Quem é morador da Baixada Santista já deve ter notado a quantidade de policiais que estão espalhados pela região, principalmente nos fins de semana.
Na praia da Biquinha, em São Vicente, por exemplo, flagrar viaturas da polícia andando pela areia, motos pelas calçadas, ou atravessando pelas praças, demostram bem a forma como essa segurança está sendo conduzida. Sem contar a “geral”, que é de praxe, policiais esculachando mesmo, tratando as pessoas (principalmente os jovens) como criminosas, malfeitoras que devem ser banidas dos espaços públicos. Pior: assustadoramente tornou-se comum ver isso acontecendo à luz do dia, na frente de todo mundo.
E por quê?
Segundo o novo coronel da Polícia Militar da Baixada Santista e Vale do Ribeira, Marcelo Prado, somente com um bom diagnóstico será possível fazer uma boa intervenção na região para conter a onda de violência. Diz também que: “Estamos reavaliando a administração e vamos liberar o maior número de policiais para a atividade […} criar conselhos comunitários, utilizar as redes sociais”.
Pois é, parece que esta atividade está em andamento (aliás, como sempre esteve). O triste é viver uma realidade onde os representantes públicos têm uma visão tacanha sobre a questão da violência, na verdade resumem ela a uma simples briga de polícia e ladrão, onde a única solução (que acaba sendo sempre a adotada) é a de aumentar o efetivo policial, que no final das contas só irá resultar em mais atitudes de repressão.
Fica nítido como toda esta ostensividade é promovida pelo Estado por puro controle social. Copa do Mundo vem aí, Olimpíada também, na Baixada Santista temos a questão do pré-sal impulsionando a especulação imobiliária.
Ou seja, a população que está sendo excluída, é a mesma que sustenta sobre seus ombros todos os grandes eventos, mas, a única coisa que ganha com isso, é a humilhação e o porrete da polícia.
OBS: Continuaremos este assunto.
PSOL-Santos pede que MP investigue responsabilidade do governo em onda de violência
Santos 27 de novembro de 2011
O PSOL de Santos, ingressou com representação criminal, junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE), em Santos (Rua Bittencourt, 139 – Centro), nesta segunda-feira, 26 de novembro de 2012, às 14 horas. O partido pede para que seja investigada a responsabilidade do governo e seus agentes politicos na recente onda de violência, que já totalizou centenas de vitimas, incluindo policiais e moradores de áreas periféricas, morros na Baixada Santista, capital e interior.
No documento protocolizado hoje no MP,o PSOL afirma que o governo do estado de São Paulo é responsável pelo “apagão” da segurança, que fez os índices de homicídios crescerem de modo alarmante. Assim o partido vê a responsabilidade do governo no gritante número de mortes devido a sua negligência, ou conivência no combate ao crime organizado, permitindo que tanto o PCC, quanto grupos de extermínio crescessem assustadoramente.
O PSOL ainda entende que o governo é responsável pela morte de policiais, pois mesmo sofrendo claras ameaças de morte, estes não tiveram nenhum esquema de proteção. O partido pede também que seja apurada a responsabilidade do Estado na morte das centenas de jovens executados por grupos de extermínio formados por policiais militares, conforme o próprio delegado geral da polícia civil já revelou na imprensa.
O partido também enviará cópia da representação ao procurador geral de justiça do Estado de São Paulo. O envio ao procurador geral é em virtude de que na possibilidade do governador do estado ser responsabilizado, cabe exclusivamente ao procurador geral de justiça investigar o chefe do executivo estadual.
contato
Ricardo Saraiva: Presidente PSOL Santos – (13) 81331331
Nobel Soares: Assessor jurídico PSOL Santos- (13) 97331584
Gilson Amaro: Executiva PSOL Santos- (13) 97722200
Eneida Koury: Executiva PSOL Santos- (13) 81682121
Paz e Bem, Comunidade.
Abordagem policial tem suas regras:
http://global.org.br/wp-content/uploads/2012/02/Cartilha-popular-do-Santa-Marta-Abordagem-policial-2010.pdf
Quebrada alguma regra, reclame a Ouvidoria da Secretaria de Segurança Pública de seu Estado. No caso de São Paulo:
http://www.ssp.sp.gov.br/institucional/ouvidoria/
Informe-se do ‘prazo para resposta’. Aguarde. Expirado o prazo ou a resposta sendo insatisfatória você pode procurar a Defensoria Pública. No caso de São Vicente SP:
REGIONAL SANTOS – Unidade São Vicente
Ricardo Augusto Wiziack Zago
Rua Major Loretti, nº 11 Centro CEP: 11310-380
Telefones: (013) 3467-2013 – 3466-8561
Atendimento de segunda à sexta, das 8h às 9h30
Você também pode usar o Conselho de Segurança Comunitária do Distrito Policial do seu bairro para ‘reclamar, denunciar’ maus tratos, abusos de Policiais. Assim como ‘reconhecer’ o bom serviço prestado por Policial.
Até.