O problema da dupla função dos motoristas na Baixada Santista existe há quase duas décadas, desde que retiraram os cobradores com a justificativa que o percurso se tornaria mais rápido e a passagem mais barata. Na prática o que ocorreu foi a eliminação da categoria (cobrador) e a precarização das condições de trabalho do motorista, (hoje, nem mesmo o sindicato pelego dos rodoviários pauta essa discussão – no mínimo).
Pois bem, a passagem continuou cada vez mais cara e o monopólio da Piracicabana foi ditando as regras na baixada, e sempre quando possível impossibilitando qualquer alternativa viável de transporte público, vide a ação que ela entrou na justiça em 2010 para inviabilizar a implantação do veiculo leve sobre trilho que interligaria toda a região (VLT) e contribuiria para desafogar o trânsito.
Na cidade de Santos
O Prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) resolveu entrar na briga e resolver de vez o problema da dupla função dos motoristas, mas como todo representante político nunca dá ponto sem nó, quer dizer, não trabalha de fato para o bem comum da população, e sim para o grupo que o financiou, resolveu implantar obrigatoriamente (de forma inconstitucional) um cartão transporte, que não resolve o problema, mas que desvia a atenção da real discussão: o transporte é ruim, caro, explora durante anos os trabalhadores (motoristas que tiveram que cumprir a dupla função, e não serão ressarcidos por isso) e enriquece uma empresa a custa dos cofres públicos. Traduzindo: presta um péssimo serviço público, mas, engorda o bolso.
Está mais do que na hora de abrirmos as planilhas de custos dessa empresa ordinária, e vale dizer que, esse pedido já foi feito pela população em audiência pública no ano passado (2012) na Câmara Municipal de Santos, porém, não foi apresentada e sim protelada, revelando que a classe política eleita; é uma farsa! Pois não representa a população quando ela reivindica de forma legitima!
A população tem que se organizar e fazer o enfrentamento.
* Ninguém deve ser obrigado a usar cartão!
* Pela volta dos cobradores
* Redução das horas de trabalho do motorista (sem redução de salário)
* Por um transporte público de qualidade, acessível, baixo custo, determinado e gestionado pelo povo de forma direta.