Trabalhador é agredido por sindicato no dia 11 de julho (na greve geral)

O Sintragen litoral (sindicato dos vigilantes…) neste último dia 11 de julho de 2013 (dia da greve nacional) ao aderir à luta e sair às ruas para reivindicar direitos trabalhistas adotou uma postura autoritária e repudiável.

1. saiu passando de posto em posto onde havia vigilantes trabalhando, (do centro de Santos até a praia) e ao contrário de convidá-los a somar em cuja luta os concernem, estava simplesmente intimidando os trabalhadores, de forma, inclusive, terrorista! “não vai aderir? Traz a bomba”

2. por exacerbar este tipo de atuação, ao passar na UNIFESP baixada santista no campus que fica na Av. Ana Costa na altura do n: 95, o sindicato acabou por provocar que manifestantes no calor do momento agredissem um zelador (trabalhador terceirizado) que estava de plantão na universidade, só porque este trabalhador enquanto responsável pela zeladoria disse para os manifestantes que eles não podiam entrar no prédio.

(há relatos que uma moça que trabalha no serviço geral levou um tapa no rosto, por defender o zelador, e que os trabalhadores terceirizados que prestavam serviço foram todos intimidados a deixar o prédio)

Segundo os trabalhadores que estavam no local, se não fossem as faxineiras terem pedido para pararem, iriam bater mais no zelador, pois eles (manifestantes) estavam irredutíveis, e não aceitavam o fato que os trabalhadores ali não iriam aderir à greve.

Os vigilantes, por exemplo, que se encontravam no local, disseram que não foram comunicados sobre a greve, e que iriam até aderir, porém, o empecilho é que não podiam abandonar o posto naquele momento sem avisar, coisa que o sindicato não queria entender, e no final das contas segundo um dos vigilantes: “qual é garantia de não sermos mandados embora por abandono de posto?”.

Todo esse ocorrido foi presenciado por alguns alunos e pessoas que estavam pela universidade que nos informaram do ocorrido, não vamos citar nomes. No entanto, denunciamos tal atitude absurda do sindicato contra os trabalhadores.

Afinal, que tipo de sindicato é este que promove piquete intimidando e batendo em trabalhador? Que não comunica a categoria sobre a greve. O que ele pretende? Lutar pela categoria, ou se beneficiar do momento?

Como já discutimos aqui no blog, apesar do sindicato ser um instrumento de luta da classe trabalhadora, a forma como a maior parte deles esta estruturada hoje, não passam de instituições autoritárias e mafiosas que tornam os trabalhadores em reféns de suas pautas partidárias, na verdade, são braços e punhos de partidos que usam a classe trabalhadora de acordo com seus interesses.

E tal fato ocorrido, denota muito bem a realidade em que estão inseridos os trabalhadores do terceiro setor, um setor frágil e extremamente precarizado, onde além de todos os direitos que lhes são arrancados, há o preconceito e o descaso com tais trabalhadores, o que contribui ainda mais para que essa violência seja tida como algo natural, e logo esquecida.

Uma comprovação do que afirmamos aqui, é que tal ocorrido não foi digno nem de uma nota por parte da UNIFESP, afinal, já se passaram cinco dias, e até o fechamento deste texto, a universidade ainda não se manifestou a respeito. Fica à reflexão, se fosse com um professor, ou um aluno, será que algo não teria sido feito para dar suporte ao trabalhador que foi agredido? No mínimo.

OBS: Estamos investigando para mais informações. Outra coisa, este sindicato dos vigilantes entra no bojo dos setores comandados pela Força Sindical, que já citamos que é uma central de direita e nociva à classe trabalhadora.