Já parou para pensar de onde vem o dinheiro que financia a campanha dos candidatos? De onde vem o dinheiro que banca tantos cartazes pela cidade? Pois é, gostando de política, ou não, o que está por trás de tudo isso, atinge diretamente a vida de todos nós. Afinal, tanto investimento indica interesses, quais em maior parte, ousamos afirmar que não atendem aos da população.
Por isso quando um candidato banca o jogo de camisas do time, o uniforme do grupo de dança, loca o ônibus para aquela viagem ao parque com a criançada, ou mesmo consegue fechar uma rua e oferecer um palco com estrutura para o evento da comunidade, ou faz aquela festinha de dias da criança, de natal entre outras, pode crer que tudo isso, tem por trás a compra de voto, e vai gerar um custo caro para a sociedade, além de criar um sistema onde as comunidades se tornam reféns de políticas espúrias de politiqueiros que durante esta época, apertam nossas mãos, nos dão tapinhas nas costas, sorriem e dizem possuir um projeto popular para nossas vidas. Será?
Na prática, é tudo balela! E a vida nunca muda, continua faltando creche, escola, trabalho, saúde, espaços de lazer, moradia e uma infinidade de coisas. Mas claro, faltando pra quem?
Identificar um político ‘malandrão’ não é nada difícil, dicas de perguntas para reconhecê-los:
1. Candidato (a), quem financia sua campanha, e por quê?
2. Por que o (a) candidato (a) só aparece aqui na quebrada em época de eleição?
3. Já que gosta de ser ‘popular’, por que não mora na quebrada?
4. Utiliza transporte público? Acha justo dinheiro público financiar empresas?
5. Tem filhos na escola e creche pública? Colocaria se tivesse filhos na idade escolar?
6. Utiliza os SUS (Sistema Único de Saúde)?
7. Candidato (a), vc é a favor de transformar os serviços públicos como moradia, saúde e transporte em mercadoria? Os entregando às empresas que só querem lucrar em cima de nossos direitos?
8. Candidato (a), vc é favor das mortes de centenas de mulheres pobres que morrem em clínicas clandestinas de aborto? Por que o aborto não é tratado como questão de saúde pública num estado laico? Sejamos francos, esta criminalização possui um recorte de classe, afinal, as mulheres ricas garantem o aborto tranquilamente devido o poder econômico.
9. Candidato (a), vc é a favor das centenas de jovens que estão sendo exterminados pela polícia? Concorda que a descriminalização das drogas e a desmilitarização da polícia são questões urgenciais?
10. Candidato (a), vc concorda que a redução da maioridade penal só vai colocar jovem negro e periférico na prisão? Porque jovem rico pode queimar índio, atropelar e matar ciclista, espancar garota de programa que nada acontece.
Essas perguntas são apenas algumas que desmascaram a farsa das maiorias dos (as) candidatos (as), que não passam de seres parasitários sustentados pela classe trabalhadora. Com certeza, eles até responderão boa parte das perguntas, porque são como quiabos escorregadios, além de peritos na arte da enrolação.
Por isso
Dia 5 de outubro, e dia 27, se caso houver segundo turno – não é um dia de mudanças, claro, tudo pode sempre mudar pra pior, porém, o mais importante voto, é assumir a consciência de que é preciso construir outra forma de viver em sociedade, sem ninguém para nos governar, e decidir o que é melhor, ou o que não é, temos que acreditar em nossas capacidades de construir outra realidade social. Esta que está posta, não vai garantir igualdade, liberdade e solidariedade nunca. Portanto, nosso papel se resume em continuar aceitando as migalhas, ou se revoltar e partir para a luta.