#1 Sarau Diz’Quina

A primeira edição do Sarau Diz’Quina – Atividade cultural organizada principalmente por moradores da Vila Margarida, SV – aconteceu mesmo debaixo de um quase dilúvio no domingo, 8 de Março.
Com a temática “Mídia”, o evento iniciou com a projeção do doc. Manual Radio Livre seguido de um debate sobre o monopólio da comunicação no Brasil e algumas formas de fazer frente a essa lógica avassaladora de culturas, ideias, resistências, diversidades, etc. Também foi levantada a questão da objetificação da mulher e o apelo machista utilizado pelos grandes Meios. Na sequência o mano William lançou algumas ideias sobre a Literatura e sua relação com a mídia. O Sarau seguiu animado com poesia, troca de ideias e intervenção musical feita por parte da galera organizadora do rolé. Enquanto tudo isso acontecia o mano Caio Cesar mandava um graffite que ao final se tornou um grande registro deste espaço de cultura e resistência.
O evento contou com xs compas da Trupe Olho da Rua, Sarau da Vila em Movimento, além do grande esforço e talento da galera, maioria do bairro, que se preocuparam com cada detalhe da ornamentação.

Arriba o Sarau Diz’Quina!
Arriba a cultura popular!
Arriba a comunicação livre!

E que venham os próximos .0/

 

Rádio feira e a Comunicação popular

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A rádio feira é uma atividade realizada na feira da livre da Vila Margarida – SV, com intuito de produzir uma comunicação direta de povo para o povo, e com o povo participando e se apropriando dessa ferramenta chamada comunicação, de modo, a produzir coletivamente (grupo de comunicação da rádio e quem “cola” e quer participar) questionamentos sobre a realidade do bairro, da cidade e da vida. Por isso é um espaço aberto de interação e produção de ideias e de cultura, onde as pessoas podem falar, onde os artistas locais podem apresentar sua arte, tudo isso, sem ter que atender a uma determinada imposição, norma ou pagar um jabá.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A rádio feira é este momento em que as barreiras são quebradas e a população ganha voz, empoderamento e compartilha saber, seja de crítica social, ou não. Numa sociedade que silencia a todos por meio de regras e ordens feitas para controlar, escravizar e excluir, se sentir visibilizado às vezes pode significar muito, mesmo num espaço curto de tempo. Portanto, é neste momento que a comunicação popular ganha sentido “real”, quando ela subverte a lógica vertical e homogênea, e torna-se um espaço realmente aberto e horizontal que busca estimular a ressignificação da vida em sociedade, de modo que todas as pessoas tenham o direito de participar deste processo.

Viva a rádio Feira!!!

Todas as fotos aqui

Vídeos:

Festa popular: Quadrilha Junina Andy & Angel

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Neste último sábado, 02 de agosto, duas quadrilhas se apresentaram no Arraiá Andy & Angel na rua Olga marques na Vila Margarida – SV, próximo ao colégio Laura. Evento organizado pelo grupo de Quadrilha Junina Andy & Angel.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A primeira apresentação ficou por conta do grupo de Quadrilha Tia bola que fez uma apresentação incrível, na sequência, Andy & Angel deu um show de dança e animação, com um roteiro muito bacana e divertido. No final, houve a participação da quadrilha Nossa Senhora das Graças, que encerrou a noite.

Em São Vicente,

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Quem teve a oportunidade de conferir as apresentações das quadrilhas este ano, pôde presenciar que este festejo junino organizado há muito tempo nas periferias de São Vicente se tornou uma tradição popular muito interessante.

Primeiro por agregar uma grande quantidade de jovens em torno de uma manifestação cultural que procura valorizar a mulher e o homem do campo, dando importância às coisas simples e da terra.

Segundo por colocar toda essa juventude em contato com manifestações culturais regionais, muitas vezes, desconhecidas aqui em São Vicente, por exemplo, a quadrilha da Tia Bola em suas músicas de apresentação possui uma sonoridade com certa influência de músicas regionais do Amapá, do nordeste, enfim, bem legal né?

Terceiro é que este envolvimento com a cultura popular propicia sairmos um pouco da cultura de massas e adentrarmos um pouco na cultura popular, na cultura de povo pra povo, onde as pessoas preparam suas roupas, suas comidas, danças e na rua do bairro mesmo montam seu Arraiá e celebram a vida.

Parabéns aos organizadores! Pela cultura popular sempre!!!

Todas as fotos da festa neste link clique e confira!

Vídeos abaixo com parte da festa que foi danada de boa.

[AUDIOS] 1º de maio no México 70 – Artístico e Classista!

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Confira alguns registros em audio da atividade de 1 de maio / Primeiro encontro de graffiti do México 70.

Leia a matéria completa, com as fotos do evento

Download dos audios aqui

Infelizmente não conseguimos registrar a intervenção musical dos companheiros Antônio do Pinho e Dionísio. Por isso, segue o link de uma das músicas que eles apresentaram:
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Grafites e pixos: contrastes e saturações?

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Essas fotos foram tiradas na cidade de Santos, reparem que todos os grafites e pichações foram construídos em locais deteriorados, abandonados e quase que invisíveis para a fria selva de concreto em que vivemos.

IMG_2728A primeira coisa que penso antes de qualquer discussão, é que há muita coisa interessante produzida e que está disposta aí, na faixa, para observar, contemplar, fotografar, ou, sei lá – se este era o objetivo dos autores, não sei, talvez não, creio que seja muito mais como uma forma de ressignificação do espaço urbano, uma provocação – ou, não seja nada disso, só viagem deste que escreve, talvez.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Porém, o que temos de prático, não dá para dizer que são construções neutras, somente a localização que se encontram, já criam uma infinidade de simbolismos, e somadas com as escritas que contém algumas, revelam o teor artístico crítico, cuja finalidade está muito mais ligada a uma movimentação de contestação, que apenas a ideia de arte pela arte.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Mas que contestação seria essa?

Seria o reflexo dos contrastes e saturação urbana que vivemos hoje nas grandes cidades, onde o espaço urbano segregacionista, individualista e cruel devora a todos?

IMG_2751Continuarei com este assunto.

Deixo aqui o início de uma série de fotos que pretendo tirar pela região da baixada santista, pois há muita coisa bacana que vale a pena circular pela rede.

Todas as fotos aqui

Dia 1º tem Carnacachaça no Macuco em Santos, o tema deste ano; “Macuco Para sempre”

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Neste 1º de março, quem quiser cair na  folia,  tem a banda Carnacachaça no Macuco, o tema deste ano; “Macuco Para sempre”, trata da construção do túnel e as desapropriações.

Assista ao vídeo logo abaixo  onde moradores do Macuco falam sobre a banda Carnacachaça existente há quatro anos, e que faz parte de mais uma das manifestações populares que o bairro do Macuco produz, explicam o tema de 2014 – “Macuco Para Sempre”, e a importância de preservar a cultura viva do bairro.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A banda colocará o bloco na rua neste sábado dia 01 março às 19:00h, a concentração será às 17:00h, Rua Santos Dumont com Euzébio de Queiroz.

Mensagem dos organizadores;

“Vamos unir nossos jovens com os mais vividos, e mostrar para quem quer que seja que o macuco é cultura, amizade e nosso lar!!”

Quem comprar o abadá, a bebida fica por conta!

Valor:
15,00 reais.

Atrações:

Grupo Soul Pagode
Mc Barriga
Mc Danilo
Mc Gustavo Boy
Mc Leo da Baixada
Mc Nego Ray

Dj Fabio Bozo
Dj Leo Vinicios
Dj Marquinhos Sangue Bom
Dj Lucas Phantine

E muito mais!!

Sarau / Rolezinho na Vila do Teatro

No ultimo domingo, 26, o “rolezinho” não foi num Shopping, mas em um lugar que tem como princípio a ocupação popular, a Vila do Teatro, Santos.Sarau rolezinho Vila do Teatro

No dia em que a cidade completou 468 anos de exploração, os grupos participantes fortaleceram nos debates sobre racismo, desmilitarização e a questão ficou latente: No “aniversário” de Santos, e mais, neste ano de Copa do Mundo, comemorar o que?

O “rolezinho” iniciou com a apresentação teatral do “Projeto Bispo – tratados como bicho, se comportam como um…”, seguido de debate com Douglas, UNEafro, sobre o racismo e a farsa da “democracia racial”, o Movimento Mães de Maio levantou a importância da desmilitarização da Polícia Militar e a Thaís, Margens Clínicas, tratando da importância da psicologia no Luto à Luta. O grupo “Gigantes da Alegria” impressionaram com apresentações circenses e a noite seguiu com muita música com o DJ Wagner Parra na discotecagem.

Confira alguns registros do Sarau / Rolezinho na Vila do Teatro:

  • Mães de Maio: Pela desmilitarização da Polícia Militar
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  • Thais – Margens Clínicas e o trabalho com as Mães de Maio
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  • Thais: Receita para arrancar poema (Viviane Mosé)
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  • Armando – O que comemorar no aniversário de Santos?
    Download

Funk ostentação incomoda muita gente.

funkTem bombado nas redes sociais a discussão em torno do funk ostentação, a mídia televisiva inclusive tem se rendido a este fenômeno, produzindo matérias sensacionalistas associando ao crime, ou num recorte aparentemente mais limpo, mostrando uma juventude de periferia seduzida e absorvida pela cultura de consumo, que adota um modo de viver baseado no ter e não no ser, de forma que toda uma geração pode caminhar para uma reprodução de relações sociais “vazias”.

Enfim, é uma boa discussão, mas, interessante que essa exposição do funk ostentação incomoda de uma maneira que parece que ela, “a ostentação” nunca existiu, mas quantos artistas no Brasil e mundo a fora “ostentam”? Compram castelos, colecionam carros importados, roupas caríssimas, constroem zoológicos no quintal e coisa e tal – e há problematização de tudo isso? Os excessos nestes casos quase sempre embelezam ainda mais o artista – dão até um toque humano e apaixonante.

Por isso, a insistência e a necessidade em problematizar o funk ostentação, todo esse incômodo, está muito mais ligado às questões: econômica e etnocêntrica, do que por uma real preocupação com a juventude periférica absorvida pela sociedade de consumo. E há quem coloque a questão colocando em primeiro plano; o que é, ou não é arte? Ok, tudo isso está intrínseco, e deve ser discutido, mas a verdade, ficar rodeando em torno desses pontos e começar a discutir questões morais usando como objeto apenas o funk ostentação – é cortina de fumaça para criar ruído na discussão, que neste caso em específico só revela uma única coisa; “a senzala sempre teve que ficar do lado de fora” – presenciar um jovem de periferia adentrar a casa grande (camarote) não dá! É este sentimento internalizado que provoca o incômodo, e este, é o ponto delicado, calcanhar de Aquiles que trás a tona, se discutido, toda uma sociedade enterrada em preconceito, em ódio mesmo, e pela defesa de privilégios. Por isso, este enorme incômodo maquiado.

Simples, vamos dividir os eixos: sociedade de consumo, juventude periférica e recorte de classe, este último ligado a uma cultura racista, preconceituosa, excludente e elitista, quem se propõe a discutir? Os privilegiados não! E quando sim, os parcos argumentos giram em torno apenas de defender seus interesses e suas propriedades, tanto materiais, quanto intelectual, neste ponto, o funk ostentação serve para colocar isso na mesa e revelar a divisão de classes, onde cada um tem que ficar no seu lugar.

Gostem ou não, façamos uma discussão moral, ou não, o funk é subversivo em muitos sentidos, pois, mesmo com insuficiência de recursos, a periferia criou, não podendo acessar, ela se apropriou – onde tudo isso vai parar e se o conteúdo é problemático, aí é outra questão que pode ser discutida se os preconceitos e interesses forem deixados de lado.

Cultura se movimenta no tempo e no espaço, sendo algo inerente ao ser humano, mesmo que alguns queiram enclausurá-la em academias, dentro de regras que só criam a exclusão. E foi dentro desta exclusão que os meninos e as meninas da periferia foram criativos, de modo, que reagiram aos desafios que o meio os proporcionavam.

OBS:  Funk ostentação é um resultado do próprio sistema capitalista, que diz o tempo todo (através da TV, das propagandas e tantos outros meios) que o bom é o cara que tem, que usa marca tal, que ‘as meninas gostam é de quem usa Nike’… Tem aspectos mais profundos e subjetivos: o olhar de reprovação de alguns diante de um “fudido” com roupas e calçados modestos; o dilema ser ‘honesto’ e viver com dificuldades financeiras ou entrar no ‘movimento’ para garantir um estilo de vida que o capitalismo diz que ele deve ter; enfim, a expectativa de uma vida melhor. Para alguns, a vida fudida ensinou que isso significa “ter” e não “ser”. Desenvolveremos num próximo texto este ponto. Bora ir refletindo.

4º Campeonato de Ping Pong do México 70 em São Vicente

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

No dia 29 de dezembro de 2013 ocorreu no México 70 em São Vicente o 4º Campeonato de Ping Pong reunindo cerca de cem pessoas entre crianças, jovens e adultos. Foram em torno de cinco horas de muita adrenalina em que a comunidade deu um show de talento, criatividade, organização e alegria.

Idealizado pelo Mano Zé Elias morador do bairro e apresentador do programa Vozes do Gueto da Rádio da Juventude (além de militante do hip hop e do movimento negro), segundo Elias a ideia do campeonato é reunir e colocar a molecada em movimento, para a partir de uma atividade esportiva/cultural mostrar a capacidade que cada um tem para atingir seus objetivos.

O campeonato é fracionado por faixa etária, sendo que cada parte, apenas três menin@s recebem medalhas, além de prêmios, sendo que o primeiro colocado também recebe um troféu.

Para participar é livre, basta fazer a inscrição e cair pra dentro, porém, tem que estar preparad@, há garot@s que jogam o ano inteiro e quando chegam ao campeonato não dão mole, vão mesmo pra ganhar, afinal, além do troféu e medalha, os prêmios são camisas, bonés e bermudas, ou seja, muit@ garot@ vai na garra pra faturar a roupa de fim de ano.

Em sua quarta edição o campeonato é organizado pelo Mano Zé Elias, por moradores e por quem queira contribuir com a atividade, este ano foram compradas duas mesas novas de ping pong por meio de campanha financeira em que muitas pessoas contribuíram. (comunidade agradece a tod@s)

Todas as fotos do campeonato veja aqui

Vídeo;

OBS: As roupas foram doadas pelas lojas Beco.

Moradores do Macuco/Estuário em defesa de suas moradias e famílias!

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Sexta-feira dia 13 de dezembro de 2013 os moradores do bairro Macuco e Estuário em Santos que lutam contra as desapropriações devido à obra do túnel Santos/Guarujá realizaram uma passeata pacífica em torno do bairro para alertar e convidar as pessoas a participarem dessa luta. A passeata foi composta por crianças, jovens, adultos e idosos. (além de organizações sociais que estão solidárias com essa luta, por entenderem que ela é de toda a sociedade da baixada santista).

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

A passeata foi acompanhada pela bateria da X9, e mostrou toda a força, alegria e cultura dos moradores que estão nesta luta para preservar um bairro importante historicamente para a região, um dos últimos bairros operários em que a especulação imobiliária ainda não expulsou, mas que se esta obra for consolidada, é certo que será o primeiro passo para varrer o bairro do mapa, transformando num bairro sem casas apenas com edifícios e grades, onde as crianças não brincam nas ruas e nem as pessoas conhecem seus vizinhos.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Dia 15 domingo visita do governador de SP

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Moradores do Macuco recepcionaram com vaias e muito protesto a vinda do Governador Geraldo Alckmin a Santos, que às 18h esteve com o Prefeito Paulo Alexandre Barbosa (além de outros políticos da região) no Centro Cultural da Zona Noroeste para assinar a autorização para que a Dersa publique o edital para a construção do Túnel Santos-Guarujá.

Mobilizados a cerca de dois meses, os moradores têm cobrado os vereadores e principalmente o Prefeito que até então, tratava com eufemização a reivindicação dos moradores, dizendo que estava tudo bem, que ninguém ia ser prejudicado, porém, ao lado de Alckmin o Prefeito deixou claro aos moradores do Macuco que; o túnel será construído e haverá desapropriações, acrescentou em seu discurso que o Macuco é o melhor local para ser construído o túnel segundo os estudos que foram feitos, e que as pessoas precisam entender a importância desta obra

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

Já o engenheiro responsável pela obra da DERSA tentou explicar a obra apresentando todo o traçado num mapa da região por onde o túnel irá passar, tendo a frase pronunciada: “não se faz omelete sem quebrar os ovos”. (talvez porque não seja a casa dele que será destruída) Péssimo e comprovou a forma escrota como esta obra esta sendo elaborada.

Segundo os moradores há em torno de 160 casas somente na Rua José do Patrocínio no bairro do Macuco, rua esta, onde será a passagem principal do túnel, porém, há as alças de acesso ao túnel, que obviamente haverá desapropriações, isso na parte de Santos, segundo o mapa que estava sendo apresentado – na cidade do Guarujá as desapropriações serão ainda maiores.

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Guarujá

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

O governador convidou os moradores para conversar, dizendo que estava disposto a ouvi-los, uma comissão de moradores chegou a se reunir com as autoridades após o cumprimento de protocolo, mas ao que parece o governador apenas encenou democracia para não subir a serra com fama ainda maior de antidemocrático.

Outros políticos da região estiveram presentes, o ex-prefeito Papa, o vereador Carabina, o Deputado Luciano Batista, entre outros, o Papa chegou a conversar com os moradores, onde tentou explicar a questão da mobilidade urbana, dizendo que o túnel tem sua importância neste sentido. (só se esqueceu de dizer que o problema da mobilidade é outro problema sério, culpa da incompetência administrativa de anos na região, inclusive dele, e que mais carro na rua, significa matematicamente expulsão das pessoas, e que o modelo de cidade que estão construindo hoje em Santos não é para todos, somente para os ricos, de forma que a população pobre está sendo varrida da região com o aval silencioso de todos os políticos).

Denunciamos: Enquanto a reunião da comissão ocorria, os moradores que ficaram do lado de fora aguardando, foram assediados por vários P2. (policias infiltrados para provocar tumulto) Estes policiais exerceram o papel de aterrorizar os moradores do Macuco, se passando por moradores de quebrada, de favela, dizendo que a Zona Noroeste é a “quebrada deles e que ninguém ia tirar a quebrada deles”. Um rapaz nervoso com a situação chegou a discutir com um P2 e foi ameaçado, teve que se retirar. Ótima tática utilizada para provocar terror nas pessoas. Não passará!

Adendo – A bolha imobiliária

Empreendimento da Odebrecht em Santos: quartos de hotel que custavam 13.800 reais o metro quadrado foram vendidos em dez dias

Empreendimento da Odebrecht em Santos: quartos de hotel que custavam 13.800 reais o metro quadrado foram vendidos em dez dias

Nos últimos anos a cidade de Santos tem vivido um processo intenso de boom imobiliário, segundo o plano diretor da cidade: “Santos é a cidade brasileira com maior índice de verticalização, tendo 63% dos domicílios ocupados permanentemente em apartamentos. A indústria da Construção Civil, ao longo da última década, produziu 343 empreendimentos verticais, construindo 5.953.764,29m²”.

O resultado desta verticalização reflete no aumento exorbitante dos imóveis, do IPTU, de um custo de vida aquém da realidade de toda a população, pra além, na construção de um modelo de cidade extremamente desigual, construída para uma determinada classe social, aquela que tem poder aquisitivo, as outras, são automaticamente expulsas.

Todo este crescimento também está relacionado a uma expectativa econômica da indústria de petróleo e gás, além de obras de infraestrutura que irão iniciar até 2014; VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) Túnel Santos/Guarujá – e não devemos esquecer que em Santos está localizado o maior porto do país, há estimativas de aumentar em 150% o volume de cargas, o governo estadual já anunciou a construção de um novo terminal de cargas que será usado para o embarque e desembarque em navios de cruzeiros marítimos e estuda a construção de um túnel submerso que vai unir o bairro do Valongo à região portuária prometendo acabar com as filas de caminhões que desembarcam mercadorias no local. Todas essas obras apostam em mobilidade urbana e apontam dois questionamentos;

  1. Mobilidade urbana pra quem?
  2. Construir cidade pra quem?

Todas essas obras abrem ainda mais caminho para a especulação segregando os espaços urbanos e empurrando a população pobre para mais longe.

Toda revitalização urbana trás o discurso desenvolvimentista de melhora de qualidade de vida das pessoas, mas nunca explica que o preço é caro, desumano e desnecessário. Precisamos mesmo destas obras? Deste modelo de cidade?

Àudios.

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Santos: Movimento Saia Pra Rua Pelo Macuco! Desapropriação não!

1476057_623419581027378_1916819371_nNesta sexta-feira (13) vai ocorrer no bairro do Macuco em Santos o Movimento Saia Pra Rua Pelo Macuco, a ideia é mobilizar as pessoas em relação as desapropriações que foram anunciadas pela Prefeitura com a contrução do túnel que interliga Santos/Guarujá, convidando as pessoas do bairro e também toda sociedade a discutir esse projeto que a princípio trás um teor de desenvolvimento benéfico para a região, mas, ao contrário, se revela prejudicial na medida em que irá aumentar o fluxo do trânsito na cidade, inserindo mais dióxido de carbono no ar, acarretando aquecimento nos bolsões da cidade, além de basicamente acabar com um bairro que tem uma importância histórica e cultural para toda a Baixada Santista, sem contar as famílias que perderão suas casas, tudo isso, é motivo o suficiente para barrarmos tal obra.

Concentração na rua José do Patrocíonio a partir das 18h30min, próximo a Senador Dantas em Santos.

Ouça áudio com o convite de Débora Camilo

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Sobre a organização dos moradores;

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Facult 2013 (Santos-SP) Vamos perder a única política pública construída com as nossas mãos?

1469894_581550195232075_1339153036_nO que dizer sobre uma lei construída de maneira suprapartidária que contou em todo processo com uma ampla participação popular tendo como objetivo fomentar a Cultura. O que dizer sobre um lei que mesmo precisando de melhorias e de mais verba contemplou 60 projetos que viabilizaram mais de 180 apresentações descentralizadas na cidade (sim descentralizadas , para a Zona Noroeste, Morros e Área Continental).

Pois é, estamos prestes a perder o Facult! A lei do Facult regulariza o uso do Fundo Municipal de Cultura através de edital que contempla as iniciativas culturais da cidade. Anos de luta e após duas edições estamos vendo o barco afundar com essa nova gestão. Mas por quê? O intuito não era avançar, cuidar e inovar?

Vamos tentar entender o que não tem explicação.

Com o fechamento do Coliseu no começo do ano grande parte da receita que vai para o fundo municipal de cultura se esvaiu , vários artistas da cidade levantaram a questão perante a SECULT, presencialmente, pelas redes sociais e até pelo o Jornal A Tribuna e a resposta da administração municipal sempre foi mesma ” já pensamos nisso e essa questão será resolvida sem prejudicar o Facult e blá blá blá”, infelizmente essa não foi a realidade, nos deparamos com a omissão e o descaso. Alguém já te pediu um voto de confiança? Pois bem ,a classe artística deu esse voto de confiança, esperamos a publicação do edital pacientemente e fomos surpreendidos com o notícia de que não haveria edital no ano de 2013!??? Motivo “o fechamento do Coliseu”.(Engraçado constatar que para reformar o Coliseu a administração municipal conseguiu suscitar o espírito mecenas de alguns empresários, pois bem a lei do facult também prevê a possibilidade do fundo receber doações, penso que a mágica poderia se repetir)

Nos reunimos com diversos artistas de vários segmentos artísticos no dia 12 de novembro, na pauta estava o Facult 2013 e nessa primeira reunião tiramos duas ações, solicitar em caráter de urgência uma reunião com o Prefeito Paulo Alexandre e tentar uma interlocução via Conselho Municipal de Cultura em sua reunião mensal que foi realizada nessa última segunda dia 18/11. Sobre a reunião com o Prefeito foi entregue um ofício na semana passada e até agora não obtivemos resposta do seu gabinete, portanto todos que tiverem algum tipo de contato com o Sr.Prefeito e puder colaborar com a causa, será bem vindo. Sobre a ultima reunião do Conselho Municipal de Cultura (CONCULT) nos foi ofertada a generosa proposta de lançar ainda esse ano um edital que contemplaria apenas 7 projetos de R$10 mil reais ou caso tenhamos paciência o edital poderia ser lançado após o carnaval de 2014 contemplando 15 projetos!?

1461864_581614848558943_232083318_nCabe a nós classe artística e população dessa cidade aceitar o retrocesso ou ir a luta, aceitar a redução do valor investido de R$300 mil para R$70 mil é assinar um atestado de passividade, aceitar que no ano de 2013 vamos ficar sem edição do facult na esperança de que em 2014 lancem um edital com 50% do valor original é brincadeira ou no mínimo uma declaração de desrespeito com a arte produzida na cidade.

Em um ano onde presenciamos um precedente bizarro do ponto de vista do investimento do dinheiro público chamado ” Encenação de José Boni-fácil”, fica até difícil esperar um pouco de respeito.

Não nos resta outra opção a não ser gritar e exigir que a lei do facult seja cumprida, afinal quando se tem vontade política de ver as coisas acontecendo tudo se resolve. São muitas possibilidades de resolver essa questão, não podemos andar para trás.

De Caio Martinez Pacheco

Membro do Conselho Municipal de Cultura (Teatro) integrante do Movimento Teatral da Baixada Santista, da Cooperativa Paulista de Teatro, da Trupe Olho da Rua, do Coletivo Vila do Teatro e da Rede Brasileira de Teatro de Rua.

Copa do mundo, remoções, super faturamento… Por que as manifestações não param no Rio de Janeiro?

As manifestações no Rio de Janeiro atingiram proporções para além da redução da tarifa, transformando-se no maior e mais polêmico fenômeno social da luta contra o Estado. Por quê?

Foto: Web

Foto: Web

Na linha do tempo

Em 2010 o Brasil inteiro assistiu pela TV a ocupação do Complexo do Alemão, (favela do RJ) um espetáculo da luta contra o tráfico promovido pelo Estado que colocou a desfilar pelo RJ seus aparatos de guerra: tanques, soldados com metralhadoras, fuzis e todo tipo de armamento highteck que a indústria bélica é capaz de produzir e o Exército Brasileiro de dispor. O objetivo da operação: eliminar o tráfico e trazer civilidade para um local onde o Estado só comparece por meio da polícia. A ocupação foi em tempo real e transmitida por todas as grandes emissoras, (além das redes sociais) onde as imagens que se sucediam eram do Bope “herói” e de traficantes “bandidos maus” fugindo por uma estradinha de terra do Complexo, imagens históricas que se tornaram símbolo do Estado “protegendo a população” – nos bastidores outra realidade explodia; abuso contra os moradores, e nada se mostrou pela mídia oficial – ao término, a paz estava novamente constituída e as UPPs se tornavam uma necessidade irrefutável. Como se o problema do tráfico de drogas, de armas e das milícias estivesse resolvido. (Não resolveu) Mas o caminho para uma política de repressão havia sido aberto e daí se iniciaria a preparação do RJ para os mega-eventos, onde milhões dos cofres públicos seriam gastos varrendo a população pobre que estivesse pela frente.

Foto: Web

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“O dossiê do Comitê Popular Rio da Copa e Olimpíadas alerta que cerca de 30 mil pessoas sofrerão remoções forçadas no Rio por causa destes megaeventos esportivos – no Brasil inteiro, aproximadamente 170.000 pessoas serão atingidas nas 12 cidades-sede, segundo estimativas da Articulação Nacional de Comitês Populares”.

Foto: Web

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A realidade no Rio

Os direitos da população pobre no Rio de Janeiro sempre foram violados, mas se intensificou com os mega-empreendimentos da Copa do Mundo – que têm sido responsáveis por remoções arbitrárias, especulação imobiliária, intensa violência da UPP sobre comunidades pobres, elevação de tarifas de transporte e custo de vida… Este projeto de cidade por sua vez está ligado a um “projeto de país”. PAC (Processo de Acelaração do Crescimento)

Explicamos;

1. As licitações liberadas pela Sr.ª Dilma permitiu a farra do dinheiro público (BNDS) financiando a iniciativa privada que passou como rolo compressor por cima de tudo, por exemplo, destruíram um estádio paraolímpico construído na época do PAN (Jogos Pan-Americanos de 2011) para construir estacionamento para turista na copa – sabe quantas pessoas com necessidades especiais ficaram sem o estádio? Que estava sendo desenvolvido um trabalho social com pessoas portadoras de necessidades especiais, e era gerido pelo município, o que permitia acesso à população pobre. Ou seja, o governo gastou dinheiro na época do PAN e depois deixou jogar no lixo.

2. Destruíram o museu do índio patrimônio  histórico/cultural porque estava próximo ao Maracanã, e por isso foi considerado de utilidade pública, transformado em ponto turístico para copa.

3. Expulsaram um monte de gente de suas casas na construção do VLT e pagaram pelas casas valores risórios para uma comunidade que residia há mais de 50 anos no bairro.

São inúmeros casos! Vamos nos pautar em quem são os reponsáveis que mandam no Rio;

Foto: Web

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As empreiteiras OAS, Odebrecht, Andrade e Camargo Correa têm arrancado quantias bilionárias em obras, que inclusive, o Ministério Público do RJ entrou com ação e as empresas estão sendo investigadas por superfaturamento. Aí temos o envolvimento político do PMDB – Sérgio Cabral, Eduardo Paes, o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha também desempenhando um papel importante na dinâmica de poder de seu partido. Pergunta; quem financiou as campanhas desses camaradas? E têm o subgrupo empresarial; Brookfield; Cyrela; Rossi; Carvalho Hosken; Carioca Nielsen; Queiroz Galvão; Delta. Todos envolvidos em projetos e contratos superfaturados – além de inúmeras denúncias de impacto ambiental e violação de direitos humanos. E temos também nesse bolo Eike Batista.

Em quais obras;

Centro de Operações Rio; Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica; Controle de Enchentes da Praça da Bandeira; Morar carioca; Parque dos Atletas; Parque de Madureira; Rio Criança Global ; Rio em Forma Olímpica; Sambódromo; Viaduto da Abolição; VLT.

Elas estão juntas em obras como o Arco Metropolitano, Transolímpica, trata-se do Consórcio Rio Olímpico, formado pelas empresas Odebrecht, Invepar (OAS) – controladora também do Metro Rio – e CCR (Andrade Gutierrez e Camargo Correa), que controla ainda a Via Dutra, Via Lagos, Ponte Rio-Niterói e Barcas SA. As “quatro irmãs” estão igualmente presentes no Consórcio VLT Carioca, responsável pela obra do VLT no Centro do Rio. Já no caso das Transcarioca há uma partilha das obras entre elas, com o trecho Barra à Penha, ficando a cargo da Andrade Gutierrez e o trecho da Penha ao Aeroporto Internacional, sob a responsabilidade da OAS.

Enquanto isso, os serviços públicos no Rio de Janeiro estão sucateados; educação, saúde, transporte… (o transporte lá é comandado pela família Barata). As políticas públicas de moradia; uma balela, a população cada vez mais marginalizada, mais empurrada, negligenciada ao abandono, a violação de direitos sociais, de direitos básicos, com isso a violência explode, o tráfico de drogas e de armas absorvem cada vez mais jovens pretos e pobres como mão de obra, aí se cria uma bolha que uma hora explode!

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Que fazer? Faz UPP pra controlar isso, porque resolver não vai dar, até porque o crime sustenta muito colarinho branco, então, ele não pode acabar… Nem a miséria, nem o Estado legitimador da ordem que comanda tudo isso, gerenciando o dinheiro da população para garantir o privilégio de grupos empresariais que por meio da especulação extorquem e concentram tudo aquilo que por direito é de quem trabalha – de quem produz toda a riqueza do país sobre seu suor e calos, porém não é assim que funciona nesta organização social de parasitas que tudo usurpa – enquanto a maioria tem que aguentar calada; o salário ruim, o transporte ruim, a saúde ruim, tudo FUDIDO mesmo! Por culpa de um Estado ineficiente, só que o Estado não é um ser abstrato, ou a representação direta da população por meio de políticos eleitos, engana-se quem acredita nisso – ele em sua natureza foi construído pela correlação de forças entre quem tem dinheiro e quem não tem, e quem tem, manda e controla tudo sem precisar se eleger, faz política nos bastidores, controlando grupos políticos e partidos.

images (1)Assim como no Rio acontece no país inteiro, só que lá a coisa atingiu outras proporções (atingiu muitas pessoas) o que gerou um enorme descontentamento que deflagrou em revolta popular, agora, falar em “quebra-quebra” dos bens públicos e dos privados e citar “infiltrados” com o discurso do “pacifismo” , o Estado quer isso mesmo, uma população em silêncio, domesticada que acredita em instituições que não servem para nada além de manter tudo como está.

Sobre o quebra o quebra que o Estado tem proporcionado ninguém fala, e vale ressaltar que os professores apoiaram em assembleia os “baderneiros”, “vândalos” ou “black bloc”, o rótulo ou terminologia criada não importa, até importa pra quem precisa fazer o recorte e criminalizar. Sobre os professores, discutir o desmantelamento desta categoria que vem sido promovido lá no Rio (e também em todo país) isso ninguém discute, e este é um problema para ser discutido por toda sociedade, só que a cortina de fumaça levantada pela mídia em torno do “quebra-quebra” desvia o foco e incomoda mais do que os problemas reais. Só que, haverá mudanças com conversas? Pois, as vias institucionais se mostraram incapazes de qualquer tipo de mudança, independente de partido A, B ou C estar no poder.

O problema é o Estado, todo o resto são seus equipamentos e gerenciadores. A iniciativa de mudança cabe ao povo, não mais delegar responsabilidade a representação política, toda a estrutura social está falida – é ineficiente! Sempre irão reproduzir ajustes, não mudanças. É amplo e profundo este debate e vai demorar anos, mas o precedente foi aberto, agora cabe discernimento pra reconhecer que este modelo social não serve à classe trabalhadora. Nunca serviu! Por isso, o grito nas ruas do RJ não para.

OBS: (Acrescentamos a visita do papa que custou para o estado e município R$ 28 milhões cada, arrancando mais dinheiro de cofres públicos).

Fontes de pesquisa:

Os donos do Rio – João Roberto Lopes Pinto – doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – IUPERJ.

Dossiê do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro

http://rio.portalpopulardacopa.org.br/?p=2511 

Vídeos sobre as remoções , o processo megaempresarial e a greve dos professores.

4ª Mostra de Teatro Olho da Rua.

Na próxima semana Santos terá suas praças ocupadas pelo teatro combativo e da classe trabalhadora. Quem estiver por perto das praças Mauá e dos Andradas na quinta-feira (14) e sexta-feira (15) poderá observar, se divertir, pensar, protestar e participar com a Mostra de Teatro Olho da Rua.

Programação:

Dia 14 de novembro

Trupe Olho da Rua – Alto dos Palhaços
Local – Praça Mauá
Horário – 12h30
Circopatas – JÁ
Local – Praça dos Andradas
Horário – 16h
Nativos Terra Rasgada – Ditinho Curadô
Local – Praça dos Andradas
Horário – 16h30
Casa 3 – Rapunzelee
Local – Praça dos Andradas
Horário – 18h

Dia 15 de novembro

Daniel Meirelis  – Eu, Migo e Meu Umbigo
Local – Praça dos Andradas
Horário – 16h
Trupe Lona Preta – O Perrengue da Lona Preta
Local – Praça dos Andradas
Horário – 16h30
Buraco D`Oráculo  – Ópera do Trabalho
Local – Praça dos Andradas
Horário – 18h
O Coletivo – Projeto Bispo
Local – Praça Mauá
Horário – 20h

mais informações – http://trupeolhodarua.blogspot.com.br/p/mostra-de-teatro-olho-da-rua.html

Divulgação Trupe Olho da Rua

Porque me importa o teatro de rua.

O teatro na rua não é teatro de rua. Teatro de rua só é dela(da rua) quando está apropriado pela rua, pelo passante, pelo morador/a e por todos/as que ali estão. Importa-me porque ele fala verdades verdadeiras e não mentiras travestidas de verdades, como são ditas aos quatro cantos do capitalismo, porque é a gente falando da gente, é o/a trabalhador/a falando do/a trabalhador/a.

E por todo lado se vê trupes mandando o Estado para o Olho da Rua, e ocupando todos os espaços que nos cabem, são Bravas ocupando prefeituras carregando coquetéis molotov, são palhaços dizendo “Aqui Não Senhor Patrão”, e muitas outras verdades que não podem mais ficar escondidas e é através da arte que conseguiremos disseminá-las sem parecermos loucos/as, pois num mundo de tantos absurdos, verdades denunciadas por de traz de um nariz de palhaço fica completamente compreensíveis ditas nas praças da cidade.

São Pombas Urbanas levantando voo e fazendo arte na periferia, para a periferia, ocupando Sacolão e Barracão ou até mesmo Trupe que levanta a própria Lona Preta, foi nesse momento que Clariô e percebi que com o teatro de rua a Cobra Vai Fumar e vamos entrar todas e todos nessa luta.

Rádio da Juventude