Hip Hop do Tarja Preta é a vanguarda da revolução feminina.

Na luta pela afirmação do papel da mulher na sociedade, o grupo de Hip Hop Tarja Preta (formado por duas mulheres) é a vanguarda da revolução feminina.

Numa sociedade machista o papel da mulher sempre foi colocado de forma secundária para não dizer inexistente. Desde a revolução feminina na década de sessenta, a condição da mulher na sociedade tem tido alguns avanços, isso comparado há algumas décadas antes onde a mulher não tinha nem o direito de opinar sobre a própria vida. No entanto, a mulher ainda ocupa posições na sociedade que estão aquém de uma igualdade de gênero.

No mercado de trabalho, por exemplo: os cargos oferecidos as mulheres são sempre aqueles quais os homens não se interessam, e quando assumem determinados cargos exercidos também pelos homens, os salários são quase sempre menores.

Lembrando que, é a primeira vez na história do país que temos uma mulher na Presidência da República, é um grande avanço neste sentido, mas também muito ainda precisa ser feito.

Mas, se depender de Joice (Preta Rara) e Jaqueline (Negra Jaque) integrantes do grupo de Hip Hop Tarja Preta da Baixada Santista, essa luta tem militância garantida através de suas músicas com letras de temáticas fortes, discutindo a questão da mulher negra e pobre na sociedade, além de assuntos relacionados à exclusão social e também ao próprio preconceito que elas sofreram no início da carreira em alguns shows de Hip Hop, por serem mulheres ocupando espaços antes tidos como espaços masculinos. Tanto que na baixada elas são umas das únicas representante femininas do gênero.

O grupo foi formado em 2007 e tem ganhado seu espaço no grito, com talento atitude e respeito, a música Falsa Abolição é uma critica inteligente, forte e muito realista a respeito da condição da mulher negra na sociedade hoje, ainda mais quando ela é oriunda de camadas periféricas da sociedade. A música também fala da reconstrução de nossos verdadeiros heróis, como Zumbi e Dandara, ao contrário do que ensinam na escola – princesa Isabel a boazinha.

A música tem uma frase que chega ser um grito de guerra: “Mulher inteligente não usa o corpo usa a mente” Que segundo elas “é inadmissível que as mulheres aceitem ritmos que denigrem sua imagem e sua condição. Músicas de duplo sentido colocam a mulher como objeto e temos que lutar contra isso.”

Ativistas também da Frente Nacional das Mulheres no Hip Hop, elas se preocupam com a mensagem que a música precisa levar as pessoas. E principalmente sobre o papel da mulher negra e periférica na sociedade, que precisa ser discutida constantemente.

Essa é a diferença que faz do grupo Tarja Preta um dos pioneiros na vanguarda da revolução feminina, sendo essas garotas duas autênticas revolucionárias que cumprem muito bem o seu papel contundente diante de uma sociedade machista.

Um salve a todas as mulheres que lutam dia a dia ocupando espaços e mostrando que a mulher sempre foi inteligente e guerreira e que seu papel na sociedade é muito mais que ficar a sombra de seres retrógrados e machistas.

Assista ao vídeo na rádio feira onde elas apavoraram!

Música Falsa abolição

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Sobre a mulher negra

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Manifestação estudantil: Colégio Margarida Pinho Rodrigues/Vila Margarida / Contra a onda de assaltos!

Aconteceu ontem, dia 23/03, às 19 horas, uma manifestação estudantil em frente ao Colégio Margarida Pinho Rodrigues, na Vila Margarida, em São Vicente. O movimento foi realizado em protesto aos seguidos assaltos que vem ocorrendo no colégio, nos quais assaltantes tem freqüentemente invadido e furtado objetos de valores pertencentes aos professores.

Há cerca de dois anos o colégio vem sofrendo estes ataques, sendo que os últimos têm ocorrido em plena luz do dia e durante o intervalo. Muitos alunos, inclusive, já foram assaltados na porta da escola.

Indignados com tal situação um grupo de estudantes do colégio resolveu se organizar e entrou em contato com o CES (Centro de estudantes de Santos) e com a Rádio da Juventude para dar  apoio e orientação no manifesto, já que estes vêm articulando manifestações contra o aumento dos coletivos na região.

A manifestação não foi permitida pela direção do colégio. No entanto, o grupo de estudantes conseguiu incitar os outros estudantes que chegavam para assistir aula a participar e reivindicar uma posição da direção em relação as medidas que serão tomadas ao ocorrido.

Segundo os alunos, todas as outras vezes que assaltaram a escola, no outro dia na frente da escola, lá estava uma viatura de polícia, um mês depois, ao voltar a tranqüilidade, a viatura não vem mais e  aí obviamente os assaltos retornam, ou seja, não se resolveu nada de fato.” Não dá mais, precisamos fazer alguma coisa!” Reclama em alto e bom som um aluno.

De acordo com Mano Zé Elias, Radialista da Rádio da Juventude e um dos fundadores do primeiro grêmio estudantil que um dia existiu no colégio, “É preciso que a direção se abra para o diálogo, envolver toda a comunidade, líderes do bairro e juntos pensarmos uma solução para resolver esse problema. Acabar com o grêmio e adotar uma compostura de cima para baixo é o que contribui para isso acontecer, pois essa política de afastamento é terrível! Deveria ser de aproximação.”

Os alunos disseram que levaram essas reivindicações à direção, mas de nada adiantou, pois, infelizmente, é a terceira direção em menos de um ano.

O colégio vive uma realidade caótica e, ao que parece, tem uma direção que não se abre ao dialogo, assumindo uma posição bastante retrógrada. Um dos professores, a princípio mais adepto a conversa, acabou  passando mal na hora, devido a pressão psicológica. Ele teve que ser socorrido, isso sem antes protestar: “todos estão de prova do que está ocorrendo, é culpa do Estado, ainda vou morrer por isso e por culpa do Estado”

Representantes do CES e da Rádio da Juventude conversaram com os alunos que organizaram o ato e se propuseram a contribuir no que for preciso. Tentaram também conversar com a Direção, mas foram barrados com a seguinte frase: ” De acordo com a lei, num caso como este, temos o direito de permanecer em silêncio”. E mesmo com negociação de que a ideia era apenas um bate papo pra construir uma solução junto, nada feito. Usaram da lei e se calaram, a impressão que fica é: ” quem cala consente e está devendo!”

Fora isso, ocorreu tudo certo. A polícia foi chamada e cumpriu seu protocolo, quase que invisível. A mídia gorda  compareceu, mas foi embora rapidamente.

O que ficou apontado pelo grupo que organizou foi fortalecer essa discussão e levar em frente com novos protestos para que essa realidade mude.

“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.” Che Guevara

MPL–Baixada Santista: A LUTA CONTINUA

O movimento que se iniciou em 2004, na cidade de Santos, está de volta

A luta pelo passe livre para estudantes e redução da tarifa de ônibus, que originou os princípios e a idéia do Movimento Passe Livre aconteceu pela primeira vez no país em Salvador, capital da Bahia. Em 2003, milhares de jovens, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras fecharam as vias públicas, protestando contra o aumento da tarifa. Durante 10 dias, a cidade ficou paralisada. O evento foi tão significativo que se tornou um documentário, chamado “A Revolta do Buzu”, de Carlos Pronzato.

Após as manifestações na Bahia, há um estouro do movimento em todo país eem Santos o movimento tem inicio em meados de 2004 e teve um “fim” em 2009, após grandes atos com enfrentamento da polícia, violência e processos jurídicos.

Após o último aumento na região da Baixada Santista, no inicio do ano, estudantes e trabalhadores começaram a se organizar, realizando atos, reuniões e vídeos-debate no município de Santos e de São Vicente e criando oComitê de Luta pelo Transporte Público da Baixada Santista – CLTP-BS.

Os principais pontos de reivindicação do movimento são:
· Passe livre pros estudantes;
· Redução da tarifa dos ônibus municipais e intermunicipais JÁ;
· Bilhete único para todos;
· Pela volta dos cobradores, sem redução salarial dos motoristas.

O aumento na região foi entre 6% à 25%, o que causou um impacto e uma mudança muito grande na vida da população, o que de certa forma ajudou para o inconformismo e organização para luta.

Para além das questões da tarifa ser/estar extremamente abusiva, o transporte não ser de qualidade…há também a questão dos trabalhadores dessa empresas.

Os motoristas sofrem diversas opressões durante o trabalho, além da precarização e baixa condição de trabalho:
· É a categoria que mais se afasta por problemas de saúde;
· É o motorista que dirigecobra a tarifa, pára no ponto, abre as portas quando dão sinal e ainda guarda o dinheiro do caixa no cofre;
· Em situação de assalto, a empresa de transporte só reembolsa R$30 do caixa, caso haja um roubo maior que esse, é o motorista que custeia, pois ele deveria ter colocado o dinheiro no cofre que fica ao lado de seu banco;
· Em uma jornada de 10 horas por dia, que chega muitas vezes à 14 horas, com paradas de 10 a 15 minutos que o motorista trabalha.

TODO APOIO A LUTA DOS TRABALHADORES E ESTUDANTES DA BAIXADA SANTISTA,
PELA REDUÇÃO DA TARIFA DE ÔNIBUS, JÁ!

PRÓXIMAS AÇÕES:

-25/03: 18h, Bicicletada, Pça das Bandeiras (Gonzaga, Santos);

-26/03:
-14h, Oficina de arte, na FAUS (Unisantos);
-17h, Vídeo-debate “A Revolta da Catraca – Floripa 2005″, no CES;
-20h30, Oficina de Lambe-lambe;

-29/03: 19h, Reunião, local à confirmar;

-31/03: 17h, Ato, concentração na Cadeia Velha (Centro, Santos);

-02/04: 10h, Ato, na Pça Barão (São Vicente);

-06/04: 19h, Reunião na JOC-Santos (R. Constituição);

Poesia: um instrumento de luta social e construção de identidade

Praia Grande litoral sul de São Paulo, no bairro periférico Vila Sonia, por ruas de terra e entre vielas cresceu Elton Alexandre Pereira dos Santos conhecido como NP (Nego Panda), filho de dona Alzira, aprendeu desde pequeno que ali a sobrevivência era árdua, e que só os guerreiros e as guerreiras podem suportar tanto descaso social.

E que para se manter em pé firme e forte na luta, era preciso fazer do que lhe faltava uma boa arma para lutar numa sociedade de exclusão.

Influenciado pela mãe e poetiza Alzira, Elton entrou em contato com o mundo das palavras ainda pequeno, porém, logo percebeu que poderia utilizá-las como matéria prima para produzir seus textos, expressando suas opiniões em relação ao mundo e também sobre suas perspectivas e vivências.

Aos 12 anos começou escrevendo roteiros para estórias em quadrinhos, que junto com alguns amigos produziam artesanalmente. Com 15 anos começou a se envolver com a cultura Hip Hop, onde se identificou de cara, e logo montou um grupo de rap chamado Ruídos Negros, com quatro participações em coletânea e um disco solo intitulados “A escolha é sua”.

Hoje, NP continua na luta, membro da Casa dos Poetas de Praia Grande é Idealizador do Projeto Sarau das Ostras 1°sarau periférico da região, e também integrante do grupo Os Pícaros que fundem música, poesia e teatro, desafiando os limites dessas linguagens com intuito de produzir ideias.

E com tanto talento e energia NP acaba de lançar seu livro Poesias de um mundo louco que segundo ele: “É um livro sobre o cotidiano das periferias, com suas alegrias e dores: descaso social, drogas, criminalidade. Tudo retratado sob a óptica da poesia. São poemas que se enquadram na literatura marginal ou de periferia, com estilo mais solto”.

Ao indagarmos NP sobre se a arte de alguma forma o salvou de um futuro incerto, devido ter crescido num local onde o Estado pouco se faz presente em espaços de lazer, acesso a cultura, educação, segurança… Em linhas gerais, sem condições necessárias para um ser humano se desenvolver com dignidade.

Preciso e direto responde: “Acho que a solução para a violência e os problemas das periferias está em olharmos com mais atenção para as crianças e jovens que moram ali, protegê-los e orientá-los, tenho dois filhos, e procuro incutir os mesmos valores. Tento filtrar as atividades a que eles têm acesso. Eu busco soluções que creio serem as melhores não só para os meus filhos, mas para a maioria dos jovens que estão aí: busco ocupar a mente deles com coisas positivas, como música de qualidade, boas mensagens, cultura e educação”

 

Poema:  “Da senzala a favela

As correntes se quebraram

O cativeiro não existe mais

Liberdade, liberdade

O grito do negro ecoou

Por toda a terra

O sorriso de felicidade

Se comparava a beleza

Da mais formosa flor

Era o fim do sofrimento e da dor

O tempo passou e o negro

Continua sofredor

A senzala só modificou

Continua úmida

E sem as cores da aquarela

Trocaram seu nome

E hoje se chama “FAVELA”.

Mr. Obama não se mostrou disposto a pagar nem um cafezinho

Post de origem Vi o mundo

Rio de janeiro,21/03/2001
SOBRE A VISITA DE MR. OBAMA

por Wladimir Pomar

Mr. Obama aterrisou no Brasil cheio de simpatia. Afinal, boa parte da população brasileira ainda não está informada de que o eleitorado americano foi vítima de um embuste, e a grande imprensa fez tudo a seu alcance para promover a simpatia do casal e o charme de Mrs. Michele.

A grande mídia não mediu esforços para encobrir a grave crise econômica e social que assola aquele grande país, omitir a manutenção da mesma política externa que levou os Estados Unidos ao atoleiro do Afeganistão e do Iraque, e encobrir o apoio do governo norte-americano aos governos ditatoriais da África do Norte e da Arábia.

Em resumo, fez de tudo para dourar a pílula do que deseja realmente Mr. Obama em sua viagem ao Brasil. E tem sido incapaz de mostrar sua afronta ao Brasil, tipo Bush filho, ao ordenar o bombardeamento da Líbia em seu primeiro dia de visita ao governo brasileiro.

Apesar de falar em paz e cooperação, Mr. Obama demonstrou que pratica guerra e imposição. Embora tenha dito ter apreço pela pretensão brasileira de participar do Conselho de Segurança da ONU, não avançou um til sequer na promessa vaga de continuar trabalhando com todos pela reforma daquele órgão multilateral. E não deu qualquer sinal de que afrouxará as barreiras à entrada dos produtos brasileiros no mercado estadonidense.

Em outras palavras, Mr. Obama esbanjou simpatia, tanto a própria quanto a fabricada, mas não se mostrou disposto a pagar nem um cafezinho. Isso não acontece por acaso. Já antes da catástrofe que assola o Japão, os Estados Unidos enfrentavam uma crescente dificuldade para colocar seus bônus do Tesouro, indispensáveis para financiar seus diferentes déficits e para salvar seus bancos da bancarrota.

O Japão interrompera a aquisição daqueles títulos, a China procurava outras formas de aplicar seus excedentes financeiros, os países árabes produtores de petróleo se resguardavam diante dos levantes populares, e até a Grã-Bretanha, fiel aliada dos EUA, se via obrigada a direcionar seus recursos financeiros para pagar a dívida pública. Diante desses movimentos, o FED já se via constrangido a comprar mais de 70% das emissões dos bônus de seu próprio Tesouro.

A tríplice catástrofe que se abateu sobre o povo japonês pressionará o governo do Japão a despejar seus recursos financeiros na reconstrução das regiões destruídas, na adoção de medidas radicais para substituir alimentos e outros bens contaminados pelas radiações nucleares, e na reativação da economia japonesa. Nessas condições, o Japão pode se transformar de grande comprador de bônus do Tesouro americano em vendedor desses bônus no mercado internacional. Combinada aos demais fatores que já afetavam o mercado desses títulos, a situação japonesa pode representar um golpe destruidor sobre o principal mecanismo utilizado pelos Estados Unidos para financiar a continuidade de sua economia.

Nessas condições, será muito difícil ao governo de Mr. Obama tratar adequadamente seus débitos internos e internacionais, manter suas taxas de juros no atual patamar próximo de zero, utilizar eficientemente a desvalorização do dólar como fator de elevação da competitividade de seus produtos e de reativação de sua economia, e resolver a favor dos Democratas a disputa fratricida que estão mantendo com os radicais Republicanos. Na verdade, o We Can de Mr. Obama está se tornando, cada vez mais, em We Cannot. Afinal, não é preciso ser um analista arguto para notar que nenhum de seus compromissos eleitorais foi cumprido.

Para agravar o quadro geral da crise norte-americana, a decisão do governo Obama de estimular seus aliados sauditas e de outros países árabes a intervir no Bahrein e reprimir as manifestações populares dos povos árabes por melhores condições de vida, reformas democráticas e soberania nacional, já representavam medidas perigosas que podiam tornar ainda mais caótica a situação das regiões do Norte da África e da Península Arábica, tanto do ponto de vista político, quanto social e econômica. O que, inevitavelmente, rebaterá desfavoravelmente sobre a crise norte-americana.

A decisão, em conjunto com a França, Inglaterra e Itália, de intervir nos negócios internos da Líbia, com pretextos idênticos aos utilizados no Afeganistão e no Iraque, pode agravar ainda mais, exponencialmente, todos os fatores de instabilidade e caos presentes no cenário mundial e no cenário interno americano, a começar pelo potencial fator de elevação do preço do petróleo, a principal fonte energética da economia dos Estados Unidos.

Mas podemos agregar a tudo isso outros fatores de crise. Os preços das demais commodities minerais e agrícolas devem continuar se elevando. O Japão terá grandes dificuldades para continuar abastecendo o mercado mundial de componentes eletrônicos vitais para o funcionando da economia global altamente informatizada. Haverá uma parada obrigatória, mesmo momentânea, para a revisão dos projetos de energia nuclear, agravando os problemas produtivos em países, como a França, que possuem fortes cadeias industriais voltadas para esse setor.

Talvez por isso, com a França tendo uma forte indústria bélica, o governo Sarkozi tenha se mostrado tão belicista em relação à Líbia. Supõe, como os antigos imperialistas, que a guerra pode ser um instrumento de reativação econômica. Nem se deu conta de que os custos astronômicos dos atuais equipamentos bélicos vão agravar ainda mais a crise financeira da zona do euro. E que os custos de reconstrução das áreas destruídas pesarão consideravelmente, seja sobre os orçamentos já em crise, seja sobre a posição política desses falcões.

Por tudo isso, talvez possamos afirmar que os Estados Unidos, assim como seus aliados europeus, não estão em condições de transformar simpatia em projetos positivos. Para comprovar isso, basta examinar a posição dos Estados Unidos diante da tríplice tragédia japonesa. Eles estão sem qualquer condição de contribuir com qualquer ajuda financeira ou com a abertura de seus mercados. Depois, vão reclamar da China que, segundo muitos analistas, é a única que se acha em condições de oferecer uma ajuda financeira real ao Japão e abrir seu mercado para a recuperação das empresas e da economia japonesa.

O mesmo em relação ao Brasil. Mr. Obama quer maior abertura para os produtos norte-americanos, sem reduzir em nada os entraves à entrada da carne, etanol, sucos, algodão e outros produtos brasileiros no mercado norte-americano. Também não quer equilibrar a balança comercial entre os dois países. Mas Mr. Obama ofereceu financiamentos de um bilhão de dólares, como se estivesse ofertando a maior fortuna do mundo.

A presidenta Dilma poderia ter dito a ele que o Brasil está financiando os Estados Unidos em cerca de 8 bilhões de dólares anuais, que é o saldo dos EUA no comércio com o Brasil. Também poderia ter dito que os chineses, apenas para a exploração do pré-sal, financiaram 10 bilhões de dólares. Talvez não o tenha feito, por educação. E também porque, afinal, mesmo não pagando nem o cafezinho, a simpatia  do casal Obama é inegável.

Empregadas domésticas, discriminação e direitos violados

Historicamente desde a Grécia antiga o trabalho doméstico sempre foi exercido por escravos e tido como um trabalho sem valor atribuído as pessoas denominadas como inferiores e incultas.

O filósofo Grego Aristóteles em seu livro clássico A Política, afirma que para conseguir cultura, era necessário ser rico e ocioso à custa da escravidão dos incautos.

Esse tipo de pensamento permeou toda antiguidade, na velha Roma, por exemplo: todo o trabalho manual era reservado aos escravos.

Na idade média, nos castelos medievais a cozinha era reservada aos servos.

Apenas em alguns mosteiros da Igreja católica onde a função doméstica era exercida por monges, que esse trabalho recebia algum tipo de consideração.

No Brasil, não foi diferente, os colonizadores obrigavam os índios a cumprirem todo o trabalho considerado pesado.

E foram os Jesuítas que em suas missões catequizadoras, que colocaram as índias para serem as responsáveis pelo trabalho doméstico, em suas comunidades criadas aqui no Brasil

Com o surgimento do Patriarcalismo e a escravatura instalada como a base do sistema de produção, os homens negros eram colocados para trabalhar na lavoura, enquanto as mulheres negras foram inseridas na casa grande para trabalhar como mucamas.

Hoje no Brasil, resquícios de uma escravidão que ainda não foi enterrada, o serviço doméstico é uma realidade com poucas mudanças, que trás engendrada na cultura dos empregadores, de que, é uma função sem direitos.

Reproduzindo assim, uma nova relação de trabalho escravocrata velada.

Ouça matéria na integra:

QUEM NÃO GRITA QUER TARIFA! 4º Ato Contra o Aumento do Busão na Baixada Santista

Jornada de lutas contra o aumento do busão!!!

Você está satisfeito em pagar uma passagem de ônibus mais cara que a maioria das capitais do País? Com um serviço de transporte público que só é bom para quem lucra com isso?

Vamos dar nosso grito de indignação:

Estão convidados todos os movimentos, estudantes e cidadãos em geral, revoltados com mais um aumento absurdo, tanto nas tarifas intermunicipais como nas municipais. ESTADO E PREFEITURAS, são todos culpados!

Próximas atividades:

17/03 (quinta-feira) ás 06h30 – Panfletagem com café no Terminal de Santos/SP

18/03 (sexta-feira) – Panfletagem nas Universidades de Santos e na UnBR em São Vicente/SP

19/03 (Sábado) ás 10h30 – Ato contra aumento da tarifa em São Vicente
Praça: Barão do Rio Branco – Centro – São Vicente/SP

20/03 (Domingo) ás 15h – Vídeo-debate no CES
Vídeo: A revolta do Buzu
CES: Av. Ana Costa, 308 Santos/SP (Ao lado do Extra)

Apoio: Rádio da JuventudeJOC BrasilJuventude e LutaCES, Ideia QuenteOpcional TV,Diga a Verdade e Saia CorrendoPassa Palavrae demais compas de luta!

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=55poYElMhAk&w=425&h=349]

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=1ViMazv4HRg&w=425&h=349]

Visita de Obama ao Rio: protesto das massas ou plateia adestrada?

Por Marcelo Salles

A visita do presidente dos Estados Unidos ao Brasil, no próximo final de semana, conta com uma forte ação midiática que objetiva sensibilizar o nosso povo. O site da embaixada pede que brasileiros enviem mensagens de boas vindas e promete presentear as melhores com camisas, livros e outros presentes. Corporações de mídia foram contratadas – ou a cobertura que vemos seria apenas reflexo da simpatia? – para divulgar, diariamente, a vinda de Barack Obama. Tudo com muito entusiasmo e leveza, dando um ar “cool” ao mega-evento e fazendo parecer que se trata de uma grande oportunidade oferecida, gratuitamente, pelos sempre benevolentes vizinhos do norte. A visita já ganha contornos de mega-evento, com direito a show musical e tradução simultânea.

A ação midiática tem sua razão de ser. Quando Bush visitou o Brasil, em 2007, milhares de pessoas protestaram no Brasil inteiro. Pude acompanhar as manifestações no Rio de Janeiro, onde consulado estadunidense ficou todo pintado, assim como bancos ianques. O lado triste é que nossa polícia, composta por gente do nosso povo, agrediu os manifestantes.

E é exatamente isso que pode acontecer quando Obama chegar ao Rio no próximo domingo, dia 20. Se milhares saíram às ruas da capital fluminense quando Bush esteve em Brasília, o que podemos esperar quando Obama pisar no Rio? É certo que Obama não é Bush, mas se os ideólogos ianques estivessem tranquilos não haveria necessidade de investir tanto em ações midiáticas.

O Rio de Janeiro tem características específicas, assim como qualquer outra capital. No caso do povo fluminense, ex-capital da República, ex-capital da Colônia, palco de uma mistura infinita de religiões, raças e ideologias, acabamento perfeito da miscigenação de que fala Darcy Ribeiro. Por tudo isso e muito mais, trata-se de uma região cuja capacidade de rebelião não pode ser subestimada. Em 2007, uniram-se partidos de esquerda, movimentos sociais e grupos anarquistas contra a chegada de Bush. Deram uma demonstração clara de que parte expressiva do povo brasileiro não aceitava a política de guerra preventiva, Guantánamo e Abuh Graib de Bush. A aliança será mantida agora, quatro anos depois? Que fenômeno político terá mais relevância no dia 20: o protesto das massas ou a plateia inebriada pelas palavras e imagens sedutoras das corporações de mídia?

A visita de Obama acontece num momento de declínio do império ianque, que apesar disso ainda é a maior economia e a maior potência militar do planeta. No plano interno, o presidente estadunidense tem tido dificuldades de levar adiante sua agenda, ou pelo menos a agenda que foi prometida na campanha. Os EUA seguem invadindo Iraque e Afeganistão, e não conseguiu implementar um sistema público de saúde universal, duas de suas principais bandeiras de campanha.

Em artigo recente, o cineasta Michael Moore destaca um terceiro ponto: o roubo do povo pelos agentes do sistema financeiro, que com a “crise” de 2008 receberam bilhões de dólares do erário com a chantagem de que sem essa transferência haveria uma quebradeira generalizada.

O Brasil, por outro lado, é o país com maior população, maior PIB, maior território e mais riquezas naturais da América Latina. Nos últimos oito anos, milhões de pessoas saíram da miséria e ingressaram na classe média. O mercado de consumo avança, o emprego cresce e as obras não param em todo o território nacional.

No cenário internacional, o Brasil é um país cada vez mais respeitado. Saímos da posição de expectadores para a condição de um ator relevante. Somos escutados, requisitados para mediar conflitos, duplicamos nossas representações diplomáticas em todo o mundo e temos boas probabilidades de ingressar como membro efetivo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Nos últimos anos, ao contrário do que certos colunistas afirmam, o Brasil não manteve uma posição de enfrentamento aos EUA. Nós simplesmente passamos a expressar nossas próprias opiniões – isso sim incomodou àqueles que só enxergam o Brasil seguindo ordens de Washington.

Na nova ordem multilateral seguida pelo Brasil, ampliamos nossas relações comerciais com nossos vizinhos latino-americanos e estabelecemos novas negociações com outros parceiros, especialmente países africanos e árabes. O eixo Sul-Sul foi fortalecido, de modo que, proporcionalmente, foi reduzida a relevância (e com isso a influência) da relação com os Estados Unidos.

Nessa conjuntura, Obama deve vir ao Brasil com um discurso de conciliação. Vai querer ganhar o apoio do “gigante do Sul” para a sua esfera de influência, e dessa forma reforçar sua disputa global com China e União Europeia. No plano interno, uma aproximação comercial com o gigante do sul pode dar uma sobrevida ao país em crise. Mas quais seriam as consequências para a integração latino-americana?

Vamos acompanhar com atenção as movimentações das ruas e as articulações diplomáticas, com a certeza de que em jogo estão os interesses não apenas de Brasil e Estados Unidos, mas de todo o povo latino-americano.

Marcelo Salles, jornalista, atuou como correspondente da revista Caros Amigos no Rio de Janeiro (2004 a 2008), e em La Paz (2008 a 2009).

*Matéria publicada originalmente no O Escrevinhador

Comunicação independente viabiliza protestos contra aumentos na Baixada Santista

Por

Márcio Garoni, no CMI Brasil

A Região Metropolitana da Baixada Santista, assim como São Paulo e outras cidades do País, teve reajustados os valores das tarifas do transporte público. Mesmo com o enfraquecimento da cultura de protesto na região, está sendo iniciada mobilização para barrar os aumentos, puxado pela mídia independente

Na onda dos aumentos no transporte público de todo o País, a Região Metropolitana da Baixada Santista, composta por nove cidades do litoral de São Paulo, também teve as tarifas reajustadas.

O primeiro aumento foi na primeira semana de fevereiro: 7% de reajuste, em média, nas linhas intermunicipais, pelo Governo do Estado. Hoje, por exemplo, a passagem de ônibus entre Santos e São Vicente, cidades que dividem a mesma ilha (57 km²), custa no mínimo R$ 3,10. Em efeito cascata, os municípios logo trataram de reajustar também as tarifas em suas localidades, pressionadas pelas todo-poderosas viações rodoviárias. Em Santos, paga-se o absurdo valor de R$ 2,65, em uma cidade pequena e plana. Valor mais alto que a maioria das capitais brasileiras.

Outro problema é a falta da figura do cobrador, em quase todas as cidades, um claro desrespeito às leis trabalhistas (já que o motorista exerce duas funções) e aos usuários do transporte.

A perda de uma cultura de protesto na região e o clima de comodismo de muitos fez com que não houvesse protestos coletivos imediatos aos reajustes. Porém, a união entre movimento social e comunicação livre possibilitou uma “faísca” inicial, que já lançou suas primeiras chamas.

A Rádio da Juventude, de São Vicente, iniciativa do movimento social internacional Juventude Operária Católica (JOC), fez um chamado para o último dia 25 de fevereiro, a uma semana do Carnaval. No Centro da cidade seria feito um protesto contra os aumentos abusivos na região. O 1º Ato Contra o Aumento do Busão na Baixada Santista teve a participação de cerca de 50 pessoas, muitas delas informadas por ferramentas virtuais como blog, twitter e facebook. Com um microfone e caixa de som, todos puderam se manifestar contra o alto custo e a baixa qualidade do transporte público.

A comunicação independente e os movimentos acabaram por começar um maior contato entre si. Vestiram a camisa do protesto os sites Juventude e Luta, Ideia Quente e Opcional TV, além do Centro dos Estudantes de Santos. Jovens e adultos, estudantes ou não, sem ligação com movimentos também aderiram ao protesto, bem como companheiros de ideologia anarquista, e outros ligados ao movimento sindical. Outros movimentos, apesar de convidados, não compareceram ou manifestaram apoio, revelando o famoso “rabo preso” com forças políticas e econômicas da região.

No último sábado, dia 05 de março, foi realizado o 2º Ato, desta vez com direito a passeata que fechou as vias do centro de São Vicente, mesmo com o baixo número de manifestantes. O protesto chamou atenção da secretaria de trânsito local e da PM que, justiça seja feita, agiu com tranquilidade.

O fato de o dia ter sido de Carnaval e chuvoso só aumentou o otimismo dos participantes para uma sequência de manifestações. O 3º Ato, neste sábado, será no bairro do Gonzaga, em Santos, o coração da Cidade. A cada semana as mídias independentes se articulam e, cada qual a seu modo, divulgam as próximas ações. Propositadamente não há uma política de entrar em contato com as grandes mídias convencionais, uma postura tanto de afronta como de termômetro do nível de mobilização das pessoas.

A Rádio da Juventude tem concentrado em seu blog ( http://radiodajuventude.wordpress.com) as principais informações sobre os atos, mas a intenção é que, com o tempo, as outras mídias independentes e movimentos sociais se apropriem das ferramentas e todos continuem
trabalhando conectados entre si. E contra o aumento do busão.

É amanhã! 3º Ato!

Sábado, 12 de março, 10h30

Praça da Independência

Gonzaga, Santos

Você está satisfeito em pagar uma passagem de ônibus mais cara que a maioria das capitais do País? Com um serviço de transporte público que só é bom para quem lucra com isso?

Vamos dar nosso grito de indignação:

Ato Contra o Aumento do Busão na Baixada Santista

Estão convidados todos os movimentos, estudantes e cidadãos em geral, revoltados com mais um aumento absurdo, tanto nas tarifas intermunicipais como nas municipais. ESTADO E PREFEITURAS, são todos culpados!

De preferência, vá de bike

QUEM NÃO GRITA QUER TARIFA!

Apoio: Rádio da JuventudeJOC BrasilJuventude e LutaCES, Ideia QuenteOpcional TV,Diga a Verdade e Saia CorrendoPassa Palavra e demais compas de luta!

Veja como foi o 2º Ato, sábado, dia 05, em São Vicente. Paramos o centro da cidade. Até a PM quis saber o que era.

Ideia Quente e Rádio da Juventude:

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André Cardoso – Juventude e Luta:

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3° Ato contra o aumento do busão! Praça da Independência – Gonzaga – Santos

Documentário sobre as manifestações que estão ocorrendo na baixada Santista em relação ao aumento das passagens nos coletivos.

Quem não grita quer tarifa!

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3º Ato: 10h30 – Praça da Independência – Gonzaga – Santos

Levem cartazes, apitos, protestos e indignação contra esses aumentos abusivos!

Apoio: JOC BrasilCES, Juventude e Luta, Ideia Quente, Opcional TV, Diga a Verdade e Saia Correndo, Passa Palavra e demais compas de luta!

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A luta continua! 2° Ato Contra o Aumento do Busão!!!!

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Vídeo: André Cardoso/Juventude e Luta

Cerca de 50 pessoas participaram ativamente do 1º Ato Contra o Aumento do Busão na Baixada Santista, sábado passado, em São Vicente. Além disso, 1.800 pequenos panfletos informando sobre o 2º Ato (sábado que vem, às 10h30, também na Praça do Correio) foram distribuídos a quem passava por ali. A participação ativa de cidadãos comuns, que só caminhavam por ali no momento, também superou todas as nossas expectativas.

Além da JOC, estiveram presentes movimentos como o Centro dos Estudantes de Santos (CES), a Pastoral da Juventude, o Juventude e Luta, a ONG Camará, e estudantes e cidadãos comuns sem ligação com movimentos.



Este primeiro ato foi um “empurrão” e uma forma de reunir os movimentos para a causa. Por isso, contamos com quem estiver disposto a participar, inclusive na definição dos rumos a serem tomados.
Acreditamos no potencial de cada um, e contamos com a ajuda de todos para o 2º Ato Contra o Aumento do Busão na Baixada Santista. Começaremos às 10h30, novamente na Praça do Correio, em São Vicente. Cartaz, apito, marchinhas de protesto, o que vier será muito bem vindo.
MÃOS PARA O ALTO, A PASSAGEM É UM ASSALTO!

Abraços
Rádio da Juventude
Tel.: (13) 3029-7712

Manifesto poético: Quem não grita quer tarifa!

Nosso transporte público

É igual um carro de boi

E dentro dele

Tem boi de todo o tipo

Aquele que vai sentado

Aquele que vai em pé

Pendurado!

Atrasado!

Chateado!

Maltratado!

Preocupado,

com o atraso do salário

O preço do pão

Do Leite

Do Feijão

Do Ipod

Vê se pode!

E tem boi que pede assim:

Desculpe incomodar!

Mas alguém pode me ajudar?

Balinha um real

Não é um coletivo?

Obrigado “motô”

Ué, mas cadê o cobrador?!

Passagem por favor?

Passagem

É um assalto!

Passagem por favor?

Passagem

É um assalto!

3,00 – 3,30 – 3,60

É um assalto!

Mãos para o alto

Você está sendo lesado

Mãos para o alto

É um assalto!

Mas e aí?

Vamos pra rua gritar? Reivindicar?

Ou vamos se calar? Se conformar?

Quem não grita quer tarifa!!!

Diga não ao aumento do busão! 1° Ato contra o aumento da tarifa em São Vicente/Santos/Praia Grande e região da Baixada

JORNADA DE LUTA CONTRA O AUMENTO DA TARIFA
Em 13/02/11, a passagem de ônibus aumentou quase 7% na Baixada Santista, o que também provocou aumento em cascata nas linhas municipais. As tarifas, que já eram um absurdo, subiram! Mas nós continuamos pegando condução lotada e esperando um tempão no ponto.

Diga NÃO ao aumento do busão!

Desde o início deste ano estão ocorrendo todas  as quintas-feiras manifestações em São Paulo devido ao aumento da tarifa de ônibus. Por duas vezes, acabou em pancadaria. No entanto, o movimento ganhou visibilidade e força, agregando cada vez mais pessoas, organizações, estudantes, trabalhadores… Indignados com o transporte público, um serviço caro, de péssima qualidade que as prefeituras “terceirizaram” e que hoje se tornou monopólio de empresas privadas que fazem o que bem entendem, o movimento se tornou um exemplo de expressão popular, pois não dá mais pra ficar sentado esperando nossos representantes políticos decidirem o que é melhor para nossa vida.

Realidade somente de São Paulo?

Não! É uma realidade que se repete em diversas cidades do Brasil, tanto que começou em Florianópolis, impulsionado pelo MPL (Movimento Passe Livre)

Aqui na Baixada Santista, nossa realidade ainda é pior: temos a particularidade dos coletivos não terem mais cobradores, quer dizer, o motorista trabalha por dois e ganha por um, e ainda muitas das vezes é criticado pelos próprios usuários por ser molenga, não agiliza o trabalho e por aí vai. Se esquecem que o motorista é mais um trabalhador que trabalha com uma tremenda responsabilidade, sobrecarregado de serviço e de horas a cumprir.

Detalhe: vem ocorrendo algumas mobilizações aqui na Baixada Santista por parte dos motoristas, reivindicando melhores condições de trabalho, a EMTU já divulgou em nota que não há possibilidade do retorno dos cobradores.

Resumindo: nossa realidade ainda é mais precária nesse sentido.

O transporte público é um caos, porque não se faz nada? Vamos pra luta então?

A Rádio da Juventude, refletindo sobre essa realidade, resolveu dar um pontapé inicial na articulação de uma manifestação pacífica em São Vicente (cidade onde a Rádio se localiza), levando em consideração que nossa região infelizmente não tem essa cultura de protesto, as organizações, os movimentos, os estudantes não estão em conexão, por isso há pouca mobilização e, quando existe, é de forma segmentada. A ideia é, no mínimo, fazer um protesto simbólico na Praça do Correio,  no Centro de São Vicente, isso com caixa de som e microfone, tête a tête com a população que circula por ali, instigando-as a exigirem seus direitos .

Uma das intenções, além do protesto contra a qualidade do transporte público, é estimular que os movimentos se conectem e cumpram seus papéis, fora de suas áreas de conforto.

Como faremos?

Quem puder trazer cartazes, (de cartolina mesmo) apitos, nariz de palhaço, cordas…. Quem quiser fazer alguma intervenção cultural… Fiquem à vontade! A Rádio da Juventude irá contribuir com uma caixa de som e microfone, o resto é com a criatividade da galera.

DIA: SÁBADO DIA 26/02 – 11 HORAS

LOCAL: PRAÇA DO CORREIO (PRAÇA CEL. LOPES) – CENTRO DE SÃO VICENTE

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OBS: Devido nossas condições, a ideia da manifestação é simbólica, mas se a galera aderir e o número de pessoas for expressivo, aí juntos podeoms fazer um barulho maior e pensar um protesto reivindicatório mesmo, junto às prefeituras, que é o objetivo principal – mas aí temos que ver até aonde a perna chega.

Quem se interessar, compareça!!! E ajude a propagar pela rede.  Contamos com a força de todos!

RT Pra qem tem facebook, adicione o http://www.facebook.com/radiojoc, e marque o comparecimento no 1º ato contra o aumento do busão

Contatos: (13) 91175646 – 91357437 – 81124303 – 30297712