Teve início o processo de privatização do serviço público em Santos em prol do lucro de empresas e em detrimento do serviço.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude -votação sob protestos.

Votação na Câmara Municipal de Santos aprova projeto de lei que permite OS (Organizações Sociais) gerenciarem equipamentos públicos, além de obrigar os servidores a se submeterem às OS, de acordo com o Inciso I do Artigo 30: “sendo facultada à Administração, a seu critério exclusivo, a cessão do servidor, irrecusável para este, para a organização social”.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude – servidores impedidos de entrar na sessão

Depois de muitos protestos, sessões impedidas, mobilizações e diversas tentativas de frear o Projeto 242/13 que trata das Parcerias Público-Privadas – PPP enviado pelo Prefeito Paulo Alexandre Barbosa à Câmara Municipal, a grande maioria dos vereadores de Santos mostraram submissão às ordens do Prefeito, revelando um Legislativo frágil cuja função em parte seria fiscalizar o Executivo, no entanto, está disposto a aceitar tudo que lhe for imposto. Primeiro foi o aumento do IPTU, em que de forma tática e driblando a participação popular os vereadores votaram o aumento em sessão extraordinária, agora, foi a aprovação deste projeto que tentaram de todo modo impedir a participação popular, inclusive, cerceando a liberdade de participação em plenária, que é um direito constitucional. Também foram coniventes com o caso do Macuco em que moradores serão despejados para a construção de uma obra desnecessária. De fato, o Legislativo da cidade de Santos é apenas uma repartição de aprovações do executivo.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude – cadastramento, apenas 116 pessoas poderiam entrar

A última sessão – um atentado à liberdade!

Segunda-feira (16) por volta das 14h- começaram a chegar servidores e organizações para participarem da sessão, porém, logo na portaria central, iniciou-se um processo de cadastramento das pessoas que precisavam apresentar o RG e retirar uma senha, porque só havia permissão para uma determinada quantidade de pessoas (questão de segurança). A sessão estava marcada para as 15h e neste exato horário ninguém ainda havia sido liberado a entrar, o que gerou insatisfação, pois a Câmara Municipal é um espaço livre de participação popular. Após isso, a Guarda Municipal se organizou em corrente em frente às catracas e apenas liberou a Mídia Burguesa.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude -bloqueio da GM frente as catracas.

Os servidores, ao perceberem que estavam sendo cerceados da liberdade de adentrar na casa do povo, e que a votação iria ocorrer à revelia, decidiram ocupar a câmara. Antes pediram para que a Guarda Municipal abrisse passagem, a GM recusou.

Então, a corrente do povo foi maior e retiraram a Guarda do caminho e liberaram todas as catracas para as pessoas entrarem sem cadastro, pois a entrada na casa do povo é livre.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude – servidores rompem o bloqueio

Novos problemas tiveram início: o elevador estava fechado e o acesso bloqueado com porta fechada. Já com ânimos alterados devido à posição ditatorial estabelecida, os servidores romperam o bloqueio da guarda que lançou gás de pimenta.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude -GM bloqueia a entrada da plenária.

Eles seguiram e passaram pela porta até chegar à plenária onde os vereadores mantiveram as portas bloqueadas novamente por guardas, contudo, após muita negociação e pressão popular, todos e todas adentraram à casa e protestaram contra essa atitude fascista e antidemocrática.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude -GM assediam manifestantes e lideranças sindicais.

Durante a sessão, diversas vezes os servidores tiveram que enfrentar a GM que insistia em tumultuar assediando os manifestantes – a sessão ocorreu de forma vergonhosa, um total desrespeito aos servidores e munícipes de Santos. Os vereadores ignoravam as vaias, foi um deboche à democracia e assim o projeto foi aprovado.

Áudios

O Presidente da Câmara Municipal Sadao Nakai (PSDB) disse para a imprensa que a Guarda agiu de modo cortês, e que foi feito de tudo para garantir a segurança das pessoas, pois eram muitos manifestantes e não poderia ter ultrapassado o limite de pessoas na câmara. E qual era esse limite? Pois às 15h não estavam deixando entrar NINGUÉM, foi por isso que às 15h06min os servidores furaram o bloqueio feito pela GM, que, aliás, foi muito cordial mesmo atirando gás de pimenta. Ouça o áudio com os servidores em coro pedindo para liberarem a entrada. Como não foi liberada, o povo ocupou sua casa. Não passará, Sadao!

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Sob muitos protestos, os vereadores aprovam o projeto de lei do Prefeito Paulo Alexandre que privatiza o serviço público na cidade. Ouça este pequeno trecho da votação que dá o tom de como ela foi realizada: em caráter antidemocrático, teve vereador que debochou de servidor. Não houve nenhuma audiência pública e nenhuma espécie de consulta popular, a população santista foi negligenciada.

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Fotos acesse o link

Lista dos vereadores que aprovaram a privatização do serviço público de santos;

Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB)

Ademir Pestana (PSDB)

Carlos Teixeira Filho, Cacá Teixeira (PSDB)

Douglas Gonçalves (DEM)

Fernanda Vannucci (PPS)

Hugo Duppré (PSDB)

Kenny Mendes (DEM)

José Lascane (PSDB)

Jorge Vieira da Silva Filho, o Carabina (PR)

Marcus De Rosis (PMDB)

Manoel Constantino (PMDB)

Murilo Barletta (PR)

Roberto Teixeira Filho, Pastor Roberto (PMDB)

Sandoval Soares (PSDB)

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Cursinho Popular da Unifesp Baixada Santista – Cardume. Bora?

Quem tá afim de fazer um cursinho pra se preparar para o ENEM, mas tá meio sem grana, de boa! Existem hoje diversos cursinhos populares que cumprem essa tarefa de contribuir pra que você entre na faculdade, pois é seu direito e fazer faculdade não pode ser só um sonho depositado no baú, blz? E o melhor, a galera que garante estes cursinhos tão aí na disponibilidade pra que você acesse a universidade, sem te cobrar nada! Certo?

E aí vai ficar marcando toca? Então, bora se adiantar!!!

Saiba como funciona nesta matéria completa em áudio e logo abaixo link do blog do Projeto Cardume, lá  você pode tirar dúvidas.

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QUEM PODE ESTUDAR NO CURSINHO CARDUME?

Perguntas e respostas aqui no blog Projeto Cardume
Grupo do projeto no Face
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Protestos na Câmara de Santos contra as privatizações: Vereadores saem da sessão debaixo de vaias

Olha só / Mas que cara dura / Tucano chegou / Pra vender a Prefeitura. (canto de protesto entoado por manifestantes)

Foto: Rádio da Juventude

Câmara lotada. Foto: Rádio da Juventude

Nesta segunda-feira (09) a Câmara Municipal de Santos foi ocupada por manifestantes que lutam contra a aprovação do Projeto 242/13 que trata das Parcerias Público-Privadas – PPP, cuja finalidade é colocar o gerenciamento de prédios e serviços públicos da cidade de Santos nas mãos de corporações, as conhecidas (OS) Organizações Sociais. Diversas organizações, sindicatos, professores, servidores públicos, estudantes e cidadãos não pertencentes a organizações compareceram em peso e protestaram contra tal medida.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

O projeto de lei é de autoria do Prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) que o enviou para câmara para aprovação dos vereadores, o projeto já passou em primeira votação na última quinta-feira (mesmo sobre pressão popular), a próxima votação ocorrerá ainda este mês, inclusive, em sessão extraordinária. Por isso, antes que ocorra a arbitrariedade como no caso IPTU em que o vereadores votaram a revelia da população, em sessão extraordinária, o SindServ tem mobilizado os servidores para estarem ocupando a câmara e evitar que tal ação antidemocrática ocorra. (diversas organizações e cidadãos estão aderindo à luta)

Foto Rádio da Juventude

Vereadores se retiram sob vaias – Foto: Rádio da Juventude

Os vereadores diante de buzinas, apitos, vaias e tantas reinvindicações deixaram claro que não estão ao lado da população, pois simplesmente ignoraram a presença do povo na casa do povo e tentaram de todas as formas garantirem a pauta, mas não conseguiram e resolveram interromper a sessão, encerrando o regimento do dia. Saíram debaixo de vaias e fortes críticas do tipo; vendidos, mentirosos, covardes, fraudes…

De fato, enquanto o povo reivindicava direitos, os vereadores se mostraram déspotas, ignoravam, e apenas dois vereadores (PT) ousaram ouvir e questionar o projeto, e olhe lá, se não for eleitoreira essas posições, no mais, a câmara foi ocupada e os manifestantes deixaram o recado de que não estão para brincadeira, na casa do povo quem manda é o povo.

Foto: Rádio da Juventude

Cargos comissionados não. Foto: Rádio da Juventude

Na saída os manifestantes foram ao estacionamento e barraram a saída dos vereadores em protesto ao descaso por cerca de 1h, o que provocou ainda mais tensão em alguns parlamentares que circulavam pelo estacionamento nervosos, como o vereador Lascane (PSDB) que chegou a falar que o direito de ir e vir é constitucional.

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Vereadores bloqueados no estacionamento. Foto: Rádio da Juventude

Daí acionaram a Guarda Municipal, que durante a sessão esteve cumprindo seu papel de intimidar quem estivesse com apito e corneta, fecharam o estacionamento a força, em corrente empurrando os manifestantes pra fora.

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Veja todas as fotos aqui

Câmara de Santos: Redução da maioridade penal e as parcerias público/privado (retrocessos)

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Nesta segunda-feira (02) como de praxe na Câmara Municipal de Santos às 18h houve expediente parlamentar para votação e aprovação de projetos, e com a devida abertura da tribuna para organizações exporem suas reivindicações, duas organizações causaram impacto em suas pronuncias diante dos vereadores presentes e de toda a casa;

– a primeira foi a Associação Paulista de Medicina, que por meio da médica Lourdes Teixeira Henriques falou da revolta da classe médica, devido o assassinato do gastroenterologista Marco Antonio Loss, de 47 anos, assassinado por um menor de idade no último sábado (30) no bairro Campo Grande, em Santos – Lourdes disse que a redução da maioridade penal é um tema difícil, mas tem que ser colocado em discussão com urgência, pois, não é mais possível viver numa sociedade com tanta impunidade, onde menores infratores cometem delitos bárbaros, e diante de leis brandas, nada acontece, por isso pede aos vereadores presentes que deem inicio a este debate e que medidas enérgicas sejam tomadas.

(ouça aqui áudio da Associação de Medicina sobre a redução da maioridade)

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– a segunda organização foi o Sindicato dos Servidores Públicos que compareceu com cartazes de protesto contra o Projeto 242/13 que trata das Parcerias Público-Privadas – PPP, cuja finalidade é colocar o gerenciamento de prédios e serviços públicos da cidade de Santos nas mãos de corporações, as conhecidas (OS) Organizações Sociais que, por exemplo, no estado de São Paulo têm ocupado áreas da saúde, e têm provocado enorme endividamento aos municípios, a princípio surgem como alternativa para melhorar um determinado equipamento público e com a propaganda de organização preocupada com o social, contudo, são empresas, que ao passar dos anos têm se tornado um grande problema por causa de quantias milionárias que arrancam dos cofres públicos, enquanto o serviço ao público e ao trabalhador vai sendo ainda mais sucateado.

(ouça aqui áudio da denúncia feita pelo Sindicato dos Servidores)

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Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Também estiveram presentes na câmara outras organizações, porém, não se manifestaram, e também os moradores organizados do bairro do Macuco, estes com faixas e cartazes em protesto a construção do túnel Santos/Guarujá, além de cidadãos não pertencentes a organizações.

Apontamentos referentes à sessão

1. Os vereadores (maior parte) mostraram-se bastante desconexos ao tema das PPP (Programa de Parcerias Público/Privado), ouviram a denúncia e só, apenas um vereador se expressou – disse que, iria estudar o assunto, compreender o que são as Organizações Sociais, como elas operam – muito bom! Apesar de revelar ignorância no assunto, afinal, tem por obrigação saber, pois em sua função lhe cabe fiscalizar o poder executivo, além de que, em 18 de novembro deste ano foi aprovado na câmara pela maior parte dos vereadores tal projeto. (apenas dois vereadores do PT são contra) Por isso, como um vereador pode não entender o que é?

Sem dúvida, o Prefeito Paulo Alexandre com essa proposta promove um ataque aos equipamentos públicos que resulta num serviço ainda pior do que já temos, sem contar o desmantelamento das condições e garantias de trabalho dos trabalhadores, e com o aval da maioria dos vereadores.

2. Referente o caso do médico assassinado e o pedido de redução da maioridade penal, é uma questão muito delicada, primeiro porque é um momento de fragilidade familiar, evidente que uma resposta acolhedora precisa ser dada a esta família, porém, precisamos de uma reflexão aprofundada de toda nossa estrutura social, a partir disso, procurar resolver este problema chamado “violência” de forma planejada e igualitária, (que não é um fenômeno social isolado) temos que ir à raiz do problema, tendo em vista que dos homicídios dolosos, os menores são responsáveis por apenas 1% dos crimes, o que não isenta um crime bárbaro, contudo, não podemos atirar no mesmo bojo e a partir de uma lei punitiva generalizar, porque gostem ou não, aqueles que fazem parte de setores conservadores da sociedade – vivemos em uma sociedade de classes, onde a lei não funciona do mesmo modo para todos, por exemplo, há o menor que queima índio e nada acontece, e, há o menor que só de ser suspeito de crime (hediondo), automaticamente estará sentenciado antes de um julgamento, ou seja, o que pesa para um (nesta sociedade) não pesa para outro (dependendo da classe social que ele pertença), pois a classe qual ele pertence não só influencia como também determina os julgamentos, é onde mora a maior de todas as impunidades. Mas os vereadores, bons politiqueiros que são – não se restringiram apenas a solidariedade, exacerbaram um discurso ultraconservador onde o jargão era; “chega de hipocrisia!”. Mas quem realmente está sendo hipócrita? Dentro de um discurso que se alinha ao senso comum usando de escudo uma tragédia.

Sobre crimes cometidos por menores e a máquina de moer pobre chamado Estado.

As cidades da Baixada Santista já entraram para a lista de cidades onde o extermínio da juventude preta e periférica explode e as autoridades se calam, e este silêncio foi perceptível na câmara, pois nem os vereadores de esquerda tiveram o mínimo de ousadia para ter uma voz dissonante diante das vozes reacionárias que imperavam e destilavam bordões panfletários e elitistas cujas premissas circundaram em torno da redução da maioridade penal como solução.

Mas o que esperar dessa classe política que está aí? Cuja única solução que apontaram foi mudar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a própria Constituição Federal, que chamaram de instrumentos arcaicos, na verdade, o que chamam de arcaico e protetor de bandido, são as garantias individuais que mesmo sobre lei pouco protegem, ainda assim, querem demolir.

Vamos lá;

A questão da redução da maioridade penal é inconstitucional! No art. 60, §° 4, IV, as chamadas “cláusulas pétreas”, que contém a seguinte redação: “Não será objeto de deliberação proposta de emenda constitucional tendente a abolir: direitos e garantias individuais”. Na base desses direitos intransponíveis, conferiu-se trato especial à proteção da Criança e do Adolescente, principalmente no que diz respeito à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à dignidade etc. (art. 227, da C.F). Previu-se ainda, que os menores de 18 anos não são censuráveis penalmente, sujeitando-se à norma especial (art. 228, da C.F). Querer alterar essas cláusulas tão importantes para garantias e proteção é um atentado à democracia e ao estado de direito.

E olha que mesmo com essas “cláusulas pétreas”, há muito ainda para se discutir sobre a aplicabilidade, que pouco tem se efetivado na prática, ou seja, se com uma lei instituindo garantias ainda há muito a ser feito, alterá-la, será um imenso retrocesso.

Dados (estudos da PUC) demonstram que a participação de menores em crimes, especialmente os praticados com violência contra a pessoa, são exceção, não a regra. No caso dos homicídios dolosos, os menores são responsáveis por apenas 1% dos crimes. No caso dos roubos, 1,5% e no caso dos latrocínios, 2,6%.

Uma análise mais aprofundada mostra que a violência não decorre de um instinto delinquente, mas pelo contrário, o ilícito penal – na sua grande maioria – decorre das deficiências sociais, caracterizadas por uma organização social de exclusão, que não garante a plena transformação do individuo.

No Brasil a burocracia do sistema judiciário tem sido responsável por inúmeros casos de jovens pretos, pobres, nordestinos… Que ficam presos meses, antes mesmo de se tornarem réus, simplesmente por serem suspeitos de terem cometido ou participado de algum crime hediondo – ao término de todo o processo ao serem liberados por comprovação de inocência, não recebem nem um pedido de desculpas do estado pela prisão arbitrária.

Desafiamos a quem não concorde, a ir visitar as delegacias e presídios que configuram hoje um imenso navio negreiro do estado moderno, e constatar tal situação de segregação e direitos violados. A redução da maioridade penal é uma discussão extremamente classista, não há como negar que só será penalizado preto e pobre.

Reduzir a maioridade penal é protocolar aval para o Estado moer pobre.

OBS.1: Quinta-feira dia (06) após o fechamento deste texto, ocorreu na Câmara Municipal, votação a favor da PPP, Houve tulmulto e a sessão foi interrompida por três vezes, devido manifestantes que protestaram com apitos e buzinas o absurdo de tal projeto – entretanto, a primeira discussão; mesmo sobre pressão popular, deliberou o projeto do Sr Prefeito Paulo Alexandre Barbosa que regulamenta as parcerias da Administração Municipal com as Organizações Sociais – traduzindo: público/Privado – com 38 emendas o projeto será reavaliado e voltará à discussão ainda este mês. Se passar em aprovação, além de todos os prejuízos, os servidores públicos ainda serão obrigados a trabalhar nas OS como consta no Inciso I do Artigo 30: “sendo facultada à Administração, a seu critério exclusivo, a cessão do servidor, irrecusável para este, para a organização social”.

O nome disso é terceirização/privatização do serviço. Parabéns! A cidade de Santos está sendo vendida.

OBS.2: Toda solidariedade a família que perdeu um ente querido, entretanto, inserir a discussão da redução da maioridade penal, é perverso e não resolve, consideramos um pensamento extremamente elitista que dá as costas ao exterminio do povo pobre, e apenas quer resolver o problema de um grupo social.

Documentário: Nos olhos da esperança – sobre um rapaz pobre, preto e filho de nordestinos, e também inocente, mas que ficou preso por oito meses por ser supeito de um crime. Por que será? E não é um caso isolado, basta pesquisar a respeito.

http://www.youtube.com/watch?v=c39BoKPzGgw

Manifestação contra o aumento do IPTU em Santos. Parem de lotear a cidade!

Nos últimos cinco anos os imóveis na cidade de Santos atingiram valores absurdos, a expectativa gerada em torno do pré-sal tem sido o principal mote que abriu caminho para o setor imobiliário transformar a cidade num dos municípios com o custo de vida mais caro da região, que vem resultando na verticalização da cidade de forma desordenada e marginalizando ainda mais os bairros periféricos, que a tendência é desaparecer, pois a especulação imobiliária já chegou lá, (vide zona noroeste) somando tudo isso com as políticas de revitalização voltadas para o turismo, criou-se um modelo de cidade para quem está de passagem, de férias e não para quem vive nela, de modo que a população (com poucos recursos) foi sendo segregada e cada vez mais está perdendo o seu direito a cidade, porque é isso que está em jogo neste aumento de 12% do IPTU, a garantia de se viver com o mínimo de dignidade, que há tempos o poder público não tem garantido por meio de seus equipamentos públicos, e com esse aumento a demostração é que a propensão é piorar – varrer a população pobre de Santos.

Arte: retirada da web

Arte: retirada da web

Explicamos; Santos está sendo loteada! É histórico, mas nestes últimos anos com a ideia de fortuna de um pré-sal que ainda nem saiu debaixo d’água, este processo acelerou-se de tal forma que, a comprovação desta tese, foi o Prefeito Paulo Alexandre e seus 17 vereadores (que votaram em ação extraordinária a revelia da vontade popular) justificar que o aumento do imposto não tem acompanhado a valoração dos imóveis, oras, vale lembrar que o salário também não, e que ao contrário de alinharem os impostos ao mercado especulativo, deveriam sim, trabalhar para construir uma cidade para todos! Fazendo enfrentamento a este modelo de cidade que Santos está se tornando, graças aos grupos empresariais que estão pouco se importando com a população, apenas querem lotear a cidade para aumentar seus lucros. (com seus empreendimentos faraônicos).

A conversa furada de que a cidade irá quebrar se o imposto não aumentar, soa como politicagem barata de quem não tem opção para se defender, pra além, demonstra uma Câmara incapaz de exercer o seu papel, que num dia fala uma coisa, e noutro executa diferente, e de forma covarde. Aí, depois não adianta pelas redes sociais vereador se explicar, porque na prática a política santista virou um palanque de mentiras e de negócios, e não é de hoje, uma grande fraude!

Pois uma cidade em que o setor de imóveis/construção civil determina as regras acaba por submeter à população a pagar as contas por tabela, e de fato, é isso que está acontecendo na cidade, além de outros problemas que precisamos aguçar o olhar para não naturalizá-los, porque essa verticalização desenfreada resulta na criação de espaços urbanos inócuos e individualistas, no sentido de; quem tem dinheiro compra tudo: casa, cultura, educação, lazer… Quantas praças são construídas hoje na cidade? Parques? Áreas de lazer, locais de convívio e socialização que não sejam pagos? Agora, nem vamos falar de casas populares para pessoas de baixa renda.

Por isso afirmamos, essa é uma discussão de classe, pois a cidade de Santos hoje, é pra quem pode pagar e não para quem queira e tem o direito de viver nela com dignidade.

Hoje segunda-feira (02) está sendo puxada pelo face (veja aqui) uma manifestação na Câmara dos vereadores, perfeito! A população precisa mesmo se organizar e dizer; na casa do povo, quem manda é povo! Políticos que votam a revelia não passarão!

Poder  e autonomia para o povo!

Segue cartaz da manifestação;

Arte: retirada da web

Arte: enviada por Marcelo Medrado

Moradores do Macuco ocupam a Câmara Municipal de Santos

Foto-0154Os moradores organizados do bairro do Macuco em Santos ocuparam a Câmara Municipal nesta quinta-feira, 28 de novembro de 2013 para cobrar dos vereadores esclarecimentos e posicionamentos dos parlamentares em relação à construção do túnel submerso que interligará Santos/Guarujá e desapropriará famílias do Macuco e Estuário.

Segundo os moradores é uma obra arbitrária na qual não houve consulta popular e há pouca informação sobre seu andamento, dizem que o projeto e o traçado não estão prontos, no entanto, não condiz com a realidade de máquinas que já estão operando no bairro do Macuco, quebrando algumas ruas, trazendo incômodo para os moradores, inclusive, os operários que estão efetivando estes trabalhos de acordo com os moradores, disseram que estão lá para a construção do túnel, quer dizer, há algo acontecendo à revelia dos moradores?

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

O que disseram os vereadores;

Os vereadores (maior parte) ficaram incomodados com os questionamentos, e rebateram que os moradores estão sendo usados por grupos políticos que querem perturbar e retirar a credibilidade da casa (Câmara Municipal) fazendo joguete político meramente eleitoreiro/oportunista, que isso tudo, é um grande terrorismo sendo criado na cidade para provocar pânico na população de algo que não faz o menor sentido, pois de forma alguma o Senhor Prefeito Paulo Alexandre Barbosa e os vereadores ali presentes; deixariam que algo do tipo acontecesse de forma autoritária, no entanto, se sentiam surpresos com tais questionamentos, pois, houve audiências públicas e o resultado fora positivo caso a construção do túnel for ao Macuco, precisamente na Rua José do Patrocínio.

Foto-0177O que replicaram os moradores;

1. Os vereadores (maior parte) estão desinformados a respeito da organização dos moradores, ninguém está sendo usado! Todos estão muito conscientes da falta de transparência deste projeto e da forma antidemocrática como está sendo gerenciado.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

2. As comissões foram montadas de forma apartidária, onde seus representantes são moradores dos bairros, há sim, parlamentares apoiando e contribuindo, inclusive, comparecendo nas reuniões de organização, colocando-se a par da questão e trazendo insumos para a população, em reuniões qual importante frisar; todos os vereadores estão convidados a participar e ouvir a população, o que ela pensa.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

3. Terrorismo é a postura do Governo do Estado e da Dersa que, por exemplo, na última audiência pública pouco contribuiu com informações precisas sobre a obra, ou se importou em ouvir a população.

4. Os vereadores num momento de ânimos acalorados, sentindo-se pressionados pelos moradores se colocam lado a lado, no entanto, em audiência já foi citado por parlamentares que os moradores do Estuário estão acostumados com barulhos (entre outras coisas) que a região portuária proporciona por falta de compromisso de governos anteriores que sempre trataram com descaso bairros como Macuco e Estuário.

Ao término das exposições alguns vereadores ainda insistiam na tecla de que os moradores estavam sendo usados. Porém, o apoio (por pressão popular) dos vereadores que compunham a casa foi unânime. (havia apenas metade presentes)

Esperamos que esse apoio não fique na retórica política. Porém, vencer essa luta é fruto de organização popular, não de quem se diz representante eleito e aperta botão de censura, quando o povo quer falar, a casa é do povo, quem fala é o povo!

Representante só fala quando o povo dá a voz.

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Logo mais diponibilizaremos mais áudios.

Moradores do Macuco formam comissão para discutir as remoções devido à construção do túnel Santos/Guarujá.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude – Reunião lotada, teve gente que acompanhou da rua.

Cerca de 80 pessoas se reuniram nesta última quinta-feira (21) para discutir e formar uma comissão de moradores que irá discutir e representar o bairro do Macuco em Santos junto ao poder público, devido à forma arbitrária como está sendo conduzido o projeto de construção do túnel Santos/Guarujá – cuja obra irá impactar nas condições de moradia, além de todo impacto ambiental, social e cultural – qual o próprio projeto negligencia.

A reunião começou por volta das 21h e contou com a presença de moradores do bairro Estuário (que também será atingido com a construção da obra) e de assessores da Deputada Telma de Souza (PT), do vereador Evaldo Stanislau (PT), de pessoas da sociedade civil e de organizações sociais solidarias com a luta.

1459312_628777680517762_635738633_nSegundo o que foi discutido a melhor arma que eles precisam ter neste momento é a informação, o método; é estarem juntos nesta luta, pois somente desta forma podem vencer este enorme desrespeito à vida humana que o governo do estado sobre a conivência da Prefeitura quer cometer contra a comunidade do Macuco e do Estuário.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude. Esta senhora relatou que já passou pelo processo de desapropriação – “é horrível, tomam sua casa e te dão uma mixaria”

Além do desafio de esclarecer toda sociedade de que este é um problema sério que irá afetar toda a região, a sociedade precisa se comprometer e ser solidária, a questão não é ser contra o túnel, não é este o debate, e precisa ficar claro, mas contra um projeto, qual existe alternativa de mudança, mas a insistência do governo municipal em não ouvir a população e manter o processo em andamento com se estivesse tudo certo e bom para todos, caracteriza por si só, algo totalmente autoritário e antidemocrático.

Segundo os moradores já aconteceram três audiência públicas e o Prefeito Paulo Alexandre Barbosa simplesmente não compareceu em nenhuma, apenas enviou um vídeo com a mensagem para que as pessoas se tranquilizem, pois nada passará por meio de sua caneta que prejudique a população, no entanto, para os moradores este discurso só tem revelado a eufemização do problema e a protelação de uma resolução.

Na última audiência pública, os moradores organizados dos bairros Estuário e Macuco pediram a anulação da audiência, já que a mesma em caráter antidemocrático insistia em não dar voz à população, mantendo a política vertical do governo do estado – o próprio Secretário de Meio Ambiente do estado de São Paulo Bruno Covas chegou a debochar de alguns moradores que revoltados queriam ser ouvidos, porém, eram impossibilitados.

(saiba mais sobre a audiência aqui)  (entenda mais sobre o túnel aqui)

No dia vinte de novembro num evento do dia da Consciência Negra na Praça Palmares em Santos, alguns moradores compareceram para panfletar e conseguir falar com o Prefeito que estava no evento, (como de protocolo de todo político) não podendo fugir reafirmou o discurso que havia feito no vídeo de que o projeto ainda está em andamento e que ninguém deve se preocupar – mas essa é a questão, pontuada pelos moradores, ninguém quer ser pego de surpresa e perder a casa, e, por isso, a falta de transparência do projeto somada as informações divulgadas de desapropriações feitas pela prefeitura assusta e ao mesmo tempo revela incoerência, afinal, como se pode ficar tranquilo sobre a eminência de se perder a casa e toda a história construída, seja ela pessoal, comunitária, social ou cultural que ao longo dos anos se consolidou.  São essas questões que a política desenvolvimentista não enxerga.

Parelelo com RJ.

A urbanista Raquel Rolnik¹ quando indagada sobre o que ela pensava do processo de remoções de centenas de famílias no RJ para construção de obras para a Copa do Mundo, em por que as obras tinham que ser feitas em locais simples (onde a maioria das pessoas não tem recursos) já que havia outros locais para serem construídas. Ela respondeu; “Não é por acaso que as obras vão cair exatamente por cima das comunidades…  Pra sair mais barato!”.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

OBS: Ao término da reunião foi montada a comissão de moradores do Macuco e um abaixo assinado irá percorrer a região colhendo assinaturas para ser entregue ao Ministério Público a favor do túnel, desde que ele seja no centro de Santos sem remover nenhuma comunidade.

1. Urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada.

O não direito a informação e o não direito a participação dentro de um estado de direito é uma violação de direitos sociais, pra além, de direitos humanos!

Guarujá e a política habitacional das desapropriações.

(Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Conjunto Vila do Sol que fica no bairro Morrinhos, abandonado desde 2004(Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Segundo a Prefeitura do Guarujá há 35 mil famílias em situação irregular na cidade – acrescentamos que vivendo em condições sub-humanas num país onde se gastam bilhões com megaempreendimentos da copa e com obras faraônicas que em nada servem à população, somente no Túnel que ligará Santos/Guarujá o governo do estado de SP desembolsará R$ 2,4 bilhões, enquanto para obras de habitação oriundas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o total de recursos pleiteado para estas ações ao Governo Federal é de apenas R$ 707 milhões, 103 mil, 538 reais e 71 centavos para o Guarujá.

Dá para notar a diferença? Além de que, segundo a Prefeitura, esta verba não é só para habitação, mas todo um projeto de construção de escolas, creches, redes de drenagem, macrodrenagem, energia elétrica, esgoto, abastecimento de água e recuperação ambiental… Que obviedade! Claro que um projeto de habitação tem que incluir todos esses equipamentos. A questão é a forma como isso está sendo conduzindo, o tempo e as condições concretas, porque na prática colocar as pessoas nas ruas é um crime!

Explicamos;

1. O Conjunto conhecido como Vila do Sol que fica no bairro Morrinhos está abandonado desde 2004, a Prefeitura comprou em 2012 e agora pretende demolir as moradias por alegar problemas de estrutura na construção. Com isso, expulsará as pessoas que residem na ocupação deste conjunto abandonado. (não temos os dados da quantidade famílias)

Foto: CMI

Canta Galo – Bloqueio dos moradores para a PM não entrar. 29 de outubro de 2013- Foto: CMI

2. A política de habitação, desapropriação na verdade, que está sendo desencadeada colocará nas ruas moradores da ocupação Vila Gilda, Parque da Montanha, Vila do Sol, Morrinhos, Cantagalo, Areião e Santo Antônio. Essas são as áreas mapeadas pela Prefeitura, pode haver mais, pois estão inclusos oito projetos habitacionais para mais de 15 mil famílias do PAC 2, que incluem obras em outras regiões, como por exemplo, ao lado do bairro Vila Gilda há o projeto de remoção de palafitas e recuperação ambiental da área de Manguedo. Aí temos também o Projeto Santa Rosa e Jardim Primavera, entre outros, e o questionamento é exatamente porque a política exercida pela Prefeitura não é a do diálogo, da consulta popular, e sim da desapropriação.

3. Pra piorar a construção do túnel Santos/Guarujá poderá desapropriar mais famílias (casas sem documentação perde tudo).

Foto: CMI

Moradores do Canta Galo resistem ao despejo -29 de outubro de 2013 – Foto: CMI

Moradia é um direito! Ocupar é um dever! Que venha este dinheiro, mas a população tem o direito de gestioná-lo!

Ao todo são sete áreas ocupadas, quatro já possuem liminares para reintegrações de posse, no entanto, até o momento, nenhuma desocupação foi promovida, isso per meio de ação do Ministério Público, porque a Prefeitura no dia 29 de outubro de 2013 tentou junto com a polícia expulsar os moradores da favela Canta Galo situada na região da Praia do Perequê, porém foi impedida pela organização dos moradores que bloquearam a entrada da polícia no bairro, para evitar confronto a Prefeitura cedeu, mas no dia seguinte disse por meio de nota que entrou na Justiça para reintegração de posse do Canta Galo e pediu a reintegração de terrenos ocupados em Morrinhos, pois de acordo com ela todas essas ocupações trazem risco à população, e novas moradias serão construídas dentro do Projeto Minha Casa /Minha Vida, por isso as pessoas precisam sair, mas que as famílias desapropriadas serão cadastradas no programa e receberão suas casas.

Foto: CMI

Moradores do Canta Galo resistem ao despejo. 29 de outubro de 2013 – Foto: CMI

Ao que parece falta aos governantes discernimentos para entenderem que não se elaboram projetos de cima para baixo, sem consultar a população, outra coisa, enquanto as casas são construídas, as pessoas ficam nas ruas aguardando? Moradia é um direito social! Uma urgência social! O déficit habitacional no Brasil é uma vergonha, violam direitos humanos! E comparando-se aos gastos com obras inúteis, podemos afirmar que muito pouco é feito pela população pobre, interessante que o mesmo governo que se gaba de seus projetos sociais (não retiramos a importância, apesar de termos muitas criticas) é o mesmo que favorece a iniciativa privada, que está por trás destes projetos lucrando à custa da miséria social que estão submetidas todas as pessoas que não têm o mínimo para viver, um teto…

O Ministério Público até o momento não comunicou quando efetivará as desapropriações.

Continua…

Vídeo de duas reportagens a respeito.

Palestra/debate sob o tema: “Conjuntura brasileira atual & retomada do anarquismo de massa”

A RETOMADA DO ANARQUISMO DE MASSA !!!

1456069_697620113582780_1729411013_nDia 23 de Novembro de 2013, Sábado, às 18 horas, na Biblioteca Carlo Aldegheri, Rua Luiz Laurindo Santana, Número 40, 1º Andar, Sala 1, Bairro Ferry Boat, Guarujá/SP, haverá a palestra/debate sob o tema: “Conjuntura brasileira atual & retomada do anarquismo de massa”, a cargo do professor Carlo Romani, doutor em história & autor do livro “Oreste Ristori – Uma Aventura Anarquista” (Editora Annablume), 2002.

Como de costume, haverá livros para venda das Editoras Achiamé (Rio de Janeiro), Faísca (São Paulo), Opúsculo Libertário (Guarujá) & da Imaginário (São Paulo), também estaremos vendendo o livro “ANARQUISTAS NO SINDICATO – Um Debate Entre Neno Vasco & João Crispim”, lançado recentemente pela Biblioteca Terra Livre (São Paulo) em parceria com o Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri (Guarujá/SP).

O livro de bolso possui 112 páginas, custa 15 reais, e registra um debate importante que houve entre o Neno Vasco & o João Crispim (esse último, pouco conhecido, porém, foi um ativo militante anarquista em Santos e outras cidades), entre 1913-1914, sobre a estratégia de atuação dos anarquistas dentro dos sindicatos.

Apesar do debate ser bastante antigo, ele ainda levanta temas muito pertinentes para os dias atuais…

O dinheiro da venda dos livros será destinado à manutenção da Biblioteca Carlo Aldegheri (Guarujá). Levem um troco à mais… Outra coisa, vai rolar laches veganos!!!

“A ânsia de destruir é também a ânsia de criar” – Mikhail Bakunin.

ENTRADA GRATUITA !!! FORTALEÇA A CULTURA LIBERTÁRIA !!!

Pressão popular marca a 1ª Audiência Pública sobre o Túnel Santos – Guarujá

Ocorreu terça-feira, 12/11, na Arena Santos, a 1ª Audiência Pública sobre o Túnel que ligará Santos – Guarujá.

A população marcou presença mesmo incerta da Audiência acontecer devido uma liminar do Ministério Público pedindo a suspensão. Porém a Dersa entrou com recurso e conseguiu reverter.

2Dentre os questionamentos levantados, além do já publicado neste mesmo site (leia aqui), tiveram: Falta de planejamento junto à CET; O projeto não possui o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e Urbano; Descumprida a lei que determina que todo projeto que causa impacto na cidade deve ser entregue e apresentado com 45 dias de antecedência; Pessoas com moradia comprometida; Várias outras necessidades mais prioritárias foram apontadas.3

Após várias intervenções e gritos de repúdio, correu um Abaixo Assinado de pedido de NULIDADE da Audiência Pública, a qual juntou um mínimo de 50 assinaturas com nomes e RGs.

 

Segue abaixo o audio com alguns momentos da Audiência:
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Logo menos publicaremos mais informações.

Seguimos alertas!
Viva a pressão popular!

Copa do mundo, remoções, super faturamento… Por que as manifestações não param no Rio de Janeiro?

As manifestações no Rio de Janeiro atingiram proporções para além da redução da tarifa, transformando-se no maior e mais polêmico fenômeno social da luta contra o Estado. Por quê?

Foto: Web

Foto: Web

Na linha do tempo

Em 2010 o Brasil inteiro assistiu pela TV a ocupação do Complexo do Alemão, (favela do RJ) um espetáculo da luta contra o tráfico promovido pelo Estado que colocou a desfilar pelo RJ seus aparatos de guerra: tanques, soldados com metralhadoras, fuzis e todo tipo de armamento highteck que a indústria bélica é capaz de produzir e o Exército Brasileiro de dispor. O objetivo da operação: eliminar o tráfico e trazer civilidade para um local onde o Estado só comparece por meio da polícia. A ocupação foi em tempo real e transmitida por todas as grandes emissoras, (além das redes sociais) onde as imagens que se sucediam eram do Bope “herói” e de traficantes “bandidos maus” fugindo por uma estradinha de terra do Complexo, imagens históricas que se tornaram símbolo do Estado “protegendo a população” – nos bastidores outra realidade explodia; abuso contra os moradores, e nada se mostrou pela mídia oficial – ao término, a paz estava novamente constituída e as UPPs se tornavam uma necessidade irrefutável. Como se o problema do tráfico de drogas, de armas e das milícias estivesse resolvido. (Não resolveu) Mas o caminho para uma política de repressão havia sido aberto e daí se iniciaria a preparação do RJ para os mega-eventos, onde milhões dos cofres públicos seriam gastos varrendo a população pobre que estivesse pela frente.

Foto: Web

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“O dossiê do Comitê Popular Rio da Copa e Olimpíadas alerta que cerca de 30 mil pessoas sofrerão remoções forçadas no Rio por causa destes megaeventos esportivos – no Brasil inteiro, aproximadamente 170.000 pessoas serão atingidas nas 12 cidades-sede, segundo estimativas da Articulação Nacional de Comitês Populares”.

Foto: Web

Foto: Web

A realidade no Rio

Os direitos da população pobre no Rio de Janeiro sempre foram violados, mas se intensificou com os mega-empreendimentos da Copa do Mundo – que têm sido responsáveis por remoções arbitrárias, especulação imobiliária, intensa violência da UPP sobre comunidades pobres, elevação de tarifas de transporte e custo de vida… Este projeto de cidade por sua vez está ligado a um “projeto de país”. PAC (Processo de Acelaração do Crescimento)

Explicamos;

1. As licitações liberadas pela Sr.ª Dilma permitiu a farra do dinheiro público (BNDS) financiando a iniciativa privada que passou como rolo compressor por cima de tudo, por exemplo, destruíram um estádio paraolímpico construído na época do PAN (Jogos Pan-Americanos de 2011) para construir estacionamento para turista na copa – sabe quantas pessoas com necessidades especiais ficaram sem o estádio? Que estava sendo desenvolvido um trabalho social com pessoas portadoras de necessidades especiais, e era gerido pelo município, o que permitia acesso à população pobre. Ou seja, o governo gastou dinheiro na época do PAN e depois deixou jogar no lixo.

2. Destruíram o museu do índio patrimônio  histórico/cultural porque estava próximo ao Maracanã, e por isso foi considerado de utilidade pública, transformado em ponto turístico para copa.

3. Expulsaram um monte de gente de suas casas na construção do VLT e pagaram pelas casas valores risórios para uma comunidade que residia há mais de 50 anos no bairro.

São inúmeros casos! Vamos nos pautar em quem são os reponsáveis que mandam no Rio;

Foto: Web

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As empreiteiras OAS, Odebrecht, Andrade e Camargo Correa têm arrancado quantias bilionárias em obras, que inclusive, o Ministério Público do RJ entrou com ação e as empresas estão sendo investigadas por superfaturamento. Aí temos o envolvimento político do PMDB – Sérgio Cabral, Eduardo Paes, o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha também desempenhando um papel importante na dinâmica de poder de seu partido. Pergunta; quem financiou as campanhas desses camaradas? E têm o subgrupo empresarial; Brookfield; Cyrela; Rossi; Carvalho Hosken; Carioca Nielsen; Queiroz Galvão; Delta. Todos envolvidos em projetos e contratos superfaturados – além de inúmeras denúncias de impacto ambiental e violação de direitos humanos. E temos também nesse bolo Eike Batista.

Em quais obras;

Centro de Operações Rio; Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica; Controle de Enchentes da Praça da Bandeira; Morar carioca; Parque dos Atletas; Parque de Madureira; Rio Criança Global ; Rio em Forma Olímpica; Sambódromo; Viaduto da Abolição; VLT.

Elas estão juntas em obras como o Arco Metropolitano, Transolímpica, trata-se do Consórcio Rio Olímpico, formado pelas empresas Odebrecht, Invepar (OAS) – controladora também do Metro Rio – e CCR (Andrade Gutierrez e Camargo Correa), que controla ainda a Via Dutra, Via Lagos, Ponte Rio-Niterói e Barcas SA. As “quatro irmãs” estão igualmente presentes no Consórcio VLT Carioca, responsável pela obra do VLT no Centro do Rio. Já no caso das Transcarioca há uma partilha das obras entre elas, com o trecho Barra à Penha, ficando a cargo da Andrade Gutierrez e o trecho da Penha ao Aeroporto Internacional, sob a responsabilidade da OAS.

Enquanto isso, os serviços públicos no Rio de Janeiro estão sucateados; educação, saúde, transporte… (o transporte lá é comandado pela família Barata). As políticas públicas de moradia; uma balela, a população cada vez mais marginalizada, mais empurrada, negligenciada ao abandono, a violação de direitos sociais, de direitos básicos, com isso a violência explode, o tráfico de drogas e de armas absorvem cada vez mais jovens pretos e pobres como mão de obra, aí se cria uma bolha que uma hora explode!

Foto: Web

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Que fazer? Faz UPP pra controlar isso, porque resolver não vai dar, até porque o crime sustenta muito colarinho branco, então, ele não pode acabar… Nem a miséria, nem o Estado legitimador da ordem que comanda tudo isso, gerenciando o dinheiro da população para garantir o privilégio de grupos empresariais que por meio da especulação extorquem e concentram tudo aquilo que por direito é de quem trabalha – de quem produz toda a riqueza do país sobre seu suor e calos, porém não é assim que funciona nesta organização social de parasitas que tudo usurpa – enquanto a maioria tem que aguentar calada; o salário ruim, o transporte ruim, a saúde ruim, tudo FUDIDO mesmo! Por culpa de um Estado ineficiente, só que o Estado não é um ser abstrato, ou a representação direta da população por meio de políticos eleitos, engana-se quem acredita nisso – ele em sua natureza foi construído pela correlação de forças entre quem tem dinheiro e quem não tem, e quem tem, manda e controla tudo sem precisar se eleger, faz política nos bastidores, controlando grupos políticos e partidos.

images (1)Assim como no Rio acontece no país inteiro, só que lá a coisa atingiu outras proporções (atingiu muitas pessoas) o que gerou um enorme descontentamento que deflagrou em revolta popular, agora, falar em “quebra-quebra” dos bens públicos e dos privados e citar “infiltrados” com o discurso do “pacifismo” , o Estado quer isso mesmo, uma população em silêncio, domesticada que acredita em instituições que não servem para nada além de manter tudo como está.

Sobre o quebra o quebra que o Estado tem proporcionado ninguém fala, e vale ressaltar que os professores apoiaram em assembleia os “baderneiros”, “vândalos” ou “black bloc”, o rótulo ou terminologia criada não importa, até importa pra quem precisa fazer o recorte e criminalizar. Sobre os professores, discutir o desmantelamento desta categoria que vem sido promovido lá no Rio (e também em todo país) isso ninguém discute, e este é um problema para ser discutido por toda sociedade, só que a cortina de fumaça levantada pela mídia em torno do “quebra-quebra” desvia o foco e incomoda mais do que os problemas reais. Só que, haverá mudanças com conversas? Pois, as vias institucionais se mostraram incapazes de qualquer tipo de mudança, independente de partido A, B ou C estar no poder.

O problema é o Estado, todo o resto são seus equipamentos e gerenciadores. A iniciativa de mudança cabe ao povo, não mais delegar responsabilidade a representação política, toda a estrutura social está falida – é ineficiente! Sempre irão reproduzir ajustes, não mudanças. É amplo e profundo este debate e vai demorar anos, mas o precedente foi aberto, agora cabe discernimento pra reconhecer que este modelo social não serve à classe trabalhadora. Nunca serviu! Por isso, o grito nas ruas do RJ não para.

OBS: (Acrescentamos a visita do papa que custou para o estado e município R$ 28 milhões cada, arrancando mais dinheiro de cofres públicos).

Fontes de pesquisa:

Os donos do Rio – João Roberto Lopes Pinto – doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – IUPERJ.

Dossiê do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro

http://rio.portalpopulardacopa.org.br/?p=2511 

Vídeos sobre as remoções , o processo megaempresarial e a greve dos professores.

Audiência Pública:12 de novembro tod@s contra a construção do túnel Santos/Guarujá.

Prezados Compas

31052012034950984348889A residência em que nasci e fui criado fica no Bairro do Macuco,(especificamente na Praça Rubens Ferreira Martins, nas casas populares)esta ameaçada , bairro este de tradição operária e proletária, advinda das atividades portuárias de Santos, localizando-se no dito “file mignon” do entorno portuário da cidade de Santos.

O Bairro é eternizado na trilogia de Jorge Amado “Subterrâneos da Liberdade” onde narra-se que vários comunistas e lutadores históricos se escondiam durante as perseguições getulistas e legalistas que sempre assolaram a cidade de Santos, justamente por causa do Porto de Santos, e das lutas aguerridas dos Sindicatos e dos Partidos de Esquerdas, bem como da luta abnegada dos famosos anarquistas santistas que aqui vieram e se instalaram.

Bairro chamado Macuco, por causa de seu pássaro famoso, que foi-se embora com os aterramentos dos mangues e da construção do Porto e de suas adjacências.

Moradores Macuco Túnel crédito MATHEUS TAGÉ DL (7)

Moradores Macuco Túnel crédito MATHEUS TAGÉ DL (7)

Agora vem mais um capítulo desta luta, quando o Governo do Estado de São Paulo, diga-se Geraldo Alckmin e seus pupilos, querem que o povo do Macuco e de Santos, engulam de goela abaixo o projeto atual do Túnel de ligação entre Santos e Guarujá. Tentam de todas as formas possíveis desalojar o povo do Bairro do Macuco, que ali mora a mais de 80 anos, para colocar este empreendimento mirabolante e recheado com mais de USD 1 bilhão, é isto mesmo, mais de um bilhão de dólares, para construção do dito túnel sob o Porto de Santos.

Das Assembleias Populares na quadra da praça e na igreja, bem como da primeira audiencia dita pública na Associação dos Cabos e Soldados, os moradores do Bairro do Macuco se colocam contra o atual projeto, pois até o EIA-RIMA é uma falácia, todos sabem que o aterro do Porto do Santos e do seu canal de navegação é provido de uma lodo de resíduos industriais despejados desde 1953 por todas as indústrias do Polo Petroquímico de Cubatão, que possuem todos os elementos da tabela periódica, e que precisa de um esforço sério dos Governos Federal/Estadual e Municipal para sua solução ambiental, e não mais um projeto que irá comprometer mais ainda o meio ambiente geral da baixada santista: POR QUE O GOVERNO FEDERAL / ESTADUAL E MUNICIPAL junto com as milionárias empresas do Polo Petroquímico de Cubatão não investem uma contrapartida de USD 1 bilhão para a solução ambiental do ecossistema frágil e ameaçado do Estuário de Santos / São Vicente / Guarujá e Cubatão?

Coloco aos prezados leitores e leitoras a necessidade de uma analise profunda sobre o atual projeto do túnel, e seus aspectos sócio, culturais e ambientais que são intrigante mente camuflados pelo Governo do Estado e empreendedores, temos certeza que não foi realizado e nem querem realizar o Estudo de Impacto da Vizinhança, pois teriam uma visão clara e objetiva sobre os anseios da população do bairro do Macuco e do impacto desta obra sobre esta mesma população, nehuma pesquisa histórica séria foi feita pois constataria a importância histórica do bairro para a cidade tanto no aspecto arquitetônico (seu casario característico assim como o conjunto das casas populares que é um dos últimos registros materiais de uma importante época da historia da cidade e do Brasil) bem como no aspecto cultural duas importantes escolas de Samba de Santos (Padre Paulo e X9) nasceram neste bairro que além de inspirar livros como o citado no inicio deste texto,também foi cenário para textos de teatro de autores como Plinio Marcos e filmes.

Além disto nada se fala do impacto social, comunidade tradicional o macuco e as casas populares possuem familias que vivem na mesma casa a pelo menos 3 gerações “dinheiro não compra tradição” e o projeto apresentado reduz a desapropriação de lares a uma questão meramente econômica, pagou desapropriou ignorando idosos de 70, oitenta anos e que vivem a 60 anos na mesmo casa e para quem a desapropriação é uma sentença de morte .A seriedade do impacto ambiental da obra também foi igualmente ignorado pelos estudos, não bastasse o fato dos estudos pouco ou quase não mencionarem a contaminação da canal do porto eles propõem que o rejeito desta obra seja jogado em terrenos no jardim Quarentenario em São vicente contaminando ainda mas uma região já seriamente afetada pelo conhecido lixão da Rhodia, além disto nenhum estudo do impacto da obra no metabolismo urbano da região consta nos relatórios.Sera que estes estudos não seriam necessários visto que um gigantesco fluxo de trânsito será transferido para dentro da cidade e com eles toneladas de carbono para uma área sem dispersão de poluentes e que já vive o problema de ilhas de calor em sua malha urbana e por fim ignora-se tb os problemas que serão gerados na mobilidade urbana e na infraestrutura local, pela construção e finalmente com o grande volume de transito desviado para um local totalmente inadequado permanecendo o atual traçado da obra .

Não queremos, aí sim, que o Bairro do Macuco e a cidade de Santos tenha sua população exposta a uma obra feita com este descaso destruindo lares e impactando profundamente suas vidas e suas relações sócio culturais e ambientais .

Isto posto, requeremos que não seja realizada as audiências publicas de 12 e 13 de novembroa sobre o atual projeto do túnel, por conta dos descaminhos do EIA-RIMA dos pontos de vistas sócio, cultural e ambiental e da não proposição do Estudo de Impacto a Vizinhança, que terá o papel fundamental junto a comunidade.

Vamos protestar na audiência Pública de 12 de novembro contra a construção do túnel Santos /Guarujá.
Local: Arena Santos às 17 horas

Abraços,
Prof. Giulius Césari Gomes Aprigio
Historiador, Antropólogo e Diretor do CAVE (Coletivo Alternativa Verde)

Você sabia que a maior parte dos projetos que são decididos na Câmara dos Vereadores não servem pra nada?

Psc_eleicoes_box1_254Pra que serve um vereador?

Segundo consta, um vereador é um representante político eleito pela população, cuja função cumpre o objetivo de propor leis e projetos além de fiscalizar o poder executivo. A finalidade de sua existência está na ideia de que ele é um representante direto da comunidade dentro da esfera do poder municipal, capaz de coibir/denunciar possíveis irregularidades e propor demandas concretas que beneficiem a comunidade.

– vereador não possui horário e dias definidos para exercer sua função, tem a obrigação (não obrigatória) de comparecer a câmara nas sessões ordinárias para apresentar, questionar e deliberar projetos, assim como comparecer em outros momentos para ler ou escrever os documentos/projeto de lei que a ele é repassado. (Por isso, há casos de vereadores que não aparecem em câmaras, principalmente em dia de votação e debate).

 – vereador não possui salário, mas um subsídio, que (tecnicamente) é calculado segundo a Constituição de acordo:

  1. Com o subsídio de um deputado estadual do estado no qual o município está situado, é o equivalente a 75% do salário de um Deputado Estadual (em torno de R$ 15mil);
  2. A população do município representado;
  3. Conforme a despesa representará no orçamento do município.

vereadorNa prática, este subsídio é definido pelos próprios vereadores, deste modo variam de cidade para cidade – em São Paulo, por exemplo, um vereador recebe o subsídio de R$ 24. 117,62, além dos benefícios de gabinete e de assessoria, é onde entra os cargos comissionados que geram ainda mais gastos aos cofres públicos, na capital paulista chega até 18 funcionários em cargos de confiança, tudo isso sem contar os gastos com aluguéis de carros, combustível, gráficas, correios, entre outros. (Por isso, quase sempre surge denúncias envolvendo vereadores por fraude de notas fiscais e favorecimento em contratação de empresas – Netinho de Paula (PCdoB) em SP é um deles, que foi acusado de apresentar notas fiscais de empresas que não existiam).

Baixada Santista

Na cidade de Santos litoral de São Paulo um vereador recebia em 2012 o subsídio de R$ 9.938,94 com direito a três assessores com vencimentos de R$ 5.600,00 + quantia em torno de R$ 600,00 por mês para custos de gabinete. Uma pesquisa feita pelo Jornal Metro no início deste ano apresentou que a maioria das leis promulgadas pelos vereadores pouco influenciam na melhoria de vida da população, podemos até mesmo sem pesquisa abranger toda região e afirmar que a maior parte das proposituras apresentadas nas câmaras da baixada tem a ver com datas cívicas, datas comemorativas, (dia do futebol, do motociclista) prestação de serviço, (poda de árvore, remoção de entulho, liberação de festas, bailes, eventos culturais…) homenagens, (agradecimentos a fulanos e sicranos, entidades por isso e aquilo) entregas de medalhinhas e afins. (quem tiver dúvidas basta consultar no site das câmaras e conferir as proposituras). Para termos uma ideia da ineficiência, a votação de projetos (na maioria das câmaras de todo país) acontece em longos intervalos de tempo, o que indica total falta de debate político de temas de interesse público a serem transformados em lei, ou seja, tudo que fazem não significa absolutamente nada.

vereador1Entretanto

Os gastos que tem acarretado aos cofres públicos e os poucos resultados reafirmam uma função inócua, de oportunistas de todo o tipo cujo único intuito é o benefício próprio e do grupo que o financia, não é a toa que em datas comemorativas sempre tem um vereador promovendo festinhas em bairros; dia das crianças, das mães, páscoa, natal entre outros, e estes momentos são interessantes porque revelam a perversidade da questão, pois aqueles que fazem o mínimo em sua obrigação e responsabilidade assumida, ainda utilizam como marketing pessoal de mandato “olha fui eu quem fez isso, levei o leite, apoie tal projeto, dei voz pra fulano”, o que não passa de dever que cabe a função, por isso foi eleito.

vereadoresEm algumas Prefeituras chegam a promulgar leis ou criar convênios para usar dinheiro público em financiamentos de projetos para efetivarem “trabalho social”, que se traduzem em compras de camisas de futebol, troféus, bolas, entregas de brinquedos, pinturas e reformas de centros comunitários, ou seja, é puro sustento do curral eleitoral e mais uma vez marketing pessoal. Absurdo! Mas são umas das práticas mais conhecidas e descaradas – não é a toa que é desses currais eleitorais que surgem os cabos eleitorais, assessores e afins, que na prática vão ocupando cargos – os famosos “comissionados”, que não realizam absolutamente nada, além do “capanguismo” moderno de vereador e de partido que fazem parte. (Essa é outra questão que discutiremos num outro momento; as disputas por pastas e cargos e o percentual de cargos comissionados, superior ao concursado, em torno de 80 % pra mais – em quase todas as cidades do Brasil).

Exemplo do gasto inútil.  

Digamos que uma cidade tenha 15 vereadores, com vencimentos fechados de todos os custos; assessores e todas as regalias assessoriais – em torno de R$ 10. 000,00 por cada vereador – sendo 15 vereadores – resultaria num total de custos de R$ 150.000,00 mensais e anuais de R$ 1.650.000,00. Bastante zero né? Isso, com esta estimativa simples e bem rasa. Agora, vamos por os custos reais de uma cidade pequena, por exemplo, São Vicente, que possui uma base parecida com essa que sugerimos, custa caro ou não? Vale a pena todo esse gasto de dinheiro público que poderia ser usado de outra forma e com muito mais resultados? Cabe reflexão.

De fato

A democracia custo cara neste sistema representativo e quem paga é a população, o que nos leva a afirmar que o cargo de vereador é apenas mais um que serve para interesses econômicos locais de oligarquias que funcionam como força política de capitânia hereditária, cujos interesses capciosos são apenas o óbvio: manter-se no poder.

Fundamental:

– Avaliar as campanhas eleitorais em que vereadores investem quantias enormes em propaganda eleitoral, de onde vem esse dinheiro?

– Quem ganha realmente quando um vereador é eleito? A população ou o grupo político que o financiou?

– Agora vamos pensar; somente a função vereador é prejudicial à população?

– Somente a função de vereador atende aos interesses econômicos de determinados grupos?

Apresentamos esta como exemplo para provocar, mas tem mais funções e se compararmos o custo benefício desses representantes políticos… Pois é, precisamos de outra lógica de organização social, uma em que o povo decida e tenha o controle direto. O formato que temos hoje só alimenta parasitas no poder.

Continuaremos…

México 70: Atingidos por incêndio vão às ruas e conquistam mais seis meses de auxílio aluguel

Foto: Diário do Litoral

Foto: Diário do Litoral

As famílias que foram atingidas por um incêndio em junho deste ano, na favela do México 70, na cidade de São Vicente, reivindicaram por moradia na última quinta-feira (31) e conquistaram junto a Prefeitura a prorrogação do auxilio aluguel que havia sido cortado no quarto mês, sendo que a Prefeitura havia acordado oito parcelas e não cumpriu. Segundo o Deputado Estadual Márcio França, o Ministério da Integração do Governo Federal depositou em torno de duas semanas antes, um milhão de reais para a Prefeitura de S.V fazer estes pagamentos. No entanto, o dinheiro não foi repassado às famílias. Ao todo são 366 famílias cadastradas e, segundo a Prefeitura, todas receberão suas casas.

Neste mesmo dia, (31) outro incêndio ocorreu no México 70 deixando mais 42 famílias desabrigadas. Estas foram cadastradas pela Prefeitura para entrar no programa de política habitacional da cidade e encaminhadas para o CECOF (Centro de convivência) em Samaritá – área continental de São Vicente. Porém, apenas nove famílias continuam no local. As outras foram para casa de amigos e parentes.

Com um déficit habitacional em torno de 19 mil moradias, São Vicente arrasta este problema há anos. A favela do México 70 é uma área de manguezal, ocupada no final da década de 1.960 que só ganhou luz elétrica e água encanada no início de 1.980 e sempre foi um local com problemas sérios de habitação (sem contar outros problemas de serviço público). Nos anos 1.990 a política de habitação do Governo do Estado construiu em parte da favela conjuntos habitacionais da CDHU, que deu uma “maquiada” no problema. Porém, expulsou muita gente que não podia pagar (daí temos um dos motivos que contribuíram para o crescimento da área continental). As que ficaram e não conseguiram casas, foram segregadas espacialmente no ambiente em que vivem.

A questão da habitação, de fato, é um problema muito sério que persiste há anos em São Vicente, mas não é nem nunca foi prioridade dos governantes, as políticas que são desenvolvidas são meramente eleitoreiras e não atendem a necessidade real das trabalhadoras e trabalhadores da região, além da quantidade de dinheiro que não devemos esquecer jamais; são cerca de 12 milhões que saiu dos nossos bolsos na construção do conjunto habitacional do Dique do Sambaiatuba, (leia aqui e aqui) e hoje, devido o abandono e o descaso, estão deteriorados e terão que passar por reformas, sendo que estavam prontos.

Por essas e outras foi de extrema importância a ação realizada por moradoras e moradores do México 70. O auxílio aluguel é um pequeno fruto da pressão popular e com organização nós podemos construir uma outra realidade.

Todo poder ao povo!

OBS: Continuaremos com este assunto.