Em em 1231, o papa Gregório IX encarregou tribunais de julgar e punir todas as pessoas que não agissem de acordo com os preceitos da Igreja católica
Neste sábado dia 30/10 o programa Reflexão e ação discutiu “Religião e política”. Participaram deste programa a escritora e poetisa Ornella Rodrigues e o historiador e assessor da Secretaria Municipal de Cultura, José Dionísio de Almeida.
Diz um ditado popular que essas são duas coisas que não se discute, será?
Vamos ponderar que nessas eleições a religião teve um peso discutível, pois foi ela quem mais pressionou os candidatos a se posicionarem em relação ao aborto, ao casamento homossexual, questões importantes que precisam ser esclarecidas e resolvidas. No entanto, como os candidatos não são bobos, a discussão ficou sempre pautada em torno da superficialidade o que contribuiu para posições fundamentalistas que vão de encontro com a constituição.
Primeira coisa, o Estado brasileiro é laico, ou seja, não pauta suas leis se baseando em fundamentos religiosos. Será?
Vamos relembrar
O Brasil é um país que abriga um imensa diversidade religiosa devido sua formação histórica. No entanto, a igreja católica sempre teve força política expressiva, desde que fincou sua cruz junto com a espada do conquistador português sobre terras tupiniquins, enquanto as outras expressões religiosas ficaram em segundo plano. Na semana passada por exemplo o próprio Papa pediu aos bispos brasileiros que orientassem seu fiéis a não votar em candidatos a favor do aborto.
Atualmente o protestantismo e suas ramificações tem ganhado força e conseqüentemente entraram na briga para fazer valer seus direitos, por exemplo: a pauta dos candidatos oriundos de igrejas evangélicas diz respeito a luta para derrubar projetos de lei que tramitam pelo congresso que pretendem regulamentar as igrejas evangélicas, colocando horários para os cultos, limitando os espaços nos meio de comunicação, e proibindo cultos ao ar livre em determinadas localidades.
Resumindo
Onde o sapato aperta há o embate pela liberdade, de resto, o discurso se fundamenta em nome de Deus e da vida. O que é uma grande hipocrisia e nada tem de religioso.
Na verdade
O que existe são grupos de interesse numa luta pelo poder, ( o se resume a política hoje) onde uns são privilegiados e outros excluídos, o triste é ver o povo agindo como gado, reproduzindo valores preconceituosos e intolerantes.
Enfim, as eleições acabaram e temos agora a primeira mulher como Presidenta do Brasil, fato histórico de suma importância, “parabéns a ela e a todas as mulheres”, mas a luta continua, os problemas são muitos a serem resolvidos e coletivamente eles podem ser resolvidos, não por grupos fundamentalistas.
Assista ao programa na íntegra em: Reflexão e Ação