Cultura, teto e pão! Não especulação!

Baixada que exclui seus moradores

A Baixada Santista está vivendo um processo de exclusão social único na nossa história. Em nome de valores duvidosos, como o “progresso” e o “desenvolvimento”, a fim de atrair mais empresas e dinheiro, o preço de terrenos, casas e apartamentos está ficando cada vez mais alto. Isso tem feito com que fique ainda mais difícil comprar ou alugar uma casa.

Hoje, o jovem que mora com os pais e pretende se mudar tem como única opção ir para uma casa precária, em um bairro (ou cidade) mais afastado. Isso quando tem um bom emprego, já que na maioria das vezes ou não consegue trabalho, ou se submete à exploração de algum patrão ganancioso.

Enquanto isso, as prefeituras e câmaras da Região abrem as pernas para o capital e aprovam leis que favorecem a especulação. Como resultado, a cada dia vemos mais espigões, acessíveis somente a dois tipos de pessoas: de um lado, porteiros e domésticas (que usam o elevador de serviço) e, de outro, os endinheirados: empresários, presidentes de companhias, proprietários, e os próprios políticos.

Já os pobres, cada vez mais esmagados pelos grandes empreendimentos, seguem ocupando os cortiços, as favelas, guetos que só crescem, mas espertamente escondidos dos turistas tão adorados pelos governantes das nossas capitanias hereditárias.

Por isso dizemos um basta a esses exploradores, que a cada dia nos jogam para as margens das cidades.

A classe política, a serviço dos especuladores, dá as costas para o povo em forma de um Plano Diretor que, por exemplo, loteia regiões da área continental de Santos (que deveriam ser preservadas) para instalação de mais terminais de contêineres.

O fato é que inexistem políticas de habitação realmente popular na Baixada Santista, e as áreas que poderiam servir para isso vão, quase de mão beijada, a construtoras e grandes empresas. Enquanto isso, vem aí mais um pré-candidato a vereador e sua patotinha mostrar a indignação ensaiada de quem mora bem, mas diz saber os anseios do povo, e com seu discurso novelesco, fala a jornais e tevês em nome dos desfavorecidos…

 

MAS DESSA VEZ NÃO! NÓS PRÓPRIOS FAREMOS NOSSAS VOZES SEREM OUVIDAS!

 

Santos e as outras cidades da Baixada Santista não precisam crescer, já são ricas. É preciso dar oportunidade a seu povo, massacrado por uma educação deficiente, empregos precários, cultura artificial e custo de vida cada vez mais alto.

Dizemos não à especulação imobiliária, assim como a todo tipo de política em nome do “desenvolvimento”, que servirão apenas para excluir o povo cada vez mais excluído.

 

Cultura, teto e pão! Não especulação!


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