Desde ontem (3) a tarifa do transporte público aumentou com valores que variam de R$ 3,55 até R$ 4,00 mantendo-se na posição de talvez a passagem mais cara do país. (será que precisa pesquisa?) A Baixada Santista vive uma realidade caótica no que diz respeito ao transporte. E até agora não surgiu nenhum movimento social organizado que fosse capaz de no mínimo estimular a população a peitar essa situação.
No Brasil inteiro o aumento da passagem vem indignando a população, em algumas regiões como no Rio Grande do Sul uma massa de pessoas foram às ruas e conseguiram bloquear o aumento, em outras a luta continua, com ônibus sendo queimados, ruas sendo bloqueadas, confrontos com a polícia e tudo mais que for possível e criativo para barrar o aumento, pois aceitar essa realidade não é mais possível. E a maioria já sacou isso.
Enquanto todas as esferas de governo: federal, estadual e municipal fecham os olhos e nada fazem para deter o abuso das empresas de transporte público, que oferecem um serviço ridículo.
Aqui na baixada a situação é insustentável; ônibus sempre lotados, não há cobradores, agora, imaginem as dificuldades de ser cadeirante diante deste transporte insano, pois são poucos os ônibus que possuem acessibilidade, e quando há, o cadeirante nem consegue entrar, porque o ônibus está entupido de gente, sem contar o caos que passa o motorista tendo que parar numa avenida num trânsito desgraçado, tendo o pisca no alerta, deixando sua função, pois tem que ir descer a ponte móvel de acesso, e por quê? Porque não há um operador a disposição, que poderia ser o cobrador! A linha Ponte Pênsil/ Santos, (que faz do bairro do Japuí em São Vicente ao centro de Santos) por exemplo, os micro-ônibus não são adaptados, ou seja, nem cadeirante anda de ônibus nesta região, e no caso, nem um pai ou uma mãe que esteja com carrinho de bebe, não entra! Não tem por onde entrar. Piada? Não!
Este é o absurdo que chegou à baixada santista, com uma empresa que monopoliza o transporte publico e com certeza deve financiar toda a classe política, pois, não há uma alma eleita que tenha interesse real de entrar nessa briga, tem uns politiqueiros ali e outro lá, querendo fazer nome para próxima eleição.
É uma vergonha!
Bora pra rua! Bora se organizar. Lutar criar poder popular!