Neste último sábado (15) o movimento que luta contra o aumento da tarifa na baixada santista retornou as ruas em proporção menor, cerca de trezentas pessoas fizeram seu grito ecoar pelas ruas das cidades de Santos e São Vicente.
Um movimento ainda incipiente caracterizado pela revolta popular que tem mobilizado o país inteiro, o pique de seus protestos ainda não tomou folego para avaliar suas estratégias de ação, com atos seguidos e caminhadas longas, o movimento optou pela ação direta de não cessar a onda de protestos enquanto os governantes não tomarem uma atitude, tudo isso decidido e deliberado em plenária após os atos, e também por meio da página de evento no Facebook.
A questão agora é pra onde vai toda essa soma de revolta popular? Pois, mesmo dizendo estarem alinhados com o Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo possuem algumas diferenças que podem ser vantagens ou também desvantagens.
O grupo é bem heterogêneo com várias tendências, mesmo seguindo um ponto de convergência que é a luta e não atrelar-se a partidos, ainda deste modo, a composição pelo que nota-se ao acompanhar a página no face, é que o grupo é formado por pessoas muito diferentes no pensamento político, com uma maioria que foi as ruas pela primeira vez e pouco conhecem de luta social, e também com pessoas de tendências nacionalistas e outras libertárias que são áreas de pensamentos antagônicos, além daquelas pertencentes a partidos.
Com isso fica a pergunta; será que irá surgir grupos definidos de lutas contra o transporte público que confluam em determinados pontos, mesmo com divergentes ideologias.? Será possível aglutinar todos? Ou, simplesmente nada irá acontecer?
Em todo caso, o movimento de uma forma ou de outra deu uma lição em toda a classe política da região no que diz respeito a mobilizar-se e a sair do estado de inércia que vivia a região. Só que agora precisarão de muita lucidez e calma para dar passos. E quais são as pernas?
Afinal, a luta contra o monopólio do transporte público é um embate gigantesco que será preciso muita organização e também apoio das pessoas que andam de ônibus, ou seja, criar ações que agreguem e dialogue com a população podem ser uma forma viável de dar consistência ao movimento, sendo que terão que suar a camisa num trabalho de base, antes que pelo pique do momento se exceda, e ao contrário de conquistar e estimular a população, apenas provoque o ódio, o que contribuirá para uma mudança comportamental de uma polícia que tem acompanhado de longe, mais que pode mudar da água para o vinho, revelando o lobo por trás do cordeiro.
Vide SP – a polícia atua as ordens do Governo e nunca as ordens da população, a calmaria na baixada é reflexo de observância, se o movimento começar atingir interesses econômicos. Conhecerá de perto o papel do Estado.
Lutar, criar pode popular!
Hoje terá manifestação:
Local : Concentração na praia em frente a Av. Conselheiro Nébias. Seguimos pela avenida da praia, até chegarmos na Balsa. Paramos a balsa por alguns minutos, chamando a atenção das pessoa de Santos e Guarujá. Depois seguimos para a praça do mercado do peixe, para fazermos a plenária.
Hora : 17:00
A dica pra quem não puder ir no ato é assistir hoje a noite na TV cultura no programa Roda Viva entrevista com os representantes do MPL de SP.