Olha só / Mas que cara dura / Tucano chegou / Pra vender a Prefeitura. (canto de protesto entoado por manifestantes)
Nesta segunda-feira (09) a Câmara Municipal de Santos foi ocupada por manifestantes que lutam contra a aprovação do Projeto 242/13 que trata das Parcerias Público-Privadas – PPP, cuja finalidade é colocar o gerenciamento de prédios e serviços públicos da cidade de Santos nas mãos de corporações, as conhecidas (OS) Organizações Sociais. Diversas organizações, sindicatos, professores, servidores públicos, estudantes e cidadãos não pertencentes a organizações compareceram em peso e protestaram contra tal medida.
O projeto de lei é de autoria do Prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) que o enviou para câmara para aprovação dos vereadores, o projeto já passou em primeira votação na última quinta-feira (mesmo sobre pressão popular), a próxima votação ocorrerá ainda este mês, inclusive, em sessão extraordinária. Por isso, antes que ocorra a arbitrariedade como no caso IPTU em que o vereadores votaram a revelia da população, em sessão extraordinária, o SindServ tem mobilizado os servidores para estarem ocupando a câmara e evitar que tal ação antidemocrática ocorra. (diversas organizações e cidadãos estão aderindo à luta)
Os vereadores diante de buzinas, apitos, vaias e tantas reinvindicações deixaram claro que não estão ao lado da população, pois simplesmente ignoraram a presença do povo na casa do povo e tentaram de todas as formas garantirem a pauta, mas não conseguiram e resolveram interromper a sessão, encerrando o regimento do dia. Saíram debaixo de vaias e fortes críticas do tipo; vendidos, mentirosos, covardes, fraudes…
De fato, enquanto o povo reivindicava direitos, os vereadores se mostraram déspotas, ignoravam, e apenas dois vereadores (PT) ousaram ouvir e questionar o projeto, e olhe lá, se não for eleitoreira essas posições, no mais, a câmara foi ocupada e os manifestantes deixaram o recado de que não estão para brincadeira, na casa do povo quem manda é o povo.
Na saída os manifestantes foram ao estacionamento e barraram a saída dos vereadores em protesto ao descaso por cerca de 1h, o que provocou ainda mais tensão em alguns parlamentares que circulavam pelo estacionamento nervosos, como o vereador Lascane (PSDB) que chegou a falar que o direito de ir e vir é constitucional.
Daí acionaram a Guarda Municipal, que durante a sessão esteve cumprindo seu papel de intimidar quem estivesse com apito e corneta, fecharam o estacionamento a força, em corrente empurrando os manifestantes pra fora.
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