PAC o IIRSA brasileiro: Resistir, Lutar e criar Poder Popular!

Fonte: CMI

Neste último dia 05 de junho foi comemorado o dia de luta na américa latina contra o Plano IIrsa.  Esta data é para fazer memória aos dois anos do massacre indígena em Bagua no Peru, num conflito que resultou em dezenas de mortos e simboliza a resistência dos povos latino americanos contra o Plano IIRSA.

A sigla IIRSA se refere a Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional da América do Sul que representa um verdadeiro plano de saque e exploração das riquezas, dos bens naturais e dos povos latino-americanos.

Acreditamos que é necessário poder detectar que os efeitos do IIRSA em um ponto do continente fazem parte de um mesmo plano de dominação em outro ponto distante.

Entendemos que resistir ao Plano IIRSA é unificar nossas lutas contra algo que é comum a todos.

Portanto, é importante nos mobilizarmos em solidariedade e memória aos povos amazônicos e contra o Plano IIRSA.

Entenda o que é o IIRsa

IIRSA se define oficialmente como um “mecanismo institucional para coordenar ações intergovernamentais dos doze países sul americanos, com o objetivo de construir uma agenda comum para impulsionar projetos de integração de infraestrutura de transportes, energia e comunicação.” Essa iniciativa nasceu em 2000 a partir de uma reunião sediada em território brasileiro e a conclusão de sua segunda etapa de obras está prevista para o ano de 2022. A IIRSA é composta por 524 projetos que vão contar com a ajudinha de U$ 44 bilhões vindos de cofres públicos e mais U$ 35 bilhões de iniciativas público-privadas. Entre esses projetos estão previstas a construção de grandes rodovias, hidrelétricas e usinas. Alguns projetos já em andamento são parte complementar do Plano IIRSA; um exemplo é o caso da usina de Belo Monte, que afetará brutalmente a região da Bacia do Xingú, no estado do Pará.

No Brasil, parte dos projetos da IIRSA se apresentam através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), carro-chefe do governo do PT, de Lula a Dilma. Ainda que as fontes oficiais não liguem diretamente o PAC com a IIRSA, em uma breve leitura dos dois projetos é possível perceber com nitidez que as obras do PAC fazem parte do plano de (des)integração sul americano. Não é a toa que o governo brasileiro dá tanta importância ao PAC, pois o Brasil cumpre hoje um papel central dentro da IIRSA. Alguns dos projetos previstos se aproveitarão de recursos naturais de países fragilizados economicamente para benefício de empresários brasileiros, como é o caso de duas usinas elétricas que serão construídas na Bolívia e no Peru para o abastecimento energético do Brasil.

Se todos os planos da IIRSA forem realizados com sucesso, metade das áreas de conservação ambiental brasileiras serão afetadas. Além do impacto ambiental, está prevista a destruição de centenas de territórios indígenas em vários países. Esses projetos megalomaníacos ignoram completamente a geografia e a cultura dos territórios sul americanos e, longe de promover uma integração real entre os povos do continente, priorizam mais uma vez a geração de lucro através do saque e da destruição. Para garantir o sucesso da implementação do IIRSA, os governos sul americanos vêm flexibilizando gradativamente suas leis ambientais e a mídia corporativista cumpre sua parte no Brasil criminalizando as tentativas de resistência das?os camponesas?es, indígenas e quilombolas, taxando-as como um empecilho infantil contra o desenvolvimento do país.

Desenvolvimento para quem?

Justamente por estar sendo implementado de maneira silenciosa, o verdadeiro objetivo do Plano IIRSA passa despercebido. As obras previstas são a base material para a implementação da ALCA. Ou seja: estão sendo feitas as modificações territoriais que possibilitam melhor escoamento de mercadorias e estabelecimento de bases militares nos países da América Latina para facilitar a criação de um livre mercado. Gradualmente estão se criando condições de uma área de livre comercio eficiente na prática. A ALCA seria a cereja do bolo, as mudanças nas legislações que permitem estas relações comerciais. E depois do grande alarde gerado na década de 90, não serão mais implementadas de maneira tão evidente; assim como as obras da IIRSA disfarçadas nestes de desenvolvimento dos países e nas obras para a Copa e Olimpíadas no Brasil.

Todas essas obras previstas serão realizadas por poderosas multinacionais que devem ser muito bem subsidiadas (pagas) com o dinheiro público, tendo um risco quase zero. Todos os governos sul ame-ricanos, mesmos os que se declaram de base popular ou progressistas, estão apoiando e financiando os projetos da IIRSA sem levar em consideração as graves consequências que esses empreendimentos terão para o meio ambiente e para as pessoas que habitam os territórios. Assim como os tratados de livre comércio como o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) e acordos bilaterais, a promoção desse modelo de desenvolvimento deve beneficiar a integração das grandes empresas e não dos povos.

Os acordos da IIRSA devem prejudicar também as condições de trabalho de muitos setores. Algu-mas dessas ofensivas já estão sendo sentidas no Brasil. Como parte do projeto de integração comu-nicacional da IIRSA está prevista a venda e privatização dos Correios. Durante o ELAOPA pude-mos ouvir de um companheiro que trabalha nos Correios o relato das tentativas cada vez mais pre-sentes de privatização da empresa. Há uma forte resistência na base, pois a medida deve contribuir para a precarização das condições de trabalho no setor.

Assim como nos Correios, cada iniciativa relacionada a IIRSA encontra alguma forma de resistência onde é implementada. No Peru, em 2005, os povos originários se levantaram contra a iniciativa do governo de implementar uma espécie de ALCA nacional, um Tratado de Livre Comércio entre Peru e Estados Unidos, que de certa forma complementa a IIRSA no saque de bens comuns. A resposta do Estado peruano foi absurdamente repressiva, resultando na morte de muitas pessoas. E é justamente na capital desse país, em Lima, que se planeja em 2011 uma reunião comemorativa dos 10 anos do início do projeto.

O problema é que a IIRSA tem assumido diferentes nomes por onde passa, tornando sua articulação um tanto invisível. Para quem vive realidades locais tão diferentes, com tantas particularidades, os problemas comuns se desconectam e não aparecem como um plano geral de uma só classe. Por isso a IIRSA foi escolhida mais uma vez como tema central do ELAOPA. No pouco tempo que tivemos lá, podemos perceber a necessidade dos movimentos autônomos da América Latina se unirem em uma resistência articulada, capaz de criar um poder popular tão global e articulado quanto o capital. Com o final do encontro, fica a vontade e necessidade de continuar trocando informações e, mais que isso, organizar movidas regionais articuladas continentalmente e sincronizadas com o calendários de ações da IIRSA.

A pressão pela CPI do trabalho escravo

Por Marcio Zonta, no jornal Brasil de Fato:

Em uma audiência pública sobre trabalho escravo, realizada na tarde do dia 31 de maio, na Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão, em São Luis, o advogado Antonio Filho, do Centro de Defesa da Vida e Direitos Humanos de Açailândia (CDVDH), entregou um documento para a deputada estadual Eliziane Gama (PPS-MA) exigindo que seja instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o trabalho escravo no Maranhão.


Representando diversas entidades e movimentos sociais (veja lista abaixo), Filho chamou a atuação do Estado no combate ao trabalho escravo de hipócrita. “É muita hipocrisia dizer que o estado priorizou o fim do trabalho escravo, existem vários planos que só estão no papel e dificilmente é emitido voz de prisão a um fazendeiro”.

Nonato Masson, advogado representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Maranhão, considera importante a investigação, “a CPI é justamente para isso, investigar porque o Estado é refém do trabalho escravo, tão lucrativo para o fazendeiro”.

Masson afirma que é necessário destrinchar a relação de subserviência do Estado com esse crime. “É um absurdo verificar que uma das praticas do Estado é negociar com esses fazendeiros, onde muitos ainda alegam que não podem pagar. Não se pode negociar com criminosos, existe todo um aparato legal que os pode julgar”, comenta o advogado.

Para instaurar a CPI do trabalho escravo no Maranhão serão necessárias, pelo menos, 14 assinaturas dos deputados estaduais.

Exemplos

No Maranhão apenas dois fazendeiros estiveram, por algum momento, presos sob a acusação de manter trabalhadores em situação análoga à escravidão, Max Neves Cangussu e Gilberto Andrade.

Cangussu recebeu voz de prisão em 6 de outubro de 2001 e, foi conduzido até a Polícia Federal em Imperatriz (MA), onde foi autuado em flagrante, pelo delegado Antônio Danúzio Teixeira Almeida.

Antonio Filho relata que na sede da Delegacia da Polícia Federal em Imperatriz o fazendeiro foi indagado pela coordenadora de fiscalização sobre a data que efetuaria o pagamento dos salários dos seus empregados, tendo ele respondido: “não vou pagar nem morto, eles é quem estão me devendo, veja os cadernos onde estão anotados as dívidas comigo”.

“Esta foi à primeira prisão em flagrante pela prática do crime de sujeição de trabalhadores à condição análoga à de escravo no Maranhão e estranhamente continua sendo a única, apesar de tantas outras fiscalizações terem flagrado o crime nos últimos tempos”, lembra Filho.

“Nos últimos anos foram 200 flagrantes para apenas essa prisão”, complementa Masson.

Já Gilberto Andrade esteve preso em duas ocasiões, sendo até hoje o indivíduo que passou mais tempo detido preventivamente pela prática do crime, cerca de sete meses. “Gilberto é de uma família de pecuaristas e grileiros tradicionais de Paragominas (município do estado do Pará), seu irmão Jairo de Andrade foi o primeiro tesoureiro nacional da UDR- União Democrática Ruralista, esta família tem ficha grande em relação a conflitos com posseiros”, menciona Filho.

Além da prática do trabalho escravo, em 2000, o Ministério Público Federal solicitou que fosse decretada sua prisão preventiva diante de indícios de sua participação como mandante de mais de uma dezena de assassinatos de trabalhadores, mas naquele momento foi negado o pedido.

Em 2008, Gilberto Andrade foi acusado de torturar um trabalhador em uma de suas fazendas no Pará aplicando-lhe ferro quente em várias partes do corpo. “Este ato foi base de fundamentação de novo pedido de prisão preventiva formulado pelo Ministério Público, que desta vez prendeu o fazendeiro por sete meses, alojado a maior parte do tempo na sede do Corpo de Bombeiros do Maranhão ou em hospital particular em São Luís”, revela Filho.

Problemática

Se o Estado é omisso contra prática do trabalho escravo, sua ausência em outras instâncias culmina ainda mais para o agravamento da situação. A professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Flávia de Almeida Moura, autora do livro “Escravos da Precisão – publicado pela editora EDUFMA”, estudou os meandros da economia familiar, além das estratégias de sobrevivência de trabalhadores rurais do município de Codó (MA).

Ela afirma que, embora ainda exista a figura do Gato (aliciador que leva as fazendas ou carvoarias), em certas localidades do Estado maranhense, muitos trabalhadores rurais são escravos por precisão. “Eles vão para o trabalho escravo pela precisão, não porque são enganados pelo gato, mas por um problema estrutural, por falta de políticas públicas”.

Segundo a professora não se pode generalizar o trabalho escravo em qualquer atividade rural, embora muitas ainda sejam degradantes, mas, sim entender que esse trabalho se concentra justamente nas duas principais atividades econômicas do momento, “pecuária e na cadeia produtiva do minério”. Portanto, “o trabalho escravo não pode ser entendido por uma atividade econômica opcional, pois são trabalhadores sem terra ou sem condições de se manter no campo com seu pedaço de terra”, avalia a professora.

Para o procurador do Ministério Público do Trabalho de Cuiabá, Rafael Garcia, que esteve presente na audiência pública, só uma ação poderá acabar de vez com o trabalho escravo, “mexer na estrutura fundiária desse país, enquanto tivermos pessoas sendo expulsas do campo pelos grandes projetos do agronegócio ou sem recursos para gerirem seus espaços, o que teremos é o trabalho escravo como consequencia”, reflete.

Entidades que assinam o documento:

A Pastoral da Educação do Santuário Santa Luzia;

Aluisio Silva Sousa – Vereador da Câmara Municipal de Açailândia;

Assema – Associação em Areais de Assentamento do Estado do Maranhão;

Associação Rádio Comunitária Açailândia – ARCA FM;

Cáritas do Maranhão;

CCN Pedreiras do médio de Miarem;

Centro de Cultura Negra do Maranhão – CCN;

Centro de Cultura Negra do Maranhão – Pedreiras;

Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán – CDVDH/CB;

Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Bom Jesus das Selvas;

Centro de Defesa e Promoção de Direito Humanos Padre Josimo – CDPDHPJ;

Fórum de Mulheres Maranhense – FMM;

Fórum de Mulheres de Imperatriz – FMI;

Fórum de Economia Solidária de Imperatriz – FESMI;

Articulação de Mulheres Brasileira – AMB;

CIME Regional do Maranhão;

Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA;

Comissão Pastoral da Terra Maranhão;

Cooperativa para Dignidade do Maranhão – CODIGMA;

DCE/UEMA Imperatriz;

GEPTS – Grupo de Estudos e Pesquisa Trabalho e Sociedade da UFMA;

Igor Martins Coelho Almeida – OAB/MA 8.505;

Jose Francisco Gonçalves Souza – Vereador da Câmara Municipal de Açailândia;

Marcio Anibal Gomes Vieira – Vereador da Câmara Municipal de Açailândia;

Maria de Fátima Silva Camelo – Vereador da Câmara Municipal de Açailândia;

MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra Maranhão;

Nonnato Masson – OAB/MA 5.356;

Paróquias São João Batista de Açailândia;

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alto Alegre;

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pindaré Mirim;

SINTRAED- Sindicato dos Trabalhadores na Educação e nos Demais Serviços Públicos do Município de Santa Luzia;

Sociedade Maranhense de Direitos Humanos;

13 de maio não foi bem assim…

Neste mês de maio, o dia 13 é lembrado como o da assinatura da Lei Áurea, que tornava livres os negros escravizados. Mas essa lei foi somente para beneficiar os negros? Apesar de muitas vezes a história esconder, sabe-se que haviam outros interesses por trás disso. Na Rádio Feira de 14 de maio deste ano, na Vila Margarida, em São Vicente, a Rádio da Juventude conversou com o antropólogo Rodrigo, que falou um pouco sobre o assunto.

[audio http://www.radiotube.org.br/upload/audio_anexo/7a8f14fb68.mp3]

Bora lá no CES curtir um vídeo? Projeto Ciclovida: em busca das sementes naturais.

O Centro dos Estudantes de Santos (CES) e o Coletivo Alternativa verde, Convidam a todas e todos para o lançamento do video “Ciclovida” no dia 10/06/2011 as 20horas

Projeto Ciclovida: em busca das sementes naturais.

Projeto Ciclovida: uma aventura de Inacio e Ivania, dois caboclos brasileiros que desvelam o crime cometido pelas grandes corporacoes de alimentos e agrotoxicos e pelos laboratorios de pesquisa de transgenicos contra a producao de alimentos.

Lifecycle é um documentário narrativo que segue um grupo de pequenos agricultores de Ceará numa viagem atravessando o continente da América do Sul de bicicleta, na campanha de resgate das sementes naturais. Os viajantes documentam a dominação dos agrocombustíveis no campo e o deslocamento de milhões de pequenos agricultores e comunidades indígenas.

www.Ciclovida.org

O Brasil é responsável por 12% das lavouras geneticamente modificadas no mundo. É o que mostra estudo divulgado pelo Serviço Internacional para a Agrobiotecnologia. Os viajantes documentam a dominação dos agrocombustíveis no campo e o deslocamento de milhões de pequenos agricultores e comunidades indígenas. Cultivos e matas nativas estão sendo substituídos por desertos verdes de monoculturas transgênicas onde nada mais, planta ou animal, pode sobreviver aos agrotóxicos. O documentário faz parte do projeto Ciclovida e foi produzido por Matt Feinstein e Loren Feinstein com colaborações de ativistas brasileiros.

Lifecycle foi escolhido melhor documentário na categoria conservação do Green Screen Environmental Festival Film/2010 e selecionado para o Blue Planet Film Fest em Los Angeles, EUA e Byron Bay Film Festival em Australia.

O CES fica na Avenida Ana Costa número 308  Santos –

Telefone: (13) 3232-8926.
Email: contatoces@gmail.com.

O Governo Federal estabeleceu para si mesmo que 2011 seria o ano limite para início da instalação da usina de Belo Monte no rio Xingu.

Simbolicamente a ex-militante, ex-‘subversiva‘, ex-torturada, ex-idealista, mas o importante é o que ela se tornou, Dilma Rousseff recebeu numa pomposa cerimônia militar a insígnia de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa, manteve os altos investimentos que sugam as Forças Armadas. Qual a relação deste fato com a questão Belo Monte?

A presidente Dilma repete os gestos que tanto marcaram seu período à frente da Casa Civil, controla com mãos de ferro (da mineração) o rumo do país exatamente rumo ao velho sonho desenvolvimentista da Ditadura Militar, falsos patriotas vendidos aos EUA (apesar de incapazes de admití-lo) da chamada integração nacional (“entregação” o país nas mãos do empresariado paulista e dos latifundiários sulistas) e da integração regional sul-americana sob as mãos do sub-imperialismo brasileiro, anunciando a vitória do modelo exportador de matéria-prima em total subserviências aos interesses do capital internacional.

Assim, insiste no modelo energético que destrói os rios amazônicos, impulsionando desastres sociais e ambientais, em nome de um suposto progresso que só pode atender às classes dominantes e o abastecimento das regiões Sul e Sudeste industrializadas.Dilma representa o próprio PAC, foi Ministra de Minas e Energia e está diretamente atrelada ao setor, amplia o modelo de uso do recurso público para fins privados via empréstimos do BNDES que são verdadeiras doações para benefício de pequenos grupos de empreendedores que multiplicam suas fortunas da noite pro dia, ousando até mesmo disputarem o ranking das maiores fortunas do mundo, num país com tanta miséria e exploração do trabalho. Ousam fazer isto às custas de termos um país com uma das maiores taxações tributárias do mundo e que por outro lado vive com a saúde e a educação mergulhadas no caos. Arrancando-nos o dinheiro dos suados impostos e da aposentadoria de nossos veneráveis anciãos para alimentar a fortuna desta cambada mais sem-vergonha do mundo, que é liderada pelo bilionário Eike Batista, o qual começou a fazer fortuna associando-se a garimperios da Amazônia (não à toa é filho de Eliezer Batista, ex-Ministro de Minas e Energia e ex-presidente da Vale do Rio Doce – Tráfico de Influência? Informações Privilegiadas?).

Mais uma vez ouvimos a mesma ladainha sobre o crescimento do país, e sempre é o povo que paga a conta do tal fermento para o bolo, para depois nos servirem apenas com migalhas. Quando falamos em relação à usina Belo Monte, nos deparamos com uma situação ainda mais dramática, pois estamos nos referindo a um rio grandioso em sua sócio-biodiversidade, gravemente ameaçado em sua fauna, flora, equilíbrio ecológico e culturas humanas milenares que encontraram aí expressão única no mundo. Esta usina põe em risco de extinção espécies inteiras, algumas endêmicas à bacia do Xingu. Coloca em risco modos de vida tradicionais e as culturas de nações originárias e diversas, que são a maior riqueza da humanidade, colocando em xeque a sua sobrevivência. Um rio Xingu que já sofre com o assoreamento, pisoteio e envenenamento de suas nascentes e afluentes, cortados pelos latifúndios do agro-negócio que já cercou todo o entorno das Terras Indígenas do Mato Grosso promovendo o modelo da terra arrasada.

Frente a isto, a aprovação e a construção da hidrelétrica de Belo Monte seria uma sentença de morte declarada friamente por burocratas que à distância decidem sobre as vidas das pessoas e dos seres que dele vivem e que não têm qualquer necessidade e nem terão quaisquer benefícios com um mega-empreendimento sobre o qual foram completamente alijados de tomar parte na decisão, em contrariedade com direitos nacionais e internacionais, e com qualquer forma com a qual se possa entender a palavra democracia. A Funai, órgão federal teoricamente responsável pela proteção dos direitos indígenas divulgou uma nota dando-se por satisfeita com o fato de que interveio no sentido tão somente de que as Terras Indígenas não seriam diretamente inundadas, o que está sendo somente anunciado, e ignorando recomendações e pareceres elaborados por seus próprios técnicos e ludibriando os indígenas ao transformar reuniões que foram anunciadas como apenas para esclarecimento, e posteriormente validando-as unilateralmente como audiências, as chamadas “oitivas indígenas”, que com este golpe baixo foram vergonhosamente “legitimadas” e dadas como realizadas. Já o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente se tornaram verdadeiras fábricas de licenciamento das obras do PAC sob o comando da então chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, e hoje, para nossa desolação, presidente da república. O próprio local de construção é emblemático, justamente as corredeiras da Volta Grande do Xingu, que serviram no passado de barreira para a defesa dos povos indígenas em relação aos invasores europeus e euro-brasileiros, e que se apresenta como um marco divisor entre dois ambientes bastante distintos em suas características e na composição de espécies. Este local, se fosse inundado, sujeitaria estas disferentes espécies a disputarem nichos ecológicos completamente novos destruindo o ponto de equilíbrio ecológico alcançado ao longo de milênios provocando um verdadeiro caos que ameaça todo o eco-sistema. O PT, portanto, posando de representante do povo, exerce tragicamente uma opressão a qual não tem encontrado oposição à altura, e desta forma tem realizado feitos rumo ao triunfo do grande capital que são de causar inveja à chamada direita e à extrema-direita. Feitos que em seus governos não conseguiram realizar. Estamos assistindo o mesmo velho autoritarismo apresentado agora numa nova embalagem: primeiro ante a produção de um maquiado líder carismático, sorridente, que veio do povo (a mídia pode tornar qualquer tralha em líder carismático) e depois na produção de uma herdeira natural, maior cargo de confiança do governo, que além de tudo seria a primeira mulher presidente do país, e toda essa tagarelice.

Vivemos uma ditadura da mídia, da burocracia, das leis que só são obrigados a cumprir a classe trabalhadora e os marginalizados. Enquanto isto, utilizam-se do velho Pão e Circo, distribuindo bolsas-migalha e bombardeando com reality shows, telenovelas, programas de auditório, jornais que se expremer sai sangue e toda forma de lixo cultural, direto na mente do pobre trabalhador.

JÁ BASTA! VAMOS DIZER NÃO À TORPE USINA DE BELO MONTE!!

Jaguanharõ e Rádio da Juventude

Os significados por trás dos números apresentados pelo agronegócio

Por que o trabalho escravo não tem fim? 

Postado originalmente em carosamigos em julho de 2010

Agronegócio escraviza milhares de trabalhadores no campo

As culturas da cana, soja e algodão, a pecuária, as carvoarias e o desmatamento da Floresta Amazônica são as atividades preferidas dos exploradores do trabalho escravo.

Por Lúcia Rodrigues

A impressão que se tem é a de que se está entrando no túnel do tempo e retornando alguns séculos no calendário gregoriano.

Aos olhos dos mais desavisados, pode parecer estranho e até mesmo irreal que ainda hoje existam pessoas sendo submetidas à escravidão em nosso país. Mas infelizmente essa gravíssima violação aos direitos humanos é uma dura realidade no Brasil do século 21. Milhares de pessoas ainda são submetidas a trabalho forçado e a condições degradantes no campo e na cidade. Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 2005, estimava em 25 mil o número de trabalhadores mantidos em condições análogas a de escravos no país. Destes, 80% atuavam na agricultura e 17%, na pecuária.

Os números do organismo internacional, no entanto, parecem estar subdimensionados se levarmos em conta o total de trabalhadores libertados pelos agentes do governo federal na gestão do presidente Lula. De 2003 a maio de 2010, foram retirados da condição de escravos 31.297 pessoas, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

A prática criminosa não está restrita apenas ao Brasil e se espalha pelos continentes. A OIT detectou no mesmo ano, que mais de 12 milhões de trabalhadores eram vítimas da sanha de latifundiários e empresários inescrupulosos pelo mundo. O fenômeno da globalização nos anos 90 foi decisivo para abrir as fronteiras dos países ao capitalismo em escala mundial. As transações comerciais e financeiras disseminaram ainda mais a busca pelo lucro rápido e exponencial. A maneira encontrada por esses patrões, para reduzir o preço final de seus produtos, se deu pela drástica redução do custo-trabalho.

Os escravagistas do século 21 não prendem mais seus trabalhadores ao tronco e nem infligem chibatadas. A escravidão contemporânea tem suas particularidades, mas nem por isso esses patrões deixam de ser considerados escravocratas. O artigo 149 do Código Penal brasileiro é absolutamente claro na definição do que seja praticar escravidão nos dias de hoje. “Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”, afirma o texto penal.

Apesar de soar extemporânea, a prática escravista está arraigada no cotidiano brasileiro mais do que se pode imaginar. “É uma mentalidade da elite econômica e política do país”, afirma o senador José Nery (PSOL-PA), que preside a Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil. Segundo o senador, a bancada ruralista no Congresso Nacional impede há 15 anos a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para coibir a prática criminosa. Neste momento, tramita na Câmara dos Deputados a PEC 438 em defesa da erradicação do trabalho escravo no país. A PEC 438 já foi aprovada em primeira e segunda votação no Senado e em primeira, na Câmara, e aguarda a ida ao plenário para a segunda votação. O dispositivo é necessário para que a matéria possa se transformar em lei. O sucesso de sua aprovação ainda este ano está ameaçado. “Apresentamos 280 mil assinaturas ao presidente da Câmara dos Deputados (Michel Temer) e a todos os lideres partidários pedindo a urgência na votação da PEC. Mas as lideranças do governo estão criando várias dificuldades. Dizem que não querem discutir e votar matérias polêmicas no período pré-eleitoral. Ora é nossa obrigação aprovar toda e qualquer matéria que diga respeito à dignidade e ao bem-estar das pessoas. Não concordo com esse tipo de atitude que impede a legislação de avançar no combate ao trabalho escravo no Brasil”, ressalta Nery.

O parlamentar quer pelo menos incluir a matéria na pauta de votação da Câmara logo após o término do segundo turno das eleições. “Estamos tentando arrancar do presidente da Câmara e dos líderes partidários esse compromisso.” O secretário de políticas sociais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Expedito Solaney,é menos otimista que Nery. O sindicalista considera que a PEC só será votada na próxima legislatura. “Entre por na pauta e não aprovar é melhor jogar para a frente. É melhor recuar taticamente. O Congresso é muito conservador, a maioria é ruralista”, afirma. Pelo texto da PEC 438, as propriedades rurais e urbanas que forem flagradas com trabalhadores escravos serão expropriadas para efeito de reforma agrária no campo e destinadas a programas sociais de moradia popular em áreas urbanas.

O arco de alianças eleitoral e da base de sustentação do governo, além de interesses econômicos dos parlamentares, impede que a matéria avance com celeridade em Brasília.

Apesar de ninguém defender publicamente o trabalho escravo, na prática ele é tolerado. O ex-presidente da Câmara, deputado Inocêncio de Oliveira (PR-PE), que teve propriedades flagradas por auditores fiscais do trabalho com a prática da escravidão, não sofreu nenhum tipo de punição até hoje. Oliveira chegou a ocupar algumas vezes o cargo de presidente da República durante o mandato de Itamar Franco. Mais recentemente o senador João Ribeiro (PR-TO) também foi acusado de se utilizar de trabalho escravo dentro de sua propriedade. O Ministério do Trabalho e Emprego não divulga mais detalhes sobre o andamento do caso, apenas afirma que informações sobre pessoas físicas e jurídicas só podem ser divulgadas após o término do processo administrativo.

O Ministério também mantém uma lista com o nome de quem usa o trabalho escravo no País. A lista suja, como é conhecida a relação de escravagistas, é atualizada semestralmente e pode ser consultada emhttp://www.mte.gov.br/trab_escravo/lista_suja.pdf

CPT X latifúndio

Para o bispo emérito de Goiás e membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Tomás Balduino, o trabalho escravo ainda não foi erradicado do Brasil porque mexe com os interesses dos aliados políticos do governo Lula. O mesmo argumento é utilizado para explicar a não realização da reforma agrária no país.

“Por que não há reforma agrária? Porque mexe na terra dos aliados do governo. É uma lógica fácil de entender. O trabalho escravo cresce com o agronegócio, que é a menina dos olhos da política governamental.

Apesar de ter apresentado um plano de erradicação para o trabalho escravo, o governo continua elogiando os usineiros, chamando-os de heróis. A concentração do capital em poucas mãos com o apoio governamental está criando uma desigualdade social brutal.

O Brasil é o segundo país do mundo em concentração de terra, em latifúndio. Só perde para o Paraguai”, critica o religioso. Dom Tomás cita o caso da Cosan, holding do setor sucroalcooleiro, que utiliza trabalho escravo em suas usinas, para demonstrar a falta de compromisso do agronegócio com a dignidade humana.

Capital paulista abriga escravidão

Prática criminosa cresce no coração do capitalismo com utilização de mão de obra sulamericana na indústria de confecção.

Escravo é uma característica apenas dos rincões mais afastados das áreas urbanas. Apesar de um maior número de trabalhadores escravizados se encontrarem na zona rural, a prática criminosa se propaga também na principal cidade do país. A indústria da confecção desponta como a principal área de absorção da mão de obra escrava na cidade. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil calcula que a demanda por roupa cresce 3% ao ano. Mas assim como no campo, não há estatísticas oficiais que projetem com segurança o número de pessoas nessas condições, embora se saiba que não são poucas.

A quase totalidade desses trabalhadores vem de regiões empobrecidas da Bolívia e do Paraguai, castigadas no passado recente por décadas de ditadura feroz. “Todos os dias chegam ao Brasil de três a cinco ônibus lotados de pessoas para trabalharem nessas oficinas”, afirma a DefensoraPública Federal, Daniela Muscari Scacchetti.

A precariedade das condições de vida em seus países de origem e a falta de instrução escolar as torna presas fáceis nas mãos de capitalistas escravagistas. Apesar de os atravessadores serem as figuras mais visíveis aos olhos do trabalhador são os grandes magazines os responsáveis pela prática criminosa.

A rede de lojas Marisa, por exemplo, já levou 49 autos de infração dos auditores fiscais do trabalho e foi autuada em R$ 600 mil. “Mas a gente acredita que a imensa maioria da produção têxtil paulista, o que costuma ser comercializado por C&A, Renner, Riachuelo, Pernambucanas, griffes como a Collins, é resultado de mão de obra escrava de trabalhadores sulamericanos”, conta o chefe da Seção da Fiscalização do Trabalho da Superintendência Regional de São Paulo, Renato Bignami. Além de jornadas extenuantes de trabalho, precarização das condições de trabalho e do cerceamento à liberdade, com ameaças a vida do trabalhador e de seus familiares no país de origem, o valor pago ao trabalhador é irrisório. Para fazer uma camiseta, recebe em torno de R$ 0,40 a R$ 0,50. Um casaco mais elaborado que leva até três horas para ficar pronto pode render no máximo R$ 1,50. A mesma peça é vendida na loja de departamento por R$ 300.

Agronegócio não é pecado! Pra quem?

Agronegócio não é pecado!  Essa é a pequena frase que a rádio Bandeirantes tem utilizado inicialmente em suas propagandas referentes ao agronegócio, sempre apresentando números importantes para a economia do país. Aí o interessante é que qualquer ouvinte desinformado no assunto terá o entendimento de que o agronegócio é uma coisa maravilhosa. Pois é, essa é a política do capital! Qual o problema? Sinceramente, é muito canalha! Afinal, esse instrumento na mão do capital de nome rádio ao produzir informação também forma valores sobre a sociedade. Mas deixaremos essa discussão para um próximo texto e vamos ao agronegócio.

Hoje terça feira 24/05 será votado na câmara dos Deputados o projeto de lei do Código Florestal (PL 1.876/99) Apresentado pelo relator e deputado Aldo Rebelo (PCdoB). O assunto vem já algum tempo se arrastando e gerando polêmica, e por quê?

Porque as mudanças no código irão atender diretamente as grandes corporações do agronegócio, suprimindo de vez os pequenos agricultores que são responsáveis por 70% de todos os alimentos que vão para a mesa dos brasileiros. Mas não é somente isso, há muito mais coisa.

Leia as matérias na integra e entenda melhor a importância de toda a sociedade brasileira entrar nessa discussão do código florestal.

Agronegócio na garante segurança alimentar

A pressão do agronegócio sobre o código florestal

Mudança no Código florestal e a proposta da Via  Campesina

Operação Limpeza em São Paulo

Dormindo na Pça. da Sé

Hoje, pela segunda vez, ao voltar do almoço, flagrei quatro GCMs dispersando uma pessoa que dormia na Pça. da Sé. Se já não bastasse a repressão aos comerciantes informais, que quase não são mais vistos, devido à repressão, inicialmente da GCM, e agora dos PM‘s de plantão.

Mas essa minha indignação, será que é exagero?

Na primeira vez que flagrei essa “limpeza”, em 23/2/2011, também na Pça. da Sé, não acreditei no que estava acontecendo. Os GCM‘s, de um em um, acordando as pessoas. E até onde vi, com os pés, meio que chutanto/empurrando.

O motivo para essas pessoas estarem dormindo em local público podem ser diversos. Mas sigo a lógica que eles podem estar alí, dormindo, porque querem. Eu posso querer deitar na calçada a qualquer momento, qual o problema? Qual lei eu estaria infringindo? Sim, eles poderiam estar atrapalhando a passagem… não estavam!

A questão é, penso que isso seja mais uma medida para “operação limpeza” que o sr. pref. Gilberto Kassab, está realizando em São Paulo. E onde isso vai chegar? Estabelecerá, ele, a “Ordem” na cidade, junto com os coronéis/subprefeitos?

Audio da primeira “limpeza” que presenciei:

MST: assentamento desenvolve economia do município de Rio Bonito

Post de origem MST

Por Riquieli Capitani
Da Página do MST


As 1.500 famílias do MST, que vivem no assentamento Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire, em Rio Bonito do Iguaçu, na região central do Paraná, realizaram uma grande festa, em comemoração dos 15 anos de lutas e conquistas dos assentados.
As comemorações aconteceram na comunidade Centro Novo, Assentamento Marcos Freire.

Uma mística fez um resgate da história, seguido de culto ecumênico, ato público e pronunciamento de autoridades. Em seguida foi servido almoço comunitário e, à tarde, teve atividades culturais e esportivas.

Aproximadamente 3.500 pessoas participaram da festa.

Conquistas

A implantação dos assentamentos na região transformou o cenário e desenvolveu a economia do município de Rio Bonito, gerando mais de 10 mil empregos diretos e indiretos.

Para garantir o direito dos trabalhadores à educação, nesses 15 anos os assentados conquistaram 10 escolas (seis estaduais e quatro municipais), que funcionam dentro dos assentamentos e atendem em torno de 2.500 educandos. Atualmente, a escola Iraci Salete Strozake, localizada no assentamento Marcos Freire é a Escola Base das 10 Escolas Itinerantes do estado.

Na área da produção, durante cada ano, os assentamentos produzem em média 500 mil sacas de milho, 50 mil sacas de soja, 50 mil sacas de feijão, 10 mil sacas de arroz, 24 mil litros de leite por dia, chegando a 880 mil litros por ano. Além de criar, em média, 20 mil animais entre: suínos, bovinos e aves, para comercialização e consumo próprio.

Histórico

Na madrugada de 17 de abril de 1996, mais de 3.000 famílias Sem Terra ocuparam o latifúndio da Fazenda Giacomet-Marodim, em Rio Bonito do Iguaçu. A desapropriação dos 26 mil hectares aconteceu em 1998, com o assentamento de 1.500 famílias

O grupo Giacomet foi violento na repressão aos trabalhadores. Em 1997, os Sem Terra Vanderlei das Neves e José Alves dos Santos foram assassinatos pelos pistoleiros da fazenda, em uma emboscada. Vários trabalhadores também morreram durante o desbravamento da fazenda e o plantio de pinus. Na fazenda foram encontrados vários cemitérios clandestinos.

Atualmente, a região central do Paraná concentra o maior número de assentados, ao todo são 2.530 famílias, beneficiadas com a desapropriação de cerca de 50 mil hectares da fazenda Araupel. Nesse região, se encontram hoje os assentamentos Ireno Alves dos Santos, Marcos Freire e Celso Furtado.

História para boi dormir

Por Fidel Castro

Enquanto os reatores danificados despedem fumaça radioativa no Japão e aviões de monstruosa estampa e submarinos nucleares lançam mortíferas cargas telecomandadas sobre a Líbia, um país norte-africano do Terceiro Mundo com apenas seis milhões de habitantes, Barack Obama falava aos chilenos uma história parecida às que eu escutava quando tinha 4 anos de idade: “Os sapatinhos me apertam, as meias me dão calor; e o beijinho que me deste, o levo no coração” (versos infantis).

Alguns dos seus ouvintes ficaram pasmos naquele “Centro Cultural”.

Quando o Presidente olhou ansioso para o público após mencionar a pérfida Cuba, esperando uma explosão de aplausos, houve um silêncio glacial. Às suas costas, – Ah, ditosa casualidade! – entre o conjunto de bandeiras latino-americanas, estava exatamente a de Cuba.

Se ele tivesse se virado um segundo sobre seu ombro direito teria visto, como uma sombra, o símbolo da Revolução numa ilha rebelde que seu poderoso país quis, mas não conseguiu destruir.

Sem dúvida, qualquer pessoa seria extraordinariamente otimista se esperasse que os povos de Nossa América aplaudam o 50º aniversário da invasão mercenária de Girón (Baia dos Porcos), 50 anos de cruel bloqueio econômico de um país irmão, 50 anos de ameaças e atentados terroristas que custaram milhares de vidas, 50 anos de projetos de assassinato dos líderes do histórico processo.

Senti-me aludido em suas palavras.

Prestei, efetivamente, meus serviços à Revolução durante muito tempo, mas nunca eludi riscos nem violei princípios constitucionais, ideológicos ou éticos; lamento não ter disposto de mais saúde para continuar servindo-a.

Renunciei sem hesitar a todos meus cargos estatais e políticos quando adoeci, inclusive ao de Primeiro Secretário do Partido, e nunca tentei exercê-los depois da Proclamação de 31 de julho de 2006, nem quando recuperei parcialmente minha saúde mais de um ano depois, embora todos continuassem chamando-me afetuosamente dessa forma.

Porém continuo e continuarei sendo como prometi: um soldado das ideias, desde que possa pensar ou respirar.

Quando a Obama interrogaram sobre o golpe de Estado contra o heróico presidente Salvador Allende, promovido como muitos outros pelos Estados Unidos, e sobre a misteriosa morte de Eduardo Frei Montalva, assassinado por agentes da DINA, uma criação do governo norte-americano, perdeu seu estado de ânimo e começou a gaguejar.

Foi certeiro, sem dúvida, o comentário da televisão do Chile no final do seu discurso, quando expressou que Obama já não tinha nada que oferecer ao hemisfério.

Eu, por minha parte, não quero dar a impressão de que experimento ódio para com sua pessoa e muito menos para com o povo dos Estados Unidos, ao qual reconheço a contribuição de muitos dos seus filhos à cultura e à ciência.

Obama tem pela frente agora uma viagem a El Salvador a partir da terça-feira. Ali terá que inventar bastante, porque nessa nação irmã da América Central, as armas e os treinadores que recebeu dos governos do seu país derramaram muito sangue.

Desejo-lhe uma boa viagem e um pouco mais de sensatez.

MPL–Baixada Santista: A LUTA CONTINUA

O movimento que se iniciou em 2004, na cidade de Santos, está de volta

A luta pelo passe livre para estudantes e redução da tarifa de ônibus, que originou os princípios e a idéia do Movimento Passe Livre aconteceu pela primeira vez no país em Salvador, capital da Bahia. Em 2003, milhares de jovens, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras fecharam as vias públicas, protestando contra o aumento da tarifa. Durante 10 dias, a cidade ficou paralisada. O evento foi tão significativo que se tornou um documentário, chamado “A Revolta do Buzu”, de Carlos Pronzato.

Após as manifestações na Bahia, há um estouro do movimento em todo país eem Santos o movimento tem inicio em meados de 2004 e teve um “fim” em 2009, após grandes atos com enfrentamento da polícia, violência e processos jurídicos.

Após o último aumento na região da Baixada Santista, no inicio do ano, estudantes e trabalhadores começaram a se organizar, realizando atos, reuniões e vídeos-debate no município de Santos e de São Vicente e criando oComitê de Luta pelo Transporte Público da Baixada Santista – CLTP-BS.

Os principais pontos de reivindicação do movimento são:
· Passe livre pros estudantes;
· Redução da tarifa dos ônibus municipais e intermunicipais JÁ;
· Bilhete único para todos;
· Pela volta dos cobradores, sem redução salarial dos motoristas.

O aumento na região foi entre 6% à 25%, o que causou um impacto e uma mudança muito grande na vida da população, o que de certa forma ajudou para o inconformismo e organização para luta.

Para além das questões da tarifa ser/estar extremamente abusiva, o transporte não ser de qualidade…há também a questão dos trabalhadores dessa empresas.

Os motoristas sofrem diversas opressões durante o trabalho, além da precarização e baixa condição de trabalho:
· É a categoria que mais se afasta por problemas de saúde;
· É o motorista que dirigecobra a tarifa, pára no ponto, abre as portas quando dão sinal e ainda guarda o dinheiro do caixa no cofre;
· Em situação de assalto, a empresa de transporte só reembolsa R$30 do caixa, caso haja um roubo maior que esse, é o motorista que custeia, pois ele deveria ter colocado o dinheiro no cofre que fica ao lado de seu banco;
· Em uma jornada de 10 horas por dia, que chega muitas vezes à 14 horas, com paradas de 10 a 15 minutos que o motorista trabalha.

TODO APOIO A LUTA DOS TRABALHADORES E ESTUDANTES DA BAIXADA SANTISTA,
PELA REDUÇÃO DA TARIFA DE ÔNIBUS, JÁ!

PRÓXIMAS AÇÕES:

-25/03: 18h, Bicicletada, Pça das Bandeiras (Gonzaga, Santos);

-26/03:
-14h, Oficina de arte, na FAUS (Unisantos);
-17h, Vídeo-debate “A Revolta da Catraca – Floripa 2005″, no CES;
-20h30, Oficina de Lambe-lambe;

-29/03: 19h, Reunião, local à confirmar;

-31/03: 17h, Ato, concentração na Cadeia Velha (Centro, Santos);

-02/04: 10h, Ato, na Pça Barão (São Vicente);

-06/04: 19h, Reunião na JOC-Santos (R. Constituição);

Mr. Obama não se mostrou disposto a pagar nem um cafezinho

Post de origem Vi o mundo

Rio de janeiro,21/03/2001
SOBRE A VISITA DE MR. OBAMA

por Wladimir Pomar

Mr. Obama aterrisou no Brasil cheio de simpatia. Afinal, boa parte da população brasileira ainda não está informada de que o eleitorado americano foi vítima de um embuste, e a grande imprensa fez tudo a seu alcance para promover a simpatia do casal e o charme de Mrs. Michele.

A grande mídia não mediu esforços para encobrir a grave crise econômica e social que assola aquele grande país, omitir a manutenção da mesma política externa que levou os Estados Unidos ao atoleiro do Afeganistão e do Iraque, e encobrir o apoio do governo norte-americano aos governos ditatoriais da África do Norte e da Arábia.

Em resumo, fez de tudo para dourar a pílula do que deseja realmente Mr. Obama em sua viagem ao Brasil. E tem sido incapaz de mostrar sua afronta ao Brasil, tipo Bush filho, ao ordenar o bombardeamento da Líbia em seu primeiro dia de visita ao governo brasileiro.

Apesar de falar em paz e cooperação, Mr. Obama demonstrou que pratica guerra e imposição. Embora tenha dito ter apreço pela pretensão brasileira de participar do Conselho de Segurança da ONU, não avançou um til sequer na promessa vaga de continuar trabalhando com todos pela reforma daquele órgão multilateral. E não deu qualquer sinal de que afrouxará as barreiras à entrada dos produtos brasileiros no mercado estadonidense.

Em outras palavras, Mr. Obama esbanjou simpatia, tanto a própria quanto a fabricada, mas não se mostrou disposto a pagar nem um cafezinho. Isso não acontece por acaso. Já antes da catástrofe que assola o Japão, os Estados Unidos enfrentavam uma crescente dificuldade para colocar seus bônus do Tesouro, indispensáveis para financiar seus diferentes déficits e para salvar seus bancos da bancarrota.

O Japão interrompera a aquisição daqueles títulos, a China procurava outras formas de aplicar seus excedentes financeiros, os países árabes produtores de petróleo se resguardavam diante dos levantes populares, e até a Grã-Bretanha, fiel aliada dos EUA, se via obrigada a direcionar seus recursos financeiros para pagar a dívida pública. Diante desses movimentos, o FED já se via constrangido a comprar mais de 70% das emissões dos bônus de seu próprio Tesouro.

A tríplice catástrofe que se abateu sobre o povo japonês pressionará o governo do Japão a despejar seus recursos financeiros na reconstrução das regiões destruídas, na adoção de medidas radicais para substituir alimentos e outros bens contaminados pelas radiações nucleares, e na reativação da economia japonesa. Nessas condições, o Japão pode se transformar de grande comprador de bônus do Tesouro americano em vendedor desses bônus no mercado internacional. Combinada aos demais fatores que já afetavam o mercado desses títulos, a situação japonesa pode representar um golpe destruidor sobre o principal mecanismo utilizado pelos Estados Unidos para financiar a continuidade de sua economia.

Nessas condições, será muito difícil ao governo de Mr. Obama tratar adequadamente seus débitos internos e internacionais, manter suas taxas de juros no atual patamar próximo de zero, utilizar eficientemente a desvalorização do dólar como fator de elevação da competitividade de seus produtos e de reativação de sua economia, e resolver a favor dos Democratas a disputa fratricida que estão mantendo com os radicais Republicanos. Na verdade, o We Can de Mr. Obama está se tornando, cada vez mais, em We Cannot. Afinal, não é preciso ser um analista arguto para notar que nenhum de seus compromissos eleitorais foi cumprido.

Para agravar o quadro geral da crise norte-americana, a decisão do governo Obama de estimular seus aliados sauditas e de outros países árabes a intervir no Bahrein e reprimir as manifestações populares dos povos árabes por melhores condições de vida, reformas democráticas e soberania nacional, já representavam medidas perigosas que podiam tornar ainda mais caótica a situação das regiões do Norte da África e da Península Arábica, tanto do ponto de vista político, quanto social e econômica. O que, inevitavelmente, rebaterá desfavoravelmente sobre a crise norte-americana.

A decisão, em conjunto com a França, Inglaterra e Itália, de intervir nos negócios internos da Líbia, com pretextos idênticos aos utilizados no Afeganistão e no Iraque, pode agravar ainda mais, exponencialmente, todos os fatores de instabilidade e caos presentes no cenário mundial e no cenário interno americano, a começar pelo potencial fator de elevação do preço do petróleo, a principal fonte energética da economia dos Estados Unidos.

Mas podemos agregar a tudo isso outros fatores de crise. Os preços das demais commodities minerais e agrícolas devem continuar se elevando. O Japão terá grandes dificuldades para continuar abastecendo o mercado mundial de componentes eletrônicos vitais para o funcionando da economia global altamente informatizada. Haverá uma parada obrigatória, mesmo momentânea, para a revisão dos projetos de energia nuclear, agravando os problemas produtivos em países, como a França, que possuem fortes cadeias industriais voltadas para esse setor.

Talvez por isso, com a França tendo uma forte indústria bélica, o governo Sarkozi tenha se mostrado tão belicista em relação à Líbia. Supõe, como os antigos imperialistas, que a guerra pode ser um instrumento de reativação econômica. Nem se deu conta de que os custos astronômicos dos atuais equipamentos bélicos vão agravar ainda mais a crise financeira da zona do euro. E que os custos de reconstrução das áreas destruídas pesarão consideravelmente, seja sobre os orçamentos já em crise, seja sobre a posição política desses falcões.

Por tudo isso, talvez possamos afirmar que os Estados Unidos, assim como seus aliados europeus, não estão em condições de transformar simpatia em projetos positivos. Para comprovar isso, basta examinar a posição dos Estados Unidos diante da tríplice tragédia japonesa. Eles estão sem qualquer condição de contribuir com qualquer ajuda financeira ou com a abertura de seus mercados. Depois, vão reclamar da China que, segundo muitos analistas, é a única que se acha em condições de oferecer uma ajuda financeira real ao Japão e abrir seu mercado para a recuperação das empresas e da economia japonesa.

O mesmo em relação ao Brasil. Mr. Obama quer maior abertura para os produtos norte-americanos, sem reduzir em nada os entraves à entrada da carne, etanol, sucos, algodão e outros produtos brasileiros no mercado norte-americano. Também não quer equilibrar a balança comercial entre os dois países. Mas Mr. Obama ofereceu financiamentos de um bilhão de dólares, como se estivesse ofertando a maior fortuna do mundo.

A presidenta Dilma poderia ter dito a ele que o Brasil está financiando os Estados Unidos em cerca de 8 bilhões de dólares anuais, que é o saldo dos EUA no comércio com o Brasil. Também poderia ter dito que os chineses, apenas para a exploração do pré-sal, financiaram 10 bilhões de dólares. Talvez não o tenha feito, por educação. E também porque, afinal, mesmo não pagando nem o cafezinho, a simpatia  do casal Obama é inegável.

Empregadas domésticas, discriminação e direitos violados

Historicamente desde a Grécia antiga o trabalho doméstico sempre foi exercido por escravos e tido como um trabalho sem valor atribuído as pessoas denominadas como inferiores e incultas.

O filósofo Grego Aristóteles em seu livro clássico A Política, afirma que para conseguir cultura, era necessário ser rico e ocioso à custa da escravidão dos incautos.

Esse tipo de pensamento permeou toda antiguidade, na velha Roma, por exemplo: todo o trabalho manual era reservado aos escravos.

Na idade média, nos castelos medievais a cozinha era reservada aos servos.

Apenas em alguns mosteiros da Igreja católica onde a função doméstica era exercida por monges, que esse trabalho recebia algum tipo de consideração.

No Brasil, não foi diferente, os colonizadores obrigavam os índios a cumprirem todo o trabalho considerado pesado.

E foram os Jesuítas que em suas missões catequizadoras, que colocaram as índias para serem as responsáveis pelo trabalho doméstico, em suas comunidades criadas aqui no Brasil

Com o surgimento do Patriarcalismo e a escravatura instalada como a base do sistema de produção, os homens negros eram colocados para trabalhar na lavoura, enquanto as mulheres negras foram inseridas na casa grande para trabalhar como mucamas.

Hoje no Brasil, resquícios de uma escravidão que ainda não foi enterrada, o serviço doméstico é uma realidade com poucas mudanças, que trás engendrada na cultura dos empregadores, de que, é uma função sem direitos.

Reproduzindo assim, uma nova relação de trabalho escravocrata velada.

Ouça matéria na integra:

QUEM NÃO GRITA QUER TARIFA! 4º Ato Contra o Aumento do Busão na Baixada Santista

Jornada de lutas contra o aumento do busão!!!

Você está satisfeito em pagar uma passagem de ônibus mais cara que a maioria das capitais do País? Com um serviço de transporte público que só é bom para quem lucra com isso?

Vamos dar nosso grito de indignação:

Estão convidados todos os movimentos, estudantes e cidadãos em geral, revoltados com mais um aumento absurdo, tanto nas tarifas intermunicipais como nas municipais. ESTADO E PREFEITURAS, são todos culpados!

Próximas atividades:

17/03 (quinta-feira) ás 06h30 – Panfletagem com café no Terminal de Santos/SP

18/03 (sexta-feira) – Panfletagem nas Universidades de Santos e na UnBR em São Vicente/SP

19/03 (Sábado) ás 10h30 – Ato contra aumento da tarifa em São Vicente
Praça: Barão do Rio Branco – Centro – São Vicente/SP

20/03 (Domingo) ás 15h – Vídeo-debate no CES
Vídeo: A revolta do Buzu
CES: Av. Ana Costa, 308 Santos/SP (Ao lado do Extra)

Apoio: Rádio da JuventudeJOC BrasilJuventude e LutaCES, Ideia QuenteOpcional TV,Diga a Verdade e Saia CorrendoPassa Palavrae demais compas de luta!

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