Baixada Santista: Greve. Vem pra rua ou vai pra casa?

Mais uma paralisação ocorreu hoje (30) pela manhã promovida pelas centrais sindicais. Segundo informações divulgadas pelos dirigentes sindicais que organizaram, esta manifestação tinha o caráter de puxar uma ainda maior no dia 06 de setembro.

No bojo das manifestações que pipocam pelo país e ocupam câmaras municipais, as centrais apesar de terem ficado anos distantes das reivindicações de rua, possuem agenda política e força de paralisação urbana, afinal, quem passou por vias bloqueadas pode perceber que não haviam muitos manifestantes, apenas alguns de camisetas de sindicatos. No entanto, bloquearam durante 3 horas o trânsito – um carro de som ligado falando pro nada – uma galera sacudindo bandeira – e trabalhador descendo do ônibus e indo a pé para o trabalho, aí podemos dizer; nossa que alienado esse trabalhador, deveria aderir a greve, mas aderir a quê? Por quê? E com quem?

A realidade que temos é que os trabalhadores não se vêm representados por tais entidades, além de se encontrarem anos luz de distância das pautas, e não por falta de consciência, mas pela certeza de que nada muda e que apesar do sindicato ser um instrumento de luta, a vida cotidiana não condiz com parar uma avenida durante três horas.

Na prática boa parte dos sindicatos se tornaram uma instância burocrática que disputa espaço de poder, deixando as ações de base de lado, deixando os trabalhadores submetidos as suas agendas políticas em que ir pra rua é só estratégia política para amarrar acordo.

Na orla da praia da baixada por volta das 07h30, onde estava ocorrendo o bloqueio entre as cidades de Santos/São Vicente, 99,9% das pessoas que passavam não tinham o menor interesse em participar, alguns comentavam que não estavam nem sabendo que o ato ocorreria, se soubessem ficariam em casa, outros acreditavam na legitimidade, porém, tinham imensa desconfiança de tudo aquilo e por isso preferiam ir para o trabalho.

Paralelo

Em Porto Alegre ocorreu um ato grande mesmo, envolvendo os trabalhadores do metro e dos ônibus junto com estudantes, só que em Porto Alegre tem sido o resultado do intenso trabalho do Bloco de lutas, que vem dialogando constantemente com a população sobre a questão do transporte, não utilizando apenas os atos de rua como única ferramenta de luta.

Ou seja, é ínfimo e risório tal situação, pior! Fica-se propagando pela redes a maior paralisação de todas – a baixada vai parar – na luta com os trabalhadores – e de fato quando olhamos pra rua, cadê? Cadê a massa? Cadê os trabalhadores? O que se consegue de verdade é alimentar mais ódio na população, e como a mídia burguesa não ajuda em nada mesmo, a verdade nua e crua, é que essas estratégias são um prato cheio pra direita chincalhar com tudo.

É preciso refletir sobre isso, descer do pedestal da teoria, pois na prática o que deveria aglutinar e corroborar para a luta da classe trabalhadora, está só contribuindo pra esvaziar o debate e o avanço político.

Por onde anda o Movimento Passe Livre Baixada Santista?

1016087_548704811858383_1920239757_nCinco atos contra o aumento da tarifa ocorreram na baixada santista, o último no dia 20 de junho de 2013, que chegou a aglutinar cerca de cinco mil pessoas.

Para uma região como a baixada santista onde o pensamento provinciano impera favorecendo grupos políticos que se revezam a décadas no poder, e as poucas organizações de esquerdas existentes labutam para fazerem suas lutas e no mínimo garantir seu quadro de militantes, há de se considerar que essas manifestações romperam com um paradigma de anos de inércia, agora, é garantir o refluxo da luta.

1016640_548115075250690_1376963550_nEssas manifestações foram promovidas por um grupo que até então se intitulava como Movimento Passe Livre Baixada Santista (MPL BS), e depois do quinto ato, que podemos dizer; “onde o couro comeu”, pois a polícia reprimiu geral, devido os arrastões e o quebra quebra promovido pela galera da periferia que desceu o morro e tomou de assalto o ato.

Quem acompanhou os jornais no dia seguinte se deparou com fotos de manifestantes sentados no chão (não todos!) num gesto de entregar aos vermes os vândalos, pois é, a manifestação em maior parte era constituída de “X9”, “cagueta” e “embalista” que não tinham a menor consciência de classe e nem disposição pra luta, e no momento em que as coisas se acirraram ao contrário de aderirem junto a galera do morro, que é a mais afetada com esse direito social sucateado (transporte público, além de outros.) mijaram pra trás – nos jornais, e pelas redes sociais depoimentos pipocaram, do tipo; a periferia estragou um ato pacifico e depredou ônibus, saqueou mercados, lojas… Mas vejam bem, uma galera que tem a vida saqueada todos os dias, vai ficar passeando na rua batendo palma pra polícia e cantando hino nacional? Nem fudendo!

A verdade é que o buraco era mais embaixo

Enquanto as manifestações estavam ocorrendo na orla da praia, e só estavam fudendo trabalhador que queria voltar pra casa de um dia de trampo desgraçado, a coisa foi sendo tolerada, só que uma hora tinha que se bolar armadilha pra macaco ir atrás de banana – polícia e governo municipal não iam tolerar muito tempo a onda de protesto – mas tinham que acabar de forma capciosa, limpando a barra pra não pegar mal. Aí o próprio movimento por erro estratégico, tomado pelo calor do momento e por infiltrações conservadoras decide em assembleia no sindicato dos bancários que iria fechar as quatro pistas no bairro do saboó ( bairro periférico –  área de morro)

Bingo! Era a brecha que o sistema queria – segundo relatos de moradores do bairro do saboó a polícia durante a tarde ocupou o bairro dando esculacho em morador e um jovem foi assassinado – dois ônibus foram deixados em ruas laterais que cruzam as quatro pistas por onde passaria a manifestação. Daí o resto todo mundo sabe, e a conta? Mais uma vez foi depositada na periferia – só pra acrescentar, num dos atos em que o movimento batia palma pra polícia passeando pela orla da praia, outras manifestações ocorriam na periferia de São Vicente e lá o braço do Estado recepcionou na base do cacetete.

Após isso, claro, o grupo se dividiu em dois; Passe Livre Unificado (PLU) e Movimento Passe Livre Baixada Santista (MPL BS) este último lançou uma nota dizendo que estaria se retirando das ruas temporariamente para se organizar internamente e planejar ações de base que possui a intenção de construção de debates públicos.

De volta às ruas?

Ontem, estava sendo divulgado pelas redes sociais e pela mídia burguesa que haveria um grande ato na cidade de São Vicente puxado pelo MPL BS, segundo Helliton Nottvanny um dos organizadores do protesto, este ato era contra os gastos excessivos com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), e contra a demolição sem planejamento do viaduto da Antonio Emerick que irá ocasionar um caos no trânsito além do que já existe. Enfim, o ato acabou não ocorrendo, apenas cinco pessoas compareceram ao ato, agora, não se sabe se o nome do MPL por estar na moda se tornou a bola da vez e todo mundo quer tirar uma casquinha, ou se o grupo estava realmente envolvido, ou se o movimento vai se posicionar pra esclarecer dúvidas.

Pois problemas não faltam no que diz respeito a mobilidade urbana na baixada santista e pegando o link com a construção do VLT, que é uma “importante” alternativa para o transporte público que há mais de 12 anos vinha sendo discutido e até que enfim saiu do papel, porém, falta saber se ele realmente contribuirá com um transporte público gratuito e acessível? Ou será mais um meio mafioso de extorquir dinheiro público? Servindo apenas de forma turística e ferrando a vida dos trabalhadores.

Pois é, o MPL BS tem trabalho pela frente.

Seminário com MPL

Neste próximo sábado dia (24) haverá um seminário para consolidação do grupo MPL BS e daí por diante ao que parece novas ações serão encaminhadas.

Segue o Link para saber a respeito.

Debate com o MPL – SP: Princípios, práticas e perspectivas.

Denúncia: Moradores da Parque Prainha em São Vicente continuam enfrentando dificuldades com transporte

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Nesta última quinta-feira dia (18) um grupo de moradores dos bairros Japuí e Parque Prainha realizaram um manifesto em frente a Ponte Pênsil reivindicando melhores condições de transporte e segurança, pois devido o fechamento da ponte para reforma, têm enfrentando dificuldades com o transporte que havia parado de passar no bairro Prainha e com o posto policial desativado, diversos assaltos ocorreram, inclusive um rapaz teve sua moto furtada.

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Foto: Rádio da Juventude

A manifestação dos moradores ganhou visibilidade por meio da mídia e a Prefeitura se prontificou a resolver o problema, começando pela iluminação da ponte e com envio de uma viatura para ficar circulando entre os dois bairros.

Porém, segundo relatos dos moradores os problemas com o transporte público no bairro Parque Prainha continuam, apesar dos ônibus e das peruas terem voltado a passar pelo bairro, a questão agora, é que o suposto transporte alternativo “peruas” não levam mais as pessoas em pé com medo de levarem multa na rodovia dos imigrantes, resultado: toda vez que chega uma perua no bairro, ela já está lotada, segundo um morador:

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

“é impossível conseguir chegar ao centro de perua, elas já chegam aqui vindo do Japui lotadas, isso é um absurdo! Tinha que aumentar o efetivo, como vai ficar a situação quando fecharem a ponte de vez para pedestres, eu por exemplo, tenho ido a pé até os bombeiros pra pegar um ônibus, ou lotação, e quando chego lá, vou em pé de todo jeito, coisa mais sem sentido, sem contar pra voltar do centro de São Vicente é a mesma coisa”

Outra moradora relata que:

“vai ficar muito complicado quando não poder passar pedestre pela ponte, como vai ficar os estudantes? Meu filho estuda no República de Portugal, eu não tenho condições de pagar R$ 8,00 por dia pro meu filho ir estudar, como vai ficar isso?”

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Outro problema grave que já citamos e reafirmamos é que os micro-ônibus que atendem os bairros não possuem acessibilidade para cadeirantes. (logo mais apresentaremos uma matéria com este morador cadeirante relatando este desrespeito a um direito social)

Segundo o gerente regional da Empresa Metropolitano de Transportes Público (EMTU) Rogério Plácido da Neves disse que quatro motoristas não realizaram o trajeto que deveria, por isso todo o problema, mas tudo já foi resolvido e a empresa Piracibana foi notificada e recebeu uma multa de R$ 900,00. (troco do doce perto do que ela ganha)

Só que não. O problema continua!

Conversa pra boi ir dormir deste gerente regional, hein? Eita governo de gabinete. Culpa do trabalhador né? Sempre blindam a empresa.

Pois bem,

No dia 1 de agosto ficou acordado que o Prefeito Billi receberá um grupo de moradores para discutir o problema. Esperamos que os moradores aproveitem este momento pra cobrar diversos direitos que lhes são violados.

Porto Alegre: “mobilizar até vencer” bloquearam o aumento e conseguiram passe livre pra estudantes e desempregados, de quebra: abertura das planilhas.

1044908_481594651933461_1590999406_nOs protestos em Porto Alegre contra o aumento da passagem começaram três meses antes dos atos que aconteceram em SP e RJ que depois reverberariam no país inteiro. Hoje, enquanto a maior parte deles perdeu a força e o foco, Porto Alegre segue com o lema que os norteou desde o início “mobilizar até vencer”.

518645O estopim

Válido lembrar que algumas manifestações já estavam ocorrendo, em proporção menor, mas, foi com a notícia de reajuste de passagem no dia 24 de março de 2013, que impulsionou os atos terem início de forma mais contundente, primeiro no dia 25 e depois no dia 27 com cerca de 10 mil pessoas que ocuparam as ruas para barrar o aumento da tarifa.

518642Com essa mobilização gigantesca que ocupou as ruas de Porto Alegre e bateu nas portas da Prefeitura, somada com a protocolar ação cautelar que foi aceita pelo juiz Hilbert Maximiliano Obara, da 5ª Vara da Fazenda Pública, apresentada no dia 25 de março pelos  manifestantes, a coisa foi esquentando.

Resultado:

No dia 4 de abril foi anunciado o bloqueio por meio de uma decisão judicial, e após ser notificada, a prefeitura afirmou, em nota, que não iria recorrer da decisão. “Se a Justiça entende que o caminho é suspender o reajuste então vamos acatar a decisão judicial”, afirmou o prefeito José Fortunati.

Daí teve inicio a primeira vitória que colocou o grupo a pensar em outras formas de luta que existem, além da manifestação na rua,  com isso, a rearticulação na base fortaleceu para o próximo passo que era reivindicar por passe livre para estudantes e para desempregados, (que já era pauta do movimento) mas para isso precisavam dar um upgrade na base e na organização do movimento.

1044343_480834498676143_2007410027_nVale expor neste caso, a visão e avaliação de dois integrantes da Frente Autônoma do Bloco sobre o movimento que vem há tempos realizando atos e debates sobre o transporte público na Capital gaúcha; “Há um sentimento muito forte em torno de uma maior autonomia do movimento, então vimos espaço para criar a Frente Autônoma e lutar contra o aparelhamento do Bloco por partidos políticos. É uma experiência muito positiva, pois o Bloco não está aparelhado por nenhuma força, é uma composição muito saudável”, continue lendo aqui muito interessante e fundamental o posicionamento.

774447_483200238439569_366960714_oDeste modo:

Voltaram às ruas em massa em junho com pauta e com foco muito claro, diversos atos foram desencadeados até a ocupação da câmara dos vereadores que demostrou além da força dos manifestantes, a capacidade de articulação, de mobilização e de desmascarar um poder institucionalizado que não passa de fraude, que não representa a população, e que apoiada pela mídia burguesa a todo custo tentou deslegitimar o movimento com as famosas frases: ¨são todos uns vândalos” – “esse movimento não tem direção” e por aí vai.

15211704E temos que abrir um parêntese aqui para falar do Governo facínora e boçal de Tarso Genro que promoveu perseguições e proferiu injúrias do tipo:  “aliados a ultra-esquerda do PSOL e PSTU, os anarquistas têm influência e controle direto dos atos de vandalismo. Isso já foi identificado pela polícia. São jovens desorientados que caem na marginalidade, entendem que a violência é solução para tudo. Odeiam tudo aquilo que não são eles mesmos. São os introdutores do vírus da violência num movimento que tem enorme respeito social pela pauta generosa que tem apresentado.” Canalha.

Leia aqui O enredo de uma farsa que desmascara este Governo e assista ao vídeo da Federação Anarquista Gaúcha responde ao Governador Tarso em coletiva

thumbE com tantos ataques e debaixo de cassetetes e gás de pimenta no dia 10 de julho os manifestantes ocuparam a câmara de  vereadores com muita combatividade e também criatividade, e após oito dias obtiveram mais uma vitória, passe livre para estudante e desempregados e a abertura das planilhas de contas das empresas de ônibus que foi protocolado às 09h desta quinta-feira (18) num acordo firmado entre representantes do movimento social e vereadores no Foro Central da Capital.

As  vereadoras Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchionna (Psol), representando suas bancadas foram quem protocolaram, e antes que saiam por aí querendo ser as mães da criança, que fique claro, a VITÓRIA É DE QUEM SAIU ÀS RUAS E RESISTIU a todas as perseguições e gases de pimenta e balas de borracha.

Por Ramiro Furquim/Sul21E os tais invasores (da própria casa, “câmara”), baderneiros e até chamados de fascistas pelo Governador Tarso Genro, conseguiram por meio da ação direta vencer a repressão do Estado por meio da PM e da criminalização da mídia que ambos servem ao governo, porém, já anunciaram que a luta continua, foram apenas batalhas vencidas, que fique certo, “continuaremos pelando!” disse uma integrante da frente autônoma.

Mas o que faz Porto Alegre sair na frente? E vencer tantas batalhas. Fica à reflexão.

Antes de irem embora:

pra quem não ficou sabendo…

antes de desocuparem a câmara de porto alegre ontem (18), manifestantes tiraram fotos nus e seminus na sede do legislativo… o presidente da câmara disse que a imagem é “deprimente e desrespeitosa à casa do povo”… “se querem fazer sexo grupal, que vão fazer em um local privado, não em um local público”…

ah, olhem alguns quadros-fotos na parede de cabeça pra baixo… aquele que um cara está segurando no “meio” das pernas é da deputada federal manuela d’ávila (pc do b), que já foi vereadora…

uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu… ( texto da web)

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OBS: Fotos retiradas da internet.

Alguns vídeos;

Noite de terça-feira, 27 de março de 2013. Estudantes tomam a Prefeitura no maior protesto já realizado contra o aumento da passagem do transporte público em Porto Alegre. O valor do ônibus passou de R$ 2,85 para R$ 3,05.

Os Mascaristas Anarcados trolando a mídia burguesa.

Funk montado dos Mascaristas Anarcados com a mina cantando.

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“Cambada de Teatro Em Ação Direta Levanta Favela”

Vídeo do face sobre a Tropa de Nhoque recebendo os jornalistas para entrevista coletiva, na Câmara dos Vereadores de POA, 15/06/2013. disposto apenas no face segue o link:

https://www.facebook.com/photo.php?v=10201550569065626&set=vb.1219262916&type=2&theater

São Vicente: Moradores do Parque Prainha e Japui reclamam da falta de transporte público no bairro.

Foto-0257Com o fechamento da Ponte Pênsil para reforma desde o dia 10 de julho, os moradores dos bairros Parque Prainha e Japuí têm enfrentado dificuldades de locomoção devido à falta de transporte público que atende a região, segundo os moradores do Parque, tanto as peruas de lotação quanto os ônibus não têm exercido o itinerário que deveriam cumprir, que seria sair do Japui ir até o Parque e depois seguir caminho pela ponte do mar pequeno, entretanto, estão usando a justificativa de que com a ponte pênsil fechada, ir até o Parque, tornou o percurso maior e eles têm que cumprir horário.

Os moradores do Japui também acrescentam que a quantidade de ônibus diminuiu, inclusive, alguns moradores têm ido a pé até o centro de São Vicente para poder conseguir um transporte. (sendo que já eram poucos).

No caso, alguns ônibus e algumas lotações devido à pressão da população têm ido até o Parque, mas não são todos, ontem mesmo houve uma confusão dentro de um ônibus onde a população se revoltou com o motorista que não queria cumprir o itinerário.

Foto-0258Este dois bairros de São Vicente há tempos são atingidos pela falta de transporte público que é escasso e caro, muito caro mesmo! O preço do coletivo que atende a região é de R$ 3,85 (era para ser R$ 4,00, senão fosse reduzido) e, por exemplo, não possui acessibilidade para cadeirantes, pois, os micro-ônibus que fazem essa linha não possuem o suporte de elevação para tal, sendo que nem mesmo uma pessoa com carrinho de bebê consegue acessar o coletivo, as peruas são a mesma coisa, poucas atendem o que é previsto em lei. (talvez devido o tempo de adaptação que foi repassada as empresas de transporte, que é até 2014, no entanto, há de se apontar, que isso é uma questão de falta de interesse econômico) Para se ter uma ideia a forma com os cadeirantes que moram no Japui fazem para saírem do bairro, é pegar um ônibus municipal Praia Grande (este possui a ponte de elevação) que vai até o terminal de Praia Grande e de lá pegar outro ônibus até o destino desejado. Absurdo!

Foto-0259Além da questão do transporte público os moradores pontuam que, os moradores que fazem o itinerário a pé correm o risco de assaltos, o que já ocorreu, pois as luzes da ponte estão todas apagadas e a avenida de acesso de um bairro ao outro, é mal iluminada e os policiais que faziam guarda num posto da polícia, não estão mais no local, o que também não resolve muito, sendo que, a PM quando estava no posto, se preocupava mais em dar geral na população e mandar as pessoas fazerem o caminho pela Praia Grande do que garantir a segurança das pessoas.

Pra finalizar acrescentam também que até o ônibus escolar municipal que atendia ao Parque saiu de férias e as pessoas que o utilizavam para levarem suas crianças na creche (que fica no bairro do japui, sendo que no Parque não há creche) foram completamente desamparadas pela falta total de transporte e estão se virando tendo que ir a pé ou de bicicleta.

Hoje por volta das 12h os moradores irão fazer um ato simbólico de protesto na ponte pênsil e convidaram a TV Tribuna para fazer uma matéria, uma equipe da TV esteve no local pela manhã desta quinta-feira para gravar alguns moradores que fazem o itinerário a pé.

Em todo caso, esperamos que o poder público deixasse de negligenciar estas comunidades e resolvesse os problemas, mas sabemos que só a pressão junto com a organização popular pode construir mudanças. Parabéns a população que está se articulando!

Foto-1487OBS: Logo, lançaremos uma matéria sobre esta reforma da Ponte Pênsil que no início deste ano o poder público gastou cerca de meio milhão para fazer uma reforma de tábuas, e agora outra reforma estrutural se encaminha, onde as cifras aumentaram de forma exorbitante. Isso mais uma vez indica dinheiro público sendo utilizado indevidamente.

Leia matéria sobre a reforma de meio milhão da ponte no início do ano aqui junto com outros problemas que não foram totalmente resolvidos.

Trabalhador é agredido por sindicato no dia 11 de julho (na greve geral)

O Sintragen litoral (sindicato dos vigilantes…) neste último dia 11 de julho de 2013 (dia da greve nacional) ao aderir à luta e sair às ruas para reivindicar direitos trabalhistas adotou uma postura autoritária e repudiável.

1. saiu passando de posto em posto onde havia vigilantes trabalhando, (do centro de Santos até a praia) e ao contrário de convidá-los a somar em cuja luta os concernem, estava simplesmente intimidando os trabalhadores, de forma, inclusive, terrorista! “não vai aderir? Traz a bomba”

2. por exacerbar este tipo de atuação, ao passar na UNIFESP baixada santista no campus que fica na Av. Ana Costa na altura do n: 95, o sindicato acabou por provocar que manifestantes no calor do momento agredissem um zelador (trabalhador terceirizado) que estava de plantão na universidade, só porque este trabalhador enquanto responsável pela zeladoria disse para os manifestantes que eles não podiam entrar no prédio.

(há relatos que uma moça que trabalha no serviço geral levou um tapa no rosto, por defender o zelador, e que os trabalhadores terceirizados que prestavam serviço foram todos intimidados a deixar o prédio)

Segundo os trabalhadores que estavam no local, se não fossem as faxineiras terem pedido para pararem, iriam bater mais no zelador, pois eles (manifestantes) estavam irredutíveis, e não aceitavam o fato que os trabalhadores ali não iriam aderir à greve.

Os vigilantes, por exemplo, que se encontravam no local, disseram que não foram comunicados sobre a greve, e que iriam até aderir, porém, o empecilho é que não podiam abandonar o posto naquele momento sem avisar, coisa que o sindicato não queria entender, e no final das contas segundo um dos vigilantes: “qual é garantia de não sermos mandados embora por abandono de posto?”.

Todo esse ocorrido foi presenciado por alguns alunos e pessoas que estavam pela universidade que nos informaram do ocorrido, não vamos citar nomes. No entanto, denunciamos tal atitude absurda do sindicato contra os trabalhadores.

Afinal, que tipo de sindicato é este que promove piquete intimidando e batendo em trabalhador? Que não comunica a categoria sobre a greve. O que ele pretende? Lutar pela categoria, ou se beneficiar do momento?

Como já discutimos aqui no blog, apesar do sindicato ser um instrumento de luta da classe trabalhadora, a forma como a maior parte deles esta estruturada hoje, não passam de instituições autoritárias e mafiosas que tornam os trabalhadores em reféns de suas pautas partidárias, na verdade, são braços e punhos de partidos que usam a classe trabalhadora de acordo com seus interesses.

E tal fato ocorrido, denota muito bem a realidade em que estão inseridos os trabalhadores do terceiro setor, um setor frágil e extremamente precarizado, onde além de todos os direitos que lhes são arrancados, há o preconceito e o descaso com tais trabalhadores, o que contribui ainda mais para que essa violência seja tida como algo natural, e logo esquecida.

Uma comprovação do que afirmamos aqui, é que tal ocorrido não foi digno nem de uma nota por parte da UNIFESP, afinal, já se passaram cinco dias, e até o fechamento deste texto, a universidade ainda não se manifestou a respeito. Fica à reflexão, se fosse com um professor, ou um aluno, será que algo não teria sido feito para dar suporte ao trabalhador que foi agredido? No mínimo.

OBS: Estamos investigando para mais informações. Outra coisa, este sindicato dos vigilantes entra no bojo dos setores comandados pela Força Sindical, que já citamos que é uma central de direita e nociva à classe trabalhadora.

Reforma política: 11 de julho um momento histórico. De que lado virá o golpe?

Uma grande jogada do Governo de propor um plebiscito, ao mesmo tempo em que passava a batata quente para o congresso ganhava tempo para se rearticular em reuniões e arrumar a casa, pois como não era possível calar o grito das ruas, então o negócio era ganhar as ruas, para isso lançou suas propostas, a primeira delas trata da “responsabilidade fiscal” demonstrando logo de cara que o governo não irá ceder em sua política econômica. Deste modo, o que esperar de quem há uma década não mexeu na estrutura?

Paralelo a isso, feito baratas tontas às esquerdas começaram a se movimentar apavoradas com a ideia de um possível golpe que não sabiam ao certo de que lado direito viria, por isso, o primeiro ponto segundo elas era ocupar as ruas e retomar as pautas, visto que tomaram um cacete nas ruas pela revolta popular que repelia qualquer grupo partidário. (o que revelou o quanto a população está desacreditada das instituições, e facilmente assimilou o discurso disseminado pela direita) segundo porque sacaram (mesmo não assumindo) que não têm base popular e podem tomar uma grande surra nas eleições do ano que vem, afinal, a discussão de golpe contra o governo, uma coisa é certa, só é verdade à medida que for institucional, pois um governo que mantém uma política econômica que favorece toda uma classe empresarial, muito bem blindado ele está.

11 de julho de 2013

Visto como momento histórico as manifestações nas ruas desencadeadas pelo MPL, as esquerdas compreenderam a importância de ampliar a discussão e efetivar pautas emperradas da classe trabalhadora, com isso guinaram para uma cruzada um tanto esquizofrênica.

Logo, o governo maquiavelicamente decidiu colocar suas forças em movimento e lançou a discussão sobre a reforma política, mesmo sem muita objetividade do que representaria essa reforma política. Na verdade, o modo que está conjecturado só vai ludibriar a população com uma falsa participação, que no final das contas, os mesmos bandidos de sempre que irão decidir.

Contudo, decidido por bases governistas e outras não, o dia 11 de julho de 2013 acabou por se tornar pauta obrigatória, que toda esquerda partidária resolveu enfiar goela abaixo da população como o dia de luta nacional da classe trabalhadora, greve geral!

Legítimo? Parte do que está sendo levantado nas bandeiras, sim. E outra é puro governismo sem mexer nas causas que geram os problemas. Mas e aí? Ir pra rua ou não? Cabe refletir? Vivemos realmente um momento histórico em que a classe trabalhadora conseguirá fazer valer suas reivindicações? Ou não? Sobre isso, várias teorias já foram escritas e discutidas. Mas o que temos que ficar atentos, é para não fugir de um golpe que vinha da direita e cair em outra que agora parece vir da esquerda partidária, inclusive da governista.

Pois, será mesmo possível fechar luta com quem manda construir Belo Monte? Fecha os olhos para o extermínio indígena? Pinheirinhos? Gasta bilhões numa copa, entre outras coisas.

( referente ao partidos de luta, há muita dúvida e questionamento do porque insistem tanto nas ruas, mesmo sabendo que sem base popular não há mudanças de nada)

Ao que parece é que há um véu de ingenuidade e perversidade em tudo isso, a luta da classe trabalhadora precisa sim de organização e combatividade, mas esses instrumentos à medida que não dialogam com a população estão falidos, primeiro: porque todos eles seguem a mesma linha hierarquizada, hegemônica, centralizadora e autoritária, segundo porque suas concepções de lutas tendem a minar toda a autonomia popular, exatamente por adotarem um vanguardismo soberbo que toma decisões sem consulta popular.

Fica à reflexão, não para sectarizar, mas para não trabalharmos equivocadamente para grupos de interesse que se beneficiam da luta, assim como não deixar que a construção do poder popular seja adiado, devido estratégias que só reproduzirão o mesmo tipo de modelo de luta que pouco avança.

Poder no povo!

Transporte público: Uma redução capciosa dos governos revela para quem eles trabalham.

De R$ 4,05 reduziu para R$ 3,90. Continua caro e muti ruim o serviço.

De R$ 4,05 reduziu para R$ 3,90. Continua caro e muito ruim o serviço.

Desde segunda-feira dia 01 de julho de 2013 como anunciado pela Piracicabana e pelo Governo Estadual as linhas intermunicipais tiveram seu valor reduzido em R$ 0,15 na baixada santista. Uma vitória do povo nas ruas que reivindicou? Sim.

No entanto, uma redução um tanto maquiada, afinal, a passagem havia aumentado na região o percentual de R$ 0,25 e após as manifestações teve redução de R$ 0,15, ou seja, aumentou da mesma forma, sendo que a valor já era abusivo e qualquer aumento configura mais abusivo ainda.

Resultado: palmas aos governantes! Eles conseguem dar uma volta e blindar a empresa de todas as formas, e no final, fazer o povo continuar pagando as contas. Em SP, por exemplo, foi acordado que a tarifa voltaria ao valor anterior, entretanto, para não haver perdas (para a empresa) o percentual seria repassado por meio dos impostos. E quem paga os impostos?

Incrível como os representantes públicos servem descaradamente a iniciativa privada, o triste é que isso demonstra o quanto a população é refém desta política cuja existência não é para resolver os problemas e trabalhar para o bem comum de todos, mas sim para administrar negócios do capital privado, deste modo, favorecer uma política econômica que usa e abusa do dinheiro público para financiar privilégios, resultado; sucateamento total do serviços públicos.

As reivindicações de uma categoria que nunca foi às ruas. Por que será?

tn_620_600_PROTESTO_MEDICOS_BOCA_MALDITA_-_BC-18Nesta quarta-feira (03) ocorreram em diversas partes do país manifestações realizadas por médicos, inclusive, aqui na baixada santista houve uma pequena em Santos na praça da independência. Já em SP a Avenida Paulista chegou a ser fechada. Como pauta de protesto; “melhores condições estruturais para a saúde, tanto no que diz respeito à questão física de tecnologias e suporte, quanto econômica para os residentes”. Pois, segundo eles, resolver o problema da saúde é uma questão de investimento na área e não de trazer médicos de fora do país para trabalhar.

Vamos lá.

Essas reivindicações da categoria tem se espalhado pelo país inteiro desde que o governo anunciou que traria médicos cubanos para trabalhar nos rincões do país, ou seja, em locais onde há poucos médicos dispostos a trabalhar. Afinal, para termos uma ideia o salário de um médico que está iniciando a profissão é de R$ 10.000,00 e lá nos confins do Brasil em área como Amazonas, eles ganham moradia e salários ainda maiores. Contudo, faltam médicos nessas áreas, por que será? Segundo estudos, há uma concentração de médicos na região sudeste, enquanto, nas outras regiões carecem, o que revela que essas reivindicações que eles estão levantando em parte são legitimas. Entretanto, há interesse de classe nessa discussão muito maior que o interesse em mudanças estruturais.

1. O problema com o Sistema único de Saúde (SUS) é estrutural e persiste há anos, é sabido de todos que é um serviço cada dia mais sucateado e cada vez mais entregue e gerenciado pela iniciativa privada, fundações, Organizações de Saúde (OS) e este é o ponto que devemos enfrentar e não está sendo pautado.

2. Há de se desmascarar o oportunismo de uma categoria que nunca foi às ruas brigar por coisa nenhuma, vide a luta dos técnicos contra o sucateamento e as condições de trabalho, e nunca houve solidariedade de médicos nessa luta, e por que será? Ora, sempre se beneficiaram dos cofres públicos desde a formação até a empregabilidade.

Neste momento, o que está acontecendo é um grupo social que se vê ameaçado, e está indo a luta num posicionamento de classe, mas que absorvem as pautas da esquerda e se fazem de amigos preocupados com a população, com a saúde… Mentira! Eles estão pensando em seus interesses, essa é verdade!

O que é preocupante é que com essa discussão tomada de assalto há uma pretensa ideologia de neutralizar o real problema e criar mais condições que privilegiam os mesmos grupos sociais. Essa luta por melhorias que eles defendem é aquela que protege uma democracia que produz regras “supostamente democráticas”, mas, que mantém essa ordem social, qual eles carecem, defendem e pretendem blindar, preservar e fortalecer para manter o mesmo tipo de desenvolvimento econômico que não mexe na estrutura, apenas promove mudanças paliativas que mascaram a realidade.

Temos que nos organizar e dizer que saúde não é mercadoria nem pauta de quem grita na rua e depois vai comer no Mc Donalds.

Opa! Querem fortalecer? Bora colar na periferia, a Unidade Básica de Saúde (UBS) tá precisando de médicos para fazer a diferença.

Manifestações do transporte: Os representantes públicos de Santos estão surdos? Ou estão ignorando a população?

936463_167176896797389_1609311320_nO vereador Kenny Pires Mendes da cidade de Santos anunciou por meio da rede social facebook que está elaborando um projeto de lei que possui a finalidade de incentivar a utilização do cartão transporte. (Objeto de discussão na cidade de Santos, devido à obrigatoriedade de sua utilização) Segundo o vereador a ideia funciona da seguinte forma: cada vez que o usuário utilizar o cartão acumulará pontos, qual será revertido em créditos que poderão ser trocados por ingressos de cinema, teatro, exposições, shows e afins, a ideia é estimular as pessoas deixarem seus carros em casa e consumirem cultura. Bacana! Só que não.

Dois problemas, um mascarando o outro, primeiro: obrigar as pessoas a utilizar o cartão não resolve o problema do transporte púbico, segundo: a questão cultural na cidade é outro problema sério, entretanto, vamos por parte, porque fazer um link entre os problemas só se for para realmente resolver, levantar cortina de fumaça e confundir as pessoas, não!

Então, que se mantenha o foco; o cartão é uma afronta, inclusive é inconstitucional, que num acordo de amigos, entre Prefeito + Ministério Público + Empresa de Transporte sob a égide do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estão enfiando goela a baixo da população e mesmo com todas as mobilizações que ocorreram nestas últimas semanas aqui na baixada, parece que os representantes eleitos continuam surdos, ou simplesmente ignoram o que a população pensa, afinal, vale lembrar que quem utiliza o coletivo não foi consultado a respeito de tal mudança, e basta sair às ruas e perguntar as pessoas, a insatisfação é geral, no entanto, insistem num discurso de que 94% da população aceitou a medida, será? A população está na berlinda, por isso está usando o cartão, mas se ela concorda com está condição que lhe foi imposta, aí é outra coisa, e com isso não fazem números, né? O que não podemos perder de vista também, é a falácia da segurança aos motoristas – que na verdade, querem colocar uma pedra sobre o problema da dupla função exercida pelo motorista. ( e estão conseguindo)

Traduzindo: o serviço está aquém do desejado. Não adianta dar prêmios. É preciso melhorar o transporte, melhorar toda a estrutura e toda a lógica de funcionamento, é isso o que as pessoas querem, é isso que foi gritado em coro nas ruas. A Justificativa do Prefeito Paulo Alexandre Barbosa em dizer que o valor do transporte na cidade não aumentou demostra arrogância em não querer admitir que há um problema para se resolver que vai além de um aumento.

A população quer mudanças, não é mais possível utilizar um transporte caro e de péssima qualidade – e, não serão alguns ônibus com sinal WIFI e ar condicionado que irão resolver os problemas dos usuários que veem lá da periferia em ônibus lotados. Isso, é solução pra quem usa ônibus pra fazer turismo, não para os trabalhadores.

Relembrar é viver.

Ano que vem temos eleição e com certeza muitos políticos já estão alinhando seus discursos a essa nova configuração política que foi às ruas e exigiu mudança total de toda uma organização decadente, corrupta e infame que não representa a população, portanto, todo cuidado é pouco, a quantidade de oportunistas, aventureiros que irão tentar se beneficiar apontando direções não serão poucos. Não são as urnas que mudam a realidade, a política do voto é a grande farsa que a mídia condicionou como a grande festa da democracia, somente quem se beneficia é quem está lá os quatro anos cumprindo mandato.

O que muda a vida de fato é a organização contínua e o fortalecimento do poder popular!

OBS: Em 22 de abril de 2013 o vereador, então primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Santos, Kenny Pires Mendes, divulgou em sua página pessoal Face book, que obteve boas notícias quanto ao futuro do transporte público da Cidade, após uma reunião com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.  Segundo ele “Esse serviço otimizará a viagem ganhando tempo em suas viagens, já que o motorista não ficará mais parado nos pontos cobrando e tornará a viagem muito mais rápida para o usuário” Ou seja, ele mudou de ideia e não é mais um defensor deste sistema de transporte público?, Ou esse projeto é só cortina de fumaça para desviar atenção?

A mídia oficial contra os trabalhadores

midia-menteO desserviço da mídia oficial continua implacável em seus ataques contra a classe trabalhadora, desde que resolveu embarcar na divulgação dos protestos que estão ocorrendo no país inteiro impulsionados pelo Movimento Passe Livre (MPL) e também por movimentos sociais que protestam em frente aos estádios de futebol, denunciando uma copa bilionária que sairá do bolso do povo e que já expulsou centenas de pessoas de suas casas, a mídia em seu ativismo elitista vem disseminando uma onda de criminalização contra manifestantes que são de luta, pois, o seu recorte classista visa acomodar os olhares num pensamento pacifico, como se isso existisse dentro de uma democracia opressora como a que vivemos em que o capital é o mais importante, não a vida das pessoas.

1044820_473896866033842_751014988_n1. Todas às vezes que mostram alguma manifestação fazem questão de dizer que a manifestação é um direito constitucional, mas que vândalos têm se apropriado dela e estragado a festa da democracia. Note a hipocrisia: até algum tempo atrás antes do sequestro da pauta, segundo eles mesmos todos eram vândalos, somente depois do caso da jornalista que foi atingida no olho por uma bala de borracha, que o discurso falacioso começou a mudar.

2. Compreenderam que podem se beneficiar e manobrar as pautas segundo seus interesses, de forma a transformá-la numa patética micareta com reivindicações soltas e não propositivas. (O mérito do MPL está justamente num trabalho de base com objetivo claro e pontual)

3. O lado mais perverso: a mídia lucra ao transmitir as manifestações, a globo de forma alguma estava interessada em fortalecer o movimento quando deixou de transmitir a novela, ela estava preocupada em não perder pontos de audiência, e com isso seus anunciantes.

Marcelo-Rezende-nota4. A canalhice de apresentadores como do programa Cidade Alerta da TV Band chega à barbaridade, frases vociferadas do tipo: tem que bater mesmo em vândalos […] isso aí é gente infiltrada, vagabundos, deve ser lá da cracolândia, essa gente perdida, desgraçada que vem atrapalhar um ato pacifico – legitimam, criminalizam e reforçam um olhar preconceituoso que estimula ódio contra a população pobre.

5. Manipulam a informação: o que acontece no centro da cidade, onde a maioria dos manifestantes pertencem à classe média eles mostram, e se dizem contra a violência policial, exceto em pontos em que eles apontam em que há vândalos – na periferia, por exemplo, não mostram nada! E lá os protestos são duramente reprimidos, na baixada santista, por exemplo, a periferia de São Vicente virou praça de guerra no dia 19 de junho, e na cidade de Santos no dia 20 de junho – a polícia matou dois jovens no Morro do Saboó, algumas horas antes de uma manifestação que haveria na encosta do morro, o que provocou ódio na comunidade que desceu quebrando tudo, misturando-se aos manifestantes. (armadilha criada para dar legitimidade a polícia para intervir na manifestação na base da borracha) E o que saiu na mídia? Que vândalos estragaram a manifestação que era pacífica.

sorriavocestsendomanipuxs4O cinismo da mídia atingiu seu ápice, de modo que sua força na formação dos valores sociais sobre a sociedade,  é assustadora. Fato que às correlações de forças entre Mídia Oficial X Mídia Livre é extremamente desigual, e que o trabalho da mídia livre é sempre na contra-mão –  sempre na resistência – difundir uma informação que a mídia oficial não pauta ou é contra –  além de informar, também se faz necessário desmascarar manipulações. Afinal, depois do ato tomado de assalto, (manifestações contra tarifa) e as pautas de esquerdas absorvidas por ela, é muito perverso e fica à reflexão deste poder midiático de massas que a maior parte das esquerdas ainda não aprendeu a combater.

Um exemplo claro é esse debate sobre os gastos na Copa do Mundo que sempre foi denunciado pela mídia livre, e que agora a mídia oficial se apropriou e até num programete como o da Fátima Bernardes na TV Globo está colocada a discussão, contudo, de forma deturpada, apresentando que o governo errou e está gastando muito, (como se ele fosse o único culpado) todavia, sem apontar quem está lucrando com a copa. (inclusive a emissora) Ainda assim colocou no imaginário popular esse debate, quem anda pelas ruas, poderá perceber o quanto a população está discutindo essa questão dos gastos, mesmo sobre o prisma da Rede Globo. Eis, o trabalho de base de sermos mídia. (meio que difunde, discute e confronta)

Portanto, fortalecer os meios de comunicações populares e livres é fundamental neste momento para fazer o contra o ponto, e não deixar que a mídia oficial domine o debate. Apesar, de como citado no texto; às correlações de forças serem desiguais, temos a vantagem de que ela não pode sustentar por muito tempo essa discussão, tem seus limites justamente por se servir daquilo que critica, eis seu Calcanhar de Aquiles.

Lutar, criar, mídia popular!

Comunicado da Rádio da Juventude sobre a conjuntura das manifestações.

A Rádio da Juventude vem por meio desta comunicar que está se retirando das manifestações contra o aumento da tarifa, devido à deturpação do movimento que foi cooptado por forças conservadoras que estimulam a exacerbação de um nacionalismo cego que favorece grupos autoritários de extrema direita, incitando violência e ódio aos instrumentos de luta da classe trabalhadora, deste modo, não mais nos sentimos pertencentes ao que ele se tornou.

1. Não compactuamos com as agressões promovidas aos companheiros que há tempos estão nessa luta, e somente porque pertencem a partidos, sindicatos, organizações sociais estão sendo hostilizados e agredidos. Consideramos isso, um atentado à liberdade, além de uma estratégia política de grupos de direita que promovem o pensamento conservador que não tem interesse em mudar os pilares da sociedade, mas sim fazer reformas políticas que favoreceram ainda mais o fortalecimento do capital privado.

Resultado: fortalecimento de um Estado ainda mais opressor e segregacionista que só contribuirá para aumentar ainda mais as disparidades sociais, reafirmando privilégios da classe burguesa e a criminalização da pobreza, por exemplo, os saques e os quebra-quebras que estão ocorrendo na periferia são reflexos de uma política de Estado excludente que foi desencadeada com os protestos. No entanto, ao contrário dessa discussão ser feita. Não está. Apenas um debate moralista e preconceituoso que até mesmo setores da esquerda estão sustentando.

2. Compreendemos que a maior parte desta juventude que está nas ruas, encontra-se em estado de euforia e revolta legítima, porém, sua não experiência e não conhecimento político (e a falta de trabalho forte de base das esquerdas) permitiu o sequestro da pauta por um grupo velado de direita que venceu no momento as esquerdas na disputa pela consciência da população, e o mais preocupante são os grupos extremistas que perceberam o momento e estão fazendo o trabalho sujo de incitação de violência tentando incutir sutilmente na população uma unificação homogenia que é partidária, mas que capciosamente se intitula como – apartidária – com ideário de pureza se auto sacralizando – do povo pelo povo – porém, essa ideologia que permeia travestida de liberdade e luta popular não passa de fascismo.

3. Acreditamos que neste momento as esquerdas que são de luta devem ficar juntas refletir e providencial retornar a base, pois, foi o distanciamento dela que propiciou nossa perda neste momento, e revelou claramente que o sectarismo e as verdades estratégicas não são fórmulas de nada, porque quando dizemos: “isso é fascismo” de que adianta se a massa não compreende o que é. Portanto, nesta coalizão o fundamental é fortalecer a base e pensar estratégias de como desmascarar essa farsa que está sendo muito bem articulada com o apoio da mídia.

No mais, seguimos na luta sempre fortalecendo na luta contra o Estado e pelo poder popular sempre! Com autonomia, liberdade, solidariedade, combatividade e respeito numa perspectiva classista.

SOMOS VÂNDALOS E NÃO ACORDAMOS HÁ DUAS SEMANAS!

“O poder simbólico é aquele que consegue transformar relações de dominação- submissão em relação afetivas e quanto maior o sentimento mobilizado, mas se ocultam as diferenças – sejam elas sociais, políticas, acadêmicas ou de qualquer espécie – sem ficar clara a violência perpetrada, parto do princípio de que, no campo das ciências sociais, sobre tudo, nenhuma escolha “de palavras” é ingênua ou neutra”. Bourdieu

A moral contra a liberdade! Resultado: São Vicente e uma guerra não particular

A luta e o debate pelo transporte público foi ocupado capciosamente  por conservadores de direita enrustidos de libertários – com um discurso apartidário – promovem o ódio pelas redes social e incitam uma juventude eufórica que saiu as ruas pela primeira a adotarem um discurso de ódio, e por não estar preparada para as armadilhas políticas, estão aderindo nacionalmente, e a maioria está sendo direcionada indiscutivelmente.

Dizem que a discussão não é ideológica – mas, isso não se sustenta. Tudo há ideologia. Existem ideias em todos os âmbitos da vida – ideias profundas, criticas, rasas, mal organizadas, ou não, a ideologia sempre estará lá.

Outra coisa, acreditar que cooptação e o direcionamento partidário se faz apenas quando o partido lhe apresenta uma cartilha, é ingenuo, porque a forma mais articulada é quando de forma perversa grupos políticos deturpam a pauta e insistem numa contraposição não clara e que ao contrário de pautar liberdade, insere um debate moral que se diz livre, mas hostiliza tudo, uma coisa é ser autônomo, outra é tornar inimigo aquilo que não lhe convém.

É isso o que estamos assistindo, um debate moral totalmente contrário a liberdade! Um debate moral com base nacionalista que atenta contra toda a diversidade de pensamento.

Desta forma, como podemos nortear um horizonte? Impondo ideias? Enaltecendo causas sem antes serem avaliadas? Que incitam um olhar homogeneizador que dita regras, e não se abre à discussão de toda a população, a verdade, a participação popular virou minoria? Nesta luta, a maioria é uma classe social fazendo uma luta individualista que mina toda a perspectiva popular e livre que existia.

Deste modo,duas frentes foram montadas, primeiro; adoção dos símbolos pátrios, segundo; a utilização do arquétipo pícaro VENDETTA. (e este tornou-se insano, pois este personagem fictício jamais usaria uma bandeira, ou atentaria contra a liberdade)

Resultado: São Vicente e uma guerra não particular

A cidade de São Vicente nesta quarta (19) foi um palco de guerra, saques, ônibus queimados, arrastões, depredação, tiros e tudo mais que uma situação de caos pode produzir, o que fortaleceu ainda mais o debate da moral na baixada santista, um debate moral que irá crucifixar a população pobre (QUE TEM FOME) e colocar na conta das esquerdas, principalmente do MPL. Agora vamos ter a lucidez de pensar o seguinte; este foi o maior golpe que o Estado pode promover, pois ele tem ligações com o crime, muitos representantes públicos tem ligação com o crime, inclusive respondem por isso, e derrepente, antes que essa revolta contra o transporte público (mesmo deturpada) começasse a desmascarar a farsa da classe política eleita toda aqui na baxada, o golpe foi aliciar o crime e estimulá-lo a aderir de forma a dividir toda a sociedade e clamar pela paz. O que irá maximizar ainda mais a moralidade, suprimindo a liberdade e o reflexo disso serão criticas mais ferozes contra as pautas propostas pela esquerda.

Neste momento nós perdemos. Até porque muitos “supostos” esquerdistas também começam a debater tudo sobre o prisma da moral. Oportunismo? Canalhice? Ou medo? O que importa agora, e´que aqui na baixada nós que estamos na base perdemos. Perdemos porque não vamos recuar de nosso recorte de classe e de nossa luta contra o Estado.

Manos e minas:

Aquilo que tão chamando de baderna, na época da ditadura era luta pela democracia, por efetivação de direitos! Aqueles que chamam de vândalos, na época da ditadura chamavam de terroristas! Sacaram a grande mentira que querem transformar numa verdade?

Não se deixe enganar, ditadura nunca mais! Viva a liberdade, lutemos por ela, sangremos por ela, só ela importa nesta falsa democracia capitalista, hostilizar alguém por sua bandeira é pura reprodução da moral arcaica que mantém todo este estado de coisas, e o grande culpado é o Estado e seus representantes! Seu símbolos!

Preze pela liberdade, estão roubando suas ideias, sua consciência e sua juventude!

Não se deixe enganar por quem quer fazer manifestação impondo que irá te fotografar, te filmar e te entregar pra polícia!

A baixada santista parou! Manifestação contra aumento da tarifa cresce a cada dia.

1016640_548115075250690_1376963550_nOntem dia (14) cerca de mil pessoas foram às ruas e deram o recado a Piracicabana e a classe inócua política, “se a passagem não baixar a baixada santista toda vai parar”!

Quem duvidou e achou que o movimento não tivesse força, agora deve estar engolindo à seco suas criticas.

O movimento saiu da praça da independência em Santos em direção à cidade de São Vicente seguindo pela orla da praia com intuito de ir apenas até a divisa (da praia) das cidades, já para dar o recado que no próximo ato, São Vicente também será ocupada, pois, a preocupação dos manifestantes é com a questão metropolitana do transporte.

983972_548037775258420_984982196_nA via de acesso entre as cidades de Santos e São Vicente foi bloqueada e por onde as pessoas passavam: aplausos e apoios foram ganhando, além de adeptos na caminhada. Claro que, também muitas pessoas reclamaram pelo congestionamento criado, afinal, muitas pessoas que voltavam do trabalho não entendiam bem o que estava acontecendo, pois, para uma região onde o estado de letargia engendrou a ideia que jamais na baixada ocorreria uma manifestação desta magnitude, até mesmo, por uma questão cultural, evidente que o choque e o espanto são elementos naturais, mas também são formas de questionar e mostrar o tamanho da força que tem a população quando ela está organizada.

Hoje terá mais um ato às 17h e começará na divisa da praia indo em direção ao centro de São Vicente para ocupá-lo e também convidar os vicentinos a juntar-se ao movimento, assim como deixar o recado aos representantes públicos que a população acordou e que a inércia política está com os dias contados, pois, quem não estiver a favor, estará contra, só que, quem manda é a população!

Lutar, criar poder popular!

Parabéns a todos os protagonistas desta caminhada! Tamujunto!

 

Geraldo Alckmin na baixada: uma festa ofuscada pela luta popular!

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Foto: G1

O Governador de SP Geraldo Alckmin esteve na baixada santista ontem em visita politiqueira e foi recebido com protestos, primeiro pelo pessoal da área da saúde que reivindicou melhores condições de trabalho, salário e estrutura nos hospitais públicos da região, além de denunciar a falta de equipamentos e medicamentos no hospital Emílio Ribas. Em seguida foi à vez de manifestantes contra o aumento da tarifa no transporte expressarem  o seu repúdio ao governador; com frases:

alk33333Alckmin fascista, ditador – Alckmin vai tomar no cu.

O que era pra ser uma festa se tornou um tremendo constrangimento para a classe política da região, que havia preparado toda uma festa em comemoração aos 250 anos de José Bonifácio (outro porcaria).

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O Prefeito da cidade de Santos – Paulo Alexandre Barbosa teve também seu nome levantado em coro pelos manifestantes; Paulo seu ladrão, não queremos o seu cartão – vem pra fora bater um papo com povão.

Mas a festa da politicagem continuou e o governador foi para São Vicente onde foi homenageado por políticos da cidade que agradeceram o repasse de R$ 200 milhões em investimentos e criação de duas ETEC’s na cidade. (como se isso, não fosse obrigação do governo estadual) Ô classe política que gosta de lamber um saco, para termos uma ideia da tamanha puxa saquice – a pedidos, irão conferir Título de cidadão vicentino ao governador –  falta do que fazer.

Em entrevista a mídia oficial o governador declarou que não negocia como manifestantes e não vai baixar a tarifa, pois é – só o cacete né coronel Alckmin?

A pergunta é, quando será que haverá uma classe política menos tacanha e lacaia?Nunca?