Apaguem as luzes e acendam as cruzes !

Post de origem Carga Viral

Por Beto Volpe

Descrição da imagem: dois homens brancos trajam suástica e efetuam a saudação nazista da mesma forma que fotografia antiga de jovens (ao fundo) com o mesmo gestual (irc!)

As luzes se apagam em São Paulo. A cidade reconhecida internacionalmente como cosmopolita e aberta a todas as manifestações sócio culturais agora se destaca por uma atitude sombria, da qual ainda não se sabe ao certo que tipo de conseqüência esperar. A aprovação pela Câmara dos Vereadores do Dia do Orgulho Hétero, população que desde o início da humanidade dita as regras do jogo da Vida, coloca em xeque a imagem de metrópole moderna e acolhedora, tingindo de sangue tantos anos de evolução dos conceitos morais e da convivência com todas as pessoas. A Cidade Luz da América Latina se prepara agora para uma provável Marcha da Supremacia Heterossexual (porque Parada é coisa de frutinha) e os olhos do mundo se voltam para um exemplo de intolerância travestida de direito social.

Talvez o religioso vereador autor da proposta não saiba que os dias de orgulho ou de luta, sejam eles de negros, homossexuais, indígenas, mulheres, pessoas com deficiência, contra a AIDS e outros, são dedicados a trazer à luz situações de privação de direitos e de vulnerabilidade social. Homossexuais, além da cotidiana e extremada violência, não usufruem de dezenas de direitos conferidos aos héteros, negros ainda são massacrados no mercado de trabalho e pelos órgãos de segurança, enquanto a mulher o é no trabalho, em casa, na sua intimidade, em todo lugar e situação e sempre com muita violência.

Pessoas com HIV ou deficiência ainda são considerados cidadãos de segunda categoria para muita gente e para muitos gestores públicos. Esses, sim, precisam de um Dia de Orgulho, pois há que se demonstrar ao mundo que existe uma situação de violência e restrições contra toda uma população.

Levando-se em consideração que as mulheres têm um mês inteiro dedicado à sua luta por reconhecimento e dignidade e pelo perfil machista dos setores religiosos e políticos que forjaram essa excrescência, pode-se concluir que o objetivo seja salientar a vulnerabilidade do homem heterossexual. Que direitos são negados homem heterossexual? Ele pode beijar na rua sem risco de virar soquete de lâmpada, ele tem acesso a postos de comando, ele chega a ditar se vai ou não usar preservativos em uma relação sexual. É o homem heterossexual quem cria as regras e dá as cartas de um baralho adulterado. Não tenho nada contra os homens, isso não é novidade, nem contra os heterossexuais. Muitos amigos meus estão revoltados como se fossem gays, tamanha a empatia com nota tão desafinada na sinfonia da diversidade.

Será muito triste um dia vermos uma marcha atravessando a Paulista capitaneada por Jair Bolsonaro e Silas Malafaya ao lado do cardinalato católico, seguidos por grupos neonazistas encapuzados portando lâmpadas fluorescentes como seu símbolo, como um bando de clones de Darth Vader do lado mais obscuro da Força. Finalizando o evento na Praça da República, hinos e ufanismos serão mesclados a trechos bíblicos deturpados em uma cerimônia onde serão queimadas cruzes pelos membros da Ku Klux Klan, convidados especiais, num claro aviso de que a moral foi restabelecida em São Paulo.

A moral das pessoas que ainda espancam suas famílias, formam quadrilhas de corrupção, assassinam ex-companheiras, lincham até a morte homossexuais, negros e nordestinos e aprovam leis que não deveriam ter saído do esgoto em que foram concebidas.

Wikileaks tira máscara da mídia brasileira e comprova: estão à serviço dos EUA

Post de origem Pragmatismo Político

Aconteceu o que já era de conhecimento dos menos desavisados. A grande imprensa  brasileira foi finalmente desnudada, com tudo comprovado em documentos oficiais e sigilosos. Quem ainda tinha motivos para outorgar credibilidade à estes veículos e seus jornalistas, não tem mais.

William Waack, da Globo, aparece nos documentos secretos

Novos documentos vazados pela organização WikiLeaks trazem à tona detalhes e provas da estreita relação do USA com o monopólio dos meios de comunicação no Brasil semicolonial. Um despacho diplomático de 2005, por exemplo, assinado pelo então cônsul de São Paulo, Patrick Dennis Duddy, narra o encontro em Porto Alegre do então embaixador John Danilovich com representantes do grupo RBS, descrito como “o maior grupo regional de comunicação da América Latina“, ligado às organizações Globo.

Leia mais:

O encontro é descrito como “um almoço ‘off the record’ [cujo teor da conversa não pode ser divulgado], e uma nota complementar do despacho diz: “Nós temos tradicionalmente tido acesso e relações excelentes com o grupo”.

Outro despacho diplomático datado de 2005 descreve um encontro entre Danilovich e Abraham Goldstein, líder judeu de São Paulo, no qual a conversa girou em torno de uma campanha de imprensa pró-sionista no monopólio da imprensa no Brasil que antecedesse a Cúpula América do Sul-Países Árabes daquele ano, no que o jornalão O Estado de S.Paulo se prontificou a ajudar, prometendo uma cobertura “positiva” para Israel.

Os documentos revelados pelo WikiLeaks mostram ainda que nomes proeminentes do monopólio da imprensa são sistematicamente convocados por diplomatas ianques para lhes passar informações sobre a política partidária e o cenário econômico da semicolônia ou para ouvir recomendações.

Um deles é o jornalista William Waack, apresentador de telejornais e de programas de entrevistas das Organizações Globo. Os despachos diplomáticos enviados a Washington pelas representações consulares ianques no Brasil citam três encontros de Waack com emissários da administração do USA. O primeiro deles foi em abril de 2008 (junto com outros jornalistas) com o almirante Philip Cullom, que estava no Brasil para acompanhar exercícios conjuntos entre as marinhas do USA, do Brasil e da Argentina.

O segundo encontro aconteceu em 2009, quando Waack foi chamado para dar informações sobre as conformações das facções partidárias visando o processo eleitoral de 2010. O terceiro foi em 2010, com o atual embaixador ianque, Thomas Shannon, quando o jornalista novamente abasteceu os ianques com informações detalhadas sobre os então candidatos a gerente da semicolônia Brasil.

Leia também:

Outro nome proeminente muito requisitado pelos ianques é do jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, d’A Folha de S.Paulo. Os documentos revelados pelo WikiLeaks dão conta de quatro participações do jornalista (ou “ex-jornalista e consultor político”, como é descrito) em reuniões de brasileiros com representantes da administração ianque: um membro do Departamento de Estado, um senador, o cônsul-geral no Brasil e um secretário para assuntos do hemisfério ocidental. Na pauta, o repasse de informações sobre os partidos eleitoreiros no Brasil e sobre a exploração de petróleo na camada pré-sal.

Cai também a máscara de Fernando Rodrigues, da Folha
Fernando Rodrigues, repórter especial de política da Folha de S.Paulo, chegou a dar explicações aos ianques sobre o funcionamento do Tribunal de Contas da União.

Outro assunto que veio à tona com documentos revelados pelo WikiLeaks são os interesses do imperialismo ianque no estado brasileiro do Piauí.

Um documento datado de 2 de fevereiro de 2010 mostra que representantes do USA participaram de uma conferência organizada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), na capital Teresina, a fim de requisitar a implementação de obras de infra-estrutura que poderiam favorecer a exploração pelos monopólios ianques das imensas riquezas em matérias-primas do segundo estado mais pobre do Nordeste.

A representante do WikiLeaks no Brasil, a jornalista Natália Viana, adiantou que a organização divulgará em breve milhares de documentos inéditos da diplomacia ianque sobre o Brasil produzidos durante o gerenciamento Lula, incluindo alguns que desnudam a estreita relação do USA com o treinamento do aparato repressivo do velho Estado brasileiro. A ver.

Autoria: Hugo R C Souza

Luciano Huck, nós vamos invadir sua praia!

 Então Luciano Huck foi condenado pela Justiça por impedir o acesso à “sua” praia particular em Angra dos Reis?

Não me surpreende em nada.

Qualquer um que mora no litoral sabe que há várias ilhas e praias cujos acessos são criminosamente impedidos.O artifício é, quase sempre, o mesmo: o bonitão coloca uma rede fajuta na frente da praia e diz que está “criando marisco”. O objetivo, claro, é não deixar ninguém chegar perto. E proibir acesso a praias é proibido por lei.Quem passeia pela orla de Paraty conhece muito bem esse problema. Logo na saída da Baia, depois das marinas, há uma série de mansões na costeira, pertencentes a executivos de emissoras de televisão e de empreiteiras.Ai de quem tenta chegar perto: se você passar pelas redes, certamente não vai conseguir passar pelos rotweillers que os seguranças soltam na praia.

Outro exemplo de apropriação privada de espaços públicos é o Condomínio Laranjeiras, no caminho para Trindade.Depois de impedir, por anos, o acesso de turistas e moradores locais às praias, os ricaços foram obrigados a abrir uma trilha de 1 km no mato.Da última vez que fomos lá, conseguimos entrar sem problema, mas fomos literalmente perseguidos por um segurança.Foi ridículo: um casal com uma filha pequena, andando por uma praia deserta e vigiado de perto por um segurança uniformizado. A situação era tão constrangedora que até avisamos ao sujeito: “Fica tranqüilo, que não vamos roubar nada!” Ele sorriu, sem graça.Enquanto alguns privilegiados tentam monopolizar as belezas da região, outros não se importam em dividi-lo com os outros. É o caso de Amir Klynk, que tem uma casinha numa praia linda chamada Jurumirim, cujo acesso por mar é completamente livre e aberto a todos.

O caso de Luciano Huck só tem uma solução: dar uma banana pras redes, passar por cima dos “obstáculos” e chegar à praia. Quem sabe ele não nos processa por atrapalhar sua criação de mariscos? (veja matéria do UOL aqui)

Escrito por André Barcinski

Por 

Curso de HISTÓRIA em uma visão LIBERTÁRIA

Professor: Giulius Césari Gomes Aprigio
Formação: História UNISANTOS, pós graduação: antropologia UNESP

Descrição: Em um período de 6 encontros de 3 horas, sempre aos sábados das 15 às 18h, debateremos a história das sociedades humanas enfocando as várias visões de seus movimentos sociais em suas lutas por justiça e libertação. Com especial atenção na história do Brasil e na formação de nossos movimentos sociais.

Local: Centro dos Estudante de Santos
Período: aos Sábados das 15 às 18h
Início: 20/08
Término: 24/09


Sistemas democráticos de comunicação para acabar com privilégios na mídia

Post de origem: Radioagência NP

O direito de se comunicar através de mídias massivas deve ser garantido a todos que desejam ou só a algumas pessoas? Em torno dessa questão é que diversos movimentos sociais articulam sua luta pela democratização dos meios de comunicação. Eles defendem que a liberdade de expressão e o direito de se comunicar utilizando os canais de mídia deva ser garantido a todos.

O grupo de radiodifusores comunitários é um dos que pedem a ampliação do número de emissores midiáticos. Atualmente, no Brasil, existem mais de nove mil rádios legalizadas. Deste total, cerca de 3,9 mil são veículos comunitários. Segundo dados da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), existem mais de 22 mil processos abertos no Ministério das Comunicações, com pedidos de licença para operar como rádios comunitárias. Apenas 16% destes processos foram atendidos. Alguns aguardam a autorização há mais de 11 anos.

Para debater questões de liberdade de expressão, direito à comunicação e o papel da radiodifusão comunitária, a Radioagência NP entrevistou a jornalista chilena e presidenta internacional da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), Maria Pía Matta Cerna. Ela afirma que para a democracia avançar na sociedade, é preciso construir um sistema democrático de comunicação.

Radioagência NP: Pía, o que significa a liberdade de expressão para o movimento de rádios comunitárias?

Maria Pía Matta: Eu acho que nós temos que voltar ao conceito, no desenvolvimento do conceito de liberdade de expressão e do direito à comunicação em uma questão de direitos humanos, que tem sido a luta do movimento da mídia comunitária, das rádios comunitárias há muitos anos. Nesses últimos dez anos, nós temos feito um acúmulo teórico e político com relação a essa conceituação: de que a comunicação é um direito humano e nesse sentido nós precisamos ter sistemas democráticos de comunicação, que favoreçam os atores que ainda não estão na comunicação, no sistema de comunicação, através de rádios, televisão ou outras formas.

Radioagência NP: Quais são os principais problemas em relação à liberdade de expressão em nível mundial?

MPM: Tem dois graves problemas no mundo hoje. Um é a excessiva concentração da mídia em cada vez menos mãos – a propriedade muito concentrada. Muitas comunidades não conseguem ter concessões, não conseguem ter autorização para transmitir ou não conseguem ter publicidade do Estado, porque tudo isso vai para as mãos desses poucos donos que concentram a propriedade. E por outro lado, uma ameaça – mas que poderia ser uma boa oportunidade – é a questão da convergência tecnológica, que é uma oportunidade pra ter mais pessoas administrando mídia. É uma ameaça porque o lobby da grande imprensa está acima dos governos. Se a gente tem hoje 500 frequências de rádio e televisão pela digitalização, eles [proprietários de grandes mídias] ficaram com as 500 frequências.

Radioagência NP: Como deveria ser um sistema democrático de comunicação em uma sociedade e sua legislação?

MPM: Se nós no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo, continuamos com a ideia de que legislar está se falando sempre no conceito técnico e econômico, temos um problema. Porque quando se fala em dinheiro, está falando sempre no privilégio dos que têm dinheiro; e quando se fala em técnico, parece que a administração do Estado só é para arrumar o tráfego de frequências de um lado para outro. E a noção é muito mais complexa. Nos últimos dois anos a Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura ] falou na plenária pública que uma questão importantíssima no avanço democrático é a necessidade de um sistema democrático da mídia, que representa os atores fundamentais de uma sociedade, que são: privados, públicos estatais – mas não governamentais – e comunitários, associativos e terceiro setor. Acho que esses três grupos são uma chave fundamental para fazer qualquer legislação.

Radioagência NP: Várias rádios comunitárias aqui no Brasil sofrem perseguição e criminalização por parte da Polícia Federal e outros órgãos do governo. Este quadro se repete em outros países?

MPM: O que os governos fazem é aplicar direito penal em uma questão que é de liberdade de expressão. Governos como o do Chile, por exemplo, faz a mesma coisa que o Brasil, ou no caso do Paraguai ou na Guatemala. Quando um Estado não põe à disposição dos cidadãos as concessões, para que as pessoas licitem essas concessões, as pessoas tomam essas concessões, porque elas precisam comunicar, e depois vão presas. Eu acho que é uma questão que nós temos que avançar em uma conceituação de direitos humanos, novamente, para uso de rádio e televisão em nossos países.

Radioagência NP: Como as rádios comunitárias podem contribuir nos processos de organização e mobilização populares?

MPM: O direito à comunicação é um processo que todo ser humano tem com o outro. Se você fica na sua casa, detrás da televisão com o controle remoto, você está ficando por fora dessa atuação, só está vendo o que está acontecendo com o mundo. Quando você tem uma comunidade local ou de interesse, e essa comunidade tem um caminho para trabalhar – na questão de agricultura, na economia solidária, para fazer alguma mudança importante na escola –, ter uma rádio, leva a resultados de participação e de convivência democrática que são muito diferentes. Porque aí tem um processo da comunicação de quando você se sente parte de uma história, parte de um processo. Eu acho que a rádio comunitária coloca em cena a questão da construção de identidade e de pertencimento a uma determinada comunidade.

Seminário Internacional de Mídias Públicas: desafios para o século XXI. Financiamento da comunicação pública

Post de origem TV Brasil

EBC e Unesco promovem seminário sobre mídias públicas

A Empresa  Brasil de Comunicação (EBC) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) promovem em Brasília, nesta quinta-feira (30) e sexta-feira (1º), o Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios e Oportunidades para o Século 21.

Conforme os organizadores, o evento reunirá especialistas em radiodifusão pública, representantes de entidades e dirigentes de empresas  de comunicação da América Latina, dos Estados Unidos e da Europa.

Segundo o coordenador de Comunicação e Informação do Escritório da Unesco no Brasil, Guilherme Canela Godoi, o seminário ocorre em momento oportuno, em que há discussão no país sobre a convergência de mídias e também quando se debate a complementariedade dos sistemas públicos e privados de comunicação. “Parte significativa da discussão sobre o estabelecimento de novos marcos está ligada à complementariedade”, ressaltou.

Tereza Cruvinel (EBC) e Toby Mendel (Unesco)
Financiamento da radiodifusão pública voltou a ser debatido nesta sexta-feira, na abertura do segundo dia do Seminário Internacional de Mídias Públicas: desafios para o século XXI, que está sendo realizado na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília. O diretor executivo do Center for Law anda Democracy e consultor da UNESCO, Toby Mendel, defendeu o aumento do orçamento alocado para EBC, equivalendo-se aos padrões internacionais, levando em conta o tamanho do país. Ele ressaltou, por sua vez, que o financiamento deve ser feito de forma que a empresa não perca independência. Segundo ele, a EBC empresa deveria ser mais independente, mas que eventuais alternativas de financiamento devem ser avaliadas por cada país.

Especialista em regulação de mídia, Toby deixou claro que, independentemente de receber recursos financeiros do governo, a radiodifusão pública deve atender ao interesse público. Ao falar sobre as formas de financiamento, citou, por exemplo, o fato de os cidadãos britânicos pagarem uma taxa de licenciamento à BBC. Isso, no entanto, não acontece em outros países, onde “seria difícil impor uma taxa por algo que os cidadãos ainda não sinalizaram o seu valor”. A BBC é uma empresa de radiodifusão consolidada e respeitada em todo o mundo.

No caso do Brasil, a diretora-presidente da EBC, Tereza Cruvinel, disse que o modelo de financiamento inglês não daria certo, pois excluiria os mais pobres e supostos beneficiários dos conteúdos do sistema público. Disse que a empresa, apesar de receber orçamento da União, tem independência editorial. “ Não temos tido qualquer violação do nosso marco legal. A independência editorial da EBC é algo latente e patente”, afirmou.

Segundo Toby Mendel, a importância da radiodifusão pública se dá principalmente pelo fato de oferecer programas de alta qualidade e onde é bem-sucedida aumenta o nível profissional dos radiodifusores. Ele informou que a BBC elevou o nível de qualidade da televisão privada, porque os jornalistas precisavam concorrer com os profissionais da BBC. Lembrou ainda que a televisão pública contribui para a diversidade, para a formação de valores sociais e fornece cobertura universal.

Ele informou ainda que a Tailândia impôs um tributo para bebidas alcoólicas e tabaco que é destinado à radiodifusão pública. Em sua palestra, ele aproveitou para fazer uma avaliação dos diferentes modelos de comunicação pública adotados no exterior, acrescentando que não existe propaganda na rede pública da Inglaterra e Japão.

Matthew Powers, da Ney York UniversityMatthew Powers, da Ney York University

A discussão em torno do financiamento e do conceito mídia pública e estatal continuam sendo discutidos convidados do seminário. Bettina Peters, do Global Fórum For Media Development, disse ser importante que os radiodifusores façam a distinção entre público e estado. “Os profissionais não estão lá para servir o governo ou o Estado, mas o interesse público”, comentou. O professor Matthew Powers, da Ney York University, disse que atualmente está havendo uma a discussão sobre o financiamento entre os americanos, mesmo porque a mídia pública surgiu na década de 70.

Powers desmistificou teoria segundo a qual a mídia pública não critica o governo pelo fato de receber recursos governamentais. Segundo ele, estudos mostram exemplos em que a mídia pública é até mais crítica que a comercial. Lembrou que há também subsídios do governo para jornais na França, atendendo inclusive publicação da extrema direita.

Ao final da exposição de Toby Mendel, ele anunciou o lançamento da segunda edição do livro Public Service Broadcasting: a comparative legal survey (Radiodifusão Pública: um estudo de direito comparado), entregando um exemplar em inglês à jornalista Tereza Cruvinel. Ela anunciou que, em breve, a UNESCO e a EBC vão lançar uma edição do livro em português. Trata-se de um estudo clássico de Mendel sobre o a radiodifusão, abordando a questão em países como Austrália, Canadá, França, Japão, Polônia, África do Sul, Tailândia e Reino Unido.

Em São Paulo, deputado afronta Estado Laico com projeto de lei que obriga crucifixos em instituições de ensino

Post de origem Consciência.blog.br

Parece que algumas pessoas fazem de propósito, para afrontar a Justiça e trollar as pessoas. Mas um projeto de lei completamente antilaico e inconstitucional está em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo. Trata-se do Projeto de Lei 256/2011, de autoria do deputado Orlando Morando (PSDB), que obriga a instalação de crucifixos no interior de todos os estabelecimentos de ensino (escolas, escolas técnicas, faculdades e universidades, sejam públicas ou privadas) do estado de São Paulo.

Leia a íntegra do PL clicando no link acima e em seguida clicando no ícone W ao lado de “Documento: Projeto de lei”.

Os crucifixos “dever[ão] ser mantido[s] em local e em tamanho de fácil visualização, em área de circulação”. E a justificativa é não só completamente avessa ao princípio da laicidade do Estado brasileiro, como é também ofensiva e altamente reacionária. Comento abaixo parte por parte da tal justificativa.

Não pretendemos nos contrapor ao estado laico, mas pensamos sim em manter vivo o símbolo  de fé daqueles que habitam o nosso querido Estado de São Paulo.

É uma completa mentira. Crucifixos são símbolos católicos, e obrigar que sejam instalados sem que haja uma contrapartida que obrigue a instalação de símbolos para cada uma das centenas de outras religiões existentes é uma contraposição muito óbvia ao laicismo. E o tal “símbolo de fé” se refere exclusivamente à fé católica.

O crucifixo enriquece de significado a vida, o qual hoje em dia infelizmente não se dão tanto valor,além de ser um símbolo que representa a moralidade do povo brasileiro,de fortificação,adesão espiritual de DEUS PAI onipotente.

Apenas católicos concordam com isso. Nem mesmo protestantes aceitam essa afirmação, de que “o crucifixo enriquece de significado a vida”. Sem falar que, observando o contexto histórico, a cruz era um instrumento de tortura usado pelos romanos nas épocas republicana e imperial.

Não precisamos falar de ateus e outros não cristãos, por lhes ser óbvia e gritante a discriminação simbólica.

Assistimos, nos dias atuais, verdadeira degradação da família, fato que, incontestavelmente, contribui para a causa de diversos males, dentre eles o aumento da violência.

Da mesma forma, outros valores inerentes ao ser humano, como ética, moral, solidariedade, honestidade, fidelidade, gratidão, etc, também estão, paulatinamente, sendo destruídos.

O que isso tem a ver com religião e crucifixo? Seria porque, de acordo com a mentalidade do autor do PL, as pessoas estão se afastando do cristianismo? E se dissermos que os evangélicos, muito mais praticantes e sedentos de contato com o deus cristão do que a maioria dos católicos, estão se multiplicando avassaladoramente?

Nossos antepassados nos legaram ensinamentos que devem ser preservados. O jargão “Deus, Pátria e Família” sintetiza o cerne dos valores que a humanidade deve cultuar de forma permanente, independente de credo ou religião.

A saber: Deus, Pátria e Família é o lema histórico do Integralismo, movimento brasileiro de extrema-direita, de cunho fascista, existente desde a década de 1930. Dá calafrios nos não cristãos e nos cristãos liberais a perspectiva de uma sociedade bastante diversa em credos e não credos vir a ser regida por ditames fascistas totalmente adversos a crenças não cristãs e a formas familiais distintas do padrão marido-esposa-filhos reivindicado pelo cristianismo.

A par da indiscutível liberdade religiosa que deve pautar as normas legais das sociedades modernas, inclusive com tolerância até mesmo do ateísmo, não podemos permitir que o sentimento de minorias imponha normas a serem seguidas pela grande maioria das pessoas. [grifo meu]

Aqui vemos todo o desprezo do deputado Orlando Morando pelas minorias não cristãs, em especial pelos ateus, os quais, deixa-se fortemente a entender, são tolerados – ou melhor, suportados – com muita má vontade e antipatia por gente da estirpe desse parlamentar. Minorias reivindicarem visibilidade e equidade é visto por ele como “imposição de normas à maioria”. O deputado é partidário do pensamento da ditadura da maioria, segundo o qual as características culturais da maioria da população devem ser impostas a todas as minorias e estas não têm qualquer direito a terem suas diferenças respeitadas. É a mesma linha de pensamento que fundamenta em parte a homofobia e a censura de direitos à minoria LGBT.

O tratamento equitativo de todas as crenças e descrenças, incluindo a ausência de símbolos religiosos que ostentem privilégio simbólico às religiões ilustradas, é uma “imposição” por parte da minoria, segundo o antilaico e pseudotolerante parlamentar. Uma desfaçatez quando percebemos que o crucifixo é de fato a imposição simbólica do poder católico sobre todos os não católicos.

Não se deve confundir tolerância com concordância nem mesmo com aquiescência na adoção de hábitos que, indiscutivelmente, nada acrescentam para a qualidade de vida do ser humano.

Assim sendo rogo aos nobres pares a aprovação deste,por se medida de relevância e justiça!

Uma alusão muito insinuante às minorias religiosas. A segunda parte da demonstração do total desprezo que o político em questão lhes nutre. Para ele, tolerância é simplesmente “permitir que existam”, ainda que como cidadãos de segunda classe desprovidos de direitos e em situação de franca inferioridade moral.

 

Tentando estabelecer algo mais “igualitário” (apenas para cristãos, obviamente), há um substitutivo e uma emenda, de autoria respectivamente de Gilmaci Santos e José Bittencourt, pedindo a substituição do crucifixo respectivamente por uma cruz (que englobaria a maioria das principais vertentes cristãs) no lugar do símbolo católico e uma Bíblia (que abarcaria todo o universo cristão) posta em cima da mesa de cada sala de aula. Também para esses dois deputados, apenas cristãos têm o direito à representatividade simbólica em repartições (instituições públicas e privadas de ensino).

 

Esse projeto de lei chama a atenção de todos os não cristãos, não apenas dos ateus. Certamente será alvo de ações diretas de inconstitucionalidade, mas todas as minorias não cristãs de São Paulo (e também do Brasil, em solidariedade) devem fazer pressão para que o PL seja arquivado ou rejeitado em votação.

Enviemos desde já protestos para o antilaico e intolerante deputado Orlando Morando, para os igualmente antilaicos Gilmaci Santos e José Bittencourt e também para os outros deputados e o contato da Assembleia Legislativa de São Paulo, de modo que haja oposição pesada à inconstitucional iniciativa e o estado de São Paulo seja salvo desse atentado à justiça, à equidade e à neutralidade religiosa do Estado.

Manifesto pelo Direito à Informação Pública‬

ARTIGO 19 e Conectas Direitos Humanos manifestam seu apoio ao Projeto de Lei de Acesso à Informação Pública e rejeitam atrasos no seu trâmite e tentativas de inclusão da possibilidade de sigilo eterno.

Recentes declarações de autoridades brasileiras sinalizaram que o Senado pode atrasar a votação do Projeto de Lei de Acesso à Informação Pública, o PLC 41/2010, ao retirá-lo do regime de tramitação urgente. Essa possibilidade representa um retrocesso à construção coletiva e participativa que tem marcado a análise do projeto tanto na Câmara dos Deputados como no Senado.

O projeto trata da regulamentação de um direito humano, o direito de acessar as informações em poder do Estado. No mundo, a compreensão da importância da regulamentação desse direito fez com que nas últimas duas décadas mais de 80 países aprovassem leis ou regulamentos nacionais de acesso a informações e dados públicos. Essas legislações se baseiam no princípio de que o Estado democrático age em nome de seus cidadãos, portanto informações e dados que foram produzidos para a promoção do interesse público devem circular livremente.

Boas leis de acesso à informação oficial consideram o acesso como regra e o sigilo como exceção temporária. O PLC 41/2010 segue essa premissa e traz uma lista exaustiva de casos legítimos em que a informação pode ser classificada como sigilosa. Qualquer informação mantida pelo Estado que esteja fora dos casos listados não poderá ser mantida em sigilo. A imprensa tem noticiado, porém, que existem tentativas de inserir no projeto de lei a possibilidade de sigilo eterno, o que atenta contra os princípios que fundamentam a lei e significaria um enorme retrocesso no processo de construção de uma democracia efetiva no Brasil.

O Projeto de Lei de Acesso à Informação trata de participação, de transparência, de combate à corrupção e de boa governança. Com o PLC 41/2010, temos a oportunidade de dar um passo fundamental em direção à consolidação de nossa democracia, mas precisamos vencer a noção antiquada de que o Estado é uma entidade opaca, que não dialoga com seus cidadãos.

O direito à informação é parte integrante do direito à liberdade de expressão. Dificultar e atrasar a aprovação do PLC 41/2010 é atentar contra a própria voz dos brasileiros. ARTIGO 19 e Conectas posicionam-se, assim, favoravelmente à continuação do regime de tramitação urgente no Congresso do PLC 41/2010 e contra o sigilo eterno de documentos.

MAIS INFORMAÇÕES:

Para mais informações, contate: Paula Martins, Diretora do Escritório América do Sul da ARTIGO 19, paula@article19.org, +55 11 3057 0042; e Lucia Nader, Diretora Executiva da Conectas Direitos Humanos, lucia.nader@conectas.org, +55 11 3884 7440
Para saber mais sobre o PLC 41/2010, visite: http://artigo19.org/infoedireitoseu

ARTIGO 19 é uma organização independente que trabalha ao redor do mundo para proteger e promover o direito à liberdade de expressão. Seu nome se baseia no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que garante a liberdade de opinião e expressão. A ARTIGO 19 trabalha na América Latina através de seus escritórios no Brasil e no México.

Conectas Direitos Humanos é uma organização não-governamental internacional baseada em São Paulo, Brasil, cuja missão é promover a realização dos direitos humanos e a consolidação do Estado de Direito, especialmente na América Latina, África e Ásia.

Mão de obra negra sustenta agronegócio, diz secretária

Post de origem Folha.com

A mão de obra negra é o eixo que movimenta o agronegócio, diz a secretária de Políticas de Ações Afirmativas da Presidência da República, Anhamona Silva de Brito.

Anhamona esteve em Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, um dia depois de a presidente da República Dilma Rousseff lançar na cidade –considerada capital do agronegócio– o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, que destinará R$ 107,2 bilhões à agricultura empresarial.

A secretária participou do Fórum Social de Ribeirão, braço municipal do Fórum Social Mundial que, neste ano, aconteceu em Dacar entre 6 e 11 de fevereiro.

Para ela, discutir racismo na cidade que cresceu com o agronegócio é um avanço. “Pautar essa questão como algo emergencial e urgente é uma forma de perceber os elementos da opressão, como o racismo e o sexismo”, diz.

Anhamona diz que migrantes que vieram do nordeste para trabalhar na agricultura da região conduziram o agronegócio em Ribeirão. “Se retroagirmos no tempo, veremos que essas pessoas são descendentes de africanos e africanas. Se pegarmos essa população, perceberemos que eles não tem os mesmos direitos [que os demais].”

Como política de governo para a população negra, a secretária Anhamona cita o plano de erradicação da miséria. Com ele, o governo federal pretende tirar, até 2014, 16,2 milhões de pessoas da pobreza extrema. O aporte do governo federal para esta ação será de R$ 20 bilhões –cinco vezes menos que os recursos destinados ao agronegócio.

De Reginaldo Bispo

R$ 20 bilhões para eliminação da pobreza de 16 milhões de pessoas até 2014; e R$ 107 Bilhões para alguns milhares de empresários (DE DIREITA, ESCRAVISTAS, PERSEGUIDORES E MATADORES DE SEM TERRA, QUILOMBOLAS, INDIOS, RELIGIOSOS E AMBIENTALISTAS),  do agro-negocio:

A LÓGICA DOS GOVERNOS  – UM FRANGO PARA O POBRE E O PESO DELE EM DIAMANTE PARA OS 

RICOS.
A conta: 16 Milh x 4 anos = 64 Milh pessoas
R$ 20.000.000.000,00 :  64.000.000 pessoas = R$ 312,00/Pessoa/ano

Juventude e a precarização do trabalho.

A precarização do trabalho tem empurrado cada vez mais pessoas para a informalidade e também tem criado condições de trabalho de total submissão por parte de trabalhadores e trabalhadoras que precisam garantir o seu sustento.

Segundo dados da organização internacional do trabalho OIT de setembro de 2010.

A América latina abriga 2/3 da mão de obra humana que produz para o mundo todos os recursos necessários para a existência.

No entanto, encontra-se em condições extremamente precárias.

Sendo que a faixa etária desses trabalhadores e trabalhadoras é de 16 e 29 anos

O que significa isso?

Que o mercado de trabalho tem absorvido cada vez mais jovens como mão de obra, devido encontrar maior facilidade para flexibilizar os direitos trabalhistas dessa juventude.

Jonathan Willian de 19 anos Auxiliar Técnico de elevadores relata sua condições de trabalho

Site de trocas – trocando.net : Por um mundo mais consciente!!!

A sociedade do consumo tem impulsionado cada vez mais a destruição de nossos recursos naturais. E quem é o protagonista? Eu, você, todos nós de alguma forma contribuímos para esse caos.

Você sabia que até bem pouco tempo atrás o lixo não era considerado um problema, isso porque grande parte dele era constituído por materiais orgânicos, restos de alimentos, de animais e tudo isso é facilmente absorvido pela natureza até servindo de nutrientes para o solo.

Hoje, essa relação mudou, a quantidade de lixo produzido por meio de materiais de difícil degradação na natureza como plástico, vidro, metal, pano entre outros, é assustador.  Segundo o sitio Planeta orgânico cada pessoa produz cerca de 300 quilos de lixo por ano, sendo que metade dele poderia ser recuperado.

Algumas das alternativas para resolver este problema é a reciclagem. No entanto, o cerne da questão mesmo é frear a produção e o consumo excedente, e cabe a nós exigir do Governo federal, Estadual e Municipal para que  pressionem as Empresas pra elas adotarem uma mudança radical na lógica de produção, pode acreditar que esse é a maior parte do problema e o nosso maior desafio, o que parece num primeiro momento um monstro, mas não impossível! O ponto X do problema.

Outras atitudes e também importantes que parecem pequenas e produzem efeito, é fazer um esforço para alterar nossos hábitos. Ou seja, consumir somente o que é necessário evitando o desperdício de alimentos, energia, roupas, acessórios e procurar valorizar mais o consumo de produtos orgânicos. Assim como separar o lixo em casa.

É um passo de formiga, mas as futuras gerações agradecem. Outra coisa fundamental é usar a criatividade, saca só essa matéria:

Mudando as relações: Pessoas x Objetos x Meio Ambiente

[audio http://www.radiotube.org.br/upload/audio_anexo/5b9a71832f.mp3]

Acesse: www.trocando.net!  Por um mundo mais consciente!!!

Jô Soares deu um show de pertencimento de classe

Quem acompanhou o programa do Jô em 15/06 deve ter percebido como as entrevistas estavam interessantes…  A primeira convidada era a Ministra da Cultura Ana Holanda e o outro convidado era Marcos Azambuja membro do Conselho do Iphan, órgão do Ministério da Cultura que tem por missão conservar o patrimônio cultural brasileiro. (que coincidência de convidados, né?)

Mas vamos aos fatos, na primeira entrevista, quer dizer, na primeira conversinha que acabou rolando entre o Jô e a Ministra foi aquela rasgação de seda, até aí tudo bem, isso não é nenhuma novidade, até que o Jô puxou o assunto Maria Bethânia e o tal um milhão e trezentos  que segundo ele e a Ministra as más línguas e os invejos@s difamaram a coitadinha da Bethânia que só queria recitar poesia de qualidade com boa produção imagética e para isso evidente a necessidade dessa quantia para bancar toda a parafernália necessária para uma produção que ia pra Cannes… OPS! Foi mal ia pra web mesmo e também seria utilizado em projetos sociais de comunidades carentes.

(Pra quem não se lembra, no início desse ano a cantora Maria Bethânia teria conseguido autorização do Ministério da Cultura (MinC) para captar R$ 1,3 milhão e criar um blog, isso gerou uma confusão com direito a chilique do Caetano e tudo mais… Chega de sarcasmo textual!

Foi horrível a Ministra querendo defender e justificar que todo projeto é avaliado por profissionais capacitados e que o projeto recital era lindo, que fosse! No entanto, esse dinheiro que é público, advém de leis de incentivo fiscal não é? Só que, porque será que ele acaba sempre financiando quem não precisa?

Oras, as leis de incentivo não eram para ser instrumentos de fomentação de cultura? Essas comunidades estão cheias de gente talentosa sem oportunidade por falta de equipamentos culturais. E aí? A questão é que a iniciativa privada seleciona onde quer investir e onde não quer.  E no meio de tudo isso, o MinC não passa de um aprovador de projetos selecionados pela iniciativa privada.

Ainda temos que engolir o senhor Jô Soares dizendo que: o rico também tem os seus direitos! De certa forma sim, é a classe que ele (Jô) pertence. Engraçado que é uma defesa que não cabe, porque a outra classe está esmagada.

Na entrevista seguinte com o senhor Marcos Azambuja isso ficou bem claro.

O papo foi sobre questões políticas do país, onde Azambuja dizia ser vergonhoso o Brasil abrigar um terrorista como Cesare Battisti, isso prejudicava as boas relações com o governo Italiano e blá blá blá…  O Brasil passava por um desenvolvimento econômico admirável e blá blá blá… A Presidenta Dilma apesar de ter no passado usado a foice e o martelo possuía um coro sábio e discreto e blá blá blá…  Pra finalizar disse que o Brasil deveria continuar neste caminho e que as pessoas deveriam entender que desenvolvimento é fortalecimento econômico, e o país tem obtido êxito neste sentido, e de forma sustentável sem sacrificar o meio ambiente. (Jô concordava com tudo até falou de sua admiração em relação à Presidenta Dilma) Enfim, vamos lá.

Primeiro: o caso Battisti não há fundamento legal, ele está sendo acusado por quatro assassinatos que não existem provas contra ele, sem contar que ele foi julgado sem ao menos ter sido comunicado para ter no mínimo o direito de defesa. E o fato ignorado é que, está no tratado internacional asilo político a todo individuo que esteja sendo perseguido por conflitos ideológicos. (quem quiser entender melhor o caso clique aqui)

Segundo: desenvolvimento sustentável, economia, meio ambiente, espera aí! Isso lembra alguma coisa, não lembra? Código florestal e agronegócio. lógico! Só que estão falando não abertamente. Cara que programinha burguesinho perigoso, o engraçado foi o apoio a Dilma. Mas afinal como não apoiar um governo alinhado às classes dominantes. Só bobo que assiste Jô e não vê!

Projeto Ciclovida: em busca das sementes naturais.

O Centro dos Estudantes de Santos (CES) e o Coletivo Alternativa verde, Convidam a todas e todos para o lançamento do video “Ciclovida” no dia 10/06/2011 as 20horas

Projeto Ciclovida
: uma aventura de Inacio e Ivania, dois caboclos brasileiros que desvelam o crime cometido pelas grandes corporacoes de alimentos e agrotoxicos e pelos laboratorios de pesquisa de transgenicos contra a producao de alimentos.
Lifecycle é um documentário narrativo que segue um grupo de pequenos agricultores de Ceará numa viagem atravessando o continente da América do Sul de bicicleta, na campanha de resgate das sementes naturais. Os viajantes documentam a dominação dos agrocombustíveis no campo e o deslocamento de milhões de pequenos agricultores e comunidades indígenas.

www.Ciclovida.org

O Brasil é responsável por 12% das lavouras geneticamente modificadas no mundo. É o que mostra estudo divulgado pelo Serviço Internacional para a Agrobiotecnologia. Os viajantes documentam a dominação dos agrocombustíveis no campo e o deslocamento de milhões de pequenos agricultores e comunidades indígenas. Cultivos e matas nativas estão sendo substituídos por desertos verdes de monoculturas transgênicas onde nada mais, planta ou animal, pode sobreviver aos agrotóxicos. O documentário faz parte do projeto Ciclovida e foi produzido por Matt Feinstein e Loren Feinstein com colaborações de ativistas brasileiros.

Lifecycle foi escolhido melhor documentário na categoria conservação do Green Screen Environmental Festival Film/2010 e selecionado para o Blue Planet Film Fest em Los Angeles, EUA e Byron Bay Film Festival em Australia.

PAC o IIRSA brasileiro: Resistir, Lutar e criar Poder Popular!

Fonte: CMI

Neste último dia 05 de junho foi comemorado o dia de luta na américa latina contra o Plano IIrsa.  Esta data é para fazer memória aos dois anos do massacre indígena em Bagua no Peru, num conflito que resultou em dezenas de mortos e simboliza a resistência dos povos latino americanos contra o Plano IIRSA.

A sigla IIRSA se refere a Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional da América do Sul que representa um verdadeiro plano de saque e exploração das riquezas, dos bens naturais e dos povos latino-americanos.

Acreditamos que é necessário poder detectar que os efeitos do IIRSA em um ponto do continente fazem parte de um mesmo plano de dominação em outro ponto distante.

Entendemos que resistir ao Plano IIRSA é unificar nossas lutas contra algo que é comum a todos.

Portanto, é importante nos mobilizarmos em solidariedade e memória aos povos amazônicos e contra o Plano IIRSA.

Entenda o que é o IIRsa

IIRSA se define oficialmente como um “mecanismo institucional para coordenar ações intergovernamentais dos doze países sul americanos, com o objetivo de construir uma agenda comum para impulsionar projetos de integração de infraestrutura de transportes, energia e comunicação.” Essa iniciativa nasceu em 2000 a partir de uma reunião sediada em território brasileiro e a conclusão de sua segunda etapa de obras está prevista para o ano de 2022. A IIRSA é composta por 524 projetos que vão contar com a ajudinha de U$ 44 bilhões vindos de cofres públicos e mais U$ 35 bilhões de iniciativas público-privadas. Entre esses projetos estão previstas a construção de grandes rodovias, hidrelétricas e usinas. Alguns projetos já em andamento são parte complementar do Plano IIRSA; um exemplo é o caso da usina de Belo Monte, que afetará brutalmente a região da Bacia do Xingú, no estado do Pará.

No Brasil, parte dos projetos da IIRSA se apresentam através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), carro-chefe do governo do PT, de Lula a Dilma. Ainda que as fontes oficiais não liguem diretamente o PAC com a IIRSA, em uma breve leitura dos dois projetos é possível perceber com nitidez que as obras do PAC fazem parte do plano de (des)integração sul americano. Não é a toa que o governo brasileiro dá tanta importância ao PAC, pois o Brasil cumpre hoje um papel central dentro da IIRSA. Alguns dos projetos previstos se aproveitarão de recursos naturais de países fragilizados economicamente para benefício de empresários brasileiros, como é o caso de duas usinas elétricas que serão construídas na Bolívia e no Peru para o abastecimento energético do Brasil.

Se todos os planos da IIRSA forem realizados com sucesso, metade das áreas de conservação ambiental brasileiras serão afetadas. Além do impacto ambiental, está prevista a destruição de centenas de territórios indígenas em vários países. Esses projetos megalomaníacos ignoram completamente a geografia e a cultura dos territórios sul americanos e, longe de promover uma integração real entre os povos do continente, priorizam mais uma vez a geração de lucro através do saque e da destruição. Para garantir o sucesso da implementação do IIRSA, os governos sul americanos vêm flexibilizando gradativamente suas leis ambientais e a mídia corporativista cumpre sua parte no Brasil criminalizando as tentativas de resistência das?os camponesas?es, indígenas e quilombolas, taxando-as como um empecilho infantil contra o desenvolvimento do país.

Desenvolvimento para quem?

Justamente por estar sendo implementado de maneira silenciosa, o verdadeiro objetivo do Plano IIRSA passa despercebido. As obras previstas são a base material para a implementação da ALCA. Ou seja: estão sendo feitas as modificações territoriais que possibilitam melhor escoamento de mercadorias e estabelecimento de bases militares nos países da América Latina para facilitar a criação de um livre mercado. Gradualmente estão se criando condições de uma área de livre comercio eficiente na prática. A ALCA seria a cereja do bolo, as mudanças nas legislações que permitem estas relações comerciais. E depois do grande alarde gerado na década de 90, não serão mais implementadas de maneira tão evidente; assim como as obras da IIRSA disfarçadas nestes de desenvolvimento dos países e nas obras para a Copa e Olimpíadas no Brasil.

Todas essas obras previstas serão realizadas por poderosas multinacionais que devem ser muito bem subsidiadas (pagas) com o dinheiro público, tendo um risco quase zero. Todos os governos sul ame-ricanos, mesmos os que se declaram de base popular ou progressistas, estão apoiando e financiando os projetos da IIRSA sem levar em consideração as graves consequências que esses empreendimentos terão para o meio ambiente e para as pessoas que habitam os territórios. Assim como os tratados de livre comércio como o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) e acordos bilaterais, a promoção desse modelo de desenvolvimento deve beneficiar a integração das grandes empresas e não dos povos.

Os acordos da IIRSA devem prejudicar também as condições de trabalho de muitos setores. Algu-mas dessas ofensivas já estão sendo sentidas no Brasil. Como parte do projeto de integração comu-nicacional da IIRSA está prevista a venda e privatização dos Correios. Durante o ELAOPA pude-mos ouvir de um companheiro que trabalha nos Correios o relato das tentativas cada vez mais pre-sentes de privatização da empresa. Há uma forte resistência na base, pois a medida deve contribuir para a precarização das condições de trabalho no setor.

Assim como nos Correios, cada iniciativa relacionada a IIRSA encontra alguma forma de resistência onde é implementada. No Peru, em 2005, os povos originários se levantaram contra a iniciativa do governo de implementar uma espécie de ALCA nacional, um Tratado de Livre Comércio entre Peru e Estados Unidos, que de certa forma complementa a IIRSA no saque de bens comuns. A resposta do Estado peruano foi absurdamente repressiva, resultando na morte de muitas pessoas. E é justamente na capital desse país, em Lima, que se planeja em 2011 uma reunião comemorativa dos 10 anos do início do projeto.

O problema é que a IIRSA tem assumido diferentes nomes por onde passa, tornando sua articulação um tanto invisível. Para quem vive realidades locais tão diferentes, com tantas particularidades, os problemas comuns se desconectam e não aparecem como um plano geral de uma só classe. Por isso a IIRSA foi escolhida mais uma vez como tema central do ELAOPA. No pouco tempo que tivemos lá, podemos perceber a necessidade dos movimentos autônomos da América Latina se unirem em uma resistência articulada, capaz de criar um poder popular tão global e articulado quanto o capital. Com o final do encontro, fica a vontade e necessidade de continuar trocando informações e, mais que isso, organizar movidas regionais articuladas continentalmente e sincronizadas com o calendários de ações da IIRSA.

Festival de besteiras que assolam São Vicente

Nesta última quinta-feira dia 02 de junho na Câmara municipal de São Vicente os vereadores apresentaram seu projetos, solicitações e congratulações.

Dentre alguns projetos de interesse e importância para a população segue alguns que nos fazem lembrar o saudoso Sérgio do Porto que em seus três livros clássicos FEBEAPÁ  1, 2 e 3, que ironizavam leis ridiculas criadas durante a ditadura militar em municípios e Estados pelo Brasil inteiro.

No caso, difícil (será?) dizer se é ridícula a palavra a se usar aqui. Mas certo que cabe a reflexão: Qual o papel de um vereador? Ficar mandando beijos e abraços e criando leis que servem mais pra Suíça, do que para nossa linda cidade Vicentina. Isso diante de tantos problemas que temos. Ou, ser um representante da comunidade que irá fiscalizar, denunciar, cobrar, pressionar orgãos competentes e apresentar projetos para o bem estar social? Isso sem cair no clichê do assistente social, que não é seu papel, ou é?

Para saber sobre as proposituras na integra clique aqui  Ao ler, pense com seus botões, ainda bem que temos poucos problemas na cidade, né?

Abaixo segue algumas proposituras  interessantes no sentido cínico da coisa.

Aprovado em segunda votação com emenda nº 1 do autor 3 – Segunda discussão e votação do PROJETO DE LEI N.º 30/11, do Sr. Vereador José Eduardo. Dispõe sobre a obrigatoriedade dos cinemas do Município que exibem filmes em terceira dimensão (3D) promoverem a higienização nos óculos e acessórios utilizados durante as exibições e dá outras providências. <- Essa lei é fundamental pra combater surto de conjuntivite!

Valter Vera (PSB) Apresentou Projeto de Lei que trata da inclusão de noções sobre o Holocausto na disciplina de História ministrada nas escolas da Rede Municipal de Ensino. <- É papel do vereador isso?

Apresentou Projeto de Lei que trata da instituição e inclusão no Calendário Oficial do Município, o Dia do Futebol Brasileiro, a ser comemorado, anualmente, em 24 de novembro. <- Essa é muito boa, pra um país onde ninguém pensa em futebol!

Caio França (PSB) – Manifestou apoio a SEDUC e a Diretoria de Ensino para que incentivem os alunos a prestarem o ENEM. <- manifestação é o bicho, ainda mais porque a Secretária de Educação não deve estar fazendo isso, né?

Manifestou congratulações pela Semana do Meio Ambiente. <- Puxa vida a pauta meio ambiente  é de suma importância! O consumismo desenfreado cabe na pauta?

Manifestou congratulações a nova diretoria da Associação Rádio Táxi de SV. <- Isso aqui é rasgação de seda, de boa.