O Governo Federal estabeleceu para si mesmo que 2011 seria o ano limite para início da instalação da usina de Belo Monte no rio Xingu.

Simbolicamente a ex-militante, ex-‘subversiva‘, ex-torturada, ex-idealista, mas o importante é o que ela se tornou, Dilma Rousseff recebeu numa pomposa cerimônia militar a insígnia de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa, manteve os altos investimentos que sugam as Forças Armadas. Qual a relação deste fato com a questão Belo Monte?

A presidente Dilma repete os gestos que tanto marcaram seu período à frente da Casa Civil, controla com mãos de ferro (da mineração) o rumo do país exatamente rumo ao velho sonho desenvolvimentista da Ditadura Militar, falsos patriotas vendidos aos EUA (apesar de incapazes de admití-lo) da chamada integração nacional (“entregação” o país nas mãos do empresariado paulista e dos latifundiários sulistas) e da integração regional sul-americana sob as mãos do sub-imperialismo brasileiro, anunciando a vitória do modelo exportador de matéria-prima em total subserviências aos interesses do capital internacional.

Assim, insiste no modelo energético que destrói os rios amazônicos, impulsionando desastres sociais e ambientais, em nome de um suposto progresso que só pode atender às classes dominantes e o abastecimento das regiões Sul e Sudeste industrializadas.Dilma representa o próprio PAC, foi Ministra de Minas e Energia e está diretamente atrelada ao setor, amplia o modelo de uso do recurso público para fins privados via empréstimos do BNDES que são verdadeiras doações para benefício de pequenos grupos de empreendedores que multiplicam suas fortunas da noite pro dia, ousando até mesmo disputarem o ranking das maiores fortunas do mundo, num país com tanta miséria e exploração do trabalho. Ousam fazer isto às custas de termos um país com uma das maiores taxações tributárias do mundo e que por outro lado vive com a saúde e a educação mergulhadas no caos. Arrancando-nos o dinheiro dos suados impostos e da aposentadoria de nossos veneráveis anciãos para alimentar a fortuna desta cambada mais sem-vergonha do mundo, que é liderada pelo bilionário Eike Batista, o qual começou a fazer fortuna associando-se a garimperios da Amazônia (não à toa é filho de Eliezer Batista, ex-Ministro de Minas e Energia e ex-presidente da Vale do Rio Doce – Tráfico de Influência? Informações Privilegiadas?).

Mais uma vez ouvimos a mesma ladainha sobre o crescimento do país, e sempre é o povo que paga a conta do tal fermento para o bolo, para depois nos servirem apenas com migalhas. Quando falamos em relação à usina Belo Monte, nos deparamos com uma situação ainda mais dramática, pois estamos nos referindo a um rio grandioso em sua sócio-biodiversidade, gravemente ameaçado em sua fauna, flora, equilíbrio ecológico e culturas humanas milenares que encontraram aí expressão única no mundo. Esta usina põe em risco de extinção espécies inteiras, algumas endêmicas à bacia do Xingu. Coloca em risco modos de vida tradicionais e as culturas de nações originárias e diversas, que são a maior riqueza da humanidade, colocando em xeque a sua sobrevivência. Um rio Xingu que já sofre com o assoreamento, pisoteio e envenenamento de suas nascentes e afluentes, cortados pelos latifúndios do agro-negócio que já cercou todo o entorno das Terras Indígenas do Mato Grosso promovendo o modelo da terra arrasada.

Frente a isto, a aprovação e a construção da hidrelétrica de Belo Monte seria uma sentença de morte declarada friamente por burocratas que à distância decidem sobre as vidas das pessoas e dos seres que dele vivem e que não têm qualquer necessidade e nem terão quaisquer benefícios com um mega-empreendimento sobre o qual foram completamente alijados de tomar parte na decisão, em contrariedade com direitos nacionais e internacionais, e com qualquer forma com a qual se possa entender a palavra democracia. A Funai, órgão federal teoricamente responsável pela proteção dos direitos indígenas divulgou uma nota dando-se por satisfeita com o fato de que interveio no sentido tão somente de que as Terras Indígenas não seriam diretamente inundadas, o que está sendo somente anunciado, e ignorando recomendações e pareceres elaborados por seus próprios técnicos e ludibriando os indígenas ao transformar reuniões que foram anunciadas como apenas para esclarecimento, e posteriormente validando-as unilateralmente como audiências, as chamadas “oitivas indígenas”, que com este golpe baixo foram vergonhosamente “legitimadas” e dadas como realizadas. Já o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente se tornaram verdadeiras fábricas de licenciamento das obras do PAC sob o comando da então chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, e hoje, para nossa desolação, presidente da república. O próprio local de construção é emblemático, justamente as corredeiras da Volta Grande do Xingu, que serviram no passado de barreira para a defesa dos povos indígenas em relação aos invasores europeus e euro-brasileiros, e que se apresenta como um marco divisor entre dois ambientes bastante distintos em suas características e na composição de espécies. Este local, se fosse inundado, sujeitaria estas disferentes espécies a disputarem nichos ecológicos completamente novos destruindo o ponto de equilíbrio ecológico alcançado ao longo de milênios provocando um verdadeiro caos que ameaça todo o eco-sistema. O PT, portanto, posando de representante do povo, exerce tragicamente uma opressão a qual não tem encontrado oposição à altura, e desta forma tem realizado feitos rumo ao triunfo do grande capital que são de causar inveja à chamada direita e à extrema-direita. Feitos que em seus governos não conseguiram realizar. Estamos assistindo o mesmo velho autoritarismo apresentado agora numa nova embalagem: primeiro ante a produção de um maquiado líder carismático, sorridente, que veio do povo (a mídia pode tornar qualquer tralha em líder carismático) e depois na produção de uma herdeira natural, maior cargo de confiança do governo, que além de tudo seria a primeira mulher presidente do país, e toda essa tagarelice.

Vivemos uma ditadura da mídia, da burocracia, das leis que só são obrigados a cumprir a classe trabalhadora e os marginalizados. Enquanto isto, utilizam-se do velho Pão e Circo, distribuindo bolsas-migalha e bombardeando com reality shows, telenovelas, programas de auditório, jornais que se expremer sai sangue e toda forma de lixo cultural, direto na mente do pobre trabalhador.

JÁ BASTA! VAMOS DIZER NÃO À TORPE USINA DE BELO MONTE!!

Jaguanharõ e Rádio da Juventude

Agronegócio não é pecado! Pra quem?

Agronegócio não é pecado!  Essa é a pequena frase que a rádio Bandeirantes tem utilizado inicialmente em suas propagandas referentes ao agronegócio, sempre apresentando números importantes para a economia do país. Aí o interessante é que qualquer ouvinte desinformado no assunto terá o entendimento de que o agronegócio é uma coisa maravilhosa. Pois é, essa é a política do capital! Qual o problema? Sinceramente, é muito canalha! Afinal, esse instrumento na mão do capital de nome rádio ao produzir informação também forma valores sobre a sociedade. Mas deixaremos essa discussão para um próximo texto e vamos ao agronegócio.

Hoje terça feira 24/05 será votado na câmara dos Deputados o projeto de lei do Código Florestal (PL 1.876/99) Apresentado pelo relator e deputado Aldo Rebelo (PCdoB). O assunto vem já algum tempo se arrastando e gerando polêmica, e por quê?

Porque as mudanças no código irão atender diretamente as grandes corporações do agronegócio, suprimindo de vez os pequenos agricultores que são responsáveis por 70% de todos os alimentos que vão para a mesa dos brasileiros. Mas não é somente isso, há muito mais coisa.

Leia as matérias na integra e entenda melhor a importância de toda a sociedade brasileira entrar nessa discussão do código florestal.

Agronegócio na garante segurança alimentar

A pressão do agronegócio sobre o código florestal

Mudança no Código florestal e a proposta da Via  Campesina

Transporte público é um direito ou só business? (negócios)

Alguém sabe explicar porque o transporte público é um serviço pago? Isso pensando da óptica de que todos os serviços públicos como educação, segurança e saúde não os são, e sim entendidos como direitos fundamentais dos cidadãos em que o Estado deve prover. Neste caso, sem retirar o direito de que o capital privado entre no mercado e ofereça sua alternativa.

Então, porque será que ele não é gratuito? Será que há alguma lógica por trás de tudo isso? Segundo Lúcio Gregório, engenheiro e ex-secretário Municipal de Transportes em São Paulo (1990-1992) criador do projeto tarifa zero. “Há de ser uma insensatez, afinal já pensou ter que pagar para um sargento que evitou que um ladrão entre em minha casa, ou chegar até um posto médico com gripe suína e o atendente cobrar, oras, todos esses serviços são públicos, direitos dos cidadãos, ou não? A questão é que neste caso o capital precisa inventar novas formas de acumulo, aí privatiza, e o serviço público de transporte é um dos alvos que fará produzir mais capital, resumindo business (negócios) e ninguém quer abrir mão”.

A resposta do Estado e Prefeituras para esse dilema é de que o transporte não é prioridade e que há outras coisas de maior responsabilidade para se preocupar, por exemplo: a educação, a segurança e a saúde. Sendo assim, o transporte público pode ser de competência de uma empresa que receberá uma licitação para a prestação do serviço, levando também com ela um subsidio do Estado avaliado em vários algaritimos para garantir tarifa de baixo custo, entrada gratuita para os idosos, deficientes e meia passagem para estudantes.

Ok! Vamos aos fatos ignorados.

Primeiro: é papel do Estado sim e das prefeituras autogestionar e oferecer serviço público de qualidade para a população, essa lorota de que não é prioridade é pura balela que está favorecendo alguém, e quem será?

Segundo: essa prestação de serviço público oferecido pelas empresas é de péssima qualidade, não há coletivos suficientes para atender a população e o valor da tarifa é altíssimo, quer dizer, a empresa presta um desserviço e ainda recebe um subsidio que irá sair do bolso do cidadão, que no caso, é assaltado duas vezes então?

Terceiro: mesmo as prefeituras que mantém o transporte municipal, seguem a mesma lógica da precarização, que se traduz em total desrespeito a população, a tratando como gado, porque é como gado que os trabalhadores e trabalhadoras que pagam seus impostos são tratados, tendo que aturar muitas vezes quarenta minutos num ponto de ônibus para pegar um coletivo lotado, indo em pé, esmagados, pendurados, humilhados e assaltados, porque é um verdadeiro assalto o preço da tarifa que ano após ano aumenta sem a menor consulta popular, e com total omissão e conivência de nossos representantes políticos.

Aqui na região da Baixada Santista, temos a realidade da falta de cobrador, que foi justificado pela empresa prestadora de serviço, que reduziria o custo da passagem. Tudo falácia, a tarifa continua alta, os cobradores ficaram sem emprego e os motoristas assumiram duas funções, dirigir e fazer a cobrança, resultado: o tempo de percurso ficou mais demorado, riscos de acidentes aumentaram sem contar a contribuição para o engarrafamento no trânsito, que aqui na região da Baixada Santista tem se tornado um problema. Importante ressaltar que essa precarização do trabalho dos motoristas aumentou o número de trabalhadores afastados por estresse. No entanto, não há nenhum interesse por parte do poder público em discutir essa realidade, tanto da péssima qualidade do transporte quanto das condições de trabalho do motorista ou do cobrador que ficou sem o seu emprego.

Na cidade de Santos o vereador Geonisio Aguiar (PMDB), o Boquinha preocupado com a condição precária de trabalho do motorista, apresentou no dia 09 de maio de 2011 um projeto de lei na Câmara Municipal que torna obrigatório o pagamento da passagem de ônibus somente com cartão transporte que de acordo com o mesmo “Temos discutido muito nesta Casa sobre a segurança dos motoristas, dos passageiros e sobre a cobrança da passagem com o ônibus em movimento, que é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro”. A princípio apesar de parecer uma importante iniciativa. O que representa de fato essa lei? Simples, apenas uma medida paliativa que não resolve o problema e ainda delega a responsabilidade dos problemas dos motoristas sobre a população que mais uma vez não foi consultada, sem contar que a lei é inconstitucional porque segundo o artigo 43 do Decreto-Lei 3.688/41, ninguém pode recusar a moeda em curso no País.

Mas a luta continua. Aqui na Baixada em 13 de fevereiro deste ano à passagem aumentou como de praxe, desta vez quase 7% e conseqüentemente aumento nas linhas municipais, o que era óbvio. Com isso, diversas organizações sociais, sindicais, estudantes e cidadãos foram às ruas manifestar seu repúdio a tal abuso, a articulação destes movimentos resultou na criação do Comitê de Lutas pelo Transporte Público da Baixada Santista que vem discutindo e pensando formas de confronto que possam mudar essa realidade caótica do transporte público que vive a região da Baixada Santista, sem esquecer também que essa é uma realidade nacional e que as soluções só podem ser construídas junto com a população.

Mas vamos cantar juntos! ♫ ♫ ão estatiza o busãããão estatiza o busããããão ão ♫ ♫

Post de origem Comitê de Lutas

Somos todos gente diferenciada. Porque a burguesia não é mito!

A palavra burguesia advém do latim burgo que quer dizer local fortificado, protegido. Na idade média, burguês era um simples morador de uma pequena cidade cercada por muros.

A reestruturação do capitalismo mundial tem cada vez mais exportado para o terceiro mundo imposições políticas, sociais e econômicas. Traduzindo: privatizações, enxugamento do Estado, precarização do trabalho e um discurso sempre alinhado as grandes corporações, mesmo quando este discurso vem carregado de preocupação com o bem estar dos trabalhadores.

2/3 da força humana que trabalha encontra-se no terceiro mundo em condições muito precárias, quando uma crise capital surge no primeiro mundo, evidente que o terceiro irá pagar, e como a classe trabalhadora há tempos encontra-se desarticulada, mais uma vez a burguesia vence, porque ela não está morta nem nunca esteve. A própria idéia de seu fim é pura construção ideológica.

A burguesia não é um mito, não está fragilizada e nem perdeu o discurso. Ela continua firme mostrando que tem força e o Estado continua em suas mãos, e isso é perceptível sempre que ela se sente incomodada. A prova disso são casos como o de Higienópolis, o fim das cotas para negros, a cruzada que tem sido para regulamentação da mídia, e centenas de outros projetos de lei que são barrados no congresso nacional que visam à construção de uma sociedade igualitária. E não podemos esquecer a visita de Obama ao Brasil que representa demarcação de território pelo capital estrangeiro.

E por mais que o governo insiste em dizer que ganhou respeitabilidade internacional e que defenderá o produto brasileiro no mercado externo. O que continuamos assistindo em quase nove anos de um governo que se diz de esquerda, é a situação de miséria e violência que se encontra o país, precarização do trabalho, aumento do trabalho informal, poucos avanços na área da educação e saúde pública, em geral sucateamento dos serviços públicos, criminalização dos movimentos sociais e o eterno favorecimento as classes dominantes.

Resumindo: o ideário neoliberal dita às regras, desmonta direitos sociais e expande fortemente o seu projeto econômico, social e político, enquanto setores esquerdistas bradam vitória, dizendo que a direita partidária está se desmantelando, (o partido? talvez.) afinal, ela continua expressiva pra manter seus privilégios e barrar qualquer tipo de ação que interfira em seu bem estar. Sempre dinâmica e de poucas palavras, ilude-se quem acredita que a crise de um partido a detém.

Se há uma crise a ser enfrentada é exatamente o resgate de identidade de classe que foi perdida, pois nessa guerra, é uma grande ilusão acreditar que estamos ganhando alguma coisa, estamos perdendo de longe, os desafios que se apresentam são cada vez maiores, e a cada dia mais e mais o capitalismo avança, senão houver um real comprometimento que faça frente pra se livrar das garras da subordinação que estamos submetidos, continuaremos sendo gente diferenciada, e não adianta revolução impulsionada pelo cyberespaço, pois às redes sociais são importantes enquanto ferramenta de agregação de luta, a mudança se fará no front, rompendo com a lógica do capital e com uma esquerda unida que aceite o desafio de discutir um projeto de classe, e não ficar discutindo jogo dos sete erros.

13 DE MAIO: Polícia Militar censura ato contra o genocídio da população negra

Vivian Fernandes,

De São Paulo, da Radioagência NP

As organizações que compõem o Comitê Contra o Genocídio da População Negra classificaram como “censura” a apreensão de faixas e cartazes no ato do “13 de Maio”, realizado na última sexta-feira, em frente ao Teatro Municipal, na cidade de São Paulo. Entre 12h e 20h, a mobilização reuniu movimentos negros, populares e sindicatos.

Em carta endereçada à Secretaria de Segurança Pública e ao Alto Comando da Polícia Militar, o Sindicato dos Advogados de São Paulo pediu apuração dos fatos e investigação de possível prática de censura, abuso de autoridade e violação dos direitos humanos.

A ação da polícia contou com 12 viaturas da PM com um efetivo de cerca de 30 homens armados que tentaram impedir a manifestação e aprenderam faixas e banners onde constavam denúncias acerca do grande de número de jovens mortos pela polícia. Um vídeo gravado pelos manifestantes flagrou o momento em que foram repreendidos.

No dia anterior (12), o Comitê se reuniu com deputados que integram a Comissão de Direitos Humanos da Assembeia Legislativa. Na ocasião, foi protocolado um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar abusos cometidos por policiais civis e militares no estado.

No encontro com os deputados a defensora Daniela Skromov Albuquerque informou que os Núcleos de Direitos Humanos e Combate ao Racismo da Defensoria Pública de São Paulo acionaram o Governo do Estado, por meio de ofício. Foram pedidas explicações sobre os encaminhamentos feitos após a Audiência Pública sobre execuções sumárias, realizada no final de 2010.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=wcv2ijAL0TE&fs=1&hl=pt_BR]

Virada Ilegal Santos

Post de origem Virada Ilegal

Com a intenção de agrupar representantes da música underground da Baixada Santista, os produtores da festa Futuráfrica organizarão a I Virada Ilegal de Santos.

Paralela à Virada Cultural Paulista, que acontece nos dias 14 e 15 de maio, a I Virada Ilegal é uma alternativa à programação do evento na cidade.

Pois, se hoje temos a cena underground desfacelada, por isso, o objetivo deste encontro é valorizar aqueles que continuam uma produção musical rica, mas, esquecida.

Rock, Punk Rock, Harcore, Rap, Dub, intervenções artísticas e outras atividades acontecerão no “Terreiro Digital”, nome dado ao espaço (estacionamento) onde aconteceram as últimas festas da Futuráfrica, no centro de Santos.

O termo Ilegal não vem à toa. É uma provocação por não estar dentro do cronograma oficial da Virada Paulista, ou seja, flerta com a transgressão dos ditames culturais vigentes.

A entrada será gratuita.  Sábado, 14 de Maio às 16:00 – 15/5 às 7:00

” Terreiro Digital “

Estacionamento da João Pessoa – Av. João Pessoa, 233 – Centro – Santos/ SP

E no caso de chuva, não haverá o evento.

A programação das bandas segue abaixo:

14 de maio de 2011

16h – 21h

– Coletivo Valsa

– Avalanche

– Pulmonar

– Soul Mate

– TxHxPx

– Mixtape

21h – 23h

– Dj Beto Machado

– Emerson Tripah

– Pamelloza

23h – 02h

– Big Nitrons

– Secilians Sound System

– Reggay 420

– Rei do Coito (Coletivo Action)

2h – 03h30

– Projeto Raiz (Gui Ganja set)

– Baka (Projeto dá um tempo)

– Futuráfrica Sound System

03h30 – 5h

– Sidarta

-Moscoow

– Vapaa

5h – 6h

– Chiapas Livre

– Esquadrão do Preto Velho

6h – ALVORADA:

– Batucada Afrofuturista

Operação Limpeza em São Paulo

Dormindo na Pça. da Sé

Hoje, pela segunda vez, ao voltar do almoço, flagrei quatro GCMs dispersando uma pessoa que dormia na Pça. da Sé. Se já não bastasse a repressão aos comerciantes informais, que quase não são mais vistos, devido à repressão, inicialmente da GCM, e agora dos PM‘s de plantão.

Mas essa minha indignação, será que é exagero?

Na primeira vez que flagrei essa “limpeza”, em 23/2/2011, também na Pça. da Sé, não acreditei no que estava acontecendo. Os GCM‘s, de um em um, acordando as pessoas. E até onde vi, com os pés, meio que chutanto/empurrando.

O motivo para essas pessoas estarem dormindo em local público podem ser diversos. Mas sigo a lógica que eles podem estar alí, dormindo, porque querem. Eu posso querer deitar na calçada a qualquer momento, qual o problema? Qual lei eu estaria infringindo? Sim, eles poderiam estar atrapalhando a passagem… não estavam!

A questão é, penso que isso seja mais uma medida para “operação limpeza” que o sr. pref. Gilberto Kassab, está realizando em São Paulo. E onde isso vai chegar? Estabelecerá, ele, a “Ordem” na cidade, junto com os coronéis/subprefeitos?

Audio da primeira “limpeza” que presenciei:

Estados Unidos devem ao mundo prova da morte de Osama Bin Laden

Post de Origem Cidadã do Mundo

Não basta o presidente Barack Obama dizer que forças americanas mataram o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Eles têm que dar provas dessa morte. Apresentar o “dado concreto”, como diria o presidente Lula.

Segundo The New York Times, Bin Laden e mais três outros (um deles provavelmente seu filho) foram mortos numa casa em Abbottabad, a uma hora de carro da capital paquistanesa, Islamabad. Eles teriam resistido e foram mortos, segundo um oficial das forças dos EUA. Obama teria sido baleado na cabeça.

Ainda segundo o NYT, respeitando a tradição muçulmana de enterrar o corpo em até 24 horas, Bin Laden foi sepultado no mar para evitar a criação de um santuário para seus seguidores:

“No Americans were harmed,” Mr. Obama said. “They took care to avoid civilian casualties. After a firefight, they killed Osama bin Laden and took custody of his body.” Muslim tradition requires burial within 24 hours, but by doing it at sea, American authorities presumably were trying to avoid creating a shrine for his followers.
Apenas a declaração de uma alta autoridade dos Estados Unidos, nem mesmo a maior delas, seu presidente, basta. Essas declarações muitas vezes escondem sua real motivação, como demonstrei aqui numa postagem de maio de 2008:

Dez guerras, dez mentiras midiáticas

Artigo de Michel Collon, que pode ser lido na íntegra aqui (em espanhol). Traduzido e adaptado por mim:
Cada guerra é precedida por uma mentira dos meios de comunicação de massa. Hoje Bush ameaça a Venezuela e o Equador. Amanhã será o Irã? E depois, quem mais?

(…) Recordemos simplesmente quantas vezes os mesmos Estados Unidos e os mesmos meios já nos manipularam.

Cada grande guerra se “justifica” pelo que mais tarde (demasiado tarde) aparecerá como uma simples desinformação. Um rápido inventário:

1) Vietnã (1964-1975)
Mentira midiática: Nos dias 2 e 3 de agosto o Vietnã do Norte teria atacado dois barcos dos Estados Unidos na baía de Tonkin.
O que se saberá mais tarde: Esse ataque não aconteceu. Foi uma invenção da Casa Branca.
Verdadeiro objetivo: Impedir a independência de Vietnã e manter o domínio dos Estados Unidos na região
Conseqüências: Milhões de vítimas, malformações genéticas (agente laranja), enormes problemas sociais.

2) Granada (1983)
Mentira midiática: A pequena ilha do Caribe foi acusada de que nela se construía uma base militar soviética e de trazer perigo à vida de médicos americanos.
O que se saberá mais tarde: Absolutamente falso. O Presidente Reagan inventou esses pretextos.
Verdadeiro objetivo: Impedir as reformas sociais e democráticas do premiê Bishop (depois assassinado)
Conseqüências: Brutal repressão e restabelecimento da tutela de Washington.

3) Panamá (1989)
Mentira midiática: A invasão tinha o objetivo de prender o presidente Noriega por tráfico de drogas.
O que se saberá mais tarde: Formado pela CIA o presidente Noriega reclamava a soberania ao fim do acordo do canal, o que era intolerável para os Estados Unidos.
Verdadeiro objetivo: Manter o controle dos Estados Unidos sobre essa estratégica via de comunicação.
Conseqüências: Os bombardeios dos Estados Unidos mataram entre 2 e 4 mil civis, ignorados pelos meios.

4) Iraque (1991)
Mentira midiática: Os iraquianos teriam destruído parte da maternidade da cidade de Kuwait.
O que se saberá mais tarde: Invenção total da agência publicitária Hill e Knowlton, paga pelo emir de Kuwait.
Verdadeiro objetivo: Impedir que o Oriente Médio resista a Israel e se comporte com independência em relação aos Estados Unidos.
Conseqüências: Inumeráveis vítimas da guerra, depois um longo embargo, inclusive de medicamentos.

5) Somália (1993)
Mentira midiática: O senhor Kouchner aparece na cena como herói de uma intervenção humanitária.
O que se saberá mais tarde: Quatro sociedades americanas tinham comprado uma quarta parte do subsolo somali, rico em petróleo.
Verdadeiro objetivo: Controlar uma região militarmente estratégica.
Conseqüências: Não conseguindo controlar a região os Estados Unidos a manterão num prolongado caos.

6) Bósnia (1992-1995)
Mentira midiática: A empresa americana Ruder Finn e Bernard Kouchner divulga a existência de campos de extermínio sérvios.
O que se saberá mais tarde: Ruder Finn e Kouchner mentiram. Eram apenas campos de prisioneiros. O presidente muçulmano Izetbegovic o admitiu.
Verdadeiro objetivo: Quebrar uma Iugoslávia demasiado esquerdista, eliminar seu sistema social, submeter a zona às multinacionais, controlar o Danúbio e as estratégicas rotas dos Bálcãs.
Conseqüências: Quatro atrozes anos de guerra para todas as nacionalidades (muçulmanos, sérvios, croatas). Provocada por Berlin, prolongada por Washington.

7) Iugoslávia (1999)
Mentira midiática: Os sérvios cometem um genocídio contra os albaneses do Kosovo.
O que se saberá mais tarde: Pura e simples invenção da OTAN como o reconheceu Jaime Shea, seu porta-voz oficial.
Verdadeiro objetivo: Impor o domínio da OTAN nos Bálcãs e sua transformação em polícia do mundo. Instalar uma base militar americana no Kosovo.
Conseqüências: Duas mil vítimas dos bombardeios da OTAN. Limpeza étnica de Kosovo pelo UCK, protegido pela OTAN.

8) Afeganistão (2001)
Mentira midiática: Bush pretende vingar o 11 de setembro e capturar Bin Laden
O que se saberá mais tarde: Não existe nenhuma prova da existência dessa rede. Além disso, os talibãs tinham proposto extraditar Bin Laden.
Verdadeiro objetivo: Controlar militarmente o centro estratégico da Ásia, construir um oleoduto que permitisse controlar o abastecimento energético do sul da Ásia.
Conseqüências: Ocupação extremamente prolongada e grande aumento da produção e tráfico de ópio.

9) Iraque (2003)
Mentira midiática: Saddam teria perigosas armas de destruição, afirmou Colin Powell nas Nações Unidas, mostrando provas.
O que se saberá mais tarde: A Casa Branca ordenou falsificar esses relatórios (assunto Libby) ou fabricá-los.
Verdadeiro objetivo: Controlar todo o petróleo e chantagear seus rivais; Europa, Japão, China…
Conseqüências: Iraque submerso na barbárie, as mulheres devolvidas à submissão e ao obscurantismo.

10) Venezuela – Equador (2008?)
Mentira midiática: Chávez apoiaria o terrorismo, importaria armas, seria um ditador (o pretexto definitivo parece não ter sido escolhido ainda).
Verdadeiro objetivo: As multinacionais querem seguir com o controle petroleiro e de outras riquezas de toda América Latina, temem a libertação social e democrática do continente.
Conseqüências: Washington empreende uma guerra global contra o continente: golpes de estado, sabotagens econômicas, chantagens, estabelecimento de bases militares próximas às riquezas naturais.

Fonte: Blog do Mello

“Democracia” da mídia brasileira não permite falar a verdade sobre Cuba”

Por Alexandre Haubrich no site Jornalismo B

Dividir para conquistar. Eis uma estratégia mais velha do que a velha mídia, mas adorada por esta, que talvez se sinta moderna e inventiva ao aplicá-la diariamente contra os críticos do status quo. E o pior é que volta e meia caímos em armadilhas desse tipo. Os ataques à nova e à não tão nova esquerda latino-americana são constantes. Se hoje o foco principal dos ataques é a Venezuela e seu presidente, Hugo Chávez, por muito tempo Cuba foi a bola da vez, bola que de vez em quando a mídia hegemônica brasileira gosta de voltar a chutar.

O 6º Congresso do Partido Comunista Cubano falou, durante os últimos dias, em reformas no modelo atual, e a velha mídia brasileira aproveitou para desferir novos ataques. A tentativa foi mostrar as mudanças que começam a se operar como um indício de derrocada do socialismo cubano e, por extensão, das alternativas anticapitalistas ou, ao menos, de centro-esquerda. Como já foi repetido tantas vezes aqui no Jornalismo B, os ataques a governos latino-americanos de orientação esquerdista visam sempre atingir o conjunto da esquerda do continente, incluindo aí, especialmente, a esquerda brasileira.A prática é mostrar Chávez como um demônio, Fidel (e agora também Raúl) como um ditador sanguinário, e os outros presidentes não-alinhados com os EUA como capachos de Cuba e da Venezuela. Dessa forma combate-se também possíveis “aventuras esquerdistas” no Brasil, atemorizando a população com a invenção de exemplos e estereótipos.


Nos últimos dias, a forma como a Folha de S. Paulo cobriu o Congresso do PC Cubano já foi comentada com perfeição por Gilson Caroni Filho na Carta Maior. E a Folha foi o único dos jornalões brasileiros a enviar corresponde para Havana. A Zero Hora fez parca cobertura, chamando sempre Raúl de “ditador” e Fidel de “ex-ditador”. Isso enquanto a notícia é de que haverá reformas nos mecanismos de Poder Popular. Contradição? Faz parte da cultura da velha mídia brasileira não se importar em se contradizer.

Por sua vez, o Estadão baseou-se em notícias de agências e do site Cuba Debate. Porém, usou essas informações de forma, no mínimo, estranha. Fala, por exemplo, em “medidas que abrem a economia cubana ao setor privado”. E todas as matérias e notas vão por aí, tentando demonstrar uma capitulação do governo cubano perante um fracasso do socialismo. Ainda que a mesma matéria admita, sobre as resoluções do Congresso, que “o texto ainda diz que ‘só o socialismo é capaz de vencer as dificuldades e preservar as conquistas da revolução’”, a ênfase concentra-se toda nessa falsa capitulação, dando a entender, no conjunto da cobertura, que Cuba desistiu, que a Revolução Cubana acabou.Na verdade, nas resoluções do Congresso, publicadas no site Cuba Debate AQUI,AQUI e AQUI, a ênfase está toda na manutenção do socialismo, do igualitarismo e dos princípios que nortearam desde o início uma revolução que, como toda a política e a História, segue em andamento, em movimento contínuo. Alguns trechos que demonstram essa ênfase:

(…) para actualizar el modelo económico cubano, con el objetivo de garantizar la continuidad e irreversibilidad del Socialismo (…).

Los Lineamientos definen que el sistema económico que prevalecerá continuará basándose en la propiedad socialista de todo el pueblo sobre los medios fundamentales de producción, donde deberá regir el principio de distribución socialista “de cada cual según su capacidad a cada cual según su trabajo”.

En la política económica está presente el concepto de que el socialismo significa igualdad de derechos y de oportunidades para todos los ciudadanos, no igualitarismo, y se ratifica el principio de que en la sociedad socialista cubana nadie quedará desamparado.

Acusado de fechar-se em si mesmo e não aceitar críticas, o governo cubano usou quase a totalidade do 6º Congresso para criticar os rumos do país e repensá-los para manter forte o socialismo. Acusado de não ouvir a sociedade, o governo cubano descentraliza e municipaliza o poder, fortalecendo as organizações sociais, e limita a dois mandatos de cinco anos a permanência nos principais cargos. Não há capitulação à vista.

Os jornais brasileiros – mesmo a Folha, que enviou correspondente – não publicaram nada sobre a sociedade cubana e sua dinâmica. Não mostraram, por exemplo, o que mesmo parte da direita brasileira admite: o apoio maciço da população ao governo e ao sistema. Não mostraram o que o Tijolaço, blog do deputado Brizola Neto, mostrou: os jovens revolucionários cubanos. Apesar da torcida e da inventividade direcionada da mídia hegemônica, os sinais não indicam derrocada, mas avanços. Mas é claro que, na democracia da mídia brasileira, nada disso pode ser dito. Está faltando só entrevistarem a boa e velha amiga Yoani Sánchez

Homenagem a Cuba em São Paulo. “Os 50 anos de Praia Girón”

Post de origem Diário liberdade

Acontece no próximo dia 25, segunda-feira, a partir das 19 horas, na Câmara Municipal de São Paulo, o ato de apoio, seguido de debate sobre “Os 50 anos da vitória em Praia Girón”

O evento é uma homenagem de diversas entidades e do vereador Jamil Murad (PCdoB) ao povo cubano que, em abril de 1961, venceu, naquele local, a invasão inimiga financiada pelos Estados Unidos.

Para debater o tema, estão confirmadas as presenças de Lázaro Cabrera, cônsul-geral de Cuba; Socorro Gomes, presidente do Cebrapaz, Vivian Mendes, do Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba, além do próprio parlamentar proponente.

Com o apoio do Portal Vermelho, Cebrapaz, UJS, PC do B e Fundação Maurício Grabois, o debate visa pôr em pauta a trajetória de resistência da Ilha e a luta pelo socialismo tanto no cenário pós-revolução quanto nos dias de hoje em que o país busca atualizar sua economia e sua política frente aos desafios do século 21.

“Queremos homenagear o povo cubano e a luta árdua que tem travado para vencer as agressões imperialistas e construir o socialismo na Ilha. Seu heroísmo é um patrimônio da humanidade”, disse o vereador Jamil Murad.

Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, ressalta o heroísmo do povo cubano, a contribuição que dá a toda a humanidade na luta anti-imperialista e pela paz.

“Ao longo desses 50 anos de revolução, Cuba e o socialismo nos permitiram sonhar com a possibilidade de um mundo humano, mais justo com as diversidades”, argumentou Netinho de Paula, que compõe com Jamil a bancada comunista na Câmara paulistana.

O editor do Portal Vermelho, José Reinaldo Carvalho, considera importante a solidariedade a Cuba na nova etapa que o país ingressa na construção do socialismo.

Serviço:

Ato de apoio a Cuba: “Os 50 anos de Praia Girón”;

Dia 25/04, a partir das 19 horas;

Salão Nobre da Câmara de São Paulo/SP (Viaduto Jacareí, 100 – 8º andar).


MST: assentamento desenvolve economia do município de Rio Bonito

Post de origem MST

Por Riquieli Capitani
Da Página do MST


As 1.500 famílias do MST, que vivem no assentamento Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire, em Rio Bonito do Iguaçu, na região central do Paraná, realizaram uma grande festa, em comemoração dos 15 anos de lutas e conquistas dos assentados.
As comemorações aconteceram na comunidade Centro Novo, Assentamento Marcos Freire.

Uma mística fez um resgate da história, seguido de culto ecumênico, ato público e pronunciamento de autoridades. Em seguida foi servido almoço comunitário e, à tarde, teve atividades culturais e esportivas.

Aproximadamente 3.500 pessoas participaram da festa.

Conquistas

A implantação dos assentamentos na região transformou o cenário e desenvolveu a economia do município de Rio Bonito, gerando mais de 10 mil empregos diretos e indiretos.

Para garantir o direito dos trabalhadores à educação, nesses 15 anos os assentados conquistaram 10 escolas (seis estaduais e quatro municipais), que funcionam dentro dos assentamentos e atendem em torno de 2.500 educandos. Atualmente, a escola Iraci Salete Strozake, localizada no assentamento Marcos Freire é a Escola Base das 10 Escolas Itinerantes do estado.

Na área da produção, durante cada ano, os assentamentos produzem em média 500 mil sacas de milho, 50 mil sacas de soja, 50 mil sacas de feijão, 10 mil sacas de arroz, 24 mil litros de leite por dia, chegando a 880 mil litros por ano. Além de criar, em média, 20 mil animais entre: suínos, bovinos e aves, para comercialização e consumo próprio.

Histórico

Na madrugada de 17 de abril de 1996, mais de 3.000 famílias Sem Terra ocuparam o latifúndio da Fazenda Giacomet-Marodim, em Rio Bonito do Iguaçu. A desapropriação dos 26 mil hectares aconteceu em 1998, com o assentamento de 1.500 famílias

O grupo Giacomet foi violento na repressão aos trabalhadores. Em 1997, os Sem Terra Vanderlei das Neves e José Alves dos Santos foram assassinatos pelos pistoleiros da fazenda, em uma emboscada. Vários trabalhadores também morreram durante o desbravamento da fazenda e o plantio de pinus. Na fazenda foram encontrados vários cemitérios clandestinos.

Atualmente, a região central do Paraná concentra o maior número de assentados, ao todo são 2.530 famílias, beneficiadas com a desapropriação de cerca de 50 mil hectares da fazenda Araupel. Nesse região, se encontram hoje os assentamentos Ireno Alves dos Santos, Marcos Freire e Celso Furtado.

É a esquerda mundial governista que não quer ajudar ou é Cuba que não tem condições de receber ajuda?

Post de origem Cidadã do Mundo


Alguns meses atrás o sociólogo argentino Atílio Boron postou em seu blog (1) um pequeno artigo sobre as “reformas” que estão ocorrendo em Cuba, que tem seu auge na realização do VI congresso do Partido Comunista Cubano (2) durante o período de 16 á 19 de abril. Inclusive o artigo foi traduzido e publicado no Blog Solidários (3) (blog da ACJM-SC, que colaboro) e em diversos blogs e sites da esquerda latino-americana.

Com um título nada atraente, para um leitor de esquerda de primeira viagem, “um plano Marshall para Cuba”, Atílio lançou um manifesto em defesa de Cuba tendo a América latina e os governos “amigos” da ilha como protagonistas.

Segundo Atílio diversos países da América Latina e do Caribe tem dívidas com Cuba, mas também são credores. E devido a toda ajuda e solidariedade que o governo e a sociedade cubana deram durantes anos, e atualmente ainda dá – principalmente na área social, estes países deveriam retribuir e ajudar Cuba neste momento tão difícil para a pátria de José Marti.

Ao contrário dos EUA e dos países colonialistas e imperialistas que além de saquearam, enviaram forças repressivas para massacrar (em suas maiorias terroristas e militares) o povo, Cuba com sua política internacionalista solidária envio médicos, cientistas e educadores. Então deve ser feita além de dedicatórias de solidariedade em relação às mudanças em Cuba, ajudas econômicas efetivas.

Ele também coloca que há uma obrigação moral desses países, hoje em sua maioria governados por partidos de esquerda e movimentos sociais, de ajudar na recuperação econômica da ilha.

Por que se não fosse à heróica e pertinente luta dos cubanos, primeiro contra o colonialismo e imperialismo e depois para manter de pé seu processo revolucionário, nossa América, como outros países do “terceiro mundo”, não teriam resistido e, talvez, não estivesse nesta situação “avançada” que se encontra atualmente. Só para citar dois exemplos de influência da revolução cubana nestes países: o PT, que hoje governa o Brasil, até pouco tempo se orientava estrategicamente através do processo político cubano. E mais recentemente a Revolução Bolivariana, em curso na Venezuela, teve inspiração na luta do povo cubano para conseguir o inicio de sua emancipação.

Então, é devido a esses e outros elementos que a América Latina e os “amigos” da ilha deverão perdoar as dívidas (para aqueles que são credores) e organizar junto um fundo especial de solidariedade á Cuba. Esse fundo ele chamou de Marshall – fazendo analogia ao que os EUA fizeram para os países da Europa – que recuperou parte daquelas economias, daquele continente, após a segunda guerra mundial.

E pelas informações que Atílio levantou há dinheiro, só falta vontade política desses governantes para por em pratica esse ato de estrita justiça.

Como o leitor atento pode observar neste breve resumo do texto do sociólogo argentino, o “Plano Marshall” parece necessário, porém utópico, se considerarmos o caráter de alguns destes governos “amigos” de Cuba. Tirando os países da ALBA, a maioria desses países é governada por um esquerda que há muito tempo esqueceu o que é socialismo e atua no cenário mundial com políticas de acordo com seus interesses nacionais e capitalistas. Será que suas burocracias (burguesias estatais) vão ariscar investir dinheiro num país bloqueado e com poucos recursos naturais e minerais? Será que esses governantes ainda são nutridos por questões humanitárias como fazem nos pensar quando discursam em nome dos direitos humanos?

Eu pessoalmente acho muito difícil um plano desses ser colocado em pratica. Não que Cuba não precisa e não mereça como li pseudo-esquerdistas (4) dizendo por ai. Mas, pela ideologia dessa nova esquerda “amiga” de Cuba, que não custa repetir, não é socialista, embora já tentassem construir o socialismo em seus países, prefiro acreditar mais nas forças internas cubanas do que nesta ajuda externa.

E é justamente em relação às forças internas cubanas que li recentemente um artigo (5) replicando a tese do Atílio, dizendo que o problema é o processo interno cubano. Ou seja, esse militante de esquerda acha que o problema não o que apontei acima.

Para esse militante, português – possivelmente do bloco de Esquerda, já que sua reflexão está no site de uma revista de cunho marxista ligado a esse partido, Cuba só não repetiu os erros do “socialismo real” como não inovou em relação “à construção de política de debates dos movimentos sociais”. Enquanto a sociedade civil teve significativo papel na ação popular e na transformação política latino-americana em Cuba “esta praticamente não contribui em nada para o desenvolvimento do processo”.

Está certo que os movimentos sociais destes países latinos que o próprio Atílio se refere, pelo menos em muitos deles, teve uma grande jornada de debates plurais, desde década de 80 até os dias hoje. E em Cuba em nome de certa unidade e da autodefesa não pode ser tão plural assim como deveria. Porém houve sim debates e inovações para a construção de um modelo alternativo em relação ao modelo socialista já existente. E mesmo se houve falta de reflexão aberta para uma proposta nacional isso é justificável devido a questões que quem estudou a história cubana sabem quais são. Ignorar essa complexidade é desconhecer a realidade cubana. E fazer analise superficial deste tipo, como fez o escritor do Bloco e fazem outras correntes “esquerdistas” (6), é seguir a cartilha dos reacionários, disfarçado de “liberais”, que vivem na mídia “pregando” o fim da revolução cubana.

Ao fazer a revolução Fidel, líder dessa, queria justiça social e “democracia direta”, porém foi obrigada a seguir um novo modelo para continuar seu processo de emancipação. Lembre que o “fechamento do regime” foi devido aos EUA não deixaram alternativas.

Os “doutores” (7) marxistas acham que as conquistas sociais vieram de uma burocracia ou de um esforço coletivo do povo cubano? Será que as organizações sociais cubanas criadas na década de 60 são apenas superficiais? Os 90% que aprovam a política do partido comunista, vanguarda organizada da nação, e os 92,5% que são membros dos Comitês em Defesa da Revolução (CDR) são pessoas que não servem para nada, numa nação sem analfabetos? São pessoas que deixaram “o gato comer suas línguas”? Ou será que um milhão que lotam as ruas no “Primeiro de Maio” não passam de massas “manipuladas” pelo único partido da ilha que tem um milhão de militantes numa nação com aproximadamente 7 milhões de pessoas ativas? (8)

Não meus caros leitores, quem diz que o povo cubano é ignorante, não passam de ignorantes em relação à realidade cubana e por isso escreve incredulidades como essas.

Quando olho para os movimentos sociais latinos vejo cada um com seus erros e dificuldades. “Cooptado” como é caso do Brasil e criminalizado e marginalizado como é caso do Peru. Situação pior encontro quando analiso as situações dos mexicanos e colombianos (muitos precisam pegar em armas para militar). Não consigo ver esta diferença brutal que se diz que têm em termos de organização democrática entre as sociedades latinas, de “democracias liberais”, e Cuba de “ditadura” socialista.

Cuba tem que avançar em seus debates e corrigir os erros históricos, porém duas coisas me parecem, que não podem se descuidadas: a manutenção da unidade e a atualidade da luta anti-imperialista.

Vejo que os erros internos só podem ser resolvidos pelos cubanos enquanto os fatores externos, como por exemplo, romper com o isolamento, que é uma tarefa fundamental para crescer economicamente e sair de uma crise de quase 30 anos, não é tarefa apenas de suas forças internas.

Por isso reafirmo que o problema maior de Cuba é sua relação com o mundo capitalista é não seus problemas internos. Cuba precisa relacionar com o mundo capitalista e neoliberal, sem ferir seu socialismo e ao mesmo tempo tentar aperfeiçoá-lo. Tarefa muito mais difícil do qual quer país do mundo com uma grave crise econômica, inclusive aqueles governados por esquerdas.

Notas:

(4) Essa reação partiu principalmente de setores de “esquerda”, inclusive de alguns que com a “derrocada do socialismo real” em 1990 passaram a defender um “socialismo” que não tem nada haver com o “socialismo cientifico” de Marx e Engels.
(6) Os esquerdistas que me refiro são as correntes trotskistas. A mais forte delas é LIT e sua seção no Brasil é o PSTU.
(7) Chamo de “doutores em marxismo”, analistas puros e moralistas do materialismo histórico.
(8) AYERBE, L. A revolução Cubana. São Paulo: Editora da UNESP, 2004.
*Sturt Silva é estudante de história, blogueiro e militante do PCB.

Reflexão e ação: Nós somos a revolução em movimento!

Quem esteve na sintonia das três últimas edições do programa Reflexão e ação da Rádio da Juventude, pôde estar acompanhando as discussões referente a atual realidade dos movimentos sociais no Brasil, em particular na região. O programa com a intenção de jogar lenha na fogueira e com intuito de provocar os militantes da região sobre como eles estão se organizando, e de que forma esses movimentos podem se unir e construir lutas juntos, resolveu partir para essa briga numa série de quatro programas, sendo que o último será neste sábado dia 19/05 com o tema “Pra que mais um comitê de lutas?”

Estiveram presentes nestes três programas, Edileuza, Valeska e Flávia CES (centro dos estudantes de Santos), Samira PJ (Pastoral da Juventude) Jesus estudante de Publicidade,  Simone Educadora Popular, Tamiris ANEL, Fábio e Ornella Rádio da Juventude.

Os principais apontamentos levantados nos três programas foram:

* a necessidade de formação de unidade entre todos os movimentos para construir lutas juntos

* o resgate da consciência de classe

* o resgate da memória histórica das lutas para fortalecer identidade

* o respeito recíproco dos movimentos  para trabalhar juntos

* formação militante para compreender a realidade

* ocupar os espaços midiáticos para fortalecer a luta, fazendo frente aos convencionais que criminalizam os movimentos

* entender que o processo revolucionário não é imediato, mas também é pedagógico e se faz na luta

* acertar o que queremos, é derrubar o Estado em busca de uma nova organização social? Ou uma reforma basta?

* assumir o papel de ir pra rua instigar a população a lutar, sem frustração pelo fato de sermos poucos

* os movimentos precisam estar em conexão contínua trocando informações e pensando ações juntos

Quem quiser conferir os programas, seguem os links A importância de se manifestar, Militância estudantilConstruir lutas

OBS: O tema “Pra que mais um comitê de lutas?” É uma provocação em relação a formação do Comitê de Lutas pelo transporte público da Baixada Santista, iniciativa de organizações e cidadãos que vem articulando em Santos e São Vicente atos de protesto referente ao aumento da tarifa do busão (inclusive a Rádio da Juventude) Não percam!

A luta revolucionária é um esforço continuo de aprendizagem, embates e sacrifícios. E não fazemos sozinhos!

Poesia: Seguiremos adiante? Companheir@s.

Neste  primeiro de abril cinzento de pouco sol

Pergunto a todas e todos

Seguiremos adiante?

Por onde? Pra onde? E como?

Afinal, os homens de playa Giron

Hoje, mais parecem poesias soltas

 

Irreais e tão distantes

 

A revolução que tanto desejamos

Nem cabe mais na pauta

Parece que o saudosismo

Cospe desesperança

Será,

medo ou falta de entendimento?

 

Cada caminho dissidente

Que nós revolucionários  criamos

Resumi-se em mais um “nada”

E a quem fortalece?

Repito então, seguiremos adiante?

Construindo nossa história

Ou  nem poesia solta seremos?

 

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=oM11gPChxbw&w=350&h=293]

HOJE COMPLETA 47 ANOS QUE A DITADURA FOI INSTALADA NO BRASIL. ESQUECER NÃO É O CAMINHO!

Não podemos esquecer jamais que hoje completa 47 anos que a ditadura foi instalada, a constituição rasgada e em 20 anos que seguiram, morte e tortura mancharam a história deste país. E até hoje, há pessoas desaparecidas.

Os arquivos da ditadura nunca foram abertos, enquanto os carrascos continuam soltos gozando de aposentadorias à custa dos trabalhadores.

Hoje, há uma onda de querer vender a ideia de que não houve bandidos nem heróis, que foi uma guerra, mentira! Os militares atropelaram todos os direitos civis e fizeram tudo aquilo que esse Jair Bolsonáro é louco para fazer, só basta à gente ignorar o nosso passado.

Salve a todos que lutaram e morreram pelo país. Se hoje gozamos de alguma liberdade é devido os que lutaram e entregaram suas vidas.

Participe da campanha pela memória e pela verdade!

Abaixo-assinado pela abertura dos arquivos da ditadura clique aqui e assine.