Esta semana mais uma vez o rei do futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, lançou uma “pérola” que foi alvo de revolta pelas redes sociais, e com toda razão, pois sua declaração “classista/normalista”, só comprova a sociedade dividida em que vivemos, onde uns têm privilégios e outros somente a exclusão.
Um posicionamento totalmente classista, de quem quer apaziguar aquilo que não lhe convém, aquilo que pode lhe tirar os privilégios, mesmo que esse “aquilo” seja a morte de alguém.
Daí, é importante frisar que a naturalização dos problemas sociais levaram e deram coragem ao Pelé para dizer; morte de operário é normal, pois, justamente esta mesma naturalização típica de nossa sociedade (muito mais preocupada com questões econômicas) que mantém essa relação de prioridades em que o ser humano é sempre o menos importante, mas claro, o ser humano operário, aquele que é pobre e que para a lógica social capitalista; não tem valor.
Oras, para que esquentar com isso, acontece todo dia mesmo, e no caso do Pelé, é um exemplo de quem não está nenhum pouco preocupado com as mortes, para ele é mais importante a Copa do Mundo, que qualquer outro direito social que foi varrido para debaixo do tapete, (como sempre) contudo, nesta Copa das Elites, também não é nenhuma novidade que as elites coloquem o que pensam. Afinal, elas estão defendendo seus interesses… O Pelé entra neste contexto, ele não defende uma copa com direitos, mas de privilégios, a qual ele está muito bem incluído.
Por isso, o espanto pode nos cair muito bem no sentido filosófico de reflexão, para depois problematizarmos e desmascararmos a farsa construída, e continuarmos lutando, jamais aceitando a realidade que nos oprime como algo natural.
Se espante. Se organize!