Após a queda do muro de Berlim em1989, a desintegração da União Soviética e toda a farsa que foi o socialismo Russo, bem vindos a pós-modernidade, reconfiguração global e uma nova ordem mundial ditando cultura, política e economia… Sem contraponto. (isso é o que querem nos empurrar).
Ok, o muro e o totalitarismo tinham que cair, mas o problema é que tudo convergiu a uma linha de pensamento pragmática, sem questionamentos, como se a realidade fosse estática e a própria história não se movimentasse através de ações.
Hoje, qualquer discordância com a ordem vigente é criminalizada, só aceita quando discutida por um prisma sustentável de um bem estar construído paralelo ao enfrentamento do Estado Capitalista.
Resultado: nossa época é de desconfiança, descrença, falta de esperança… Será que vivemos o limite de uma civilização? Sem sonhos, sem utopias, sem direção, sem identidade…
O Padre operário e ex-militante da JOC (Juventude Operária Católica), Agostinho Preto, é a prova de que ainda é possível acreditar.
Preso durante a ditadura, durante dois anos viveu na clandestinidade, viu amigos sendo torturados e mortos, mas nunca desistiu de acreditar num mundo justo e igualitário. Com oitenta e seis anos continua lúcido e mais convicto que nunca de que é preciso lutar para atingirmos nossos ideais e que independente de ver este mundo mudado, será resistência neste árduo combate em que ele diz: “é preciso ser resistência […] no meio deste sistema de consumo, de capitalismo, de exclusão […] por isso, hoje, há um grande desafio, como resistir e não se conformar com o sistema sem perder a identidade, é o desafio porque a tentação é grande. Qual o valor do salário mínimo? É pecado… Salário mínimo é pecado […] Quanto ganha um vereador? Um deputado? […] É muito canalha… Canalha… Mas não podemos culpar pessoas não, é o sistema… É o sistema… E não podemos nos conformar. Por isso, temos que ser resistência!”
“Quem perde a memória não volta para casa”
Pe. Agostinho Preto
Ouça os áudios com o Pe. Agostinho:
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Sobre o início da Joc em Porto Alegre e a perseguição durante a ditadura – dur. 05:13
É preciso ser sujeito da história – A JOC tem sete folêgos – A juventude decide, determina – É preciso registrar a história – dur. 05:13
A juventude – iniciação – não existem fórmulas – confie e dê uma responsabilidade – dur. 02:37
Vídeo Pe. Agostinho falando sobre a ditadura
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