tem sido de 40 a 50 minutos por uma lotação. Tempo este que acaba sendo maior em horário de rush.

  1. A Ponte pênsil é o acesso do Parque Prainha e Japuí ao centro, aos bairros de São Vicente e a outras cidades onde atuam trabalhadores, estudantes; onde idosos e crianças utilizam serviços de saúde, etc. Foi informado que a qualquer momento no corrente mês a Ponte será fechada para pedestres, o que implicaria dizer que teremos cerceados o direito de ir e vir, pois estudantes que são de escolas que não pertencem a estes dois bairros serão obrigados a utilizar o transporte público que custa R$ 3,85, ou alternativo (lotações) R$ 2,60. É dispensável dizer que esses custos são altos para as populações destes bairros. É o transporte mais caro de toda a Baixada Santista. E não pode ser considerado, por esta Prefeitura, a única solução de acesso às famílias que moram nesses bairros para se percorrer uma distância de apenas 120 metros.

Saúde

  1. Estes dois bairros possuem apenas um posto de saúde e para conseguir uma consulta especifica o morador tem que chegar às 5h no posto para agendá-la para dali a dois ou três meses;

  1. Não há ambulância para atender emergências;

  1. O posto médico não atende aos fins de semana e feriados e horários noturnos.

Segurança

  1. A pista que liga um bairro ao outro, o píer e a ponte estão com uma iluminação muito ruim, quem volta do centro andando fica sujeito a assaltos, o que já ocorreu e vem ocorrendo.

Por todos os motivos acima expostos, nós, moradores do Parque Prainha e Japuí organizados propomos:

  1. A construção de uma passarela ou a disponibilização de travessia por embarcações de pequeno porte como alternativa para as pessoas que não possuem veículos atravessarem a ponte enquanto a obra for executada;

  1. Que sejam disponibilizados com urgência mais ônibus nas linhas e passagem gratuita para estudantes e desempregados caso a ponte seja interditada e não houver como passar pedestres.

  1. Que a Prefeitura disponibilize uma linha de ônibus interna e gratuita (visto que atravessar a Ponte é gratuito) para as pessoas do Parque Prainha e Japuí à semelhança do procedimento adotado pela Prefeitura no ano de 2000, quando houve reforma.

  1. Que o ponto final das lotações e dos ônibus seja transferido para a rotatória da Ponte, de forma que os ônibus saiam do Parque Prainha e depois façam o itinerário passando pelo bairro Japuí. (hoje ele efetua o trajeto ao contrário e quem precisa utilizar o transporte saindo do Parque para o Japuí, tem que ficar na pista, pois o transporte adentra o bairro apenas na ida);

  1. Urgência na iluminação da ponte, da pista e do Pier.

Respeitosamente,

Moradores organizados do Parque Prainha e Japuí – São Vicente – SP.

 

Quem tem medo dos Black Bloc?

483966_10201513871399276_88036943_nOs black bloc com seu “A na bola” tem sido o grupo mais contundente e polêmico desde que os protestos pelo país tiveram início, inspirados no movimento alemão da década de 1980, este grupo rebelde (que muitos estão taxando de “espontaneístas”) tem efetivado práticas de ação direta como nenhum outro grupo.

Além de surpreenderam pela audácia e coragem de enfrentamento, os BB têm sido a linha de ataque nas manifestações, marcham de forma dissonante e por onde passam fazem cair os símbolos do capital, enquanto gritos de “sem violência” tentam domesticá-los, eles seguem combativos. Entretanto, centenas de criticas as ações promovidas pelos Black Bloc tem sido feitas oriundas de setores, inclusive, da esquerda partidária radical. O PSTU foi o primeiro partido a criticar abertamente, e, é infindável a quantidade de pessoas que “supostamente” são de esquerda e reproduzem a mesma retórica da mídia, criminalizando e nomeando essas ações de puro espontaneísmo, ou seja, de ações isoladas que apenas atendem uma estética simbólica que não agrega as massas.

12077_552029648178536_204241846_nE como as massas são a bola da vez, agora todo mundo fala em massa, em base, em “trabalho de base”, “apoio das massas”, “formação política”, oras, onde estavam os partidos e esses grupos que querem ensinar como se luta antes das manifestações? Na base? E o que eles fazem neste momento? Estão ganhando as bases? de que forma? Se juntando a luta fazendo alianças canalhas, ou distribuindo cartilhas e preparando cursinho?

Se contradizem, apoiam a radicalização e o enfrentamento violento, mas querem as massas para encabrestar ao mesmo tempo que são repudiados por elas, e não somente por causa do PT, mas porque a falência de tais instituições centralistas, personalistas e autoritárias foi decretada.

As mudanças

Que para uma transformação social radical será necessária mais que ações diretas, ok. Mas este momento é de uma grande revolta popular desencadeada, e as criticas oriundas de partidos e grupos intelectuais é exatamente porque eles não podem controlar todas essas manifestações, (muito menos os Black Bloc) e porque não podem ser a vanguarda que irá ditar o caminho, querem desmoralizar, o que revela o quanto a suposta “esquerda revolucionária” é perniciosa e autoritária, pois ela quer a revolução sobre os seus moldes, com a massa sobre seu controle e norteamento.

Se há espontaneísmo em demasia, há também enfrentamento de um grupo de jovens em maioria que está se colocando na linha de frente concedendo a própria pele. Serão aventureiros? Ora, penso que devemos nos aventurar mais então. Pois, não há mudanças sem radicalização, sem enfrentamento violento, deste modo, cada grupo utiliza-se do instrumental que julga-se apto a executá-lo, sendo assim, os BB estão fazendo a sua parte. Se cabe reflexão e construção de alianças para elaboração de estratégias, bora discutir com autonomia, quem topa? Bora discutir essa organização de forma horizontal?

O triste é ver toda uma discussão rasa que coloca cortina de fumaça sobre o problema real, e muito mais orientada pela criminalização de mais um movimento que luta pelo poder popular, do que contra o verdadeiro inimigo: O ESTADO, e esse debate como está sendo conduzido só contribuí para blindá-lo, enquanto ele envia policiais às ruas para bater em manifestantes, atirar bombas de gás, colocar policiais infiltrados nas manifestações e tem a cara de pau de se preocupar mais com o Palácio dos Bandeirantes, Itamaraty… do que com as pessoas nas ruas, este sim é o grande criminoso que fode nossas vidas – lembrando que ele é gerenciado por quem nos governa..

Pacifismo: um discurso a favor do Estado.

518642Desde que os protestos pelo país iniciaram-se a cerca de dois meses, a palavra “vandalismo” tornou-se um jargão obrigatório utilizado pela mídia, por políticos e conservadores de plantão, tanto de direita quanto de esquerda. Além de ser uma forma perversa de jogar a opinião pública contra os manifestantes é um meio bastante perspicaz de inserir indiretamente uma ideia de paz no imaginário popular, estimulando e usando o senso comum para sustentar uma farsa que irá confrontar e eliminar qualquer  iniciativa política crítica que se materialize em ação concreta.

Mídia oficial e as manifestações

Reparem quando a mídia comenta algo, não há uma única vez em que as notícias das manifestações não sejam divulgadas de forma a desviar o foco do objetivo, pautando alguma outra coisa que possa contribuir para desmoralizar a manifestação, uma das táticas é usar a defesa do patrimônio público. (como se este realmente nos pertencesse) Mas será que eles estão defendendo o patrimônio público ou a propriedade privada?

Pois locais como lojas de grife, concessionárias de carros, bancos, Mc Donald’s, em que são uteis para o trabalhador estes patrimônios? Na verdade são símbolos da exploração da classe trabalhadora.

945471_527182704004652_2016846386_nReapropriar-se 

As manifestações nas ruas para além da pauta de reivindicação, é um momento de re-apropriação do espaço público, da cidade, do direito de ir e vir que durante anos tem sido tomado pela especulação imobiliária – com a conivência do Estado e sobre a gerencia dos governos – deste modo, todos os espaços urbanos são de segregação social, basta avaliarmos como as cidades estão estruturadas: o centro, os bairros nobres e a margem; o morro, o gueto… Onde quem vive lá, só tem o direito de ficar calado, de obedecer a ordem diante do sucateamento de todos os serviços públicos – destituído de tudo, ainda assim, tem que sustentar a paz, enquanto centenas morrem assassinados nas mãos da polícia, na fila de um hospital esperando atendimento, na rua de fome, de frio e de descaso… Aí vem o serviço social e diz: este local é de “vulnerabilidade social”, não! Na verdade, é o local onde os direitos sociais são violados! Onde a exclusão e a opressão são efetivadas duramente pelo Estado e por suas Instituições.

acao_coracaoPor isso

Discursos pacifistas de “paz e amor”, de democracia, de bondade e humanismo que não apontam e não revelam os crimes do Estado, não passam de dissimulações categoricamente pensadas para ludibriar as massas de modo a coibir pensamentos divergentes e blindar o Estado.

Se fizermos uma análise da situação que se encontra a classe trabalhadora no Brasil, destituída de direitos básicos fundamentais como saúde, moradia, educação, trabalho… travando uma imensa guerra por terra, por teto, pão, justiça… de fato vamos perceber que o discurso de paz não faz o menor sentido, pois há uma violência incontestável muito presente exterminando o povo. Como há de se clamar por paz sem se revoltar diante de tanta covardia do Estado?

A paz ao Estado servirá.

Dilma Cara-Pálida e sua Marcha para o Oeste

Foto: WEB

Foto: WEB

A Srª Dilma Rousseff já deu início à sua campanha para reeleição em 2014 e depois de três anos ignorando os movimentos sociais começou uma série de reuniões com suas lideranças para “recuperar” a popularidade que herdou de Lula – já que nunca teve popularidade própria. Em reunião com os indígenas no dia 10/07 ficou claro que esses “encontros”, do ponto de vista do governo, serão só para enrolar – com o cinismo no sorriso típico da classe política. Frente às principais reivindicações não houve nenhum recuo da Presidência, que se limitou a dar uma maquiada no discurso, para atender os anseios do público presente. Para bom entendedor, meia palavra basta, é só uma questão de analisar as medidas que o governo vem tomando e as falas amigas da Dona Dilma e da Dona Gleisi Hoffman (Casa Civil) frente à bancada ruralista e aos fazendeiros ladrões das terras dos índios.

De concreto, o único ponto convergente é que não há interesse do governo na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional – PEC 215, já que neste quesito o poder executivo perde espaço para o legislativo na definição da regularização das Terras Indígenas, que com a aprovação desta PEC passariam todas pelo crivo do Congresso, inviabilizando de vez a homologação de novas Terras Indígenas. Quanto a este ponto, portanto, não houve nenhuma mudança. Independente deste fato, o Congresso tem autonomia para tramitar a PEC 215 e o governo fragilmente procura freá-la pelo convencimento da base aliada, que não está unida sobre este assunto, e assim, até aqui, não vemos conquista.

Outro ponto polêmico é a insistência do governo em interferir nos procedimentos coordenados pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI, que já se encontram demasiado complexos por atenderem ao Decreto 1775/96 da Presidência e Portaria n°14/96 do Ministério da Justiça. Dilma não abriu mão de anunciar que haverá mudanças e serão inseridos outros órgãos, além da Funai, na definição dos estudos. Além dos problemas relacionados ao desvio de competências, sabemos que alguns dos órgãos já enunciados como candidatos a este desserviço têm fortes ligações com os interesses do agronegócio e da mineração.

Soma-se à ameaça contra a demarcação das Terras Indígenas a Portaria n°303/12, da Advocacia Geral da União, que, após muita mobilização indígena e indigenista, foi “hibernada” pela Portaria de n°415/12. Explico: neste texto que suspende a Portaria 303 está previsto que a mesma entrará em vigor no “dia seguinte ao da publicação do acórdão nos embargos declaratórios a ser proferido na Pet 3388-RR que tramita no Supremo Tribunal Federal”. Assim, este monstro continua vivo, pois pelo texto da portaria: os indígenas perderiam a exclusividade do usufruto do solo, recursos hídricos, energéticos frente a um subjetivo interesse público da União; estradas, ferrovias e construções poderiam ser instaladas sem nenhum aval das comunidades; a exploração das riquezas minerais ficariam totalmente na mão dos interesses governamentais; as ações militares ocorreriam sem consulta às comunidades ou à Funai; o ICM-Bio prevaleceria sobre as comunidades e a Funai nas áreas das Terras Indígenas sobrepostas com Unidades de Conservação; garantiria a intervenção de qualquer órgão federal em qualquer fase do procedimento administrativo independente de suas atribuições e competências; e ficaria vedada a ampliação das Terras Indígenas, cujos limites muitas vezes reduzidos não atendem ao artigo 231 da Constituição Federal. A entrada em vigor desta Portaria n° 303/12 não só inviabilizaria o estudo de novas Terras Indígenas, a exemplo da PEC 215, como abriria as Terras Indígenas existentes para qualquer tipo de intervenção governamental, e consequentemente empresarial.

Nesta linha da abertura das Terras Indígenas à intervenção existe ainda o PLP 227/12, Projeto de lei para regulamentar o § 6º do art. 231 da Constituição Federal, por meio da definição dos bens de interesse público da União inviabilizando as demarcações e abrindo as Terras Indígenas para: I – assentamentos rurais realizados pelo Poder Público, em programas de reforma agrária e colonização; II – a exploração e aproveitamento de jazidas minerais; III – o aproveitamento de potenciais hidráulicos; IV – o uso e ocupação de terras públicas destinadas à construção de oleodutos, gasodutos, estradas rodoviárias e ferroviárias, portos fluviais e marítimos, aeroportos e linhas de transmissão; V – concessões e alienações de terras públicas localizadas na faixa de fronteiras; VI – as ocupações de terras públicas na faixa de fronteiras resultantes das formações de núcleos populacionais, vilarejos e agrupamentos urbanos; VII – os campos de treinamento militar e as áreas destinadas às instalações policiais e militares, das forças armadas e de outros órgãos de segurança; VIII – os atos que tenham por objeto a legítima ocupação, domínio e posse de terras privadas em 5 de outubro de 1988.

Acontece que horas antes da reunião dos indígenas com a Srª Dilma Rousseff o “líder do governo” na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), aceitou colocar em votação no plenário um requerimento de urgência para a apreciação deste mesmo PLP 227/12, deixando claro as verdadeiras intenções do governo e o caráter inócuo da celebrada reunião com os Povos Indígenas.

Rodrigo Capiau

Declaração dos povos indígenas sobre a ocupação do Polo de Saúde (SESAI) em Peruíbe e Coordenação Regional da Funai em Itanhaém.

Assistam aos vídeos com as denúncias do descaso do Estado com saúde indígena.

Vamos engrossar o coro ombro a ombro com os indígenas, juntos seremos ouvidos!

Amanhã será a reunião dos indígenas com a Sesai e o Ministério Público que está prevista para as 14 horas no MPF em Santos, que se mudou da região da balsa de pedestres e está agora na Avenida Washington Luís, 452, no Gonzaga.

Entenda melhor o impasse aqui:

http://radiodajuventude.radiolivre.org/2013/07/23/funcionarios-da-funai-detidos-devido-a-problemas-na-sesai-como-entender-isso/

Vídeos co-produzidos por  Verde América e Radio da Juventude

Entrevista com Rodrigo (FUNAI) sobre a questão do descaso da SESAI com a comunidade indigena

O desserviço da mídia, do papa e do Estado.

1002453_679820465378937_1868697220_nEnquanto diversas manifestações ocorrem no país inteiro exigindo mudanças, a mídia oficial insiste todos os dias em falar do papa Francisco; onde dormiu, com quem almoçou, o carro que o levou, a janela que ele abriu e blábláblá e a tal Jornada Mundial da Juventude feliz e hipócrita que em momento algum pauta a luta da juventude da periferia que está totalmente negligenciada de todos os direitos sociais, além de estar vivendo um processo de extermínio.

Respeitamos os setores de base da igreja que não estão ligados a essa farsa toda, mas infelizmente não há como ficarmos calados diante de tantos problemas e de tanta violência promovida pela polícia a serviço do Estado, agredindo manifestantes e utilizando dinheiro público num mega evento de cunho particular de um grupo social, que inclusive, é conivente com a extensa higienização social nas cidades que foi promovida antes da chegada do papa, para deixar os locais por onde ele passaria esteticamente aceitáveis.

12339_648073145204771_1779917666_nDenunciamos tal evento que só promove (indiretamente) um Estado cada vez mais hierarquizado, intolerante, patriarcal, homofóbico e preconceituoso, que reforça valores autoritários, conservadores e retrógrados, cujas finalidades eliminam a diversidade e a pluralidade cultural e religiosa. De modo a cercear a construção de uma sociedade realmente livre, justa e igualitária.

Da última visita de um papa ao Brasil, (2007) que no caso era o Bento XVI, sua marca principal era criminalizar religiões de matriz africana, dizendo que fora a católica e algumas que seguem preceitos cristãos, todas as outras eram seitas. Este papa foi bastante polêmico e revelou de fato para que serve a igreja. (tiverem que pedir pra sair)

9jul2013-fabrica-no-rio-de-janeiro-prepara-mascaras-do-papa-francisco-para-a-visita-do-pontifice-a-jornada-mundial-da-juventude-que-acontece-neste-mes-1373401062720_1920x1080Seis anos depois um novo papa vem ao Brasil, aparentemente é bem diferente, também, tinha que ser, pois este novo papa dissimula a intolerância da igreja por meio do próprio nome; “Francisco”, que é simbolismo de voto de pobreza, pois na história do catolicismo, Francisco foi um jovem que viveu no século XI e abandonou tudo que tinha, fez voto de pobreza e foi estar junto daqueles que sofriam, na igreja a mistica em torno desse Francisco diz respeito a restauração da igreja de Cristo junto ao mais simples de coração. (parece que a fumacinha não é tão milagrosa na escolha de um Pontificie, ainda mais em tempos de escândalos de pedofilia)

A verdade que a mídia não apresenta: é que a Igreja é uma grande instituição bancária empresarial que ao longo do tempo vem perdendo espaço para outras organizações religiosas, por isso a vinda do papa para América Latina é pura estratégia para reforçar e arrebatar fieis que a sustentam e a sustentaram por mais longos séculos.

Por isso, o tamanho desrespeito e desserviço da mídia, do papa e do Estado.

OBS: Durante a missa do papa: A igreja fala das chacinas no Brasil com verbo empregado no passado, só que o extermínio da população pobre é tão presente quanto os adjetivos etnocêntricos que criminalizam e exterminam durante séculos a população preta, indígena, homossexual… excluída mesmo!  E isso, causa desconforto para uma festa tão linda como a Jornada Mundial da Juventude.

Vídeo sobre:

Trabalhador é agredido na UNIFESP-BS em ato promovido pelo Sintragem litoral

Como informamos em matéria anterior (leia aqui)  no dia 11 de julho de 2013 durante a greve geral que houve em diversas regiões do país, o Sintragem Litoral (sindicato dos vigilantes) ao realizar piquete em frente a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) acabou por estimular manifestantes a agredirem um trabalhador que nem mesmo pertencia a categoria.

Como também já citamos, este tipo de violência revela o teor que o sindicalismo da Força Sindical exerce, estruturas despóticas que norteiam a luta da categoria de acordo com interesses escusos que não representam o trabalhador. (leia aqui)

Expressamos aqui nossa profunda solidariedade. Repudiamos totalmente este tipo de atitude e que o Sintragem assuma suas responsabilidades por incitar tal ocorrido..

Vejam as fotos e tirem as conclusões.

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Retiramos algumas informações para não expor demais o trabalhador, depois de tudo que aconteceu. O foco é a denúncia de um ato repudiável,

Funcionários da Funai detidos devido a problemas na Sesai. Como entender isso?

Desde o dia 15, segunda-feira, uma comissão de indígenas ocupou o Pólo Base da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) sediado no município de Peruíbe reivindicando o atendimento às demandas que já foram inclusive acordadas em reuniões ocorridas no ano corrente junto ao Coordenador do DSEI Litoral Sul (Distrito Sanitário Especial Indígena), Sr. Paulo Camargo, uma vez que os compromissos não estão sendo cumpridos: nas aldeias segue faltando o atendimento pelas equipes de saúde, que por sua vez acusam a falta de veículos para que cheguem até os locais de atendimento. Após a ocupação, os funcionários do pólo foram detidos apenas para garantir que houvesse o diálogo com o Sr. Paulo Camargo, que agendou uma reunião com os indígenas na sexta-feira, dia 19 de julho.

Após a ocupação pelos indígenas do Pólo Base da Sesai em Peruíbe, a Funai participou das negociações para garantir uma reunião com a Sesai, com intervenção do Ministério Público e da Polícia Federal, em troca da liberação dos funcionários da Sesai que eram mantidos detidos pelos indígenas. Porém, a Sesai não compareceu à reunião acordada e a Funai do Litoral Sudeste, em Itanhaém, sofre neste momento, por tabela, a sua ocupação ocasionada da total falta de compromisso e responsabilidade da Sesai no atendimento às aldeias e sua incapacidade de negociação e diálogo com os indígenas.

Entretanto, frente à falta de diálogo com a Sesai, seis servidores da Funai se encontram detidos neste momento e cerceados do direito de ir e vir pelos indígenas que reivindicam a melhoria do atendimento à Saúde Indígena junto à Sesai.

É preciso esclarecer a todos que a execução desta ação não passa em nenhum momento pelo crivo da Funai, que não tem poder algum sobre ela, mas que cabe somente acompanhar a sua execução, ou seja, reproduzir a reclamação dos indígenas, o que tem sido feito seguidamente nestes dois anos e meio de existência da Sesai.

Acrescente-se a isto o momento delicado em que se encontra a Funai, sofrendo ataques seguidos e sistemáticos dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário, e a fúria devastadora do latifúndio e do agronegócio, todos querendo enfraquecer o papel da Funai na demarcação das Terras Indígenas e arruinar de vez o acesso dos indígenas a suas terras tradicionalmente ocupadas ainda não regularizadas.

A situação da Saúde Indígena no Estado de São Paulo, que já não era exemplar durante o período de 10 anos com a Funasa (Fundação Nacional da Saúde), declinou gravemente a partir da transferência desta Ação Orçamentária para o Sesai, e já no primeiro ano da transição as cobranças dos indígenas se transformaram em um jogo de empurra entre os dois órgãos, que terminavam por não resolver os problemas apresentados. Depois da Funasa sair definitivamente do cenário, o Coordenador do Sesai ainda levou mais de dois anos para fazer sua primeira conversa com os indígenas no Estado de São Paulo, criando entre os indígenas a sensação de abandono frente à demanda pelo atendimento diferenciado compreendido pelas peculiaridades geográficas e culturais destes povos. As aldeias indígenas encontram-se em locais que muitas vezes não são atendidos pelo sistema público de transporte, e a insegurança se agrava em relação aos casos de emergência.

As equipes estão muitas vezes despreparadas para compreender e respeitar as práticas tradicionais de saúde em indígenas, gerando em muitos casos desentendimentos e conflitos que podem ser evitados. Outro problema gravíssimo envolve as condições de Saneamento, devido à precariedade no tratamento da água, falta de material para a manutenção da captação e distribuição, péssima política para o tratamento dos dejetos, sem sustentabilidade ambiental e prejudicando consequentemente os indígenas que habitam estes locais.

A falta de Saneamento adequado, responsabilidade também da Sesai, é a fonte de muitos dos problemas de Saúde que poderiam ser evitados com esta ação básica de prevenção. Será que vão continuar deixando morrer crianças indígenas, anciãos e pessoas que necessitam de acompanhamento médico e medicamentos controlados?

Histórico da transição Funasa para Sesai

A Funasa durante mais de dez anos foi usada e abusada por uns tantos esquemas de corrupção como quase todos os setores da saúde do país. O próprio modelo de gestão já dava desde o início toda a abertura para que isto acontecesse, espirrando o dinheiro da saúde indígena nos municípios e no terceiro setor sem o devido controle público.

Os protestos das comunidades indígenas foram constantes, mesmo com as seguidas investidas dos envolvidos nos esquemas políticos no sentido da cooptação de lideranças, no que muitas vezes fracassaram. Tudo isto fez com que este serviço básico afundasse ainda mais e a relação com as comunidades fosse cada vez mais desgastada. Foram mais de dez anos sem que se tenha visto um programa sequer de nível nacional atendendo às reivindicações das comunidades para a valorização da medicina tradicional indígena, que sequer era respeitada, ou para o combate à dependência química, principalmente do álcool, nem houve qualquer programa em nível nacional para a promoção de sistemas de saneamento adequados à realidade indígena e rural. Enfim, elementos básicos para se vislumbrar um atendimento à saúde diferenciado.

A Funasa, com o corpo de funcionários afogado na burocracia e equipes de saúde terceirizadas, muitas vezes se resumiu a repassar verbas nem sempre utilizadas de forma correta e a disponibilizar veículos e motoristas para levar os indígenas para serem atendidos na cidade pelo SUS, no que sempre houve muita inconstância. Só nos últimos cinco anos em que a saúde indígena esteve sob responsabilidade da Funasa foram desviados mais de meio bilhão de reais.

Passou-se o ano de 2010 com a perspectiva de que a ação de saúde indígena iria ser transferida da Funasa para a nova Secretaria de Saúde Indígena a ser criada. Em 2011 a transferência da ação de saúde indígena da Funasa para a Sesai foi mais de uma vez protelada, e muitas vezes não se sabia a quem recorrer: se à Funasa, que alegava estar encerrando suas ações de saúde indígena, ou à Sesai, que alegava estar ainda em processo de estruturação e por este motivo ainda não havia assumido a ação.

O jogo de empurra durante o ano de 2011 entre Funasa (Fundação Nacional da Saúde) e Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) só fez com que esta ação definhasse.

Recapitulando com maiores detalhes: durante o ano de 2011, houve inúmeros casos de falta de medicamentos, dificuldade das equipes de saúde em se deslocar para as aldeias, inacessibilidade dos indígenas ao serviço de transporte dos enfermos, principalmente em casos de urgência, omissão no controle da qualidade da água nos sistemas de abastecimento, falta de água causada por omissão na manutenção e reposição de materiais, morosidade ou mesmo inoperância na instalação e manutenção de sistemas de saneamento.

Um caso emblemático foi o da aldeia Tangará, em Itanhaém – SP, onde entre 2010 e 2011 vieram a óbito quatro crianças. Em uma delas foi feita biópsia e foi constatado forte indício de que a anemia profunda que sofria foi causada por contaminação da água e levou à morte da criança. Uma servidora pública que vinha acompanhando com preocupação a situação desta comunidade e pretendia investigar inclusive a qualidade da água foi vetada por pessoas da Funasa de prosseguir com suas visitas à aldeia. Todos estes problemas se repetiram nos anos de 2012 e 2013.

Entretanto, uma dúvida: Foi a crise permanente da Funasa na ação de saúde indígena que motivou a criação da Secretaria de Saúde Indígena – SESAI? Será que devemos ser otimistas em relação às decisões dos mesmos governantes que tantas provas nos deram do amor que têm pelo povo? Hoje, em 2013, a responsabilidade da ação de saúde indígena está toda na Sesai, porém, simplesmente iniciamos o ano novamente sem qualquer ação na área da saúde: as equipes não têm condições de serem transportadas, pois os carros estão parados.

Apesar de haver se passado dois anos da criação da Sesai, será que não houve tempo hábil para a transição? Será a falta de contratos, licitações para combustível, manutenção de veículos? Não existe uma série de argumentos jurídicos e administrativos que tratam da emergência no atendimento à saúde com os quais se dispensam de licitação até mesmo ambulâncias e equipamentos caríssimos, frequentemente utilizados para o desvio de verbas? Por outro lado, vemos argumentos referentes às mudanças na gestão da saúde indígena, no sentido da otimização dos recursos públicos. Pergunto: Será ótimo para quem? Otimizar para reduzir as verbas realmente aplicadas na ponta e continuar a alimentar a máquina burocrática e o desvio? Otimizar o clientelismo político?

Haveremos de ver uma verdadeira reestruturação do atendimento público à saúde indígena, onde os altos recursos que hoje são sugados pela máquina e pela corrupção sejam investidos realmente em saúde? Uma na qual haja o apoio à medicina tradicional, à fitoterapia e às formas indígenas próprias de curar enfermidades de ordem mental, espiritual, que venham a contribuir até mesmo no tratamento de casos como a dependência química dentre outros problemas advindos do contato com a sociedade não-indígena? Para que isto aconteça estamos certos da necessidade primordial da organização das comunidades indígenas neste sentido e dos trabalhadores que com elas atuam ou que a elas se sintam sensibilizados, pois isto não será realizado por nenhum governante. Pretendemos com estas palavras não apenas a denúncia, que por si não tem a capacidade de transformar a realidade, mas conclamar a sociedade, indígena ou não, que conscientes do direito fundamental à saúde, viremos o jogo a nosso favor por meio da organização, da prática e da luta!

Denúncia: Moradores da Parque Prainha em São Vicente continuam enfrentando dificuldades com transporte

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Nesta última quinta-feira dia (18) um grupo de moradores dos bairros Japuí e Parque Prainha realizaram um manifesto em frente a Ponte Pênsil reivindicando melhores condições de transporte e segurança, pois devido o fechamento da ponte para reforma, têm enfrentando dificuldades com o transporte que havia parado de passar no bairro Prainha e com o posto policial desativado, diversos assaltos ocorreram, inclusive um rapaz teve sua moto furtada.

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Foto: Rádio da Juventude

A manifestação dos moradores ganhou visibilidade por meio da mídia e a Prefeitura se prontificou a resolver o problema, começando pela iluminação da ponte e com envio de uma viatura para ficar circulando entre os dois bairros.

Porém, segundo relatos dos moradores os problemas com o transporte público no bairro Parque Prainha continuam, apesar dos ônibus e das peruas terem voltado a passar pelo bairro, a questão agora, é que o suposto transporte alternativo “peruas” não levam mais as pessoas em pé com medo de levarem multa na rodovia dos imigrantes, resultado: toda vez que chega uma perua no bairro, ela já está lotada, segundo um morador:

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

“é impossível conseguir chegar ao centro de perua, elas já chegam aqui vindo do Japui lotadas, isso é um absurdo! Tinha que aumentar o efetivo, como vai ficar a situação quando fecharem a ponte de vez para pedestres, eu por exemplo, tenho ido a pé até os bombeiros pra pegar um ônibus, ou lotação, e quando chego lá, vou em pé de todo jeito, coisa mais sem sentido, sem contar pra voltar do centro de São Vicente é a mesma coisa”

Outra moradora relata que:

“vai ficar muito complicado quando não poder passar pedestre pela ponte, como vai ficar os estudantes? Meu filho estuda no República de Portugal, eu não tenho condições de pagar R$ 8,00 por dia pro meu filho ir estudar, como vai ficar isso?”

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Outro problema grave que já citamos e reafirmamos é que os micro-ônibus que atendem os bairros não possuem acessibilidade para cadeirantes. (logo mais apresentaremos uma matéria com este morador cadeirante relatando este desrespeito a um direito social)

Segundo o gerente regional da Empresa Metropolitano de Transportes Público (EMTU) Rogério Plácido da Neves disse que quatro motoristas não realizaram o trajeto que deveria, por isso todo o problema, mas tudo já foi resolvido e a empresa Piracibana foi notificada e recebeu uma multa de R$ 900,00. (troco do doce perto do que ela ganha)

Só que não. O problema continua!

Conversa pra boi ir dormir deste gerente regional, hein? Eita governo de gabinete. Culpa do trabalhador né? Sempre blindam a empresa.

Pois bem,

No dia 1 de agosto ficou acordado que o Prefeito Billi receberá um grupo de moradores para discutir o problema. Esperamos que os moradores aproveitem este momento pra cobrar diversos direitos que lhes são violados.