Vereador por cinco mandatos consecutivos e ocupando, por três ocasiões, um cargo de secretário municipal, com 51,42% dos votos válidos, Luís Claúdio Bili (PP) chega ao poder na primeira Vila do Brasil prometendo mudanças e satirizando seus velhos companheiros de partido e coligação.
“Foi o fim da monarquia Márcio França. O povo respondeu que não aguentava mais opressão. A partir de hoje, São Vicente está liberta”
Para surpresa de muita gente, pois, o índice de pesquisa IBOPE apontava para uma vitória logo no primeiro turno de Caio França candidato do PSB, porém, teve 47,01% dos voto válidos.
Resultado: realmente chega ao fim uma Administração de 16 anos do PSB, que durante esse tempo alimentou o mito de que eram imbátiveis nas urnas, e de 1997 para cá, é difícil dizer se houve oposição política partidária em São Vicente, a Administração pertencia basicamente a apenas um grupo, ou fechava-se com esse grupo, ou estava fora do cenário correndo o risco de desaparecer.
Mas eis a grande questão:
Será que Bili consegue administrar sem ter conseguido eleger um único vereador de seu partido? Tendo que enfrentar uma câmara de vereadores eleitos que são ligados ao Deputado Federal Marcio França. Parece inviável, e remete aos tempos do governo Luca do PT que teve sua administração boicotada por não ter grupo ou base de apoio.
A primeira proposta segundo ele: “enxugar a máquina administrativa. Eu não tenho os números, mas entre Prefeitura e Codesavi aproxima-se de 1.200 cargos comissionados” […] 600 imóveis alugados pela prefeitura.
Isso, sem contar os cargos de confiança. Será mesmo que Bili irá mexer neste vespero? Afinal, governar em São Vicente há 16 anos foi sinônimo de distribuir pastas e cargos.
E quem paga por tudo isso?
Não sejamos ingênuos, o atual prefeito não representa renovação nenhuma, na verdade, apenas resolveu pular do barco quando percebeu que a capitania hereditária iria naufragar. Deste modo, aproveitou o momento e agarrou a oportunidade de sair ileso. A política partidária (ave de rapina), é assim, reconfigura-se na luta pelo poder absorvendo e se incorporando a novos discursos que garantam sua sobrevivência. Futuramente veremos todos aqueles que trocaram desafetos, fazendo as pazes pelo bem comum deles (não do povo).
Então, o que muda na política Vicentina de fato?
Nada! Quer dizer, infelizmente, tudo pode sempre piorar, vamos pensar o seguinte: Bili é do PP (partido progressista) para quem não sabe é o partido do Maluf, do Beto Mansur, (acho que não é preciso nem dizer nada a respeito) Um, é filhote da ditadura e responde a vários processos por desvio de dinheiro público e é procurado pela Polícia Internacional (Interpol), outro, responde no (STF) Supremo Tribunal Federal processo por abrigar trabalho escravo em sua fazenda em Goias. Lembrando que o PP também já abrigou o Celso Russomanno. Realmente é de dar medo. Por exemplo; uma das propostas de Bili durante sua campanha em relação a segurança pública foi de armar a guarda municipal, ou seja, mais uma visão tacanha, reacionária e preocupante, principalmente porque São Vicente está inserida no mapa do Estado de SP em que os índices de assassinatos de jovens de periferia envolvendo policiais é altissimo. Somente de 2006 à 2012 segundo dados do IML 493 jovens foram assassinados pela polícia, onde 70% com tiros pelas costas, traduzindo: execução sumária. E aí? Queremos mais armas nas ruas para resolver o problema da segurança pública?
Pergunta básica: a população será consultada daqui para frente nas decisões que serão tomadas no “suposto” novo rumo que tomará a Administração da cidade?
De fato, o questionamento tem de estar presente, contudo, sem organização popular veremos mais do mesmo e continuaremos reféns de novas oligárquias que se revezam no poder com os mesmíssimos discursos que nunca mudaram a vida da população.
Se no dia 07 de outubro de 2012 a população disse não aos França, que de agora em diante diga não a toda forma de poder representativo, que não passa de uma farsa sustentada por uma corja de parasitas que vivem às custas do trabalho do povo.
Essa é a grande verdade perversa que temos que encarar enquanto estivermos desmobilizados, delegando nossas responsabilidades e continuando a acreditar que a revolta depositada na urna irá resolver os problemas.
Ocupar, criar, poder popular!
Pois é !
Democracia não se faz sem a participação consciente do “Povo”. E na República cabe ao Governo informar, motivar e sensibilizar os moradores do lugar para o ‘exercício do poder cidadão’ que é Ver, Pensar e Agir sobre forma, tamanho, medidas, funcionamento, resultados anuais e projeções no tempo e espaço da sociedade (municipal) em que vivem. A base para essa atuação cidadã é o “fácil acesso dos citadinos’ ao valor e sinal das grandezas sociais variáveis cujas medidas são necessárias para a problematização, equacionamento e discussão das soluções factíveis para a Sociedade Republicana. E, apesar de muitos não quererem nada ‘com a hora do Brasil ( São Vicente SP) todos e cada um tem direito a Informação esclarecedora de a quantas andam o Desenvolvimento Humano no lugar de sua morada .
Então, deve mudar na Política Vicentina, a prática de “pensar a Sociedade” sem a participação ativa do Povo, sem o esforço de instruí-lo sobre o funcionamento da sociedade com uso massivo dos computadores comunicantes e da convergência dos canais de comunicação apontando e correlacionando as Forças Sociais no sentido de elevar as Famílias e Empresas domiciliadas em São Vicente SP ao patamar de Civilização e Cultura descrito nos Estatutos Sociais da Cellula Mater da Nacionalidade.
Deve mudar na Política Vicentina, independentemente de quem seja Governo e Parlamento, a gestão do Funcionalismo Público Municipal hoje e desde a muito tempo, transformado numa casta social à parte, com privilégios trabalhistas inúteis para a reciclagem ou renovação continuada dos funcionários a bem do interesse público. Funcionalismo esse esquecido em repartições antiguadas, com métodos e processos arcaicos ( alguns do tempo de Martim Afonso ) a serem rapidamente substituídos pela contemporaneidade da “Gestão Profissional da Cidade”.
A “mudança” passa pelo Povo. A Administração de São Vicente SP cabe “Informar , motivar e sensibilizar os vicentinos para o exercício do Poder Cidadão de Ver, Pensar e Agir na SãoVicenteQueTemos.
É isso !
Administrar sem a participação do Povo, resulta no que estamos vendo hoje em S.Vicente, um município sem hospital, com uma saúde pública para enganar os mais crédulos, sem segurança pública, um tremendo cabide empregos desnecessários e tremenda enganação dos mais pobres na aplicação de programas sociais que têm apoio do governo federal. As administrações made in França são um cartaz de ilusões cheias de obras super faturadas, umas desnecessárias, outras muito mal feitas e as que deveriam ter sido efetuadas, foram esquecidas ou nunca projetadas.
A câmara legislativa, cheia de vereadores com salários e mordomias que são verdadeiro acinte à grande maioria da população, nada fez até agora que mereça qualquer destaque. Tem vereador que ali se instalou há mais de 20 anos e não tem um único projeto aprovado e implantado favorecendo o bem estar da população mais pobre, a grande maioria! Ele mesmo, o Roberto Rocha que atende só os amigos do peito (que arranjam votos), mas não é só ele que nada produz, têm sido todos! O Povo não tem nenhum representante na câmara legislativa que se ufana de ter sido a primeira das Américas.
Bili pode e deve governar mesmo sem ter qualquer apoio desse legislativo, muito mais fácil de controlar que os profissionais da politicalha imaginam.
Bili vai ter todo o apoio da população vicentina que foi esquecida e enganada no reinado França, um político profissional que trata primeiro de seus interesses pessoais e depois da implatação de ilusões para distrair o povão.
Bili deve reportar-se á administração de Luca (PT) que foi bombardeado por França, servindo de exemplo para tomar os devidos cuidados com os vendilhões municipais que têm sua sede na loja maçonica da avenida Capitão Mór Aguiar.
Bili, sua força está no apoio popular!