Manifestação contra o aumento do IPTU em Santos. Parem de lotear a cidade!

Nos últimos cinco anos os imóveis na cidade de Santos atingiram valores absurdos, a expectativa gerada em torno do pré-sal tem sido o principal mote que abriu caminho para o setor imobiliário transformar a cidade num dos municípios com o custo de vida mais caro da região, que vem resultando na verticalização da cidade de forma desordenada e marginalizando ainda mais os bairros periféricos, que a tendência é desaparecer, pois a especulação imobiliária já chegou lá, (vide zona noroeste) somando tudo isso com as políticas de revitalização voltadas para o turismo, criou-se um modelo de cidade para quem está de passagem, de férias e não para quem vive nela, de modo que a população (com poucos recursos) foi sendo segregada e cada vez mais está perdendo o seu direito a cidade, porque é isso que está em jogo neste aumento de 12% do IPTU, a garantia de se viver com o mínimo de dignidade, que há tempos o poder público não tem garantido por meio de seus equipamentos públicos, e com esse aumento a demostração é que a propensão é piorar – varrer a população pobre de Santos.

Arte: retirada da web

Arte: retirada da web

Explicamos; Santos está sendo loteada! É histórico, mas nestes últimos anos com a ideia de fortuna de um pré-sal que ainda nem saiu debaixo d’água, este processo acelerou-se de tal forma que, a comprovação desta tese, foi o Prefeito Paulo Alexandre e seus 17 vereadores (que votaram em ação extraordinária a revelia da vontade popular) justificar que o aumento do imposto não tem acompanhado a valoração dos imóveis, oras, vale lembrar que o salário também não, e que ao contrário de alinharem os impostos ao mercado especulativo, deveriam sim, trabalhar para construir uma cidade para todos! Fazendo enfrentamento a este modelo de cidade que Santos está se tornando, graças aos grupos empresariais que estão pouco se importando com a população, apenas querem lotear a cidade para aumentar seus lucros. (com seus empreendimentos faraônicos).

A conversa furada de que a cidade irá quebrar se o imposto não aumentar, soa como politicagem barata de quem não tem opção para se defender, pra além, demonstra uma Câmara incapaz de exercer o seu papel, que num dia fala uma coisa, e noutro executa diferente, e de forma covarde. Aí, depois não adianta pelas redes sociais vereador se explicar, porque na prática a política santista virou um palanque de mentiras e de negócios, e não é de hoje, uma grande fraude!

Pois uma cidade em que o setor de imóveis/construção civil determina as regras acaba por submeter à população a pagar as contas por tabela, e de fato, é isso que está acontecendo na cidade, além de outros problemas que precisamos aguçar o olhar para não naturalizá-los, porque essa verticalização desenfreada resulta na criação de espaços urbanos inócuos e individualistas, no sentido de; quem tem dinheiro compra tudo: casa, cultura, educação, lazer… Quantas praças são construídas hoje na cidade? Parques? Áreas de lazer, locais de convívio e socialização que não sejam pagos? Agora, nem vamos falar de casas populares para pessoas de baixa renda.

Por isso afirmamos, essa é uma discussão de classe, pois a cidade de Santos hoje, é pra quem pode pagar e não para quem queira e tem o direito de viver nela com dignidade.

Hoje segunda-feira (02) está sendo puxada pelo face (veja aqui) uma manifestação na Câmara dos vereadores, perfeito! A população precisa mesmo se organizar e dizer; na casa do povo, quem manda é povo! Políticos que votam a revelia não passarão!

Poder  e autonomia para o povo!

Segue cartaz da manifestação;

Arte: retirada da web

Arte: enviada por Marcelo Medrado

Moradores do Macuco ocupam a Câmara Municipal de Santos

Foto-0154Os moradores organizados do bairro do Macuco em Santos ocuparam a Câmara Municipal nesta quinta-feira, 28 de novembro de 2013 para cobrar dos vereadores esclarecimentos e posicionamentos dos parlamentares em relação à construção do túnel submerso que interligará Santos/Guarujá e desapropriará famílias do Macuco e Estuário.

Segundo os moradores é uma obra arbitrária na qual não houve consulta popular e há pouca informação sobre seu andamento, dizem que o projeto e o traçado não estão prontos, no entanto, não condiz com a realidade de máquinas que já estão operando no bairro do Macuco, quebrando algumas ruas, trazendo incômodo para os moradores, inclusive, os operários que estão efetivando estes trabalhos de acordo com os moradores, disseram que estão lá para a construção do túnel, quer dizer, há algo acontecendo à revelia dos moradores?

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

O que disseram os vereadores;

Os vereadores (maior parte) ficaram incomodados com os questionamentos, e rebateram que os moradores estão sendo usados por grupos políticos que querem perturbar e retirar a credibilidade da casa (Câmara Municipal) fazendo joguete político meramente eleitoreiro/oportunista, que isso tudo, é um grande terrorismo sendo criado na cidade para provocar pânico na população de algo que não faz o menor sentido, pois de forma alguma o Senhor Prefeito Paulo Alexandre Barbosa e os vereadores ali presentes; deixariam que algo do tipo acontecesse de forma autoritária, no entanto, se sentiam surpresos com tais questionamentos, pois, houve audiências públicas e o resultado fora positivo caso a construção do túnel for ao Macuco, precisamente na Rua José do Patrocínio.

Foto-0177O que replicaram os moradores;

1. Os vereadores (maior parte) estão desinformados a respeito da organização dos moradores, ninguém está sendo usado! Todos estão muito conscientes da falta de transparência deste projeto e da forma antidemocrática como está sendo gerenciado.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

2. As comissões foram montadas de forma apartidária, onde seus representantes são moradores dos bairros, há sim, parlamentares apoiando e contribuindo, inclusive, comparecendo nas reuniões de organização, colocando-se a par da questão e trazendo insumos para a população, em reuniões qual importante frisar; todos os vereadores estão convidados a participar e ouvir a população, o que ela pensa.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

3. Terrorismo é a postura do Governo do Estado e da Dersa que, por exemplo, na última audiência pública pouco contribuiu com informações precisas sobre a obra, ou se importou em ouvir a população.

4. Os vereadores num momento de ânimos acalorados, sentindo-se pressionados pelos moradores se colocam lado a lado, no entanto, em audiência já foi citado por parlamentares que os moradores do Estuário estão acostumados com barulhos (entre outras coisas) que a região portuária proporciona por falta de compromisso de governos anteriores que sempre trataram com descaso bairros como Macuco e Estuário.

Ao término das exposições alguns vereadores ainda insistiam na tecla de que os moradores estavam sendo usados. Porém, o apoio (por pressão popular) dos vereadores que compunham a casa foi unânime. (havia apenas metade presentes)

Esperamos que esse apoio não fique na retórica política. Porém, vencer essa luta é fruto de organização popular, não de quem se diz representante eleito e aperta botão de censura, quando o povo quer falar, a casa é do povo, quem fala é o povo!

Representante só fala quando o povo dá a voz.

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Logo mais diponibilizaremos mais áudios.

Moradores do Macuco formam comissão para discutir as remoções devido à construção do túnel Santos/Guarujá.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude – Reunião lotada, teve gente que acompanhou da rua.

Cerca de 80 pessoas se reuniram nesta última quinta-feira (21) para discutir e formar uma comissão de moradores que irá discutir e representar o bairro do Macuco em Santos junto ao poder público, devido à forma arbitrária como está sendo conduzido o projeto de construção do túnel Santos/Guarujá – cuja obra irá impactar nas condições de moradia, além de todo impacto ambiental, social e cultural – qual o próprio projeto negligencia.

A reunião começou por volta das 21h e contou com a presença de moradores do bairro Estuário (que também será atingido com a construção da obra) e de assessores da Deputada Telma de Souza (PT), do vereador Evaldo Stanislau (PT), de pessoas da sociedade civil e de organizações sociais solidarias com a luta.

1459312_628777680517762_635738633_nSegundo o que foi discutido a melhor arma que eles precisam ter neste momento é a informação, o método; é estarem juntos nesta luta, pois somente desta forma podem vencer este enorme desrespeito à vida humana que o governo do estado sobre a conivência da Prefeitura quer cometer contra a comunidade do Macuco e do Estuário.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude. Esta senhora relatou que já passou pelo processo de desapropriação – “é horrível, tomam sua casa e te dão uma mixaria”

Além do desafio de esclarecer toda sociedade de que este é um problema sério que irá afetar toda a região, a sociedade precisa se comprometer e ser solidária, a questão não é ser contra o túnel, não é este o debate, e precisa ficar claro, mas contra um projeto, qual existe alternativa de mudança, mas a insistência do governo municipal em não ouvir a população e manter o processo em andamento com se estivesse tudo certo e bom para todos, caracteriza por si só, algo totalmente autoritário e antidemocrático.

Segundo os moradores já aconteceram três audiência públicas e o Prefeito Paulo Alexandre Barbosa simplesmente não compareceu em nenhuma, apenas enviou um vídeo com a mensagem para que as pessoas se tranquilizem, pois nada passará por meio de sua caneta que prejudique a população, no entanto, para os moradores este discurso só tem revelado a eufemização do problema e a protelação de uma resolução.

Na última audiência pública, os moradores organizados dos bairros Estuário e Macuco pediram a anulação da audiência, já que a mesma em caráter antidemocrático insistia em não dar voz à população, mantendo a política vertical do governo do estado – o próprio Secretário de Meio Ambiente do estado de São Paulo Bruno Covas chegou a debochar de alguns moradores que revoltados queriam ser ouvidos, porém, eram impossibilitados.

(saiba mais sobre a audiência aqui)  (entenda mais sobre o túnel aqui)

No dia vinte de novembro num evento do dia da Consciência Negra na Praça Palmares em Santos, alguns moradores compareceram para panfletar e conseguir falar com o Prefeito que estava no evento, (como de protocolo de todo político) não podendo fugir reafirmou o discurso que havia feito no vídeo de que o projeto ainda está em andamento e que ninguém deve se preocupar – mas essa é a questão, pontuada pelos moradores, ninguém quer ser pego de surpresa e perder a casa, e, por isso, a falta de transparência do projeto somada as informações divulgadas de desapropriações feitas pela prefeitura assusta e ao mesmo tempo revela incoerência, afinal, como se pode ficar tranquilo sobre a eminência de se perder a casa e toda a história construída, seja ela pessoal, comunitária, social ou cultural que ao longo dos anos se consolidou.  São essas questões que a política desenvolvimentista não enxerga.

Parelelo com RJ.

A urbanista Raquel Rolnik¹ quando indagada sobre o que ela pensava do processo de remoções de centenas de famílias no RJ para construção de obras para a Copa do Mundo, em por que as obras tinham que ser feitas em locais simples (onde a maioria das pessoas não tem recursos) já que havia outros locais para serem construídas. Ela respondeu; “Não é por acaso que as obras vão cair exatamente por cima das comunidades…  Pra sair mais barato!”.

Foto: Rádio da Juventude

Foto: Rádio da Juventude

OBS: Ao término da reunião foi montada a comissão de moradores do Macuco e um abaixo assinado irá percorrer a região colhendo assinaturas para ser entregue ao Ministério Público a favor do túnel, desde que ele seja no centro de Santos sem remover nenhuma comunidade.

1. Urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada.

O não direito a informação e o não direito a participação dentro de um estado de direito é uma violação de direitos sociais, pra além, de direitos humanos!

Caiçara Jam´s: Contato-Improvisação – Oficina de Contato, Ideokinesis e composição. Bora?

1468774_616695691727783_1984888509_nPara Caiçara Jam´s é o nome do projeto oferecido à Santos – FACULT 2012, que tem como objetivo formar novos praticantes de Contato Improvisação e também iniciar uma formação para a Jam´s Sessions.

O Contato-Improvisação é uma dança a dois, com transferência de peso que cria gravidade entre os corpos. Se apóia na estrutura esquelética como base operacional, na coluna vertebral como eixo e no refinamento da atenção e do olhar observador para realizar as escolhas do caminho. A idéia é que um corpo dê maior fluidez ao outro, sendo um muitas vezes a base para que o vôo do outro aconteça.

O Contato Improvisação nasceu do movimento pós-modernista nos EUA em 1972, foi criado por Steve Paxton que é considerado um dos mitos vivos da dança

A ideokinesis é um método educacional de orientação e reeducação do sistema neuro-muscular por meio da associação entre a imagem interna do corpo e sua sensação física.

A proposta da oficina é mixar conteúdos do Contato-Improvisação, com ensinamentos da M. M. Beziérs – fisioterapeuta francesa que mapeia e ensina sobre as conexões ósseo-musculares, e com a Ideokinesis, instrumentalizados como métodos de preparação de um corpo mais integrado e livre para explorar seus movimentos e se conscientizar deles.

As oficinas de dança (contato e improvisação) estão abertas a todos interessados iniciados e iniciantes na dança. A programação é gratuita, mas necessita de inscrição.

Vem!!!

PROGRAMAÇÃO

______DIA 29/11/2013 ( SEXTA-FEIRA)- 19H às 22H

Oficina de Contato, Ideokinesis e composição

C.A.I.S. Vila Mathias > Avenida Rangel Pestana, 184 – Vila Mathias

______DIA 30/11/2013 (SÁBADO) 14H às 18H

Oficina de Contato, Ideokinesis e composição

C.A.I.S. Vila Mathias > Avenida Rangel Pestana, 184 – Vila Mathias

_____DIA 01/12/2013 – (DOMINGO) DAS 10H às 12H

Para Caiçara Jam´s no Jardim Botânico Chico Mendes > R. João Fracaroli, s/nr – Bom Retiro, Santos – SP. (Zona Noroeste)

_____DIA 06/12/2013 (SEXTA-FEIRA) 19H às 21H

Oficina de Contato, Ideokinesis e Composição

C.E.S. Vila Mathias > Av. Ana Costa 308.

______DIA 07/12/2013 (SÁBADO) 16H às 18H

Para Caiçara Jam´s II

Ilha Diana > Barquinha para Ilha Diana – Atrás da Alfândega

______DIA 08/12/2013 – DAS 15H AS 17H

Para Caiçara Jam´s III

Deck do Pescador > Avenida Bartolomeu De Gusmão, s/n – Aparecida – Santos – SP

FICHA TÉCNICA:

Concepção, direção e apresentação: Camila Vinhas

Produção: Amanda Medeiros

Oficinas de dança: Camila Vinhas Itavo

Músicos convidados: Sico Dos SantosLuan PereiraGabriel Ardanuy II– L²EM

Técnico de Som: Fabio Rodrigues

Ilustrações: Yuri Scavinski

Designer Gráfico: Betinho Neto

FACULT 2012

Apoios e Parcerias: AmandallaLaboratório de Movimento –Canaloito Danca,Guarda RoupasMenina BrasileiraC.E.SSanatório Geral

www.facebook.com/paracaicarajam.s

Informações: paracaicarajams@gmail.com

*** As inscrições podem ser feitas pessoalmente no C.A.I.S Vila Mathias, por e-mail ou solicitando a ficha no inbox da página.

Guarujá e a política habitacional das desapropriações.

(Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Conjunto Vila do Sol que fica no bairro Morrinhos, abandonado desde 2004(Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Segundo a Prefeitura do Guarujá há 35 mil famílias em situação irregular na cidade – acrescentamos que vivendo em condições sub-humanas num país onde se gastam bilhões com megaempreendimentos da copa e com obras faraônicas que em nada servem à população, somente no Túnel que ligará Santos/Guarujá o governo do estado de SP desembolsará R$ 2,4 bilhões, enquanto para obras de habitação oriundas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o total de recursos pleiteado para estas ações ao Governo Federal é de apenas R$ 707 milhões, 103 mil, 538 reais e 71 centavos para o Guarujá.

Dá para notar a diferença? Além de que, segundo a Prefeitura, esta verba não é só para habitação, mas todo um projeto de construção de escolas, creches, redes de drenagem, macrodrenagem, energia elétrica, esgoto, abastecimento de água e recuperação ambiental… Que obviedade! Claro que um projeto de habitação tem que incluir todos esses equipamentos. A questão é a forma como isso está sendo conduzindo, o tempo e as condições concretas, porque na prática colocar as pessoas nas ruas é um crime!

Explicamos;

1. O Conjunto conhecido como Vila do Sol que fica no bairro Morrinhos está abandonado desde 2004, a Prefeitura comprou em 2012 e agora pretende demolir as moradias por alegar problemas de estrutura na construção. Com isso, expulsará as pessoas que residem na ocupação deste conjunto abandonado. (não temos os dados da quantidade famílias)

Foto: CMI

Canta Galo – Bloqueio dos moradores para a PM não entrar. 29 de outubro de 2013- Foto: CMI

2. A política de habitação, desapropriação na verdade, que está sendo desencadeada colocará nas ruas moradores da ocupação Vila Gilda, Parque da Montanha, Vila do Sol, Morrinhos, Cantagalo, Areião e Santo Antônio. Essas são as áreas mapeadas pela Prefeitura, pode haver mais, pois estão inclusos oito projetos habitacionais para mais de 15 mil famílias do PAC 2, que incluem obras em outras regiões, como por exemplo, ao lado do bairro Vila Gilda há o projeto de remoção de palafitas e recuperação ambiental da área de Manguedo. Aí temos também o Projeto Santa Rosa e Jardim Primavera, entre outros, e o questionamento é exatamente porque a política exercida pela Prefeitura não é a do diálogo, da consulta popular, e sim da desapropriação.

3. Pra piorar a construção do túnel Santos/Guarujá poderá desapropriar mais famílias (casas sem documentação perde tudo).

Foto: CMI

Moradores do Canta Galo resistem ao despejo -29 de outubro de 2013 – Foto: CMI

Moradia é um direito! Ocupar é um dever! Que venha este dinheiro, mas a população tem o direito de gestioná-lo!

Ao todo são sete áreas ocupadas, quatro já possuem liminares para reintegrações de posse, no entanto, até o momento, nenhuma desocupação foi promovida, isso per meio de ação do Ministério Público, porque a Prefeitura no dia 29 de outubro de 2013 tentou junto com a polícia expulsar os moradores da favela Canta Galo situada na região da Praia do Perequê, porém foi impedida pela organização dos moradores que bloquearam a entrada da polícia no bairro, para evitar confronto a Prefeitura cedeu, mas no dia seguinte disse por meio de nota que entrou na Justiça para reintegração de posse do Canta Galo e pediu a reintegração de terrenos ocupados em Morrinhos, pois de acordo com ela todas essas ocupações trazem risco à população, e novas moradias serão construídas dentro do Projeto Minha Casa /Minha Vida, por isso as pessoas precisam sair, mas que as famílias desapropriadas serão cadastradas no programa e receberão suas casas.

Foto: CMI

Moradores do Canta Galo resistem ao despejo. 29 de outubro de 2013 – Foto: CMI

Ao que parece falta aos governantes discernimentos para entenderem que não se elaboram projetos de cima para baixo, sem consultar a população, outra coisa, enquanto as casas são construídas, as pessoas ficam nas ruas aguardando? Moradia é um direito social! Uma urgência social! O déficit habitacional no Brasil é uma vergonha, violam direitos humanos! E comparando-se aos gastos com obras inúteis, podemos afirmar que muito pouco é feito pela população pobre, interessante que o mesmo governo que se gaba de seus projetos sociais (não retiramos a importância, apesar de termos muitas criticas) é o mesmo que favorece a iniciativa privada, que está por trás destes projetos lucrando à custa da miséria social que estão submetidas todas as pessoas que não têm o mínimo para viver, um teto…

O Ministério Público até o momento não comunicou quando efetivará as desapropriações.

Continua…

Vídeo de duas reportagens a respeito.

Facult 2013 (Santos-SP) Vamos perder a única política pública construída com as nossas mãos?

1469894_581550195232075_1339153036_nO que dizer sobre uma lei construída de maneira suprapartidária que contou em todo processo com uma ampla participação popular tendo como objetivo fomentar a Cultura. O que dizer sobre um lei que mesmo precisando de melhorias e de mais verba contemplou 60 projetos que viabilizaram mais de 180 apresentações descentralizadas na cidade (sim descentralizadas , para a Zona Noroeste, Morros e Área Continental).

Pois é, estamos prestes a perder o Facult! A lei do Facult regulariza o uso do Fundo Municipal de Cultura através de edital que contempla as iniciativas culturais da cidade. Anos de luta e após duas edições estamos vendo o barco afundar com essa nova gestão. Mas por quê? O intuito não era avançar, cuidar e inovar?

Vamos tentar entender o que não tem explicação.

Com o fechamento do Coliseu no começo do ano grande parte da receita que vai para o fundo municipal de cultura se esvaiu , vários artistas da cidade levantaram a questão perante a SECULT, presencialmente, pelas redes sociais e até pelo o Jornal A Tribuna e a resposta da administração municipal sempre foi mesma ” já pensamos nisso e essa questão será resolvida sem prejudicar o Facult e blá blá blá”, infelizmente essa não foi a realidade, nos deparamos com a omissão e o descaso. Alguém já te pediu um voto de confiança? Pois bem ,a classe artística deu esse voto de confiança, esperamos a publicação do edital pacientemente e fomos surpreendidos com o notícia de que não haveria edital no ano de 2013!??? Motivo “o fechamento do Coliseu”.(Engraçado constatar que para reformar o Coliseu a administração municipal conseguiu suscitar o espírito mecenas de alguns empresários, pois bem a lei do facult também prevê a possibilidade do fundo receber doações, penso que a mágica poderia se repetir)

Nos reunimos com diversos artistas de vários segmentos artísticos no dia 12 de novembro, na pauta estava o Facult 2013 e nessa primeira reunião tiramos duas ações, solicitar em caráter de urgência uma reunião com o Prefeito Paulo Alexandre e tentar uma interlocução via Conselho Municipal de Cultura em sua reunião mensal que foi realizada nessa última segunda dia 18/11. Sobre a reunião com o Prefeito foi entregue um ofício na semana passada e até agora não obtivemos resposta do seu gabinete, portanto todos que tiverem algum tipo de contato com o Sr.Prefeito e puder colaborar com a causa, será bem vindo. Sobre a ultima reunião do Conselho Municipal de Cultura (CONCULT) nos foi ofertada a generosa proposta de lançar ainda esse ano um edital que contemplaria apenas 7 projetos de R$10 mil reais ou caso tenhamos paciência o edital poderia ser lançado após o carnaval de 2014 contemplando 15 projetos!?

1461864_581614848558943_232083318_nCabe a nós classe artística e população dessa cidade aceitar o retrocesso ou ir a luta, aceitar a redução do valor investido de R$300 mil para R$70 mil é assinar um atestado de passividade, aceitar que no ano de 2013 vamos ficar sem edição do facult na esperança de que em 2014 lancem um edital com 50% do valor original é brincadeira ou no mínimo uma declaração de desrespeito com a arte produzida na cidade.

Em um ano onde presenciamos um precedente bizarro do ponto de vista do investimento do dinheiro público chamado ” Encenação de José Boni-fácil”, fica até difícil esperar um pouco de respeito.

Não nos resta outra opção a não ser gritar e exigir que a lei do facult seja cumprida, afinal quando se tem vontade política de ver as coisas acontecendo tudo se resolve. São muitas possibilidades de resolver essa questão, não podemos andar para trás.

De Caio Martinez Pacheco

Membro do Conselho Municipal de Cultura (Teatro) integrante do Movimento Teatral da Baixada Santista, da Cooperativa Paulista de Teatro, da Trupe Olho da Rua, do Coletivo Vila do Teatro e da Rede Brasileira de Teatro de Rua.

Cultura virtual: A nova democracia social, luta de classes, autonomia e poder.

cameraman-photographers-andO avanço tecnológico tem permitindo que o acesso à informação democratize de forma rápida o conhecimento num processo de ruptura que tem repautado à ordem da comunicação social instituída. É fato que há anos a hegemonia dos meios de comunicação está nas mãos de grupos sociais que controlam todo o meio; ditando regras e excluindo aquilo que não lhes interessam, contudo, a partir de meados de 2000 com o surgimento de tecnologias digitais; computadores domésticos, máquinas fotográficas, celulares, entre outros, essas tecnologias somadas com a internet propiciaram uma enxurrada de produções cujo conteúdo diverso e plural têm abalado o alicerce destes grupos – os obrigando a repensarem suas pautas e suas estratégias de mercado. Além de que, o universo virtual criou um processo de disseminação e apreensão de conhecimento que rompeu com as barreiras das instituições, a partir disso, uma dinâmica foi sendo configurada alterando a lógica e possibilitando uma nova forma de construir e transmitir conhecimento, de modo que podemos afirmar; comunicar tornou-se um desafio, pois a velocidade da informação neste novo paradigma da comunicação social assume proporções incontroláveis no sentido de descentralizar e de instantaneamente informar.

31.05-CinegrafistaHoje, todo cidadão é um agente comunicador e produtor de conteúdo, não mais refém da passividade de mero expectador, inclusive, com a internet há a possibilidade de atuar diretamente em qualquer esfera social disseminando informação ao mesmo tempo em que apreendendo conhecimento e pautando propostas. Fundamental também para a formação desta conjuntura foi o surgimento das redes sociais que aceleraram este processo de rompimento de hegemonia, e o mais importante; permitiram que grupos sociais antes negligenciados, desrespeitados e criminalizados pudessem apoderar-se das ferramentas e se tornar agentes produtores, transformadores e construtores da própria história, questionando e contribuindo com importantíssimas discussões de nossa contemporaneidade;

– Organização social;

– Estado de direito;

– Democracia representativa;

– Instituições;

– Governo

florianopolisprotestotarifa2fabricioescandiuzziespPor exemplo, as manifestações de junho de 2013 reforçaram que todos estes mecanismos cuja existência seria para manter o bem estar da vida em sociedade, na verdade, são frágeis e propensos a funcionarem como aparelhos de controle e manutenção social do Estado, e não dispositivos democráticos que sirvam à população, ao contrário, servem a um pequeno grupo que gerencia nos bastidores toda a política nacional.

1Tudo isso, não é nenhuma novidade, mas as redes cumpriram um papel de ampliar a visibilidade, acirrar a discussão e revelar uma sociedade em que a liberdade é limitada pelo mesmo mecanismo que diz promovê-la, de modo a revelar que o Estado é de exceção quando a participação popular radicaliza a democracia, e neste sentido o ciberativismo vem exercendo um papel importantíssimo e revolucionário para a democracia, pois impulsiona mudanças radicais na estrutura social, mesmo com todas as criticas de que o ambiente virtual não é um espaço organizativo, ele já deliberou e pautou mudanças substanciais, por exemplo, o Projeto de lei Ficha limpa foi uma demanda oriunda de mobilização na rede, que promoveu uma petição online e alcançou cerca de um milhão e meio de assinaturas pressionando o poder público e deflagrando num novo mecanismo direto de participação popular. Atualmente a quantidade de petições que chegam ao Ministério Público em que as assinaturas são feitas pela rede, (inúmeras) vão desde pedidos como;

– “Playstation 4, no Brasil, com preço justo!;

– Votação da Lei de Remuneração do Militares;

– Contra o uso de animais pelo Instituto Royal;

– Libertação imediata dos presos políticos de 15 de outubro de 2013 no Rio de Janeiro;

– Mudança do Preço do PS4 no Brasil

images (1)Em relação aos casos de violação de direitos humanos é importante frisar que muitos jamais teriam a visibilidade se dependessem dos meios de comunicação tradicionais – o caso do desaparecimento/assassinato do Pedreiro Amarildo no Rio de Janeiro em que a denúncia partiu de uma campanha na rede com a seguinte pergunta; “Onde está Amarildo” e desencadeou todo um processo de investigação que culminou na discussão da desmilitarização da Polícia Militar, debate que já existia, mas que ganhou extrema visibilidade com a campanha virtual, e neste caso, o poder público foi pressionado a responder a pergunta e para isso teve que apurar os fatos, revelando além de um erro atroz, (+) um caso de abuso policial que abriu precedentes de investigação de outros, além de colocar em pauta a real utilidade da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) nas favelas do Rio de Janeiro.

Manifestação-começa-a-deixar-a-PraçaOutro exemplo importantíssimo são as violações de direitos causados pelos megaempreendimentos da copa do mundo no RJ, que vieram a público devido os inúmeros vídeos que se espalharam pela rede denunciando, e em lócus documentando uma das maiores violações de direitos humanos que o Estado Brasileiro foi capaz de promover. “O dossiê do Comitê Popular Rio da Copa e Olimpíadas alerta que cerca de 30 mil pessoas sofrerão remoções forçadas no Rio por causa destes megaeventos esportivos”. 

Cabe a pergunta; será que a sociedade brasileira teria acesso a essas informações há uns 20 anos atrás?

Definitivamente as redes são infladas porque existe uma configuração social e uma conjuntura política favorável para o efeito cascata de uma insatisfação coletiva, mas também porque pouco a pouco as pessoas têm percebido que o ativismo digital é tão importante quanto estar numa audiência pública, que a participação política não se restringe somente aos espaços institucionais, ela se articula de forma mais direta por meio dos grupos e subgrupos formados no mundo virtual que destrincha assunto por assunto e busca soluções, resultado: o surgimento do ciberativismo colaborativo que se funda em plataforma mais organizada distribuindo informação por meio de grupos criados na rede que se identificam e fazem circular informação de interesse comum, criando fóruns de debates que deflagram em lutas orgânicas – vide as mobilizações da tarifa de junho onde em todas as redes sociais, as pessoas não paravam de discutir a questão do transporte gerando um fenômeno social que reverberou no país inteiro, onde a rua e ciberespaço se convergiram na “Ágora” pós-moderna. E mesmo com a existência de grupos que tendem a se fechar em suas ideologias e mais uma vez concentrar informação, ou negligenciar alguma informação cujo conteúdo represente ameaça ao grupo, isso não retira a importância de sua totalidade, e este tipo de organização virtual tende a crescer, e o mais interessante, contrariando os apocalípticos – está provocando a reconfiguração política, cultural e social de modo a recriar mecanismos de participação popular. Quais benefícios serão conquistados?  Eis a questão, porque;

1. Tramita no congresso há 13 anos um marco civil pela regulamentação da internet; “Lei Azeredo” – apelidada de “AI-5 Digital” uma lei de vigilância a possíveis “cibercrimes”.

2. A partir de 2009 de forma mais democrática iniciou-se via rede um projeto de participação popular, que foi alterado, e que hoje está como pauta do dia no congresso, a conhecida; Lei de Marco Civil da Internet – que quase nada tem de civil, pois não há debate com a população a respeito, na verdade, sua aprovação pode ser um grande tiro pela culatra para muitos ativistas que buscam a neutralidade da rede, mas que não percebem que regulamentação na sequencia abre caminho para uma série de proibições, traduzindo: uma Agência será criada para fiscalizar, controlar e decidir pelo usuário, será o fim do anonimato na rede – quer dizer, não tem nada de neutralidade, de proteção, é sim um atentado à liberdade de expressão que irá atingir diretamente os movimentos sociais.

3. Com ou sem regulamentação, muitas ações contra ativistas já foram promovidas, basta incomodar alguém.

downloadOu seja, a tal liberdade virtual tem suas fragilidades e cedo ou tarde passará pelo crivo da lei, afinal, mesmo sem regulamentação há casos de perseguição, citamos o Rio de Janeiro com a greve dos professores – entre setembro e outubro – que ocorreu casos polêmicos, inclusive de atentado à liberdade e à democracia, onde ciberativistas mapeados pela polícia civil na rede facebook foram presos em suas casas e tiveram pertences subtraídos; computador, celular, pendrive entre outros, e acusados por crimes de incitação à violência pela rede, formação de quadrilha e corrupção de menor, houve até acusação de pedofilia de um rapaz maior de idade por namorar uma jovem menor.

image12_thumbPortanto, o ambiente virtual é fundamental e vai continuar quebrando os monopólios da comunicação e contribuindo muito com a democracia, todavia, neste processo muitos ciberativistas serão presos, até empiricamente compreenderem melhor o buraco negro que é a web, e que somente se apropriando das ferramentas livres¹, que esse embate pode ser travado com maior segurança.

É neste sentido que o ciberativismo com toda a pluralidade e diversidade de assuntos, tem contribuído exponencialmente para fortalecer e dar visibilidade as diferentes esferas de grupos sociais – porém, a internet não é um espaço realmente livre, tudo nela é monitorado; as redes sociais, as contas de e-mail, os blogs, os sites, os canais de vídeo, de áudio… E essas ferramentas são as utilizadas, de forma que mapear e desestruturar uma organização na rede é muito fácil, basta incomodar como fizeram os ciberativistas do Rio de Janeiro, não é sem propósito que uma das brigas do governo na lei de regulamentação da rede (Marco Civil na Internet) se refere às estruturas de armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados, obrigando as empresa instalarem os “datacenters” em território nacional, como se isso evitasse a espionagem estrangeira, na verdade, só cria um meio de acesso rápido do governo às contas dos usuários (além do balão de ensaio para eleições de 2014). Por isso, nenhuma rede social é um local seguro para os movimentos sociais exporem suas estratégias de luta. Além de que, estes espaços concedidos “supostamente” gratuitamente, não são, e a todo o momento uma ação na justiça irá determinar a censura de algum conteúdo, a TV Globo, por exemplo, possui vários pedidos na justiça para bloqueio de vídeos, áudios e matérias de conteúdo julgados por ela como depreciativo à emissora, e nesta correlação de forças, os juízes em maioria têm decido a favor dela, ou de qualquer outra corporação midiática.  Eis o embate – desigual – entre os grupos que monopolizam a informação e os grupos que rompem paradigmas comunicacionais, e neste processo a democracia se refunda num movimento de embates de ideologias – luta de classes – onde a democratização dos meios de comunicação é mais que uma necessidade, é também uma urgência social que deve ser amplamente discutida com toda a sociedade, pois é um debate que a ela pertence.

demoÉ histórico, quem detém o meio, detém a informação, e detém o controle social – ter o controle é ter poder, e numa sociedade de organização capitalista nada mais indubitável que a luta de classes também esteja presente na comunicação social, estabelecendo disputas pelo poder dos meios que está intrínseco a manutenção da cultura de massas, cuja finalidade é manter a indústria de entretenimento (político e cultural) funcionando para continuar lucrando e manipulando – de modo que, tudo é negócio e todos somos mercadorias, não importa os direitos sociais, se eles não estiverem alinhados a política econômica de mercado. Por isso, a discussão em torno de regulamentação da rede é muito mais uma urgência de quem está perdendo o controle (dinheiro e poder politico) do que uma necessidade da população, ou de quem está subvertendo e contribuindo para as mudanças sociais, e neste sentido os ativistas digitais estão cumprindo um papel fundamental de rompimento deste paradigma de controle e poder, descentralizando a informação e fortalecendo as lutas por direitos sociais, cabe a eles neste processo continuar impulsionando este debate, principalmente pela autonomia e pela apropriação do poder político para além dos espaços formais e institucionais, de forma a romper com a lógica de que somente é possível intervir quando estamos inseridos diretamente dentro de uma esfera de poder público, ou, por meio de um partido, pelo contrário, inúmeras são as provas de que é possível subverter a lógica monopolista da comunicação social sem precisar estar atrelado a estas vias. O ciberativismo em seu curto espaço de tempo tem revelado isso – espaços se ocupam construindo novos espaços, que disseminam informação/conhecimento que contribui para recriar novos instrumentos de participação popular – organismos diretos em que as pessoas realmente possam se apoderar das discussões da vida pública e decidir, não apenas delegar.

 1. Referimo-nos aos programas de software livre, que a maioria das pessoas desconhece e que podem desempenhar um papel crucial, tanto em proteção como o de fortalecimento das lutas sociais, por ser um instrumento livre, que não está nas mãos de um grupo hegemônico, cujo compromisso, é apenas com o lucro.

OBS: A internet é um dos maiores meios de comunicação que existe, mas 53% da população brasileira ainda não utiliza a rede – dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de maio de 2013.

Copa do mundo, remoções, super faturamento… Por que as manifestações não param no Rio de Janeiro?

As manifestações no Rio de Janeiro atingiram proporções para além da redução da tarifa, transformando-se no maior e mais polêmico fenômeno social da luta contra o Estado. Por quê?

Foto: Web

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Na linha do tempo

Em 2010 o Brasil inteiro assistiu pela TV a ocupação do Complexo do Alemão, (favela do RJ) um espetáculo da luta contra o tráfico promovido pelo Estado que colocou a desfilar pelo RJ seus aparatos de guerra: tanques, soldados com metralhadoras, fuzis e todo tipo de armamento highteck que a indústria bélica é capaz de produzir e o Exército Brasileiro de dispor. O objetivo da operação: eliminar o tráfico e trazer civilidade para um local onde o Estado só comparece por meio da polícia. A ocupação foi em tempo real e transmitida por todas as grandes emissoras, (além das redes sociais) onde as imagens que se sucediam eram do Bope “herói” e de traficantes “bandidos maus” fugindo por uma estradinha de terra do Complexo, imagens históricas que se tornaram símbolo do Estado “protegendo a população” – nos bastidores outra realidade explodia; abuso contra os moradores, e nada se mostrou pela mídia oficial – ao término, a paz estava novamente constituída e as UPPs se tornavam uma necessidade irrefutável. Como se o problema do tráfico de drogas, de armas e das milícias estivesse resolvido. (Não resolveu) Mas o caminho para uma política de repressão havia sido aberto e daí se iniciaria a preparação do RJ para os mega-eventos, onde milhões dos cofres públicos seriam gastos varrendo a população pobre que estivesse pela frente.

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“O dossiê do Comitê Popular Rio da Copa e Olimpíadas alerta que cerca de 30 mil pessoas sofrerão remoções forçadas no Rio por causa destes megaeventos esportivos – no Brasil inteiro, aproximadamente 170.000 pessoas serão atingidas nas 12 cidades-sede, segundo estimativas da Articulação Nacional de Comitês Populares”.

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A realidade no Rio

Os direitos da população pobre no Rio de Janeiro sempre foram violados, mas se intensificou com os mega-empreendimentos da Copa do Mundo – que têm sido responsáveis por remoções arbitrárias, especulação imobiliária, intensa violência da UPP sobre comunidades pobres, elevação de tarifas de transporte e custo de vida… Este projeto de cidade por sua vez está ligado a um “projeto de país”. PAC (Processo de Acelaração do Crescimento)

Explicamos;

1. As licitações liberadas pela Sr.ª Dilma permitiu a farra do dinheiro público (BNDS) financiando a iniciativa privada que passou como rolo compressor por cima de tudo, por exemplo, destruíram um estádio paraolímpico construído na época do PAN (Jogos Pan-Americanos de 2011) para construir estacionamento para turista na copa – sabe quantas pessoas com necessidades especiais ficaram sem o estádio? Que estava sendo desenvolvido um trabalho social com pessoas portadoras de necessidades especiais, e era gerido pelo município, o que permitia acesso à população pobre. Ou seja, o governo gastou dinheiro na época do PAN e depois deixou jogar no lixo.

2. Destruíram o museu do índio patrimônio  histórico/cultural porque estava próximo ao Maracanã, e por isso foi considerado de utilidade pública, transformado em ponto turístico para copa.

3. Expulsaram um monte de gente de suas casas na construção do VLT e pagaram pelas casas valores risórios para uma comunidade que residia há mais de 50 anos no bairro.

São inúmeros casos! Vamos nos pautar em quem são os reponsáveis que mandam no Rio;

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As empreiteiras OAS, Odebrecht, Andrade e Camargo Correa têm arrancado quantias bilionárias em obras, que inclusive, o Ministério Público do RJ entrou com ação e as empresas estão sendo investigadas por superfaturamento. Aí temos o envolvimento político do PMDB – Sérgio Cabral, Eduardo Paes, o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha também desempenhando um papel importante na dinâmica de poder de seu partido. Pergunta; quem financiou as campanhas desses camaradas? E têm o subgrupo empresarial; Brookfield; Cyrela; Rossi; Carvalho Hosken; Carioca Nielsen; Queiroz Galvão; Delta. Todos envolvidos em projetos e contratos superfaturados – além de inúmeras denúncias de impacto ambiental e violação de direitos humanos. E temos também nesse bolo Eike Batista.

Em quais obras;

Centro de Operações Rio; Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica; Controle de Enchentes da Praça da Bandeira; Morar carioca; Parque dos Atletas; Parque de Madureira; Rio Criança Global ; Rio em Forma Olímpica; Sambódromo; Viaduto da Abolição; VLT.

Elas estão juntas em obras como o Arco Metropolitano, Transolímpica, trata-se do Consórcio Rio Olímpico, formado pelas empresas Odebrecht, Invepar (OAS) – controladora também do Metro Rio – e CCR (Andrade Gutierrez e Camargo Correa), que controla ainda a Via Dutra, Via Lagos, Ponte Rio-Niterói e Barcas SA. As “quatro irmãs” estão igualmente presentes no Consórcio VLT Carioca, responsável pela obra do VLT no Centro do Rio. Já no caso das Transcarioca há uma partilha das obras entre elas, com o trecho Barra à Penha, ficando a cargo da Andrade Gutierrez e o trecho da Penha ao Aeroporto Internacional, sob a responsabilidade da OAS.

Enquanto isso, os serviços públicos no Rio de Janeiro estão sucateados; educação, saúde, transporte… (o transporte lá é comandado pela família Barata). As políticas públicas de moradia; uma balela, a população cada vez mais marginalizada, mais empurrada, negligenciada ao abandono, a violação de direitos sociais, de direitos básicos, com isso a violência explode, o tráfico de drogas e de armas absorvem cada vez mais jovens pretos e pobres como mão de obra, aí se cria uma bolha que uma hora explode!

Foto: Web

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Que fazer? Faz UPP pra controlar isso, porque resolver não vai dar, até porque o crime sustenta muito colarinho branco, então, ele não pode acabar… Nem a miséria, nem o Estado legitimador da ordem que comanda tudo isso, gerenciando o dinheiro da população para garantir o privilégio de grupos empresariais que por meio da especulação extorquem e concentram tudo aquilo que por direito é de quem trabalha – de quem produz toda a riqueza do país sobre seu suor e calos, porém não é assim que funciona nesta organização social de parasitas que tudo usurpa – enquanto a maioria tem que aguentar calada; o salário ruim, o transporte ruim, a saúde ruim, tudo FUDIDO mesmo! Por culpa de um Estado ineficiente, só que o Estado não é um ser abstrato, ou a representação direta da população por meio de políticos eleitos, engana-se quem acredita nisso – ele em sua natureza foi construído pela correlação de forças entre quem tem dinheiro e quem não tem, e quem tem, manda e controla tudo sem precisar se eleger, faz política nos bastidores, controlando grupos políticos e partidos.

images (1)Assim como no Rio acontece no país inteiro, só que lá a coisa atingiu outras proporções (atingiu muitas pessoas) o que gerou um enorme descontentamento que deflagrou em revolta popular, agora, falar em “quebra-quebra” dos bens públicos e dos privados e citar “infiltrados” com o discurso do “pacifismo” , o Estado quer isso mesmo, uma população em silêncio, domesticada que acredita em instituições que não servem para nada além de manter tudo como está.

Sobre o quebra o quebra que o Estado tem proporcionado ninguém fala, e vale ressaltar que os professores apoiaram em assembleia os “baderneiros”, “vândalos” ou “black bloc”, o rótulo ou terminologia criada não importa, até importa pra quem precisa fazer o recorte e criminalizar. Sobre os professores, discutir o desmantelamento desta categoria que vem sido promovido lá no Rio (e também em todo país) isso ninguém discute, e este é um problema para ser discutido por toda sociedade, só que a cortina de fumaça levantada pela mídia em torno do “quebra-quebra” desvia o foco e incomoda mais do que os problemas reais. Só que, haverá mudanças com conversas? Pois, as vias institucionais se mostraram incapazes de qualquer tipo de mudança, independente de partido A, B ou C estar no poder.

O problema é o Estado, todo o resto são seus equipamentos e gerenciadores. A iniciativa de mudança cabe ao povo, não mais delegar responsabilidade a representação política, toda a estrutura social está falida – é ineficiente! Sempre irão reproduzir ajustes, não mudanças. É amplo e profundo este debate e vai demorar anos, mas o precedente foi aberto, agora cabe discernimento pra reconhecer que este modelo social não serve à classe trabalhadora. Nunca serviu! Por isso, o grito nas ruas do RJ não para.

OBS: (Acrescentamos a visita do papa que custou para o estado e município R$ 28 milhões cada, arrancando mais dinheiro de cofres públicos).

Fontes de pesquisa:

Os donos do Rio – João Roberto Lopes Pinto – doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – IUPERJ.

Dossiê do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro

http://rio.portalpopulardacopa.org.br/?p=2511 

Vídeos sobre as remoções , o processo megaempresarial e a greve dos professores.

Audiência Pública:12 de novembro tod@s contra a construção do túnel Santos/Guarujá.

Prezados Compas

31052012034950984348889A residência em que nasci e fui criado fica no Bairro do Macuco,(especificamente na Praça Rubens Ferreira Martins, nas casas populares)esta ameaçada , bairro este de tradição operária e proletária, advinda das atividades portuárias de Santos, localizando-se no dito “file mignon” do entorno portuário da cidade de Santos.

O Bairro é eternizado na trilogia de Jorge Amado “Subterrâneos da Liberdade” onde narra-se que vários comunistas e lutadores históricos se escondiam durante as perseguições getulistas e legalistas que sempre assolaram a cidade de Santos, justamente por causa do Porto de Santos, e das lutas aguerridas dos Sindicatos e dos Partidos de Esquerdas, bem como da luta abnegada dos famosos anarquistas santistas que aqui vieram e se instalaram.

Bairro chamado Macuco, por causa de seu pássaro famoso, que foi-se embora com os aterramentos dos mangues e da construção do Porto e de suas adjacências.

Moradores Macuco Túnel crédito MATHEUS TAGÉ DL (7)

Moradores Macuco Túnel crédito MATHEUS TAGÉ DL (7)

Agora vem mais um capítulo desta luta, quando o Governo do Estado de São Paulo, diga-se Geraldo Alckmin e seus pupilos, querem que o povo do Macuco e de Santos, engulam de goela abaixo o projeto atual do Túnel de ligação entre Santos e Guarujá. Tentam de todas as formas possíveis desalojar o povo do Bairro do Macuco, que ali mora a mais de 80 anos, para colocar este empreendimento mirabolante e recheado com mais de USD 1 bilhão, é isto mesmo, mais de um bilhão de dólares, para construção do dito túnel sob o Porto de Santos.

Das Assembleias Populares na quadra da praça e na igreja, bem como da primeira audiencia dita pública na Associação dos Cabos e Soldados, os moradores do Bairro do Macuco se colocam contra o atual projeto, pois até o EIA-RIMA é uma falácia, todos sabem que o aterro do Porto do Santos e do seu canal de navegação é provido de uma lodo de resíduos industriais despejados desde 1953 por todas as indústrias do Polo Petroquímico de Cubatão, que possuem todos os elementos da tabela periódica, e que precisa de um esforço sério dos Governos Federal/Estadual e Municipal para sua solução ambiental, e não mais um projeto que irá comprometer mais ainda o meio ambiente geral da baixada santista: POR QUE O GOVERNO FEDERAL / ESTADUAL E MUNICIPAL junto com as milionárias empresas do Polo Petroquímico de Cubatão não investem uma contrapartida de USD 1 bilhão para a solução ambiental do ecossistema frágil e ameaçado do Estuário de Santos / São Vicente / Guarujá e Cubatão?

Coloco aos prezados leitores e leitoras a necessidade de uma analise profunda sobre o atual projeto do túnel, e seus aspectos sócio, culturais e ambientais que são intrigante mente camuflados pelo Governo do Estado e empreendedores, temos certeza que não foi realizado e nem querem realizar o Estudo de Impacto da Vizinhança, pois teriam uma visão clara e objetiva sobre os anseios da população do bairro do Macuco e do impacto desta obra sobre esta mesma população, nehuma pesquisa histórica séria foi feita pois constataria a importância histórica do bairro para a cidade tanto no aspecto arquitetônico (seu casario característico assim como o conjunto das casas populares que é um dos últimos registros materiais de uma importante época da historia da cidade e do Brasil) bem como no aspecto cultural duas importantes escolas de Samba de Santos (Padre Paulo e X9) nasceram neste bairro que além de inspirar livros como o citado no inicio deste texto,também foi cenário para textos de teatro de autores como Plinio Marcos e filmes.

Além disto nada se fala do impacto social, comunidade tradicional o macuco e as casas populares possuem familias que vivem na mesma casa a pelo menos 3 gerações “dinheiro não compra tradição” e o projeto apresentado reduz a desapropriação de lares a uma questão meramente econômica, pagou desapropriou ignorando idosos de 70, oitenta anos e que vivem a 60 anos na mesmo casa e para quem a desapropriação é uma sentença de morte .A seriedade do impacto ambiental da obra também foi igualmente ignorado pelos estudos, não bastasse o fato dos estudos pouco ou quase não mencionarem a contaminação da canal do porto eles propõem que o rejeito desta obra seja jogado em terrenos no jardim Quarentenario em São vicente contaminando ainda mas uma região já seriamente afetada pelo conhecido lixão da Rhodia, além disto nenhum estudo do impacto da obra no metabolismo urbano da região consta nos relatórios.Sera que estes estudos não seriam necessários visto que um gigantesco fluxo de trânsito será transferido para dentro da cidade e com eles toneladas de carbono para uma área sem dispersão de poluentes e que já vive o problema de ilhas de calor em sua malha urbana e por fim ignora-se tb os problemas que serão gerados na mobilidade urbana e na infraestrutura local, pela construção e finalmente com o grande volume de transito desviado para um local totalmente inadequado permanecendo o atual traçado da obra .

Não queremos, aí sim, que o Bairro do Macuco e a cidade de Santos tenha sua população exposta a uma obra feita com este descaso destruindo lares e impactando profundamente suas vidas e suas relações sócio culturais e ambientais .

Isto posto, requeremos que não seja realizada as audiências publicas de 12 e 13 de novembroa sobre o atual projeto do túnel, por conta dos descaminhos do EIA-RIMA dos pontos de vistas sócio, cultural e ambiental e da não proposição do Estudo de Impacto a Vizinhança, que terá o papel fundamental junto a comunidade.

Vamos protestar na audiência Pública de 12 de novembro contra a construção do túnel Santos /Guarujá.
Local: Arena Santos às 17 horas

Abraços,
Prof. Giulius Césari Gomes Aprigio
Historiador, Antropólogo e Diretor do CAVE (Coletivo Alternativa Verde)

Você sabia que a maior parte dos projetos que são decididos na Câmara dos Vereadores não servem pra nada?

Psc_eleicoes_box1_254Pra que serve um vereador?

Segundo consta, um vereador é um representante político eleito pela população, cuja função cumpre o objetivo de propor leis e projetos além de fiscalizar o poder executivo. A finalidade de sua existência está na ideia de que ele é um representante direto da comunidade dentro da esfera do poder municipal, capaz de coibir/denunciar possíveis irregularidades e propor demandas concretas que beneficiem a comunidade.

– vereador não possui horário e dias definidos para exercer sua função, tem a obrigação (não obrigatória) de comparecer a câmara nas sessões ordinárias para apresentar, questionar e deliberar projetos, assim como comparecer em outros momentos para ler ou escrever os documentos/projeto de lei que a ele é repassado. (Por isso, há casos de vereadores que não aparecem em câmaras, principalmente em dia de votação e debate).

 – vereador não possui salário, mas um subsídio, que (tecnicamente) é calculado segundo a Constituição de acordo:

  1. Com o subsídio de um deputado estadual do estado no qual o município está situado, é o equivalente a 75% do salário de um Deputado Estadual (em torno de R$ 15mil);
  2. A população do município representado;
  3. Conforme a despesa representará no orçamento do município.

vereadorNa prática, este subsídio é definido pelos próprios vereadores, deste modo variam de cidade para cidade – em São Paulo, por exemplo, um vereador recebe o subsídio de R$ 24. 117,62, além dos benefícios de gabinete e de assessoria, é onde entra os cargos comissionados que geram ainda mais gastos aos cofres públicos, na capital paulista chega até 18 funcionários em cargos de confiança, tudo isso sem contar os gastos com aluguéis de carros, combustível, gráficas, correios, entre outros. (Por isso, quase sempre surge denúncias envolvendo vereadores por fraude de notas fiscais e favorecimento em contratação de empresas – Netinho de Paula (PCdoB) em SP é um deles, que foi acusado de apresentar notas fiscais de empresas que não existiam).

Baixada Santista

Na cidade de Santos litoral de São Paulo um vereador recebia em 2012 o subsídio de R$ 9.938,94 com direito a três assessores com vencimentos de R$ 5.600,00 + quantia em torno de R$ 600,00 por mês para custos de gabinete. Uma pesquisa feita pelo Jornal Metro no início deste ano apresentou que a maioria das leis promulgadas pelos vereadores pouco influenciam na melhoria de vida da população, podemos até mesmo sem pesquisa abranger toda região e afirmar que a maior parte das proposituras apresentadas nas câmaras da baixada tem a ver com datas cívicas, datas comemorativas, (dia do futebol, do motociclista) prestação de serviço, (poda de árvore, remoção de entulho, liberação de festas, bailes, eventos culturais…) homenagens, (agradecimentos a fulanos e sicranos, entidades por isso e aquilo) entregas de medalhinhas e afins. (quem tiver dúvidas basta consultar no site das câmaras e conferir as proposituras). Para termos uma ideia da ineficiência, a votação de projetos (na maioria das câmaras de todo país) acontece em longos intervalos de tempo, o que indica total falta de debate político de temas de interesse público a serem transformados em lei, ou seja, tudo que fazem não significa absolutamente nada.

vereador1Entretanto

Os gastos que tem acarretado aos cofres públicos e os poucos resultados reafirmam uma função inócua, de oportunistas de todo o tipo cujo único intuito é o benefício próprio e do grupo que o financia, não é a toa que em datas comemorativas sempre tem um vereador promovendo festinhas em bairros; dia das crianças, das mães, páscoa, natal entre outros, e estes momentos são interessantes porque revelam a perversidade da questão, pois aqueles que fazem o mínimo em sua obrigação e responsabilidade assumida, ainda utilizam como marketing pessoal de mandato “olha fui eu quem fez isso, levei o leite, apoie tal projeto, dei voz pra fulano”, o que não passa de dever que cabe a função, por isso foi eleito.

vereadoresEm algumas Prefeituras chegam a promulgar leis ou criar convênios para usar dinheiro público em financiamentos de projetos para efetivarem “trabalho social”, que se traduzem em compras de camisas de futebol, troféus, bolas, entregas de brinquedos, pinturas e reformas de centros comunitários, ou seja, é puro sustento do curral eleitoral e mais uma vez marketing pessoal. Absurdo! Mas são umas das práticas mais conhecidas e descaradas – não é a toa que é desses currais eleitorais que surgem os cabos eleitorais, assessores e afins, que na prática vão ocupando cargos – os famosos “comissionados”, que não realizam absolutamente nada, além do “capanguismo” moderno de vereador e de partido que fazem parte. (Essa é outra questão que discutiremos num outro momento; as disputas por pastas e cargos e o percentual de cargos comissionados, superior ao concursado, em torno de 80 % pra mais – em quase todas as cidades do Brasil).

Exemplo do gasto inútil.  

Digamos que uma cidade tenha 15 vereadores, com vencimentos fechados de todos os custos; assessores e todas as regalias assessoriais – em torno de R$ 10. 000,00 por cada vereador – sendo 15 vereadores – resultaria num total de custos de R$ 150.000,00 mensais e anuais de R$ 1.650.000,00. Bastante zero né? Isso, com esta estimativa simples e bem rasa. Agora, vamos por os custos reais de uma cidade pequena, por exemplo, São Vicente, que possui uma base parecida com essa que sugerimos, custa caro ou não? Vale a pena todo esse gasto de dinheiro público que poderia ser usado de outra forma e com muito mais resultados? Cabe reflexão.

De fato

A democracia custo cara neste sistema representativo e quem paga é a população, o que nos leva a afirmar que o cargo de vereador é apenas mais um que serve para interesses econômicos locais de oligarquias que funcionam como força política de capitânia hereditária, cujos interesses capciosos são apenas o óbvio: manter-se no poder.

Fundamental:

– Avaliar as campanhas eleitorais em que vereadores investem quantias enormes em propaganda eleitoral, de onde vem esse dinheiro?

– Quem ganha realmente quando um vereador é eleito? A população ou o grupo político que o financiou?

– Agora vamos pensar; somente a função vereador é prejudicial à população?

– Somente a função de vereador atende aos interesses econômicos de determinados grupos?

Apresentamos esta como exemplo para provocar, mas tem mais funções e se compararmos o custo benefício desses representantes políticos… Pois é, precisamos de outra lógica de organização social, uma em que o povo decida e tenha o controle direto. O formato que temos hoje só alimenta parasitas no poder.

Continuaremos…

México 70: Atingidos por incêndio vão às ruas e conquistam mais seis meses de auxílio aluguel

Foto: Diário do Litoral

Foto: Diário do Litoral

As famílias que foram atingidas por um incêndio em junho deste ano, na favela do México 70, na cidade de São Vicente, reivindicaram por moradia na última quinta-feira (31) e conquistaram junto a Prefeitura a prorrogação do auxilio aluguel que havia sido cortado no quarto mês, sendo que a Prefeitura havia acordado oito parcelas e não cumpriu. Segundo o Deputado Estadual Márcio França, o Ministério da Integração do Governo Federal depositou em torno de duas semanas antes, um milhão de reais para a Prefeitura de S.V fazer estes pagamentos. No entanto, o dinheiro não foi repassado às famílias. Ao todo são 366 famílias cadastradas e, segundo a Prefeitura, todas receberão suas casas.

Neste mesmo dia, (31) outro incêndio ocorreu no México 70 deixando mais 42 famílias desabrigadas. Estas foram cadastradas pela Prefeitura para entrar no programa de política habitacional da cidade e encaminhadas para o CECOF (Centro de convivência) em Samaritá – área continental de São Vicente. Porém, apenas nove famílias continuam no local. As outras foram para casa de amigos e parentes.

Com um déficit habitacional em torno de 19 mil moradias, São Vicente arrasta este problema há anos. A favela do México 70 é uma área de manguezal, ocupada no final da década de 1.960 que só ganhou luz elétrica e água encanada no início de 1.980 e sempre foi um local com problemas sérios de habitação (sem contar outros problemas de serviço público). Nos anos 1.990 a política de habitação do Governo do Estado construiu em parte da favela conjuntos habitacionais da CDHU, que deu uma “maquiada” no problema. Porém, expulsou muita gente que não podia pagar (daí temos um dos motivos que contribuíram para o crescimento da área continental). As que ficaram e não conseguiram casas, foram segregadas espacialmente no ambiente em que vivem.

A questão da habitação, de fato, é um problema muito sério que persiste há anos em São Vicente, mas não é nem nunca foi prioridade dos governantes, as políticas que são desenvolvidas são meramente eleitoreiras e não atendem a necessidade real das trabalhadoras e trabalhadores da região, além da quantidade de dinheiro que não devemos esquecer jamais; são cerca de 12 milhões que saiu dos nossos bolsos na construção do conjunto habitacional do Dique do Sambaiatuba, (leia aqui e aqui) e hoje, devido o abandono e o descaso, estão deteriorados e terão que passar por reformas, sendo que estavam prontos.

Por essas e outras foi de extrema importância a ação realizada por moradoras e moradores do México 70. O auxílio aluguel é um pequeno fruto da pressão popular e com organização nós podemos construir uma outra realidade.

Todo poder ao povo!

OBS: Continuaremos com este assunto.

Quando a política social é a do descaso o resultado é a Violência

Quando denunciamos aqui no blog sobre a perseguição aos moradores de rua da cidade de Santos, é exatamente para promover a discussão sobre essa realidade que na maioria das vezes é ignorada pelo poder público, ou tratada de forma higienista.

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Morador de rua sendo detido porque questionou, na verdade, se indignou e gritou com os GMs que batiam num homem atrás de uma viatura. Foto: Rádio da Juventude

Hoje por volta das 10h da manhã no bairro Vila Mathias em Santos enquanto a Guarda Municipal efetivava o serviço de acompanhamento de limpeza junto aos outros equipamentos da prefeitura, uma confusão iniciou-se e acabou provocando o envolvimento de pessoas que passavam pelo local e presenciaram a ação truculenta da guarda municipal.

Não conseguimos obter a informação de como tudo começou, o fato é que parte da Guarda Municipal “perdeu a cabeça” segundo um dos GMs que conversou conosco – e aí a população se revoltou e no meio da confusão o que conseguimos presenciar foi a GM;

1. dando choques num homem no chão algemado;

2. levando outro para detrás de uma das viaturas para bater

3. guardas gritando e empurrando pessoas que tentavam impedir tal violência;

4. um funcionário da Prefeitura intimando alguns funcionários (de um centro de atendimento de saúde pública) por estarem filmando e fotografando – dizendo; vou pegar o nome de cada um de vocês aqui por estarem se intromentendo, não houve violência!

Agora, de quem é a culpa por tudo isso?

Ouça os áudios com relatos da própria Guarda Municipal assumindo que o papel dela não é este, mas o descaso do atenção social para a cidade cria essas condições. Áudios também de algumas pessoas que estavam presentes e se horrorizaram com o que viram.

Depoimento de moça que presenciou a ação truculenta da Guarda Municipal.

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Neste áudio pessoas que presenciaram se indignam com tal ação, dizendo que todo mundo viu e foi escancarado a truculência da GM.

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Neste áudio a Gm reproduz a lógica da criminalização, associando drogas, álcool e furtos.

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Neste áudio GM fala sobre as condições de trabalho deles, nenhuma – e a Assistência Social omissa.

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Neste áudio Senhora critica a situação de descaso social e a Guarda fala sobre as expulsões de outras cidades.

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Neste áudio a GM reproduz a criminalização dos moradores de rua

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Neste áudio convite a ir ao 4º DP depor pelos detidos, quem tem coragem de ir? Diante de todo o abuso  de autoridade.

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Foto-0309

Este homem (sem camisa) foi quem apanhou atrás da viatura. Foto: Rádio da Juventude

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Este homem foi algemado  e já imobilizado levou choques no chão porque não aceitava tal situação. Reparem na mão do Guarda de capecete com máquina de choque. Foto: Rádio da Juventude

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GMs fechando viatura com homem dentro detido e levado ao 4º DP. Foto: Rádio da Juventude

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Morador de rua sendo detido porque questionou, na verdade, se indignou e gritou com os GMs que batiam num homem atrás de uma viatura. Foto: Rádio da Juventude

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Homem sendo colocada na viatura debaixo de trancos. Foto: Rádio da Juventude

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Outro homem sendo levado para o 4º DP. Foto: Rádio da Juventude

Muita gente assistindo sem saber o que fazer.

Muita gente assistindo sem saber o que fazer. Foto: Rádio da Juventude

Familias do México 70 que foram atingidas por incêndio receberão a quarta e ultima parcela do auxílio aluguel este mês, e até agora as moradias nada.

Foto retirada da web

Foto retirada da web

As famílias que foram atingidas pelo incêndio no México70 em São Vicente a cerca de quatro meses receberão este mês a ultima parcela do auxílio aluguel. Segundo Mônica Morais uma das assistidas junto sua família pelo auxílio, até o momento a SEHAB Secretaria de Habitação de São Vicente não falou sobre o assunto, o que havia sido acordado no dia 25 de maio junto com todas as famílias na Escola Lúcio Martins Rodrigues é que o auxilio seria de oito meses, porém, na prática foram apenas quatro meses, e ninguém sabe ao certo como irá ficar daqui pra frente, pois segundo ela algumas garantias que foram prometidas não foram cumpridas, por exemplo, o cadastro de pessoas no programa do Governo Federal Minha casa Minha vida, assim como a liberação do FGTS, acrescenta;

“Nada daquilo que foi prometido foi feito, conversei com o secretário hoje pelo face e ele disse que o auxílio era apenas de seis meses, mas que está pedindo prorrogação no Ministério em Brasília, compartilha o vídeo, ele ainda fala que vai passar o pessoal que não tem cadastro na frente no Minha Casa Minha Vida e daria auxilio até sair o apartamento, eu sou cadastrada e vou receber logo o meu apartamento e os que não tem cadastro vão ficar na rua […] Ainda não foi feito esse cadastro para o Minha casa minha Vida só aqueles que já tinham cadastro, que é pelo Pac… Disseram uma coisa e fizeram outra, tá no vídeo. Não falam conosco.

Vídeo do dia em que SEHAB Secretaria de Habitação de São Vicente, e o Secretário Emerson Santos prometeu que nós do México 70 iriamos receber 8 meses de aluguel e que todos que não tinham cadastro só iria parar de receber o auxilio – só recebe-se o apartamento e agora estão querendo fazer tudo ao contrário (Esperamos uma Resposta ) Esse é o ultimo mês de auxilio Aluguel!  

Moradia: Grajaú luta! Ocupar e resistir.

Neste último 27 de agosto, membros de ocupações do Grajaú fizeram uma passeata na Av. Dna Belmira Marin e paralisaram por um tempo a entrada do terminal Grajaú, depois a Av. Senador Teotônio Vilela, e na sequência foram até a subprefeitura da Capela do Socorro. Durante todo o trajeto não houve qualquer tipo de problema com a Polícia Militar, mas na subprefeitura os manifestantes foram recebidos com truculência por funcionários da subprefeitura e por membros da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Depois de muitos conflitos a subprefeita conversou com os manifestantes, falou que existe a previsão de construção de milhares de moradias aqui na região, mas não apresentou nada de concreto, e muito menos um critério definido em relação a quem vão ser destinadas essas moradias. Além disso, ao invés de demonstrar apoio às ocupações, manteve a conversa de que haverá reintegração de posse nos terrenos ocupados.

Não iremos nos intimidar, e nem acreditar em promessas verbais. A gestão anterior também falava da construção de milhares de moradias, e nada saiu do papel. Ninguém está lutando para colocar o nome numa lista de cadastro. A população quer moradia nos terrenos ocupados, e não vai ficar de mãos abanando. A Luta está Apenas Começando!

Por Rede Extremo Sul

Conselho Popular de Mobilidade Urbana: Uma farsa para desmobilizar a luta contra o monopólio do transporte!

No dia 02 de julho deste ano no Sindicato dos Urbanitários de Santos (SINTIUS) foi discutido e apresentado como proposta a criação de um conselho de mobilidade urbana. A ideia deste conselho seria debater sobre os problemas relacionados ao transporte na região procurando encontrar meios de solucionar a questão.

No dia 17 de julho foi aprovado em plenária o Conselho Popular de Mobilidade Urbana. A reunião ocorreu no Estação da Cidadania de Santos com a presença do Conselho Sindical da Baixada Santista e Vale do Ribeira, do Fórum da Cidadania, da UNE (União Nacional dos Estudantes), do MPL (Movimento Passe Livre), do vereador Evaldo Stanislau e de representantes do vereador Adilson Júnior e da deputada Telma de Souza –  todos do PT.

A deliberação do dia 17 foi a seguinte;

1. Abrir as planilhas de custos para verificar taxas de lucros da empresa (Piracicabana)

2. Defesa de auditoria

3. Criação da função de auxiliar de bordo

4. Discutir com os prefeitos das oito cidades sobre possíveis resoluções

5. Criar um plano de estudo do transporte junto com técnicos.

6. O vereador Evaldo Stanislau será o responsável pelo diálogo entre sociedade civil e Poder Público.

Daí

No início deste mês o Prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa falou sobre a legitimidade do conselho expondo sua importância para toda a região. E no caso o Sr Prefeito também já havia anunciado no dia 06 de julho a criação de uma comissão para avaliar as condições de transporte na cidade de santos, ressaltando que após a obrigatoriedade do cartão as condições de segurança do motorista melhorou muito e que a população aderiu o uso do cartão, com isso o serviço melhorou significativamente, “o tempo de viagem diminuiu, porque na medida em que o motorista deixa de fazer a cobrança, se concentra na atividade principal, que é dirigir o ônibus, e com mais rapidez”, explica. (Essa comissão é formada por técnicos da CET e afins…)

Ao que parece o conselho neste primeiro ano terá a responsabilidade de estudar, planejar e elaborar projetos que corroborem para solucionar o problema da mobilidade urbana.

Vamos aos fatos;

O conselho é uma farsa! Ele foi montado numa deliberação emergencial para tomar a discussão de assalto que estava em voga em todo o país, e com o medo que a casa ficasse ainda mais pequena, esses camaradas se articularam e impuseram à população um conselho meramente fajuto qual não garante poder realmente popular de decisão, mas sim fica nas mãos de um vereador, ou seja, ele é mais um conselho de cooptação das lutas para desmobilizar.

Vamos avaliar quem deliberou;

1. A UNE é uma entidade extremamente pelega que não representa nem os estudantes.

2. O PT é um partido falido que não representa a classe trabalhadora há tempos, tem sido omisso na região em relação ao transporte, qual o seu interesse de repente nesta luta?

3. O MPL que assinou o documento é uma farsa, não existe MPL na região, o que existe é um grupo em formação, onde há pessoas ligadas a partidos querendo se infiltrar exatamente para isso, assinar documentos e usar o nome MPL segundo seus interesses. (sem contar que este próprio grupo segundo informações não quis participar, porém, alguns camaradas atropelaram a decisão e se intitulam MPL BS, farsa!

4. O Conselho Sindical é aparelho do PT.

Resumindo: é tudo um grande golpe para desmobilizar a luta, se usando do nome “popular”, mas de popular não tem nada. Oras, por acaso houve consulta junto a população? Não! O que esses camaradas são peritos em fazer, é construir espaços institucionalizados para engessar a luta.

Pergunta; eles falaram algo sobre Tarifa Zero? Não! E nem vão tocar no assunto, porque eles não possuem nenhum interesse nessa discussão, eles na verdade, estão blindando ainda mais a empresa de transportes (Piracicabana) e procurando criar soluções paliativas para ludibriar a população.

VLT

As obras do Veiculo Leve sobre Trilho (VLT) estão em andamento, (graças a copa, senão continuariam paradas) contudo, ele irá fazer um percurso risório que não solucionará o problema da mobilidade urbana na região, o ideal seria que o VLT integrasse toda a região metropolitana, ou no mínimo para começar tivesse como ponto de partida a área continental de São Vicente, mas não será! Porque a incompetência dos representantes públicos trabalha sempre a favor da classe empresarial que financia suas campanhas, enquanto o povo é só massa de manobra em ano de eleição.

A cidade de Santos para dar uma soluçãozinha as enormes filas que se aglutinam pela manhã na orla da praia desviou a ciclovia e aumentou em cerca de 1m a pista, o que não resolve em nada, só gastou dinheiro público. São Vicente segue pelo mesmo caminho devido as obras do VLT alterou as rotas de trânsito, instalou ciclovias mal planejadas colocando em risco os ciclistas, além de ter fechado a Ponte Pênsil para reforma em comemoração de seu centenário deixando a população local sem transporte, com isso o trânsito está pior do que já era, e quem precisa ir trabalhar em Santos e vem da Praia Grande e tem que passar por São Vicente se f…

Tudo isso traduz perfeitamente a falta de compromisso de anos de todos os representantes públicos dos oito municípios que não se preocuparam com o planejamento metropolitano, agora, as cidades explodem e quem paga sempre é aquele camarada que tá no transporte lotado, caro, demorado e de péssima qualidade. Aí pra querer jogar a sujeira debaixo do tapete, criam esse Conselho que em nada irá resolver, que em nada irá contribuir para uma discussão ampla e radical, que não está reivindicando benefícios, mas direitos! Direitos sociais negligenciados que implicam em violações de outros direitos, e isso não esta na pauta deste conselho.

OBS: Segundo informações as reuniões que começaram no Sindicato do Urbanitários já tinham a intenção de tomar o movimento, houve até a ideia da criação de um grupo chamado 13 de junho, que foi o dia de maior violência policial contra os manifestantes em SP que comoveu até a mídia (dissimulada) burguesa. E como as manifestação se caracterizavam pela falta de liderança, o pensamento deste grupo era tomar o movimento.