Comunicado sobre a invasão da polícia ao Centro de Cultura Libertária da Azenha, em Porto Alegre

[Na manhã desta terça-feira (1), um grupo de policiais invadiu o Centro de Cultura Libertária da Azenha (também conhecido como Moinho Negro), em Porto Alegre (RS). Os esbirros apreenderam computadores e diversos materiais.A seguir, comunicado dos integrantes-animadores desse espaço anarquista sobre o ocorrido.]

1209232_159160684290843_214776020_nComunicado:

Mais uma vez a repressão deste estado policial bateu a nossa parte. Melhor dizendo, arrombou a nossa porta. Hoje, 1 de outubro, as 8h40 da manhã, três policiais da civil arrombaram a porta do Centro de Cultura Libertária da Azenha. Ao escutar o barulho, os moradores da comuna que se localiza em cima do espaço desceram para averiguar, se surpreendendo ao encontrar os policiais na parte de baixo, revirando as coisas do espaço cultural. Possuíam um mandado de busca, e começaram a pegar materiais de propaganda, como cartazes e panfletos. Ligaram o computador da biblioteca e um dos policiais começou a mexer no mesmo. Outra policial começou a mexer nos documentos da associação, e pegou as fichas com os dados dos associados para levar apreendido. Protestamos diante deste fato, dizendo que não fazia sentido levar os dados dos associados ao espaço cultural, e a inspetora, grossa como uma boa policial, declarou que não tinha que dar explicações. Indagamos o delegado e ele nos devolveu os papéis cadastrais, ficando só com os dados do nome de quem aparece no processo. Aprenderam também uma garrafa com solvente de tinta a óleo, que provavelmente irão declarar que se trata um importante ingrediente de algum explosivo.

O mandado policial deixa explícito que estão investigando as organizações políticas que de alguma forma estão inseridas nos protestos deste ano, tentando identificar (leia-se: forjar) uma formação de quadrilha para provocar supostos atos de violência nos protestos.

A declaração da presidente Dilma foi clara: fará o possível e o impossível para que os protestos não adentrem 2014. Traduzindo, repressão, dura e forte, para sustentar este estado futebolístico-policial que está se transformando o Brasil. Invadindo nossas bibliotecas, nossas intimidades, nossos locais de reunião, destroem a falsa imagem que se baseia este estado dito democrático e de direito, onde a suposta associação e organização política são livre e independem de aprovação das forças da ordem. Nossos celulares e internets estão grampeados, para saciar a sede repressiva do governo dito dos trabalhadores, cujas práticas não diferem em nada dos que admitem ser da burguesia, governando para os ricos e espancando, matando e reprimindo os pobres e suas organizações.

“A burguesia certamente deixará o mundo em ruínas antes de abandonar o palco da história. Mas não tememos as ruínas, pois levamos um mundo novo em nossos corações, e este mundo cresce a cada instante.” B. Durruti
Basta de criminalização aos Movimentos Sociais!

A Luta não se reprime, Protesto não é crime!

Centro de Cultura Libertária da Azenha

Porto Alegre, terça-feira, 1 de outubro de 2013

Notícia relacionada:

Polícia Federal invade a sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG)

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um haicai proce
jovem tão primaveril
alma juvenil

Ivanilton Tristão

Professores em greve no Rio de Janeiro são duramente reprimidos pela polícia

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Foto: Web

Na noite de sábado, com o uso da truculência habitual, a PM retirou manifestantes que ocupavam a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Os manifestantes eram todos professores que trabalhavam nessa cidade e lutavam por melhorias nas condições de trabalho e contra um plano de carreira desenvolvido pelo Poder Executivo do município. As cenas mostradas na mídia alternativa são chocantes. Senhoras tiveram spray de pimenta jogados na face.

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Foto: Web

A quantidade dos jatos de pimenta despejadas pelos policiais era intensa. Outras senhoras foram arrastadas por policiais que também ofendiam com palavras de baixo calão centenas de professores. A PMRJ agiu sem mandato judicial e a pedido do presidente da casa de leis da cidade. Policiais estavam mascarados, em uma cidade onde nem o Batman escapou da lei estapafúrdia de proibir máscaras de manifestantes.

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Foto: Web

A ação violenta da PMRJ de ontem é uma expressão da forma com que os professores da rede pública brasileira são tratados, na maioria das vezes, pelos governos. As condições de trabalho são muito deficientes. Salas de aula com capacidade acima do aceitável para um bom processo educacional. Professores que devem dar mais aulas do que seria razoável supor. Escolas com infra-estrutura deficiente. Alunos que, em muitos casos, desrespeitam a autoridade do professor e não estudam o mínimo necessário. Professores que são vítimas de ofensas por parte de alunos.

A frustração de ser obrigado a fazer com que alunos sem saber calcular ou ler tenham que progredir nas diferentes séries na escola. Educadores que recebem poucas oportunidades de qualificação e desenvolvimento. O resultado, todos nós sabemos. Ano passado, o Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global da educação preparado pela Economist Inteligence Unit, atrás de países como Russia, Romênia e México. Apesar de ser um dos estados mais ricos da federação, a educação praticada no Rio de Janeiro em todos os níveis está atrás de estados como Goiás e Espirito Santo e divide a mesma posição com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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Foto: Web

A polícia retirar professores de forma violenta de dentro de um parlamento, que na teoria deveria ser um lugar onde o interesse da população é defendido, é a cristalização de um estado doente. Um país onde professores são tratados com bombas de gás e spray de pimenta, é um país que maltrata o seu futuro. O governo do estado e da cidade do Rio de Janeiro tem optado pelo uso da violência e da truculência policial para lidar com as questões sociais.

Tem cometido absurdos contra manifestantes e contra a democracia. A lei da porrada vinda do estado está imperando no Rio de Janeiro. Isso apenas irá recrudescer ainda mais a tensão na cidade. Total solidariedade aos Professores em greve no Rio de Janeiro. Repúdio ao uso da violência ao invés do diálogo, do spray de pimenta ao invés da negociação. Um parlamento deve sempre ser a casa do povo, não o castelo dos políticos. É triste ver que estamos construindo um país sem futuro. Como professor e cidadão, é triste e humilhante assistir as cenas desta madrugada.

Exclusivo para o Jornal Zona de Conflito Mídia Independente.

http://www.youtube.com/watch?v=NNAojKCjJlw

http://www.youtube.com/watch?v=3QYQ70F1C3Y

Prefeitura de Santos e a operação limpeza urbana (higienização social)

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Foto do 1º dia – Quadra fechada para efetivação da operação limpeza.

Uma verdadeira operação de guerra foi promovida nesta última quinta-feira, (19) pela Prefeitura de Santos no bairro Vila Mathias no cruzamento das ruas Luíza Macuco e Silva Jardim, uma quadra antes do cais. Objetivo: retirar os moradores de rua do local. 

A Prefeitura compareceu com todos os seus equipamentos sociais: Guarda Municipal, Prodesan (serviço de coleta urbana), Polícia Militar, Assistência Social e alguns entendidos em remoção. Resultado: bloquearam o trânsito e efetivaram a subtração dos pertences dos moradores.

Servidores da Guarda Municipal averiguando documentos.

Servidores da Guarda Municipal averiguando documentos.

A Rádio da Juventude esteve no local, porém foi impedida de fotografar, conseguimos apenas algumas fotos distantes em que os moradores estão sendo averiguados e seus pertences recolhidos. Após a ação da prefeitura conseguimos conversar com alguns moradores que estavam bastante assustados.

Ouçam o áudio com o relato dos moradores aqui:

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Servidores conferindo o cadastro da carroça.

Foto do 2º dia – Servidores conferindo o cadastro da carroça.

Algumas informações para contribuir com a discussão.

Somente em 2011 o disque denúncia, serviço mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, registrou 453 denúncias relacionadas à violência contra a população de rua. Casos de tortura, negligência, violência sexual, discriminação, entre outros. As unidades da Federação com o maior número de denúncias em termos absolutos foram São Paulo (120), Paraná (55), Minas Gerais e Distrito Federal, ambos com 33 casos.

Documento que comprova cadastramento na Prefeitura para não ter sua carroça subtraída

Foto do 1º dia – Documento que comprova cadastramento na Prefeitura para não ter sua carroça subtraída

Contudo, esses dados não traduzem a real violência a que estão submetidos os moradores de rua, pois muitos dos casos, devido à falta de provas, ficam sem apuração e acabam não entrando nas estatísticas. Por exemplo, a maioria dos abusos são amenizados pela alegação de conexão com tráfico de drogas, furtos, brigas e embriagues. O que causa um mascaramento da situação, acentuando ainda mais um processo de criminalização que reforça um estereótipo de representação social. Isto serve para legitimar a ideia de que os moradores de rua são um problema de causa individual, devido a vadiagem, o destino ruim. Existe uma infinidade de falsas justificativas que mascaram questões de ordem econômica, social e cultural. O morador de rua usuário de drogas, principalmente o crack, além de lidar com o vício sofre com preconceituosos e moralistas.

Foto-0425A cidade de Santos

Como todos os centros urbanos a cidade de Santos abriga população de rua – em parte usuária de crack – numa proporção muito menor se comparada à do centro de SP. O fato é que Santos, enquanto cidade Portuária, historicamente possui uma população marginalizada que vive do tráfico, de esmolas, de pequenos furtos, de reciclagem e da prostituição. E como Santos se tornou a capital do pré-sal, o custo de vida que já era alto aumentou ainda mais. Resulta disso que, os marginalizados, principalmente os moradores de rua, ficaram sob vigília e opressão constante da prefeitura que promove uma descarada higienização social, disfarçada de preocupação social. Na verdade o poder dito público sempre negligenciou o problema, salvo no governo do PT na década de 1990 em que houve alguns avanços.

Foto-0439Para termos uma ideia, a maioria dos bairros, desde a orla da praia passando pelos morros e Zona Noroeste (área periférica), a especulação imobiliária tem avançado muito. Diversas empresas ocupando áreas que antes eram cortiços, diversos edifícios de alto padrão sendo construídos, enquanto a população periférica é esquecida e sendo empurrada ou convidada a se retirar da cidade. No bairro Vila Mathias, onde a maior parte da população é carente de recursos básicos, foi construído um campus da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e está a caminho uma FATEC. Por causa disso, este bairro tornou-se movimentado por um novo grupo social que, diferente do anterior, possui poder aquisitivo e por isso pode ser ouvido, cobrar ou até mesmo pagar pela sua segurança. Advém disso que muitos moradores de rua antes esquecidos pelo poder público, agora são lembrados.

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Foto do 2º dia

Entretanto, de que forma? A solução encontrada pelo Serviço Social de Santos para resolver este problema é oferecer abrigo por alguns dias e pressionar para que a pessoa consiga emprego. Se, num espaço de tempo determinado, não conseguir, recebe uma passagem para que volte à sua cidade de origem. Em outras palavras há duas opções: deixar a cidade ou arrumar emprego. O que acaba ocorrendo é que a maioria das pessoas volta para as ruas, e a Prefeitura de Santos, preocupada em ser Comitê da Copa do Mundo resolve o problema da seguinte forma: utiliza-se de servidores públicos que fazem a limpeza das ruas, recolhendo os pertences e enxotando os moradores. A seguir, a Guarda Municipal efetiva prisão aos revoltosos. (já denunciamos aqui no blog, o caso do morador de rua que foi agredido pela Guarda Municipal de Santos, acesse o link: http://radiodajuventude.radiolivre.org/2012/11/06/guarda-municipal-de-santos-agride-morador-de-rua/.).

(Acrescentamos esta matéria sobre a denúncia feita no Conselho da Cidade de São Paulo  sobre moradores de rua que estariam sendo despejados durante a madrugada, no bairro do Jabaquara)  

Boa parte das pessoas que vivem nas ruas se encontra num processo de desumanização perverso, a maior parte delas perderam o contato com seus familiares, não possuem emprego, nem moradia. O único espaço de sociabilidade que elas têm é a rua, o alívio para a dura realidade é a droga, e a garantia de sobrevivência é a esmola ou o furto. Isto é reflexo do descaso e da exclusão social.

OBS: Ao término desta matéria  (2º dia) estivemos novamente no local e desta vez a ação foi mais tranquila. Conseguimos fotografar algumas situações, entretanto, não conseguimos entrevistar o responsável que comandava a operação. Um servidor da guarda municipal cordialmente nos convidou a concluir o percurso junto ao grupo que faria a próxima remoção na Rua Joaquim Távora. Não acompanhamos. Logo após terem ido embora, outro grupo da prefeitura compareceu para fazer levantamento de dados com os moradores.

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2 º dia – minutos antes de ser abordado pela GM.

Guarda (com luvas) pedindo para morador acordar, explicando que não pode ficar ali deitado.

Guarda (com luvas) pedindo para morador acordar, explicando que não pode ficar ali deitado.

2º dia

2º dia

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2º dia – Moradores usam carreta abandonada como abrigo.

Servidor da Prodesan verifica as carroças pra recolher pertences.

Servidor da Prodesan verifica as carroças pra recolher pertences.

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2º dia – Pessoal da Prefeitura pegando dados dos moradores após a limpeza

O Estado reforça a perseguição aos meios de comunicação livres

2013082098106Nas periferias sempre foi prática a truculência do Estado com o povo mais empobrecido. Isso ficou ainda mais evidente nas manifestações, onde o conceito de democracia não passou dos bloqueios da polícia. Como arma, temos a comunicação independente, mas parece que até isso é proibido.

A perseguição aos meios de comunicação independentes (principalmente os livres) no Brasil sempre foi uma prática constante do Estado. Nos últimos vinte anos, com a “redemocratização” do País, a quantidade de rádios comunitárias que foram fechadas revela que a política de Estado referente à comunicação não tem nada a ver com democracia, e sim com censura e opressão. Segundo dados que pesquisamos, centenas de rádios livres e comunitárias são fechadas todo ano.

15_42_56_998_fileEm 2003, por exemplo, foram 4.412 apreensões feitas pela Polícia Federal  Meios de Comunicação no BRasil e na Venezuela: Uma análise do governo Lula e Chaves

Em 2011, o número caiu, mas mesmo assim foi alto: a Anatel fechou 698 rádios. Situação da rádios comunitárias no Brasil

Toda a “discussão” iniciada pelo PT sobre democratizar a mídia por meio de um marco regulatório, na prática, nada mais é do que retórica, pois a política de criminalização e encarceramento é a que prevalece. Explicamos:

1. Quando uma rádio comunitária é fechada por estar operando sem outorga (autorização do Ministério das Comunicações), vozes são caladas.

2. Quando um comunicador independente é preso por registrar ações públicas promovidas pelo Estado, como um policial que abusa do poder, vozes são caladas.

3. Quando proíbem a veiculação de uma determinada informação e censuram vídeos na internet, vozes são caladas.

O repórter Francis Juliano, do site Bahia Notícias (do jornalista Samuel Celestino), foi preso na noite deste sábado (22/6) ao questionar a policiais o motivo de eles espancarem um fotógrafo

O repórter Francis Juliano, do site Bahia Notícias (do jornalista Samuel Celestino), foi preso na noite do dia (22/6) ao questionar a policiais o motivo de eles espancarem um fotógrafo

Portanto, quando comunicadores independentes são perseguidos e presos, algo de muito ruim está sendo desencadeado, e o que está em jogo nessa correlação de forças entre repressão e resistência é o exercício da liberdade de expressão e do direito à comunicação dos movimentos sociais, e dos próprios indivíduos.

No Brasil, os únicos veículos de comunicação que temos das lutas sociais é a mídia alternativa: os instrumentos dos próprios movimentos, as rádios livres, os coletivos independentes de audiovisual, e militantes autônomos. A grande maioria usa a internet que, apesar de não ser um meio de comunicação de massa, sua contribuição tem sido fundamental para impulsionar e dar visibilidade às lutas. Por isso, o fortalecimento dessas ferramentas é fundamental.

Arbitrariedades

40e2f8297036103927e66d81d00b4196No último dia 17 de setembro, no Grajaú, Zona Sul de São Paulo, numa ação de despejo no bairro Jardim da União, um grupo de comunicadores independentes, enquanto faziam a cobertura da ação truculenta da polícia sobre os moradores que estavam sendo violentamente retirados da ocupação, simplesmente tiveram seus equipamentos subtraídos. Um comunicador foi agredido e preso sob a alegação de resistência à prisão (???). A ação foi absurda, um desrespeito aos moradores que foram expulsos à base de balas de borracha e gás lacrimogêneo. Segundo um rapaz que foi despejado: “a polícia me chamou de macaco e disse pra eu sair andando, e vieram pra cima me bater, sem eu ter feito nada”.

Infelizmente este não é um caso isolado, vários outros semelhantes aconteceram e estão acontecendo no Brasil. No Rio de janeiro, por exemplo, onde as lutas se acirram, em toda manifestação há algum comunicador independente preso ou espancado, o mesmo acontece em Roraima, no Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Brasília… São inúmeros os casos e todas as esferas de poder se calam, mas na verdade apoiam direta ou indiretamente essas ações truculentas, qualquer que seja o partido dos governantes.

Por isso, é imprescindível o fortalecimento de grupos livres de comunicação, a criação de redes de contatos entre os coletivos e formação de novas frentes, fortalecendo a ideia de que tod@s nós somos comunicadores, e o debate da democratização pertence à sociedade, não a meia dúzia de entendidos que apenas contribuem para engessar o processo de democratização, ou simplesmente fortalecer um processo de formar uma nova elite da comunicação.

Enquanto a comunicação for entendida como um negócio e uma função social exercida por profissionais da área, as regras do jogo serão as mesmas. Essas regras são as do opressor, ou seja, do Estado a serviço dos parasitas e de quem tem dinheiro.

7 DE SETEMBROToda solidariedade aos companheiros de luta que estão sendo presos e perseguidos, denunciamos e repudiamos a truculência do Estado. Seguimos na luta. Mídia livre, povo livre. Pelo poder popular!

 

 

Rap sobre o que ocorreu no Grajaú, com relato da agressão ao comunicador.

Jornalista Pedro Ribeiro Nogueira sendo espancado pela polícia

Reporter da Carta Capital é Preso por Portar Vinagre 13 de Junho

Festão Nordestino do Bom Jesus Dos Navegantes

1235438_4951466323731_1264963173_nLembrete: Ao começar a ler este convite tente fazer um belo sotaque nordestino hahaha.

Armaria, num acredito que você vai preferir ficam em casa em vez de vir aproveitar o Festão Nordestino da Capela Bom Jesus dos Navegantes.

Vai ter é de tudo muito bão pra cumê, beber e arrastar a chinela no chão de tanto forrozear, vai ter também uma moda de viola boa da gota serena pra lembrar nossas rodas com os amigos na nossa terrinha, de quebra vamos prestigiar nossa linda comunidade que tá muito feliz e de braços abertos pra acolher quem ainda não conhece.

1003195_623056807727559_1577891731_nApoi é isso mermo, tamo esperando você dia 05/10/2013 na Rua Paula Lourenço de Oliveira na esquina com a Rua Alcides Alves de Carvalho, no México 70 em São Vicente a partir das 20:00 venha e traga todos seus amigos.

Teremos a venda:

Escondidinho de Carne Seca, Vaca Atolada, Feijão Tropeiro, Vatapá, Acarajé, Sarapaté, Creme de Galinha, Maria Isabel, Ambrosia entre outros.

Teremos também como atração moda de viola sertaneja e sanfoneiro.

Esperamos vocês.

Convite;

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SOLIDARIEDADE URGENTE – DESPEJO NA OCUPAÇÃO JD. DA LUTA, NO ITAJAÍ

1006343_648238225207904_1524642726_nUm enorme contingente da Força Tática e da Tropa de Choque está na Ocupação Jardim da União, no bairro do Itajaí, Grajaú, neste momento derrubando as casas violentamente e atacando os moradores com bombas de estilhaço, gás lacrimogêneo e balas de borracha. Dois militantes da Rede Extremo Sul foram presos e levados para 85a DP (que fica na rua Dr Juvenal Hudson Ferreira, 141 – Jd. Mirna). A polícia bateu em um deles, tomou a câmera filmadora do movimento, e agora quer acusá-los de “tentativa de agressão”.

A Secretaria de Habitação descumpriu acordo que havia feito na última quarta-feira com as famílias de oferecer alguma proposta até o final da semana e não vai impedir a ação da polícia.

Pedimos a todos os companheiros solidários à luta que compareçam no local para apoiar os moradores e ajudar a impedir mais ações violentas por parte da polícia. A ocupação fica na Rua Coronel João Cabanas com a Rua das Carmélis, Grajaú. Divulguem.

FESTA 55: Festival Santista de Teatro – Tema “MOVIMENTOS”

Aconteceu ontem (13/09) a abertura do FESTIVAL SANTISTA DE TEATRO, neste ano com o tema “MOVIMENTOS”.

Este lado para cima - Brava Cia.A abertura contou com a peça ácida e combativa “Este lado para cima” da Brava Cia. (São Paulo).
Na sequência houve um debate e troca de experiências entre os movimentos: Associação dos Corticos do Centro, MST, Coletivo Feminista Pagu e Coletivo Contra a Maré, Rádio da Juventude e outros grupos e indivíduos alí presentes.
O primeiro dia fechou com um agitado Sarau, discotecado pelo Dj Wagner Parra, com muita música, na Vila do Teatro.

O FESTA 55 acontecerá até sábado, 21/09, trazendo teatro popular durante toda a semana, fortalecendo a cultura sem cobrar entrada, gratuito!

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE SÁBADO, 14/09
Grupo Clariô - Urubu Come Carniça E Vôa! (Taboão Da Serra/Sp)18h30: Grupo Inesperados – Work in Progress
TEATRO MUNICIPAL BRÁS CUBAS
19h00: Grupo Clariô – Urubu Come Carniça E Vôa!
TEATRO MUNICIPAL BRÁS CUBAS
22h00: Teatro do Kaos – A Falecida
ESPAÇO TEATRO ABERTO
00h00: Drag Queen Curso – Sereias De Salto
ESPAÇO TEATRO ABERTO

E DOMINGO TEM MAIS!
Casa 3 de Artes – Rapunzelee (Guarujá/SP)15h00: Grupo Circopatas – Já!
POSTO 2 – PRAÇA DO SURFISTAS
16h00: Casa 3 de Artes – Rapunzelee
EMISSARIO SUBMARINO
19h00: A Confraria Produções Artisticas – Amor por Anexins
ESPAÇO TEATRO ABERTO
21h00: Teatro Widia – Medo de Escuro
TEATRO MUNICIPAL BRÁS CUBAS
23h00: Cia Teatral Carcarah Voador Ispinho e Fulô De Patativa
ESPAÇO TEATRO ABERTO


CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA
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Confira a programação do FESTA 55, até sábado, 21, através do blog: http://festa55.blogspot.com.br/2013/08/programacao-geral.html

COMPAREÇA E FORTALEÇA A CULTURA POPULAR!

Centro Comunitário Saquaré: Próximas atividades e o resgate das culturas indígena e nordestina

14/09 – Pizzada e o resgate da Cultura Originária

No dia 14/09, próximo SÁBADO, a partir das 20h, acontecerá no Centro Comunitário Saquaré, México 70, uma Pizzada com um grande resgate cultural através da comunidade indígena da aldeia Paranapuã. Será o segundo encontro onde @s indígen@s apresentam sua cultura através da música, dança e artesanatos. É um grande momento de troca e reconhecimento de classe!

Confiram mais detalhes e um chamado especial da D. Gilda, uma das organizadoras:
Clique aqui para ouvir a entrevista

05/10 – Noite Nordestina

A Noite Nordestina acontecerá dia 05/10, também a partir das 20h, relembrando as raízes nordestinas, com muita comida típica, dança e uma surpresa muito boa: Uma grande roda de viola, com participação de vários violeiros e sanfoneiros da Baixada Santista.

D. Gilda explica melhor o que vai rola nesta noite:
Clique aqui para ouvir a entrevista

LOCAL:Centro Comunitário Saquaré: Rua. Mascarenhas de Morais s/n ao lado Igreja Bom Jesus dos Navegantes, atrás do mercado Atalaia cruzamento com a rua do canal. México 70, São Vicente.

Muita coisa estranha neste 07 de setembro e a Baixada Santista não ficou de fora.

A livre expressão de pensamento é uma das garantias fundamentais de um estado democrático, garantido inclusive no artigo 5º da Constituição Federal. Entretanto, é preciso aguçar o olhar, pois na atual configuração social em que as lutas por direitos sociais se acirram, natural que muitos grupos venham a surgir, muitos de forma legitima e outros infelizmente de forma duvidosa. Por isso precisamos estar atentos a aqueles que tentam se oportunizar e ganhar notoriedade vislumbrando apenas o prestígio pessoal, construindo pontes para a eleição do ano que vem.

Neste dia 07 de setembro muitas manifestações estão sendo organizadas pelo país inteiro, é preciso esmiuçar o objetivo e quem organiza cada uma delas para não cairmos em balelas golpistas.

  1. O que representa o dia 07 de setembro? Dia da independência? Pra quem?

  2. Festejar este dia acreditando que somos um povo livre? Realmente somos? Quem é de fato?

  3. Levar bandeiras de reivindicação? Quais? E por quê?

Não devemos ser ingênuos e cair na festa democrática que o gigante acordou e agora tudo será diferente, será diferente sim! Com organização popular e autonomia, sem que ninguém venha nos dizer o que temos ou devemos fazer. Mas pra isso também precisamos sacar qual é a dessa pegada de autonomia. Como ela funciona¿ Pra termos uma leitura real e não sermos usados.

O Estado, as organizações de direita, os governistas e os pelegos estão todos assustados com a nova configuração das lutas, quais eles não podem controlar, porém não são bobos, senão podem controlar ou cooptar, vão sabotar e institucionalmente.

Não é a toa que no RJ já se instituiu uma lei que criminaliza quem utilizar máscaras em manifestações, e uma série de prisões se iniciaram. No sul ações repressivas são empreendidas pela Brigada Militar, sob ordens do governador do estado, Tarso Genro, no Congresso nacional tramita uma lei de regulamentação das manifestações, ou seja, um verdadeiro atentado à liberdade está se desencadeando e muitas pessoas e organizações de esquerda não estão percebendo isso, e isso não estará na Globo ou na Folha.

Na Baixada Santista

Está sendo organizada pela rede social facebook uma manifestação que ocorrerá às 14 horas deste sábado, na Praça da Independência, no Gonzaga, em Santos. Quem está à frente desta manifestação é o Movimento Passe livre Unificado uma organização que está sendo confundida com o Movimento Passe Livre (MPL). Porém são duas organizações distintas principalmente em seus princípios, pautas e estratégias de luta.

Primeiro; o MPL é um movimento muito bem articulado de princípios sólidos e coerentes que luta por um transporte público como direito social, e também um grupo anticapitalista que não tem a intenção de liderar ou representar o povo, pois acredita na capacidade do povo se autogerir.

Não queremos um benefício! Queremos outra lógica […] somos um movimento anticapitalista […] nossos princípios não foram decididos de cima pra baixo, foram decididos na nossa vivência […] Queremos uma vida sem catracas […] o MPL não é um espaço de disputas, temos uma pauta clara” MPL SP.

Segundo; a mobilização do MPL não tem como base o facebook, muito menos dar entrevista pra mídia burguesa pra divulgar ato, tipo; olha aí, tamu indo pra rua tal dia.

De fato há uma distorção que soa muito oportunista num momento em que o nome MPL está em evidência.

Pesquisem sobre o porta-voz deste movimento que segundo sua página no Face, ele é candidato a vereador e de um partido bastante polêmico na cidade de Santos, ou seja, há algo podre aí que não combina em nada com luta popular.

OBS: Uma das coisas mais legitmas que há neste 07 de setembro é o Grito do Excluídos, apesar de alguns lugares terem assumido um perfil de catequese, porém, ainda é um contra ponto em relação os desfiles patrióticos.

Regulamentar as manifestações fere a liberdade de expressão. Um retrocesso para a democracia.

Foto da  web

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Seis pessoas foram presas em manifestação nesta última terça-feira dia (3) na Assembleia Legislativa (Alerj) do Rio de Janeiro, devido o Projeto de lei número 2405 que proíbe manifestantes de utilizarem máscaras. (a lei entrou em vigor neste mesmo dia) Entre as pessoas presas uma delas teve sua casa investigada, e lá foram apreendidos máscara, celular e um computador para averiguação, entre as pessoas presas duas foram identificadas por estarem discutindo pela rede ações de depredação de patrimônio e como se constrói bombas caseiras.

De acordo com os apresentadores do projeto os deputados do PMDB – Paulo Melo, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e Domingos Brazão, líder do partido, o objetivo do projeto é criar condições para que a polícia possa intervir com segurança em situações que o patrimônio público e privado estejam sujeitos a atos de vandalismo, de modo a garantir também a plena liberdade de manifestação identificando criminosos que têm se infiltrado nos atos. Outro ponto polêmico do projeto é que toda manifestação só poderá ser executada com aviso prévio a Prefeitura, ou seja, passar obrigatoriamente pelo crivo da lei.

Apresentado no dia 29 de agosto o projeto já recebeu treze emendas e alguns parlamentares já se posicionaram contra, expondo que o projeto é problemático e irá somente corroborar para acirrar o conflito nas ruas. A discussão na Assembleia Legislativa neste dia (3) foi impedida, devido o tumulto que ocorreu, pois a discussão gira em torno de tornar crime a utilização de máscaras em manifestações. (a casa retornará a discutir a questão no dia dez do mês corrente).

Foto da web

Foto da web

Na mira

O Ministério Público do Rio iniciou a investigação de 18 pessoas que supostamente estão envolvidas em depredações do patrimônio público e pontuou que, o direito de se manifestar é legitimo, mas a identificação terá que ser entendida como garantia de segurança e será obrigatória, recusar se identificar caracterizará como desrespeito a lei e as medidas cabíveis serão acionadas.

Traduzindo a lei:

1. A Polícia Militar poderá exigir a identificação de manifestantes e se considerar algum suspeito, poderá levá-lo a delegacia mais próxima para fotografá-lo, pegar as impressões digitais e verificar todos os dados e liberá-lo quando julgar necessário, e até mesmo acompanhá-lo até sua casa para averiguação.

2. A Prefeitura irá assumir o poder de decidir quais manifestações são legitimas e obedece ao viés democrático para exercer a liberdade de reivindicação, com isso a facilitação de identificação de grupos ou pessoas que serão responsabilizadas por possíveis danos gerados por protestos.

isto não foi os Black Bloc quem causaram, mas a polícia do Estado do RJ.

isto não foi os Black Bloc quem causaram, mas a polícia do Estado do RJ.

Vandalismo e Democracia

Uma das formas utilizada pelo Poder Público para confundir a população é o discurso de que a liberdade de manifestação num estado democrático precisa ser exercida de forma ordeira e pacifica e que atos de vandalismo devem ser repudiados pela sociedade. Todavia, essa discussão além de rasa é perigosa, pois forma valores de classe que não estão a favor daqueles que tem seus direitos violados, primeiro; porque ela apenas apresenta elementos que blindam o Estado e cumprem a função de manter o estado de coisas no lugar, sem alterar lógica alguma e muito menos promover algum tipo de transformação social, segundo: ela é contraditória em sua essência, pois fere a própria Constituição Federal que garante o direito à Liberdade de expressão a todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação por quaisquer meios, terceiro; pra resumir ela fortalece o Estado dando ao seu braço “Polícia Militar” ainda mais poderes para perseguir, coibir e agir de forma truculenta contra manifestantes, se antes desta lei a policia “esculachava e surrava” agora, está aprovada a plena liberdade de descer o cassetete e prender todo mundo sobre o crivo prévio da lei, isso sem contar o terrorismo criado sobre a pessoa que foi presa, que mesmo sendo liberada e tida como inocente de qualquer suspeita teve de passar por toda uma situação de constrangimento gerado pelo Estado e que a polícia com sua fé pública efetivará com maior autoridade e o menor respeito, caracterizando deste modo, uma invasão a vida particular que acarreta em um dano moral.

650x375_1352582 (1)Instituição sem moral

É perceptível que no Rio há uma crise de estrutura de Poder provocada pelas manifestações que há três meses tomaram às ruas com reivindicações que foram além do grito inicial contra a tarifa do transporte e apresentaram pautas que vão desde o fim da Polícia Militar, o fim do extermínio da juventude, a investigação de gastos públicos, mais investimentos na saúde e na educação, fim das UPPs, onde está Amarildo e muito mais, que acabou por culminar no “Fora Cabral”, gerando um desgaste no Governo Estadual reverberando no Municipal que tanto um quanto outro, não se abre ao diálogo, ao contrário, se tornaram ainda mais despóticos, e com este Projeto de Lei ficou claro que planejam formas de conter os protestos e reparar a crise, antes que em 2014 durante a copa do mundo a coisa piore, só que o povo nas ruas não está disposto a recuar, de forma que veremos nos próximos dias no Rio muita gente sendo presa.

image_previewAbrir os olhos

O que estamos assistindo é um retrocesso das garantias de liberdade de um estado democrático. (se é que elas realmente existem) Afinal, qualquer sociedade que realmente preza pela democracia tem a liberdade de expressão como elemento básico e fundamental para a vida social e para a composição de suas leis. Mas, como não devemos ter falsas ilusões diante de governos que defendem as lojas do Leblon, das agências do Itaú, das lanchonetes do Mc Donald entre outros símbolos do capital, e dão as costas para o sucateamento de todos os serviços públicos, devemos aguçar e muito nosso olhar em relação à instauração desta lei, que inaugura o que pode ser o início de um controle social muito mais duro que está por vir, e que na verdade já vivenciamos de forma não regulamentada, ou seja, um Estado cada vez mais policialesco onde a vida cotidiana está sob vigília e quaisquer reivindicações de direitos sociais terão que atender a um modelo apresentado por governantes, que num primeiro momento este controle institucional começa no Rio, mas que sistematicamente pode se espalhar pelo país contribuindo para a criminalização institucionalizada das lutas sociais.

Em Brasília foi protocolado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6198/2013 para incluir o Artigo 40-A a Lei 3688 de 03 de outubro de 1941 que trata das Contravenções Penais para proibir o uso de máscaras e outros materiais usados para esconder o rosto durante manifestações populares do Deputado Federal Jorge Tadeu Mudalen (DEM/SP) que possui o mesmo caráter para aplicação em âmbito nacional.

Democracia é característica de povos livres. A liberdade se faz na luta. Inaceitável que uma regulamentação determine como se luta, como se reivindica e como se empoderar daquilo que há quinhentos anos nos é tomado. O vandalismo que criminalizam e querem coibir é o reflexo de um Estado ditatorial que submete a classe trabalhadora a total condição de subserviência a grupos sociais que servem ao capital e que estão unicamente defendendo seus interesses com essa lei.

Nem mais um dia de falsa democracia!

Somos todos vândalos!

Abaixo o Estado capitalista com sua polícia militarizada que mata pobre todo dia!

OBS: Até o fechamento deste texto tivemos informações de prisões de pessoas que sem julgamento foram encaminhadas para Bangu, presídio de segurança máxima do Rio e segundo a chefe de Polícia Civil Marta Rocha mais pessoas serão presas nos próximos dias, segundo Marta as acusações são por formação de quadrilha, incitar a violência na rede e depredação de patrimônio público.

Pergunta: Será que os policiais que usam máscaras e retiram suas tarjas sofrerão alguma punição?

Vídeos mostrando a trulência da polícia a serviço do Estado;

http://youtu.be/tsIAC99DM10

Familias do México 70 que foram atingidas por incêndio receberão a quarta e ultima parcela do auxílio aluguel este mês, e até agora as moradias nada.

Foto retirada da web

Foto retirada da web

As famílias que foram atingidas pelo incêndio no México70 em São Vicente a cerca de quatro meses receberão este mês a ultima parcela do auxílio aluguel. Segundo Mônica Morais uma das assistidas junto sua família pelo auxílio, até o momento a SEHAB Secretaria de Habitação de São Vicente não falou sobre o assunto, o que havia sido acordado no dia 25 de maio junto com todas as famílias na Escola Lúcio Martins Rodrigues é que o auxilio seria de oito meses, porém, na prática foram apenas quatro meses, e ninguém sabe ao certo como irá ficar daqui pra frente, pois segundo ela algumas garantias que foram prometidas não foram cumpridas, por exemplo, o cadastro de pessoas no programa do Governo Federal Minha casa Minha vida, assim como a liberação do FGTS, acrescenta;

“Nada daquilo que foi prometido foi feito, conversei com o secretário hoje pelo face e ele disse que o auxílio era apenas de seis meses, mas que está pedindo prorrogação no Ministério em Brasília, compartilha o vídeo, ele ainda fala que vai passar o pessoal que não tem cadastro na frente no Minha Casa Minha Vida e daria auxilio até sair o apartamento, eu sou cadastrada e vou receber logo o meu apartamento e os que não tem cadastro vão ficar na rua […] Ainda não foi feito esse cadastro para o Minha casa minha Vida só aqueles que já tinham cadastro, que é pelo Pac… Disseram uma coisa e fizeram outra, tá no vídeo. Não falam conosco.

Vídeo do dia em que SEHAB Secretaria de Habitação de São Vicente, e o Secretário Emerson Santos prometeu que nós do México 70 iriamos receber 8 meses de aluguel e que todos que não tinham cadastro só iria parar de receber o auxilio – só recebe-se o apartamento e agora estão querendo fazer tudo ao contrário (Esperamos uma Resposta ) Esse é o ultimo mês de auxilio Aluguel!  

Moradia: Grajaú luta! Ocupar e resistir.

Neste último 27 de agosto, membros de ocupações do Grajaú fizeram uma passeata na Av. Dna Belmira Marin e paralisaram por um tempo a entrada do terminal Grajaú, depois a Av. Senador Teotônio Vilela, e na sequência foram até a subprefeitura da Capela do Socorro. Durante todo o trajeto não houve qualquer tipo de problema com a Polícia Militar, mas na subprefeitura os manifestantes foram recebidos com truculência por funcionários da subprefeitura e por membros da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Depois de muitos conflitos a subprefeita conversou com os manifestantes, falou que existe a previsão de construção de milhares de moradias aqui na região, mas não apresentou nada de concreto, e muito menos um critério definido em relação a quem vão ser destinadas essas moradias. Além disso, ao invés de demonstrar apoio às ocupações, manteve a conversa de que haverá reintegração de posse nos terrenos ocupados.

Não iremos nos intimidar, e nem acreditar em promessas verbais. A gestão anterior também falava da construção de milhares de moradias, e nada saiu do papel. Ninguém está lutando para colocar o nome numa lista de cadastro. A população quer moradia nos terrenos ocupados, e não vai ficar de mãos abanando. A Luta está Apenas Começando!

Por Rede Extremo Sul

Baixada Santista: Greve. Vem pra rua ou vai pra casa?

Mais uma paralisação ocorreu hoje (30) pela manhã promovida pelas centrais sindicais. Segundo informações divulgadas pelos dirigentes sindicais que organizaram, esta manifestação tinha o caráter de puxar uma ainda maior no dia 06 de setembro.

No bojo das manifestações que pipocam pelo país e ocupam câmaras municipais, as centrais apesar de terem ficado anos distantes das reivindicações de rua, possuem agenda política e força de paralisação urbana, afinal, quem passou por vias bloqueadas pode perceber que não haviam muitos manifestantes, apenas alguns de camisetas de sindicatos. No entanto, bloquearam durante 3 horas o trânsito – um carro de som ligado falando pro nada – uma galera sacudindo bandeira – e trabalhador descendo do ônibus e indo a pé para o trabalho, aí podemos dizer; nossa que alienado esse trabalhador, deveria aderir a greve, mas aderir a quê? Por quê? E com quem?

A realidade que temos é que os trabalhadores não se vêm representados por tais entidades, além de se encontrarem anos luz de distância das pautas, e não por falta de consciência, mas pela certeza de que nada muda e que apesar do sindicato ser um instrumento de luta, a vida cotidiana não condiz com parar uma avenida durante três horas.

Na prática boa parte dos sindicatos se tornaram uma instância burocrática que disputa espaço de poder, deixando as ações de base de lado, deixando os trabalhadores submetidos as suas agendas políticas em que ir pra rua é só estratégia política para amarrar acordo.

Na orla da praia da baixada por volta das 07h30, onde estava ocorrendo o bloqueio entre as cidades de Santos/São Vicente, 99,9% das pessoas que passavam não tinham o menor interesse em participar, alguns comentavam que não estavam nem sabendo que o ato ocorreria, se soubessem ficariam em casa, outros acreditavam na legitimidade, porém, tinham imensa desconfiança de tudo aquilo e por isso preferiam ir para o trabalho.

Paralelo

Em Porto Alegre ocorreu um ato grande mesmo, envolvendo os trabalhadores do metro e dos ônibus junto com estudantes, só que em Porto Alegre tem sido o resultado do intenso trabalho do Bloco de lutas, que vem dialogando constantemente com a população sobre a questão do transporte, não utilizando apenas os atos de rua como única ferramenta de luta.

Ou seja, é ínfimo e risório tal situação, pior! Fica-se propagando pela redes a maior paralisação de todas – a baixada vai parar – na luta com os trabalhadores – e de fato quando olhamos pra rua, cadê? Cadê a massa? Cadê os trabalhadores? O que se consegue de verdade é alimentar mais ódio na população, e como a mídia burguesa não ajuda em nada mesmo, a verdade nua e crua, é que essas estratégias são um prato cheio pra direita chincalhar com tudo.

É preciso refletir sobre isso, descer do pedestal da teoria, pois na prática o que deveria aglutinar e corroborar para a luta da classe trabalhadora, está só contribuindo pra esvaziar o debate e o avanço político.

Evento sobre a visibilidade lésbica! Contra a lesbofobia & Homofobia !!!

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PRÓXIMO SÁBADO:

Dia 31 de Agosto de 2013, Sábado, às 18 horas, na Cinemateca de Santos, Rua Xavier de Toledo, número 42, Bairro Campo Grande, Santos/SP. Exibição dos Documentários: “4 Minas” (Diretora: Elisa Gargiulo, São Paulo, 2012) + “Negras Lésbicas” (Diretoras: Patrícia Norica, Priscilla Mendes, Formiga & Erica Silva, São Paulo, 2012) + Debate sobre o tema com a presença de Elisa Gargiulo & Luana Hansen.

ENTRADA GRATUITA !!!

Organização: Coletivo Feminista Pagu, da Baixada Santista !!!

Contamos com a presença de todxs !!!

Conselho Popular de Mobilidade Urbana: Uma farsa para desmobilizar a luta contra o monopólio do transporte!

No dia 02 de julho deste ano no Sindicato dos Urbanitários de Santos (SINTIUS) foi discutido e apresentado como proposta a criação de um conselho de mobilidade urbana. A ideia deste conselho seria debater sobre os problemas relacionados ao transporte na região procurando encontrar meios de solucionar a questão.

No dia 17 de julho foi aprovado em plenária o Conselho Popular de Mobilidade Urbana. A reunião ocorreu no Estação da Cidadania de Santos com a presença do Conselho Sindical da Baixada Santista e Vale do Ribeira, do Fórum da Cidadania, da UNE (União Nacional dos Estudantes), do MPL (Movimento Passe Livre), do vereador Evaldo Stanislau e de representantes do vereador Adilson Júnior e da deputada Telma de Souza –  todos do PT.

A deliberação do dia 17 foi a seguinte;

1. Abrir as planilhas de custos para verificar taxas de lucros da empresa (Piracicabana)

2. Defesa de auditoria

3. Criação da função de auxiliar de bordo

4. Discutir com os prefeitos das oito cidades sobre possíveis resoluções

5. Criar um plano de estudo do transporte junto com técnicos.

6. O vereador Evaldo Stanislau será o responsável pelo diálogo entre sociedade civil e Poder Público.

Daí

No início deste mês o Prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa falou sobre a legitimidade do conselho expondo sua importância para toda a região. E no caso o Sr Prefeito também já havia anunciado no dia 06 de julho a criação de uma comissão para avaliar as condições de transporte na cidade de santos, ressaltando que após a obrigatoriedade do cartão as condições de segurança do motorista melhorou muito e que a população aderiu o uso do cartão, com isso o serviço melhorou significativamente, “o tempo de viagem diminuiu, porque na medida em que o motorista deixa de fazer a cobrança, se concentra na atividade principal, que é dirigir o ônibus, e com mais rapidez”, explica. (Essa comissão é formada por técnicos da CET e afins…)

Ao que parece o conselho neste primeiro ano terá a responsabilidade de estudar, planejar e elaborar projetos que corroborem para solucionar o problema da mobilidade urbana.

Vamos aos fatos;

O conselho é uma farsa! Ele foi montado numa deliberação emergencial para tomar a discussão de assalto que estava em voga em todo o país, e com o medo que a casa ficasse ainda mais pequena, esses camaradas se articularam e impuseram à população um conselho meramente fajuto qual não garante poder realmente popular de decisão, mas sim fica nas mãos de um vereador, ou seja, ele é mais um conselho de cooptação das lutas para desmobilizar.

Vamos avaliar quem deliberou;

1. A UNE é uma entidade extremamente pelega que não representa nem os estudantes.

2. O PT é um partido falido que não representa a classe trabalhadora há tempos, tem sido omisso na região em relação ao transporte, qual o seu interesse de repente nesta luta?

3. O MPL que assinou o documento é uma farsa, não existe MPL na região, o que existe é um grupo em formação, onde há pessoas ligadas a partidos querendo se infiltrar exatamente para isso, assinar documentos e usar o nome MPL segundo seus interesses. (sem contar que este próprio grupo segundo informações não quis participar, porém, alguns camaradas atropelaram a decisão e se intitulam MPL BS, farsa!

4. O Conselho Sindical é aparelho do PT.

Resumindo: é tudo um grande golpe para desmobilizar a luta, se usando do nome “popular”, mas de popular não tem nada. Oras, por acaso houve consulta junto a população? Não! O que esses camaradas são peritos em fazer, é construir espaços institucionalizados para engessar a luta.

Pergunta; eles falaram algo sobre Tarifa Zero? Não! E nem vão tocar no assunto, porque eles não possuem nenhum interesse nessa discussão, eles na verdade, estão blindando ainda mais a empresa de transportes (Piracicabana) e procurando criar soluções paliativas para ludibriar a população.

VLT

As obras do Veiculo Leve sobre Trilho (VLT) estão em andamento, (graças a copa, senão continuariam paradas) contudo, ele irá fazer um percurso risório que não solucionará o problema da mobilidade urbana na região, o ideal seria que o VLT integrasse toda a região metropolitana, ou no mínimo para começar tivesse como ponto de partida a área continental de São Vicente, mas não será! Porque a incompetência dos representantes públicos trabalha sempre a favor da classe empresarial que financia suas campanhas, enquanto o povo é só massa de manobra em ano de eleição.

A cidade de Santos para dar uma soluçãozinha as enormes filas que se aglutinam pela manhã na orla da praia desviou a ciclovia e aumentou em cerca de 1m a pista, o que não resolve em nada, só gastou dinheiro público. São Vicente segue pelo mesmo caminho devido as obras do VLT alterou as rotas de trânsito, instalou ciclovias mal planejadas colocando em risco os ciclistas, além de ter fechado a Ponte Pênsil para reforma em comemoração de seu centenário deixando a população local sem transporte, com isso o trânsito está pior do que já era, e quem precisa ir trabalhar em Santos e vem da Praia Grande e tem que passar por São Vicente se f…

Tudo isso traduz perfeitamente a falta de compromisso de anos de todos os representantes públicos dos oito municípios que não se preocuparam com o planejamento metropolitano, agora, as cidades explodem e quem paga sempre é aquele camarada que tá no transporte lotado, caro, demorado e de péssima qualidade. Aí pra querer jogar a sujeira debaixo do tapete, criam esse Conselho que em nada irá resolver, que em nada irá contribuir para uma discussão ampla e radical, que não está reivindicando benefícios, mas direitos! Direitos sociais negligenciados que implicam em violações de outros direitos, e isso não esta na pauta deste conselho.

OBS: Segundo informações as reuniões que começaram no Sindicato do Urbanitários já tinham a intenção de tomar o movimento, houve até a ideia da criação de um grupo chamado 13 de junho, que foi o dia de maior violência policial contra os manifestantes em SP que comoveu até a mídia (dissimulada) burguesa. E como as manifestação se caracterizavam pela falta de liderança, o pensamento deste grupo era tomar o movimento.