Diga não ao aumento do busão! 1° Ato contra o aumento da tarifa em São Vicente/Santos/Praia Grande e região da Baixada

JORNADA DE LUTA CONTRA O AUMENTO DA TARIFA
Em 13/02/11, a passagem de ônibus aumentou quase 7% na Baixada Santista, o que também provocou aumento em cascata nas linhas municipais. As tarifas, que já eram um absurdo, subiram! Mas nós continuamos pegando condução lotada e esperando um tempão no ponto.

Diga NÃO ao aumento do busão!

Desde o início deste ano estão ocorrendo todas  as quintas-feiras manifestações em São Paulo devido ao aumento da tarifa de ônibus. Por duas vezes, acabou em pancadaria. No entanto, o movimento ganhou visibilidade e força, agregando cada vez mais pessoas, organizações, estudantes, trabalhadores… Indignados com o transporte público, um serviço caro, de péssima qualidade que as prefeituras “terceirizaram” e que hoje se tornou monopólio de empresas privadas que fazem o que bem entendem, o movimento se tornou um exemplo de expressão popular, pois não dá mais pra ficar sentado esperando nossos representantes políticos decidirem o que é melhor para nossa vida.

Realidade somente de São Paulo?

Não! É uma realidade que se repete em diversas cidades do Brasil, tanto que começou em Florianópolis, impulsionado pelo MPL (Movimento Passe Livre)

Aqui na Baixada Santista, nossa realidade ainda é pior: temos a particularidade dos coletivos não terem mais cobradores, quer dizer, o motorista trabalha por dois e ganha por um, e ainda muitas das vezes é criticado pelos próprios usuários por ser molenga, não agiliza o trabalho e por aí vai. Se esquecem que o motorista é mais um trabalhador que trabalha com uma tremenda responsabilidade, sobrecarregado de serviço e de horas a cumprir.

Detalhe: vem ocorrendo algumas mobilizações aqui na Baixada Santista por parte dos motoristas, reivindicando melhores condições de trabalho, a EMTU já divulgou em nota que não há possibilidade do retorno dos cobradores.

Resumindo: nossa realidade ainda é mais precária nesse sentido.

O transporte público é um caos, porque não se faz nada? Vamos pra luta então?

A Rádio da Juventude, refletindo sobre essa realidade, resolveu dar um pontapé inicial na articulação de uma manifestação pacífica em São Vicente (cidade onde a Rádio se localiza), levando em consideração que nossa região infelizmente não tem essa cultura de protesto, as organizações, os movimentos, os estudantes não estão em conexão, por isso há pouca mobilização e, quando existe, é de forma segmentada. A ideia é, no mínimo, fazer um protesto simbólico na Praça do Correio,  no Centro de São Vicente, isso com caixa de som e microfone, tête a tête com a população que circula por ali, instigando-as a exigirem seus direitos .

Uma das intenções, além do protesto contra a qualidade do transporte público, é estimular que os movimentos se conectem e cumpram seus papéis, fora de suas áreas de conforto.

Como faremos?

Quem puder trazer cartazes, (de cartolina mesmo) apitos, nariz de palhaço, cordas…. Quem quiser fazer alguma intervenção cultural… Fiquem à vontade! A Rádio da Juventude irá contribuir com uma caixa de som e microfone, o resto é com a criatividade da galera.

DIA: SÁBADO DIA 26/02 – 11 HORAS

LOCAL: PRAÇA DO CORREIO (PRAÇA CEL. LOPES) – CENTRO DE SÃO VICENTE

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OBS: Devido nossas condições, a ideia da manifestação é simbólica, mas se a galera aderir e o número de pessoas for expressivo, aí juntos podeoms fazer um barulho maior e pensar um protesto reivindicatório mesmo, junto às prefeituras, que é o objetivo principal – mas aí temos que ver até aonde a perna chega.

Quem se interessar, compareça!!! E ajude a propagar pela rede.  Contamos com a força de todos!

RT Pra qem tem facebook, adicione o http://www.facebook.com/radiojoc, e marque o comparecimento no 1º ato contra o aumento do busão

Contatos: (13) 91175646 – 91357437 – 81124303 – 30297712

 

PM reprime protesto contra o aumento das tarifas

Post de origem Brasil de fato

Um jovem foi espancado e preso por policiais ao tentar proteger a vereadora Juliana Cardoso (PT) de uma agressão

18/02/2011

Michelle Amaral

da Redação

O sexto protesto do ano contra o aumento das tarifas dos ônibus municipais em São Paulo, ocorrido nesta quinta-feira (17) foi violentamente reprimido pela Polícia Militar. A manifestação foi realizada em frente à prefeitura, no centro da capital paulista, e teve início às 17h.

A PM não divulgou informação sobre detidos e feridos entre os manifestantes, apenas que cerca de 400 pessoas participaram do protesto e um policial teve ferimentos leves.

No entanto, o Movimento Passe Livre, que encabeça as ações contra o aumento das passagens em São Paulo, afirma em nota que participaram da manifestação em torno de mil pessoas. Alguns estudantes ficaram feridos por balas de borracha.

Para dispesar a manifestação, a PM utilizou gás lacrimogênio, bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha. Além dos estudantes, três vereadores do PT – Antonio Donato, José Américo e Juliana Cardoso -, saíram feridos do confronto com a polícia. “Eu, os vereadores Zé Américo e Juliana fomos agredidos por policiais sem identificação, vamos representar contra o comandante da tropa de choque [Amarildo Garcia]”, disse o verador Antonio Donato em seu Twitter.

O assistente social Vinícius Figueira, que participava do protesto, ao tentar proteger a vereadora Juliana de uma agressão, acabou sendo espancado e preso pelos policiais. “Ele tinha acabado de chegar na manifestação, fazia uns 20 minutos. E, no que ele foi proteger a vereadora Juliana, vieram os policiais em cima dele”, conta Vanessa Faro, esposa de Figueira. Ela relata que o esposo foi agredido por oito policiais e teve o nariz quebrado, além de várias lesões pelo corpo.

Figueira foi levado algemado pela PM ao Hospital do Servidor Público Municipal, onde aguarda até o momento por uma cirurgia no nariz. “Ele está no corredor do hospital desde ontem, por volta das 19h30”, afirma a esposa do assistente social.

Segundo Faro, os médicos do hospital haviam informado que não disponibilizam de equipe para fazer a cirurgia de Figueira. No entanto, com a pressão exercida por advogados que dão apoio ao assistente social, os médicos disseram que a cirurgia será realizada ainda nesta sexta-feira (18).

Figueira é servidor público, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e mestrando em Serviço Social pela Pontífica Universidade Católica (PUC) de São Paulo.

O protesto em frente à prefeitura havia sido agendado na semana passada e faz parte da jornada contra o reajuste das tarifas, em vigor desde o dia 5 de janeiro. O primeiro protesto do ano, realizado no dia 13 de janeiro, também foi duramente reprimido pela PM e resultou em 30 estudantes detidos e 10 feridos.

Reunião

Estava agendada para a manhã desta quinta-feira uma reunião sobre o valor das passagens com militantes do MPL e representantes do Executivo, no Museu do Transporte, zona norte da capital. Mas, segundo o MPL, nenhum representante da prefeitura compareceu.

A reunião foi acertada durante uma audiência pública, no último sábado (12), na Câmara dos Vereadores. Na audiência estiveram presentes militantes do MPL, estudantes, vereadores e secretário de Transportes, Marcelo Cardinale Branco.

Os militantes seguiram para a Secretaria Municipal de Transportes. Lá, foram recebidos pelo secretário-adjunto de Transportes, Pedro Luiz de Brito Machado, que afirmou considerar remota a possibilidade de revisão do reajuste. Conforme o movimento, Machado informou que o aumento das passagens foi uma decisão política da administração municipal, e não técnica.

Após terem recebido a informação do secretário-adjunto, seis militantes resolveram se acorrentar às catracas no saguão da prefeitura. Eles chegaram ao prédio ao meio dia e só puderam sair às 23h30, após liberação da PM.

Mais protestos

Também nesta quinta-feira (17) houve protestos contra o aumento das passagens dos ônibus em Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).

Na capital gaúcha, estudantes realizaram uma mobilização na avenida João Pessoa. Eles protestaram contra o reajuste, em vigor desde o dia 9, que fez com que as tarifas dos ônibus passassem de R$ 2,45 para R$ 2,70.

Já em Curitiba, o protesto foi realizado na praça Tiradentes e culminou na sede da Urbanização de Curitiba S/A, que gerencia o transporte na cidade. Os estudantes exigem o congelamento da tarifa em R$ 2,20 e a reabertura da CPI do transporte público na capital paranaense.

Para a próxima semana, o MPL de São Paulo convoca o sétimo grande ato contra o aumento das passagens dos ônibus municipais. “Em Florianópolis e Vitóra, a população organizada e mobilizada conseguiu barrar o aumento! A luta tem se mostrado forte e podemos estar prestes a conseguir o mesmo em São Paulo!”, afirma nota do MPL-SP. A manifestação será na quinta-feira (24), em frente ao Teatro Municipal de São Paulo.