Desde as ondas livres: Alerta vermelha

fonte: http://kehuelga.net/spip.php?article3984&lang=es

Em 22 de outubro de 2015 percebemos que um sinal de rádio esta interferindo as ondas hertzianas da Ke Huelga Radio na frequência 102.9 FM. A interferência consiste em um ruído branco que corta nosso sinal no sul da Cidade do México (DF).

Se trata de mais um ataque a liberdade de expressão e aos meios livres. Esta interferência é parte da ofensiva que busca silenciar as vozes dissidentes e críticas dos poderes criminais que governam México. Assassinatos, ameaças de morte, invasões, espancamentos, são algumas das “táticas” que os governos empregam contra os comunicadores e projetos de meios livres, comunitários e independentes:

  • Em 31 de julho de 2015 foram assassinados Rubén Espinosa, Nadia Vera, Yesenia Quiroz, Mile Virginia Martín, e Olivia Alejandra Negrete, na colonia Narvarte. Nadia e Rubéns haviam abandonado Veracruz depois de receber ameaças e agressões; este último, devido ao seu trabalho como fotojornalista.
  • Membros da Agencia Subversiones receberam ameaças e intimidações nos últimos meses, sendo uma das mais graves a sofrida por Heriberto Paredes em 31 de agosto de 2015, quando foi ameaçado de morte por um desconhecido.
  • O domicilio das jornalistas Flor Goche y Elva Mendoza, colaboradoras do Desinformémonos e Contralínea, respectivamente, foi invadido por desconhecidos no dia 8 de setembro de 2015, mostrando que o mecanismo governamental de proteção aos jornalistas é totalmente ineficaz.
  • Tampouco esquecemos que em 21 de setembro um ataque porril destruiu a cabine da Regeneración Radio e que nossos companheiros sofreram diversas agressões físicas nos meses recentes, assim como ameaças de morte.
  • Integrantes do HIJOS México também denunciaram as agressões que sofreram, entre as quais telefonemas intimidadores, roubo dos fundos da organização e uma invasão de domicílio de uma das integrantes, realizado por homens armados em 15 de outubro de 2015.
  • Alguns dos integrantes da Ké Huelga foram perseguidos recentemente: a primeira vez em 9 de outubro, próximo das 20:30, foram seguidos por um indivíduos a bordo de um automóvel. O segundo caso ocorreu na sexta-feira 23 de outubro ao saírem da cabine de radio, os companheiros perceberam que um homem estava observando o interior do espaço.

Devido a este clima repressivo, consideramos que a interferência do nosso sinal de Frequência Modulada é parte das ações governamentais contra as e os comunicadores independentes e contra os meios livres. Pensamos que pode ser início de medidas mais agressivas contra nós, por isso pedimos a todxs xs companheirxs ficarem atentos e prepararem-se para defender este espaço livre e de comunicação.

Nossos trabalhos se fundamentam nas liberdades de expressão e opinião que atualmente o Estado nega. Além disso nosso trabalho se justifica na Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo artigo 19 indica: “Todo indivíduo tem direito a liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de não ser perturbado por causa de suas opiniões, de investigar e receber informações e opiniões, de difundi-las, sem limite de fronteiras, por qualquer meio de expressão”.

Chamamos a nossxs companheirxs a acompanhar nossas transmissões por 102.9 FM, movendo a antena de seus aparatos de som até encontrar a maior nitidez possível de nosso sinal; e por internet em http://kehuelga.net:8000/radio.ogg . Convidamos também a acompanhar nossa página http://kehuelga.net. Nossos contatos de emergência, caso desapareçam os áudios habituais:

E-mail:  kehuelga@riseup.net

Transmissão em audio http://giss.tv:8000/kehuelga.ogg

Blog http://kehuelga.noblogs.org

A repressão e a intimidação do governo não calará nossas vozes; mais importante ainda: Não calarão a palavra dos que dia a dia lutam e constroem outro mundo nas ruas, nos bairros, nas cidades, nas comunidades desse país em guerra.

Ké Huelga Radio
Libre, Social y Contra el Poder
102.9 FM

Cleóbulo OCUPADO: Façamos nós por nossas mãos!

A Escola Estadual Cleóbulo Amazonas Duarte (C.A.D.) é mais uma da lista das sucateadas e que segue em processo de fechamento. Isso é, melhor dizendo, seguia em processo de sucateamento e fechamento pois desde quinta-feira, 19, quando estudantes a ocuparam contra a “reorganização escolar” (ou “desorganização escolar”), a escola vem ganhando melhorias estruturais e pedagógicas através de mutirões, oficinas: esportivas; culturais; educativas, biblioteca, cozinha comunitária, enfim, um ambiente onde a democracia direta, através das assembleias, a autogestão, o apoio mutuo, a horizontalidade, dentre outros princípios que contrariam a “ordem e progresso” apresentam seu exemplar funcionamento através da prática.

Acompanhem as atividade e informações através do canal oficial da ocupação:
https://www.facebook.com/naofechenossasescolasbs/
https://www.facebook.com/hashtag/cleobuloocupado

Ou colem na Ocupação:
Endereço: R. Dr. Guedes Coelho, 107 – Encruzilhada, Santos – SP

Façamos nós por nossas mãos!

Viva as Escolas Ocupadas!

Contra a (des)organização escolar!

 

Contra a (des)organização escolar: Cleóbulo OCUPADO!

Neste momento o colégio Cleóbulo Duarte da cidade de Santos, uma das
escolas que está passando pelo pelo processo de desmonte da educação
promovida pelo Sr Geraldo Alckmin está sendo ocupado por estudantes. A ocupação é uma forma de
resistência e combate a este projeto nefasto de reorganização das
escolas, onde cerca de 1500 serão fechadas. Inicialmente o
governo do estado disse que apenas 94 serão fechadas. Entretanto, o processo
de desmonte já está em curso e as escolas estão sendo fechadas por
ciclos, de modo a desestruturar a permanência estudantil e contribuir
para que num processo de dois anos, este projeto seja efetivado por
completo, acirrando ainda mais o sucateamento da educação pública e
entregando de vez a gestão nas mãos de organizações privadas.

A ocupação já contou com Oficina de Teatro e organizará várias outras atividades culturais e educativas.

Canais de informações da Ocupação Cleóbulo:
https://www.facebook.com/naofechenossasescolasbs/
https://www.facebook.com/hashtag/cleobuloocupado

Ou colem na Ocupação:
Endereço: R. Dr. Guedes Coelho, 107 – Encruzilhada, Santos – SP

Toda ajuda é muito importante!
Divulguem!

VÍDEO:

FOTOS:

 

Todo apoio as ocupações!
Contra a (des)organização das escolas!

Vozes do Gueto: Ktarse!

Arquivo Rádio da Juventude

Ktarse na atividade Hip-Hop LivreNo dia 11/02/2012, os manos do grupo de Rap Ktarse (Suzano – SP) fortaleceram na programação ‘Vozes do Gueto’, apresentado pelo mano Zé Elias.
Os manos Rodrigo e Leal contaram um pouco da caminhada no Rap e levantaram várias reflexões sobre Rap militante; o poder do papel e caneta; situação e importancia da reforma agrária; organização social x poderio do capital; de quem deve partir a mudança social; a educação no ponto de vista do opressor e oprimido; vixe, o papo foi longe..

Melhor conferir na íntegra

Download: VBR MP3 (72.1 MB) | Ogg Vorbis (42.0 MB)

Um salve pra esses parceiros de caminhada!

Mais informações sobre o Ktarse:
https://www.youtube.com/channel/UCAzfk9ZyYazJpQLvwvzU9UA


Download do CD Gueto subversivo:
http://www.comunidaderapdownload.com/2011/11/ktarse.html

Reflexão & Ação: Estado e Movimentos Sociais

O programa Reflexão & Ação, realizado em 03/03/2012, levantou o tema: Estado e movimentos sociais.
Um debate imperdível! Iniciou com uma explanação sobre a formação do Estado moderno, em seguida os pontos: autonomia dos movimentos frente ao Estado; papel dos movimentos sociais; limites da via institucional; horizontalidade, centralismo e vanguarda; experiências de luta no ‘hoje’; outtros, foram levantados pelxs compas Márcio Fernandes, advogado e Simone Maria, educadora popular, com apresentação e mediação de Fernando Rocha e estréia de Lila na técnica.

Confira na íntegra:

Download: VBR MP3 (177 MB) | Ogg Vorbis (69.7 MB)

Programa Sexo Oral – Informação e Sexualidade na Rádio Mais Gostosa Da Cidade

Rádio da Juventude – Arquivo

Programa #SEXO_ORAL, gravado em 21/07/2011, falou sobre SEXO TÂNTRICO e as melhores posições sexuais para cada dia do mês.

Apresentação: Jéssica e Ornella
Técnica: Alex Silva

Ouça o programa na íntegra

Download: VBR MP3 (123 MB) | Ogg Vorbis (46.7 MB)

Caso do ‘sequestro’ das bikes em SV: Enrolação, falsas promessas e chá de cadeira

Uma das especialidades do poder público é dar ‘canseira’ em quem exige que seus direitos sejam assegurados. Foi o que aconteceu com o grupo de jovens que teve suas bicicletas ‘sequestradas’ pela polícia militar, após uma abordagem na qual não encontraram nenhuma irregularidade. Após um longo caminho entre buscar textos de lei, manifestações nas ruas de São Vicente, reuniões com agentes do governo e muito jogo de ‘empurra-empurra’, os jovens seguem com seu direito de circular com as suas bicicletas violado.

Após a apreensão de bicicletas ocorrida no último dia 19 de maio, o grupo de jovens que sofreu a abordagem se organizou para reivindicar a liberação de seus veículos. Para isso, partiram do próprio auto de apreensão em que constava os motivos alegados pelos policiais para justificar as apreensões. Nesse documento, a lei que baseia as penalidades é a 225/A, de 1993, assim como o Decreto Municipal 463-A. Após vasculhar nos sites da prefeitura e da câmara municipais de São Vicente, só conseguiram obter uma cópia da lei após ir até a Prefeitura Municipal de São Vicente (PMSV) e tomar um ‘chá de cadeira’.

Gritando nas ruas pela liberação das bicicletas

Manifestação e panfletagem em frente ao pátio

Manifestação e panfletagem em frente ao pátio

Na sexta feira, 22 de maio, munidos da lei nas mãos e de um equipamento de som, foram para as proximidades do Pátio Municipal de Veículos de São Vicente. Denunciaram a falta de divulgação da lei que permite a apreensão de bicicletas, a falta de identificação dos equipamentos obrigatórios nas bikes (um dos principais argumentos utilizados para as apreensões), além do uso repressivo da lei contra os jovens, sobretudo homens e negros, em abordagens policiais. Os ciclistas que passaram pelo ato receberam panfleto com as denúncias apresentadas. Após uma hora neste local, resolveram seguir para a porta do Paço Municipal, onde continuaram com a manifestação e a panfletagem.

Manifestação e panfletagem em frente a prefeitura

Manifestação e panfletagem em frente a prefeitura

Depois de alguns minutos de manifestação, o grupo foi abordado pelo chefe de operações da Guarda Civil Municipal, sr. Guimarães, que insistentemente quis ‘tirar da reta’ da PMSV a responsabilidade pelo ‘sequestro’ das bikes. Ameaçou, indiretamente, apreender o equipamento de som, alegando que a ação não foi previamente informada ao poder executivo. Após alguns minutos, o vice-prefeito João da Silva quis que um representante do grupo fosse ao seu gabinete, mas aceitamos ir somente com o grupo completo.

Vice prefeito diz que tem ‘nome a zelar’, mas não cumpre acordo

Em conversa com sr. Guimarães (GCM) e com vice-prefeito

Em conversa com sr. Guimarães (GCM) e com vice-prefeito

O grupo foi levado ao Salão Nobre da PMSV, onde tiveram que ouvir, repetidas vezes, que a responsabilidade da ação era da Polícia Militar. Diziam que não podiam interferir, uma vez que não foram agentes municipais quem realizaram as abordagens. Os jovens alegaram que a lei que permite a atuação dos policiais na apreensão de bicicletas é municipal, e foi a PMSV quem deu à PM os documentos para apreensão, o que demonstra a responsabilidade do governo municipal no caso. Após muita discussão, o vice-prefeito João da Silva disse que ia resolver o caso. Sentindo-se ameaçados, os jovens deixaram o prédio. Mas foram chamados novamente pelo vice-prefeito, dizendo que ‘tinha um nome a zelar’ e que ‘tinha se comprometido a resolver o problema’ das bicicletas apreendidas. Ele orientou o guarda municipal Guimarães a assinar todos os autos de apreensões das bicicletas, com uma autorização expressa para que as bicicletas fossem liberadas pelos funcionários do Pátio Municipal de Veículos.

na foto: sr. Humberto (chefe de gabinete do vice-prefeito) e sr. Guimarães (GCM)

na foto: sr. Humberto (chefe de gabinete do vice-prefeito) e sr. Guimarães (GCM)

Assinatura do sr. Guimarães em uma das notificações

Assinatura do sr. Guimarães em uma das notificações

Notificações assinadas pelo sr. Guimarães

Notificações assinadas pelo sr. Guimarães

Burocracia, ‘pingue-pongue’ e ‘chá de cadeira’…

Já desconfiando da ‘força’ das autorizações que receberam, os jovens buscaram a orientação de uma assistente social para fazer um atestado de pobreza, alegando não ter dinheiro para pagar a multa. Chegaram ao Pátio mais uma vez no dia 26 de maio, terça feira. Como esperado, os funcionários disseram não reconhecer a assinatura e não poder liberar as bicicletas apenas com esse documento. Tentaram apresentar os atestados de pobreza, mas também disseram que ele não tem validade para esse caso, que faltavam carimbos nos papéis. Foram orientados a buscar suporte na Secretaria Municipal de Transportes (Setrans).

Por fim, mais uma vez foram tratados pela famosa política do ‘pingue-pongue’, ou seja, jogados de um local para o outro, sem que ninguém tenha assumido qualquer responsabilidade em dar o aval para a liberação das bicicletas. Por fim, tentaram falar com o Chefe do Departamento Júrídico da Secretaria de Transportes, sr. Ronaldo. Mas, após aguardar por um ‘longuíssimo’ horário de almoço, acabaram desistindo, ao menos por ora, de conseguir as liberações.

Será apenas uma minoria que desconhece e está em desacordo com a lei?

Enquanto se manifestavam e panfletavam, os jovens perceberam o desconhecimento geral desta lei. Nenhuma bike regularizada, segundo as regras, passou pelo grupo. Melhor do que esta constatação das vítimas, é repararmos nas ruas e ciclovias de São Vicente a quantidade de bicicletas que possuem os acessórios exigidos: retrovisor esquerdo, campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais. O número de veículos “legais” é ínfimo ou nulo. Outra regra do Código de Trânsito Brasileiro (artigo 105, item VI e páragrafo 3º) diz que as bicicletas devem sair das revendas portando os equipamentos citados, sendo que ao circular pelas lojas da Cidade, incluindo as de grande porte, em nenhuma as bicicletas vinham com retrovisor, por exemplo. Isto comprova que nenhum trabalho de concientização das obrigatoriedades ou campanha foi realizado pelo Município. Daí, o critério de qual bike será apreendida fica a cargo da PM e GCM.

Campanha apresentada pelo sr. Humberto e sr. Guimarães, em resposta ao questionamento dos jovens.

Mas, afinal, o por que de tudo isso?

Sob a justificativa de zelar pela segurança pública, agentes de segurança vem fazendo abordagens constantes a ciclistas. O que antes era uma operação que ocorria apenas na Orla e Centro da Cidade, vem se tornando recorrente também nas periferias. Mesmo sem nenhum tipo de infração, as bicicletas estão sendo ‘sequestradas’ e os ciclistas punidos com uma multa de R$ 53,40 para cada bicicleta. Há relatos de jovens que foram abordados mais de uma vez em menos de duas semanas. Enfim, ser negro, pobre e ter uma bicicleta é motivo suficiente para ter seu veículo sequestrado pelo Estado.

Polícia apreende bicicletas de jovens sob abuso de autoridade!!!

Mais uma vez a lei é usada para oprimir a população de periferia, dessa vez em São Vicente. Viaturas da Polícia Militar abordaram um grupo de jovens que estavam em uma calçada da rua Eduardo Dias Coelho, na Cidade Náutica. Após fazer a vistoria de documentos e perceber que não portavam drogas ilícitas, os policiais se utilizaram da lei municipal 225A, complementada pelo decreto 463-*A, para apreender as bicicletas dos jovens. A alegação foi que estavam trafegando na calçada e não portavam equipamentos obrigatórios. Para retirar as suas bicicletas, terão que pagar, cada um, uma multa de R$ 53,00.

Minutos antes da abordagem, os jovens comemoravam um aniversário

Minutos antes da abordagem, os jovens comemoravam um aniversário

Segundo informações, os jovens comemoravam o aniversário de um amigo, quando foi feita a abordagem em uma praça ao lado da maré. Cerca de 12 jovens, todos homens e a maioria negros, foram revistados e tiveram seus documentos revisados. No entanto, além da revista, os policiais apreenderam as bicicletas. Ao questionar a atitude dos policiais, as justificativas foram as mais absurdas: bicicleta não estacionada corretamente, trafegar na calçada (sendo que estavam parados ao redor de uma mesa de concreto), falta de retrovisor e outros equipamentos. Isso depois que as bicicletas já estavam nos porta-malas das viaturas. Se não houvesse questionamento dos jovens, teriam levado as bicicletas sem dar a mínima satisfação.

As bicicletas foram levadas no porta malas das viaturas policiais

As bicicletas foram levadas no porta malas das viaturas policiais

Um dos jovens, indignado com a situação, resolveu tirar uma foto de uma das viaturas com as bicicletas no porta malas. Ao perceber, um dos policiais deu um soco no peito do jovem e só não continuou a agressão devido a confusão e gritaria que se armou nesse momento. Outro jovem quase foi arrastado ao tentar, inutilmente, arrancar a bicicleta do porta malas da viatura.

Não é de hoje que essa lei vem sendo usada para oprimir a população mais pobre, que depende da bicicleta para se locomover. Ela serve de instrumento dos poderes repressores, como Polícia Militar e Guarda Municipal, para ‘punir’ a população periférica, em uma lei que não está disponível para consulta nos sites da Prefeitura ou da Câmara de São Vicente. Traduzindo: os agentes alegam o que querem e retiram das pessoas o seu meio de locomoção, muitas vezes utilizado para ir ao trabalho, estudos ou mesmo lazer.

Após a autuação e apreensão, as bicicletas foram levadas para o pátio municipal de veículos de São Vicente

Quem se beneficia disso? Que tipo de segurança essa lei oferece? De verdade, é apenas uma forma de legalizar a repressão promovida pelos poderes públicos. Tal lei só criminaliza mais uma vez a presença de jovens de periferia em espaços públicos, querendo impor onde eles podem ou não podem ir. Em tempos de democracia, é uma vergonha que o direito de ir e vir ainda seja um privilégio de alguns abastados!

Por isso, nós não nos calaremos diante desse absurdo. Pela liberação das bicicletas de todos os que foram autuados injustamente por essa lei absurda e revogação imediata da lei municipal 225-A!!!

Rádio Livre Venceremos – 97,5 FM – Transmissão #1

No dia 26 de Abril de 2015 aconteceu a transmissão #1 da Rádio Livre Venceremos – 97,5 FM – para o extremo sul de São Paulo.
A atividade aconteceu na feira livre do Jd. Angela – SP, local onde a atividade continuará acontecendo aos domingos.

confira fotos e audios aqui

Nesta edição de abertura a Rádio Livre Venceremos contou com a participação de compas grevistas da Educação que comentaram da situação e abordaram a questão “Terceirização”. Além de intervenções músicais de Emilie e pessoas do bairro que mandaram seu ‘salve’.

A Rádio Livre Venceremos teve uma recepção solidária e com grande apoio dos feirantes e pequenos comércios, que cederam o ponto de luz e fortaleceram no retorno, tamo juntxs!!

Viva a Comunicação Popular!
Abaixo o monopólio da comunicação!

Vida longa a Rádio Livre Venceremos!

Venceremos!

#1 Sarau Diz’Quina

A primeira edição do Sarau Diz’Quina – Atividade cultural organizada principalmente por moradores da Vila Margarida, SV – aconteceu mesmo debaixo de um quase dilúvio no domingo, 8 de Março.
Com a temática “Mídia”, o evento iniciou com a projeção do doc. Manual Radio Livre seguido de um debate sobre o monopólio da comunicação no Brasil e algumas formas de fazer frente a essa lógica avassaladora de culturas, ideias, resistências, diversidades, etc. Também foi levantada a questão da objetificação da mulher e o apelo machista utilizado pelos grandes Meios. Na sequência o mano William lançou algumas ideias sobre a Literatura e sua relação com a mídia. O Sarau seguiu animado com poesia, troca de ideias e intervenção musical feita por parte da galera organizadora do rolé. Enquanto tudo isso acontecia o mano Caio Cesar mandava um graffite que ao final se tornou um grande registro deste espaço de cultura e resistência.
O evento contou com xs compas da Trupe Olho da Rua, Sarau da Vila em Movimento, além do grande esforço e talento da galera, maioria do bairro, que se preocuparam com cada detalhe da ornamentação.

Arriba o Sarau Diz’Quina!
Arriba a cultura popular!
Arriba a comunicação livre!

E que venham os próximos .0/

 

Rádio Feira – O voto realmente muda nossa vida?

No dia 04 de outubro de 2014 a Rádio da Juventude promoveu mais uma edição da Rádio Feira, fortalecendo a comunicação popular na feira livre da Vila Margarida – São Vicente. No dia que marcou véspera de eleições presidenciais a pergunta foi colocada para reflexão: O voto realmente muda nossa vida? Como realmente podemos mudar nossa realidade?

Além de reflexões a atividade contou com o lançamento da segunda edição do boletim informativo da Rádio da Juventude.

Fortaleça a comunicação popular!

Confira alguns registros:

Rádio Feira – Outubro 2014 (Rádio da Juventude)

Download: VBR MP3 (91.8 MB) | Ogg Vorbis (49.5 MB)

 

Agora é esquerda versus direita disputando no voto. Não tem outra forma?

Eleições

As eleições de 2014 foi umas das piores eleições que houve no que diz respeito às trocas de ofensas, calúnias, depreciações e exposições de pensamentos conservadores e ultrarreacionários. À exceção dos partidos alinhados à esquerda PSOL, PSTU, PCB, PCO – os outros fizeram campanhas falaciosas, cada um escondendo a própria sujeira e querendo amplificar a sujeira do outro, quando não inventando absurdos, sendo que no fundo todos estão soterrados na mesma política ultrajante que mantém este estado de coisas, seja em maior ou menor grau. E aí, a surpresa pela quantidade de conservadores que foram eleitos e reeleitos no estado de São Paulo é um soco bem dado no estômago, diante do diagnostico atual em que o estado de SP enfrenta diversas dificuldades, de toda ordem, sucateamento do serviço público, problemas seríssimos de mobilidade urbana e moradia, falta d’ água, violência policial, espancamentos e assassinatos de homossexuais, extermínio da juventude negra, entre outras infinidades de violações de direitos. E, no entanto, Alckmin se reelege, a bancada da bala entra para o legislativo paulista com o Coronel Telhada (PSDB) e o Coronel Camilo (PSD), Marcos Feliciano (PSC-SP) e Celso Russomanno (PRB-SP) são eleitos deputados federais, entre outros que seguem a cartilha do conservadorismo à risca e que vão continuar mantendo e até recrudescendo ainda mais uma política de estado opressiva e segregacionista.

Apertar o botão de novo?

A disputa à presidência da república entre Dilma Rousseff e Aécio Neves apresenta um cenário político dantesco, apesar de Dilma e Aécio não serem candidatos ‘tão’ antagônicos como querem parecer. O embate de forças entre setores de direita e de esquerda irão se acirrar ideologicamente, e para as esquerdas é bem provável ainda mais fragmentação. Pois tanto para às esquerdas radicais que não veem no PT, um partido de esquerda, como para àquelas que não acreditam no sistema representativo e propagam o voto nulo e a luta pela autonomia popular, apoiar Dilma é absurdo e contraditório, estariam apenas caindo numa armadilha que desaguaria mais uma vez na legitimação da farsa do sistema. Sim. E este é um ponto interessante, porque de todo modo tudo iria desaguar nisso mesmo. Ou alguém acha que alguma das esquerdas partidárias radicais venceria as eleições? Ou os autonomistas já conseguiram influenciar na construção do poder auto gestionário a tal ponto que podemos ignorar essa bifurcação? Cito os autonomistas devido à luta pelo voto nulo, que tem sua importância, principalmente no discurso de liberdade, porém, é uma palavra de ordem vazia sem organização, e no momento tem o que a dizer além de discurso?

Não há terceira via dentro deste sistema, nesta lógica de poder, vivemos numa prisão, acorrentados a um modus operandi que não nos dá alternativa nenhuma, daí o que há de concreto neste momento, é que se Aécio ascender ao poder, teremos uma mudança de governo para pior, e vai atingir muita gente. Alguém dúvida? Cabe à reflexão. (essa é a leitura frágil deste que escreve)

Quem vai pagar a conta?

Não é preciso ser tão esperto para saber que o déficit cairá na conta da população pobre que depende dos programas assistenciais do governo, (tão criticados, mas que fazem a diferença na vida de muitas pessoas) além de outras e outras coisas. E isso, podem as esquerdas argumentar e discursarem o quanto quiserem, é realidade prevista, só quem acessa ou acessou um programa sabe a diferença que eles fazem na vida, não tem discurso de revolução e teoria que mude isso. Que a política do PT bateu no teto, e não pode avançar para uma mudança estrutural, isso é fato. Porém, discursar na rede, nos grupos subterrâneos, acadêmicos, alinhados à esquerda, nas reuniões de amigos, entre tantos outros, pouco tem contribuído para despertar a consciência da população. A votação massiva nos candidatos conservadores reflete o distanciamento dialógico que às esquerdas estão da população.

Agora, quais são as condições objetivas para superar o discurso, o estado e o capital neste momento? Ainda mais quando a própria população vota em conservadores, nos mesmos que irão formar um paredão no congresso para que não sejam aprovados direitos para os excluídos – e, não é improvável que Aécio seja a cereja deste bolo medonho.

Infelizmente, neste sistema político eleitoral o que é oferecido à população em termos de participação política é a opção de ficar refém de um sistema viciado, que sempre apresenta como alternativa a conformação com o ‘menos pior’. Precisamos superar o discurso e vencer na ação, e vencer na ação é repensar todas as ações de luta, construir realmente organizações sólidas que possam furar esse bloqueio, essa bifurcação, porque é sempre nela aonde chegamos, e não adianta conjecturar fórmulas, estamos presos nela.

E neste momento, numa análise bem fria, este que vos escreve, por exemplo, não se sente à vontade para dizer a algumas pessoas que precisam do beneficio: o importante não é o Bolsa Família, o PROUNE, entre outros, mas a liberdade e a autonomia de se opor a este sistema – minha análise e entendimento neste caso, não servem de nada, soa tão individualista quanto autoritário.

É preciso superar esta bifurcação que nos leva sempre à direita.

OBS: Caso vença as eleições, obviamente o PT (Partido dos Trabalhadores) irá se colocar ainda mais à direita, pois perdeu sua representatividade na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Portanto, a luta tende de um modo ou de outro, ser ainda mais árdua, claro que em medidas muito diferentes. (Reconheçamos isso ou não)

NOSSOS MORTOS TÊM VOZ: MEMÓRIA DE 22 ANOS DO MASSACRE DO CARANDIRU

No dia 02 de Outubro foi realizado em São Paulo um ato em Memória aos 22 anos do Massacre do Carandiru, organizado por diversos coletivos.

A manifestação contou com diversas intervenções artísticas ao longo do trajeto, fortalecendo a reflexão sobre o papel da polícia, a violência do Estado e a importância da desmilitarização.

Confira alguns registros feitos pela Rádio da Juventude…

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Apoiar candidato (a) ‘boa praça’ que loca ônibus e banca uniforme de time custa caro, sabia? Rouba nossa autonomia e massacra nossa liberdade.

marco-civil-empresariosJá parou para pensar de onde vem o dinheiro que financia a campanha dos candidatos? De onde vem o dinheiro que banca tantos cartazes pela cidade? Pois é, gostando de política, ou não, o que está por trás de tudo isso, atinge diretamente a vida de todos nós. Afinal, tanto investimento indica interesses, quais em maior parte, ousamos afirmar que não atendem aos da população.

Por isso quando um candidato banca o jogo de camisas do time, o uniforme do grupo de dança, loca o ônibus para aquela viagem ao parque com a criançada, ou mesmo consegue fechar uma rua e oferecer um palco com estrutura para o evento da comunidade, ou faz aquela festinha de dias da criança, de natal entre outras, pode crer que tudo isso, tem por trás a compra de voto, e vai gerar um custo caro para a sociedade, além de criar um sistema onde as comunidades se tornam reféns de políticas espúrias de politiqueiros que durante esta época, apertam nossas mãos, nos dão tapinhas nas costas, sorriem e dizem possuir um projeto popular para nossas vidas. Será?

Na prática, é tudo balela! E a vida nunca muda, continua faltando creche, escola, trabalho, saúde, espaços de lazer, moradia e uma infinidade de coisas. Mas claro, faltando pra quem?

Identificar um político ‘malandrão’ não é nada difícil, dicas de perguntas para reconhecê-los:

1. Candidato (a), quem financia sua campanha, e por quê?
2. Por que o (a) candidato (a) só aparece aqui na quebrada em época de eleição?
3. Já que gosta de ser ‘popular’, por que não mora na quebrada?
4. Utiliza transporte público? Acha justo dinheiro público financiar empresas?
5. Tem filhos na escola e creche pública? Colocaria se tivesse filhos na idade escolar?
6. Utiliza os SUS (Sistema Único de Saúde)?
7. Candidato (a), vc é a favor de transformar os serviços públicos como moradia, saúde e transporte em mercadoria? Os entregando às empresas que só querem lucrar em cima de nossos direitos?
8. Candidato (a), vc é favor das mortes de centenas de mulheres pobres que morrem em clínicas clandestinas de aborto? Por que o aborto não é tratado como questão de saúde pública num estado laico? Sejamos francos, esta criminalização possui um recorte de classe, afinal, as mulheres ricas garantem o aborto tranquilamente devido o poder econômico.
9. Candidato (a), vc é a favor das centenas de jovens que estão sendo exterminados pela polícia? Concorda que a descriminalização das drogas e a desmilitarização da polícia são questões urgenciais?
10. Candidato (a), vc concorda que a redução da maioridade penal só vai colocar jovem negro e periférico na prisão? Porque jovem rico pode queimar índio, atropelar e matar ciclista, espancar garota de programa que nada acontece.

Essas perguntas são apenas algumas que desmascaram a farsa das maiorias dos (as) candidatos (as), que não passam de seres parasitários sustentados pela classe trabalhadora. Com certeza, eles até responderão boa parte das perguntas, porque são como quiabos escorregadios, além de peritos na arte da enrolação.

Por isso

Dia 5 de outubro, e dia 27, se caso houver segundo turno – não é um dia de mudanças, claro, tudo pode sempre mudar pra pior, porém, o mais importante voto, é assumir a consciência de que é preciso construir outra forma de viver em sociedade, sem ninguém para nos governar, e decidir o que é melhor, ou o que não é, temos que acreditar em nossas capacidades de construir outra realidade social. Esta que está posta, não vai garantir igualdade, liberdade e solidariedade nunca. Portanto, nosso papel se resume em continuar aceitando as migalhas, ou se revoltar e partir para a luta.

A barbaridade na democracia da informação

demoDesde o surgimento da internet que o livre circular de informação vem reconfigurando a vida social. Todos os dias, por exemplo, um torrencial de informação é disseminado pela rede, discussões que antes ficariam apenas no âmbito acadêmico, político, ou sequer teriam espaço para serem discutidas, hoje, com o advento da internet, são colocadas à disposição de todos. E, vale reforçar que às novas tecnologias que convergem em técnicas de produção – também têm contribuindo substancialmente para este fenômeno da democratização da informação. Por exemplo, todas essas ferramentas: internet, computador, máquina fotográfica, celular, smartphone, tabletes, entre outras, não atendem mais apenas a uma função especifica; organizativa, administrativa, ou de lazer, elas possibilitam que as pessoas as usem com fins de criação, comunicação, interação, autoafirmação e expressão de liberdade, de modo que criam um cenário onde as pessoas se tornam produtoras de conteúdo. Cientes, ou não, percebemos que cada vez mais, as pessoas estão utilizando essas tecnologias para atuar ‘politicamente’, seja fotografando, ‘tuitando’, ou gravando uma determinada situação que será compartilhada pela internet para gerar debate ou denúncia.

Com isso, a rede infla e torna-se um buraco negro de informações soltas onde temos que juntar cacos para analisar a veracidade. Entretanto, esse novo paradigma de produção de conteúdo contribui para a democratização da informação, além de fazer surgir novos protagonistas da comunicação (apesar do acesso à internet e às tecnologias não estarem dispostas de forma justa), pois não se trata apenas de criar possibilidades, mas sim, de estimular o exercício do direito natural: de falar, de questionar, de discordar… Além de visibilizar situações, pessoas, questões que são silenciadas em nossa sociedade. Portanto, fundamental para o exercício da democracia.

Cantagalo IIPorém, nesta caminhada, muitas barbaridades também serão reveladas, a exemplo, os vídeos de ‘tortura caseira’, que mostram pessoas apanhando, e neste caso vale destacar que, a maioria destes vídeos contém mulheres sendo espancadas:

– pai surrando a filha porque fazia sexo virtual,
– homem batendo e queimando com pontas de cigarro a namorada,
– a população espancando uma mulher na rua “supostamente acusada de algum crime”.
Como ocorreu na cidade do Guarujá que chegaram a matar uma mulher inocente. (leia aqui) Porém, mesmo que fosse ela a responsável. Espancar alguém em praça pública é fazer justiça?

Este é o ponto crucial desta democracia da informação, ela escancara a sociedade da intolerância e do sacrifício, cuja violência perpetrada é assustadora, não somente pela tortura de quem pratica, mas de quem aplaude, apoia, condena e acredita que, “corretivos” baseados em normas morais/religiosas/conservadoras/autoritárias são soluções para uma sociedade pacífica. Não é à toa que o candidato a Presidente da República Levy Fidélix vociferou sua intolerância em rede nacional, e parte das pessoas que assistiram no auditório acharam graça do discurso homofóbico e escroto do candidato, como se fosse um direito estimular o ódio. (debate da Rede Record) E por fim, nada acontece, Por quê? Bom lembrar, que de maneira mais sutil, outros também fizeram.

Temos que democratizar a informação, não a barbaridade, esta, deve ser repudiada. Quando uma violência é compartilhada ou tratada com escárnio, só estamos repetindo o fracasso de mais uma geração, além de reproduzir a violência de Estado internalizada e latente em todos nós.

Há sempre pesos e medidas. Quantos corruptos de colarinho branco roubam este país e nada acontece? Por que os grupos de extermínio só matam pobres? Cabe à reflexão o tipo de informação que compartilhamos e reproduzimos.